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Resumo Geral Bioquímica

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DNA – Replicação, Transcrição e Tradução
Tradução
Dois tipos de ácidos nucleicos são encontrados nas células: ácido ribonucleico (RNA)
e ácido desoxirribonucleico (DNA), ambos são polímeros , suas unidades de formação
são chamados nucleotídeos, que são constituídos por três unidades: Grupo fosfato,
uma pentose e uma base nitrogenada.
DNA – Contem 2 bases púrica: Adenina (A) e Guanina (G)
E 2 Bases Pirimídicas: Citosina (C) e Timina (T)
RNA – Contem 2 bases púrica: Adenina (A) e Guanina (G)
E 2 Bases Pirimídicas: Citosina (C) e Uracila (U)
Replicação, ou copia do DNA, é semiconservativa, o
que significa que cada fita hélice atua como modelo
para síntese de uma nova fita complementar. A síntese
da fita de DNA segue o padrão 5’ – 3’.
DNA polimerase
elas adicionam nucleotídeos, um por um, incorporando
somente aqueles que são complementares a fita molde.
As enzimas DNA polimerase 
é responsável pela síntese 
de DNA: 
Algumas características das DNA polimerases:
• Sempre precisam de uma fita molde
• Adicionam nucleotídeos somente na terminação 3' de
uma fita de DNA
• Não conseguem dar início à formação de uma cadeia
de DNA; requerem uma cadeia pré-existente ou uma
pequena sequência de nucleotídeos chamada
de primer
• Elas revisam (ou conferem) seu trabalho, removendo a
maior parte dos nucleotídeos erroneamente
adicionados à cadeia
A adição de nucleotídeos requer energia. Essa energia vem
dos próprios nucleotídeos, que possuem três fosfatos ligados
à sua estrutura (bastante semelhante à molécula de ATP).
Quando a ligação entre os fosfatos é quebrada, a energia
liberada é usada para formar uma nova ligação entre o novo
nucleotídeo e a cadeia crescente.
Polimerases de DNA somente podem adicionar
nucleotídeos à extremidade 3' de uma fita existente de
DNA (elas utilizam o grupo -OH livre encontrado na
extremidade 3' como um "gancho", adicionando um
nucleotídeo a este grupo na reação de polimerização).
Sozinha, ela não pode! O problema é resolvido com a
ajuda de uma enzima chamada primase. A primase faz
um primer de RNA, ou um trecho curto de ácido
nucleico complementar ao molde, que fornece uma
extremidade 3' para a DNA polimerase trabalhar. Um
primer típico tem cerca de cinco a dez nucleotídeos. O
primer inicia a síntese de DNA, isto é, faz com que ela
comece.
A transcrição é o processo de formação de uma molécula de RNA
a partir de uma molécula molde de DNA. Neste processo, as fitas
do DNA se separam e uma serve de molde para o RNA, enquanto
a outra fica inativa. Ao fim da transcrição, as fitas que foram
separadas voltam a se unir. Códon: Conjunto de cada trinca de nucleotidios.
Intron: Partes não codificantes, fica entre os exons. 
São ignoradas durante a fase da transcrição
Exon: Regiões expressadas, saem do núcleo.
O processo é iniciado quando a polimerase do DNA se liga a uma
das extremidades do DNA. Essa extremidade é muito específica,
possuindo uma sequência especial de bases, e é chamada de
promotor. Neste local, existe um sítio de iniciação, com a primeira
base a ter transcrita. A polimerase do RNA segue pela extensão da
cadeia, transcrevendo o DNA em RNA até encontrar a sequência
de terminalização, que contém bases específicas que determinam
o fim da transcrição. Os RNAs formados durante a transcrição
podem ser de três tipos: o mRNA, o tRNA e o rRNA.
Extremidade que possui o fosfato é chamado 5’
O que possui o açúcar (pentose) é chamado de 3’
TRANSCRIÇÃO DO DNA
REPLICAÇÃO DO DNA
A transcrição ocorre em três etapas: a iniciação, o alongamento e o término.
Alongamento
O RNA recém-sintetizado pareia-se 
temporariamente com a fita molde de DNA, 
formando um híbrido curto RNA-DNA. Uma vez 
iniciada, a transcrição segue numa velocidade de 
aproximadamente 50 nucleotídeos por segundo, 
estando a RNA polimerase ligada à fita molde de 
DNA até encontrar o sinal de término da 
transcrição.
Término
O final da transcrição é um processo bem 
controlado, determinado pelo surgimento dos 
códons de parada ou de terminação, finalizando 
a síntese dessa molécula.
Iniciação
A síntese do RNA começa em regiões do DNA chamadas de regiões 
promotoras, que são sequências específicas reconhecidas pela RNA 
polimerase, e direcionam a transcrição de genes.
O reconhecimento da RNA polimerase aos promotores se dá graças ao fator 
sigma, que liga-se à RNA polimerase fazendo com que estas tenham maior 
afinidade com as sequências promotoras. Os promotores contêm 
sequências consenso localizadas antes do início da transcrição, a distâncias 
específicas.
Uma importante etapa na iniciação da transcrição é a abertura da dupla fita 
de DNA (desenovelamento), que é feito rompendo-se as ligações entre as 
bases das duas fitas. É necessário que os nucleotídeos de um dos filamentos 
estejam disponíveis a novos pareamentos. A RNA polimerase deve 
desenrolar o DNA dupla hélice, formando uma bolha de transcrição, cerca 
de 17 pares de bases desenrolados.
== Sítios do Ribossomo ==
Sítios A = Aminoácido
Sitio P = Peptídeo
Sitio E = Exit
E P A
Ocorre no 
Núcleo
• O RNAm transcrito no núcleo se liga a um ou 
mais ribossomos no citoplasma.
• O ribossomo “Lê” o primeiro códon e um RNAt
com o anticódon correspondente transporta 
um aminoácido e se liga ao códon
• Aminoácido são unidos por ligações peptídicas
• Ao final da tradução do polipeptídio tem-se a 
proteína
O processo de tradução gênica consiste em unir aminoácidos de acordo
com o a sequência de códons do RNA mensageiro. A tradução envolve
"decodificar" um RNA mensageiro (RNAm) e usar sua informação para
produzir um polipeptídeo ou cadeia de aminoácidos. No geral, polipeptídio
é basicamente uma proteína (com a diferença técnica que algumas
proteínas grandes são formadas por muitas cadeias de polipeptídios.
Iniciação ("começo"): nesta etapa, o ribossomo se junta ao RNAm e ao 
primeiro RNAt para que a tradução possa ter início.
Alongamento ("meio"): nesta etapa, os aminoácidos são trazidos ao 
ribossomo pelos RNAt e são ligados entre si para formar uma cadeia.
Terminação ("fim"): na última etapa, o polipeptídeo final é liberado para 
que possa cumprir sua função na célula.
O RNA transportador (RNAt) é uma molécula sintetizada a partir do
processo de transcrição do DNA em segmentos localizados em regiões
específicas dos cromossomos. Esta molécula é responsável por conduzir os
aminoácidos para a formação das cadeias polipeptídicas constituintes das
proteínas. Está presente no Citoplasma.
O RNA mensageiro (RNAm) tem como função orientar a síntese de proteínas.
Ocorre no citosol
O RNA ribossômico (RNAr) participa do processo de tradução dos códons para
construção das proteínas.
TRADUÇÃO DO DNA
TRANSCRIÇÃO DO DNA
Metabolismo - Bioenergética
Quantidade de energia associada a uma reação, capaz
de realizar trabalho;
Quando a reação libera energia a variação na energia
livre de gibbs tem sinal negativo
ΔG<0 Reação Exergônica
Quando a reação absorve energia a variação na energia
livre de gibbs tem sinal positivo
ΔG>0 Reação Endergônica
ΔG= ΔH – T x ΔS
∆G = variação da energia livre;
∆H = variação da entalpia;
T = temperatura em Kelvin (sempre positiva);
∆S = variação da entropia.
∆H (variação da entalpia): Entalpia (H) é o conteúdo de energia
de uma substância. Essa variação é a quantidade de energia que
foi liberada ou absorvida no processo.
- Quando uma ligação libera calor (ΔH<0 Exotérmica) o sinal é
negativo;
- Quando uma ligação absorve calor (ΔH<0 Exotérmica) o sinal é
positivo;
∆S (variação da entropia): A entropia (S) é a grandeza
termodinâmica que mede o grau de desordem de um sistema.
ΔS<0 Aumento da desordem
ΔS<0 Diminuição da desordem
A variação de energia livre (ΔG) depende da 
variação do conteúdo de calor de (ΔH) e da 
variação no grau da desordem
Adenosina trifosfato (ATP)
O ATP Fornece energia por
transferências de grupos fosfatos
Via Glicolítica
Oxidação de 
ácidos Graxos
Ciclo de Krebs
Outras vias 
oxidativas
NADH
NAD⁺
Cadeia de 
transporte 
de elétrons
H2O
O2
Biossíntese de 
Lipídios
Outras 
biossíntesesNADP⁺
NADPH
Via das 
pentoses
Pentose (c5)
Glicose (c6)
Keq=
𝑃
𝑅
= 1 se
> 1 + Produtos
< 1 + Reagentes
Controle do fluxo metabólico
Controle alostérico - Regulação por 
retroalimentação
Modificações covalentes- Adição ou remoção 
de grupos fosfato de resíduos específicos de 
serina, treonina e tirosina.
- Fosforilação e desfosforilação
- Quinases e Fosfatases
NAD e NADP
ENERGIA LIVRE DE GIBBS
Glicólise
Glicólise é o metabolismo da glicose para obtenção de energia
(ATP). Quando os níveis desse açúcar se elevam no sangue, a
INSULINA é liberada, para que as células captem esse
carboidrato ao acionar os transportadores de Glicose (GLUT)
Metabolismo normal da glicose. 
(1) A glicose de uma refeição entra no 
sangue;
(2) o corpo retira glicose do sangue para 
armazenamento e metabolismo;
(3) o pâncreas libera insulina em resposta 
ao aumento da glicose no sangue; 
(4) a insulina aumenta a captação de 
glicose pelo organismo, diminuindo as 
concentrações de glicose no sangue.
Quebra de uma molécula de glicose (6C) liberando duas moléculas
de piruvato (3C) através de uma série de reações enzimáticas.
2
▪ Glut 1: Hemácias, rins e Cérebro
▪ Glut 2: Fígado e pâncreas, Não depende de insulina, mas 
seu transporte aumenta com a presença desse hormônio.
▪ Glut 3: Neurônios e placenta
▪ Glut 4: Células musculares e adiposas. Depende de insulina
▪ Glut 5: Parede do intestino delgado
Inicia a partir da captação celular. Neste ponto ela é
transformada em Glicose-6-fosfato, a qual ela pode participar
da Glicogênese, da Glicólise e na via das pentose fosfato:
Metabolismo da Glicose
Principais destinos:
Armazenamento: Glicogênio, amido, sacarose
Oxidada através da glicólise: Piruvato
Oxidada através da via das pentoses
Tipos de degradação da glicose:
Glicose anaeróbica: Ocorre na ausência de oxigênio, produzindo 2
ATPs por molécula de glicose.
Glicose aeróbica: Presença de oxigênio com produção de 2 ATPs e 2
NADH
Via Glicolítica
É a via metabólica, que ocorre no citosol, responsável por quebrar
a molécula de glicose nos tecidos é uma série de 10 reações que
prepara a glicose para o fornecimento de energia, convertendo-a
em piruvato.
A via glicolítica está dividida em duas fases distintas: Fase de
Ocorre tanto na presença como na 
ausência de O2
Investimento (Fase Preparatória) (a glicose transformada em gliceraldeído3-P por
meio de uma via em que não há ganho de ATP, mas sim uso de energia[- 2 ATPs]) e
Fase de ganho de energia (Fase de Pagamento), tendo um ganho geral de 2 ATP
Fase Preparatória: -2 ATPs
Fase de Pagamento: -2 ATPs + 2ATP + 2 ATP = 2 ATP + 3 NADH + H⁺
Há 3 reações irreversíveis (a 1ª, a 3ª e a 10ª reação), sendo elas as
reguladoras da via glicolítica. Porem a principal reguladora é a
enzima fosfofrutocinase (PFK-1) [3ª reação].
Enzimas reguladoras da Glicólise
Fosfofrutocinase (PFK-1):
❖ Regulada por efeitos alostérico negativos: ATP, Citrato e Íons de
hidrogênio
❖ Regulada por efeito alostérico positivo: AMP e Frutose-2,6-
difosfato
Hexocinase:
❖ Inibida pela elevação da concentração de glicose-6-fosfato
❖ A inibição da PFK-1 Leva a inibição da hexoquinase
Glicose-6-fosfatase
(no fígado)
Piruvato quinase:
❖ Quando o nível da glicose está muito baixo, o glucagon dispara uma série de
reações de AMPc fosforilando a piruvato quinase diminuindo sua atividade.
❖ Sua atividade é reduzida pela alta concentração de ATP
❖ Defeito nessa enzima leva a um quadro de anemia hemolítica;.
Glicólise
REGENERAÇÃO DO NAD⁺
O NAD oxidado (NAD⁺) tem uma concentração limitada no citosol,
porem ele é de suma importância pra realizar a 6ª reação da via
glicolítica, quando se converte NAD reduzido (NADH + H ⁺).
REGENERAÇÃO ANAERÓBICA: Quando o piruvato é convertido em lactado 
ele utiliza NAD reduzido (NADH + H ⁺), recuperando como NAD oxidado; A 
enzima que catalisa essa reação é lactato desidrogenase.
REGENERAÇÃO AERÓBICA: Se dá por meio de duas lançadeiras de: a Malato-aspartato
(rende 3 ATPs por meio da NADH + H ⁺) e a glicerol-fosfato (rende 2 ATPs, por meio do 
FADH2). Glicerol-fosfato
Malato-aspartato
CICLO DE KREBS
PIRUVATO: É uma molécula comum ao metabolismo de carboidratos, lipídios
e Proteínas. Possui vários caminho:
Anaeróbico ira formar lactato
Aeróbico: irá formar acetil coenzima A (Acetil-coa) que irá para o ciclo Krebs.
Também chamado de Ciclo do Ácido Cítrico
Ocorre na Matriz Mitocondrial
Controle do ciclo do ácido cítrico. O
ciclo do ácido cítrico é regulado
basicamente pela concentração de ATP e
NADH. Os pontos de controle essenciais
são as enzimas isocitrato desidrogenase
e α-cetoglutarato desidrogenase.
A deficiência da piruvato-desidrogenase a causa bioquímica mais comum de acidose
láctica congênita. O sistema nervoso central é especialmente afetado por essa
deficiência, que é dominante, ligada ao X. O envenenamento por arsênico causa
inativação do complexo PDH, por ligar-se ao ácido lipoico. O citrato é sintetizado a
partir de oxalacetato e acetil-CoA, pela citra- to-sintase. Essa enzima está sujeita à
inibição pelo produto citrato. O citrato é isomerizado a isocitrato pela aconitase. O
isocitrato é oxidado e descarboxilado pela isocitrato-desidrogenase, produzindo α-
cetoglutarato, além de CO² e NADH. A enzima é inibida por ATP e NADH e ativada por
ADP e Ca²⁺. O α-cetoglutarato é descarboxilado oxidativamente pelo complexo da 􏰀-
cetoglutarato-desidrogenase, resultando em succinil-CoA, CO² e NADH. A enzima é
muito semelhante à piruvato-desidrogenase e utiliza as mesmas coenzimas. O
complexo da α -cetoglutarato-desidrogenase é ativado por cálcio e inibido por NADH e
succinil-CoA, mas não é regulado covalentemente. A succinil-CoA é clivada pela
succinato-tiocinase (também denomina- da succinil-CoA-sintetase), produzindo
succinato e GTP. Esse é um exemplo de fosforilação no nível do substrato. O succinato
é oxida- do a fumarato pela succinato-desidrogenase, produzindo FADH2. O fumarato
é hidratado a malato pela fumarase (fumarato-hidratase), e o malato é oxidado a
oxalacetato pela malato-desidrogenase, produzindo NADH. Três NADHs, um FADH2 e
um GTP (cujo fosfato terminal pode ser transferido ao ADP pela nucleosídeo-difosfato-
cinase, produzindo ATP) são produzidos por uma volta do ciclo do ácido cítrico. A
produção de acetil-CoA pela oxidação do piruvato via complexo PDH também produz
um NADH. A oxidação dos NADHs e do FADH2 pela cadeia transportadora de elétrons
produz cerca de 14 ATPs. Um ATP adicional (GTP) provém da fosforilação no nível do
substrato, no ciclo do ácido cítrico. Portanto, um total de 15 ATPs são produzidos pela
oxidação mitocondrial completa de piruvato a CO².
O piruvato é descarboxilado oxidativamente pelo complexo da piruvato-
desidrogenase (PDH), produzindo acetil-CoA, que é o principal combustível
para o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo dos ácido tricarboxílicos. Esse complexo
multienzimático requer cinco coenzimas: pirofosfato de tiamina, ácido
lipoico, FAD, NAD+ e coenzima A. O complexo PDH é regulado por
modificação covalente de E1 (piruvato-desidrogenase) pelas enzimas PDH-
cinase e PDH fosfatase: a fosforilação inibe a PDH. A PDH-cinase é ativada
alostericamente por ATP, acetil-CoA e NADH, e inibida por piruvato; a
fosatase é ativada por Ca²⁺.
2 CO²
3 NADH
1 FADH
1 ATP (gtp)
CICLO DE KREBS
Também chamado de Ciclo do Ácido Cítrico
■ Em sete reações sequenciais, incluindo duas descarboxilações, o ciclo do ácido cítrico converte citrato em oxalacetato e
libera dois CO². A via é cíclica, de modo que os intermediários não são exauridos; para cada oxalacetato consumido na via, um
é produzido.
■ Para cada acetil-CoA oxidada pelo ciclo do ácido cítrico, o ganho de energia consiste em três moléculas de NADH, uma de
FADH2 e um nucleotídeo trifosfatado (ATP ou GTP).
■ Além da acetil-CoA, qualquer composto que origine um intermediário do ciclo do ácido cítrico com quatro ou cinco
carbonos – por exemplo, os produtos da degradação de muitos aminoácidos – pode ser oxidado pelo ciclo.
■ O ciclo do ácido cítrico é anfibólico,servindo ao catabolismo e ao anabolismo; os intermediários do ciclo podem ser
desviados e utilizados como material de partida para a síntese de diversos produtos.
■ Quando os intermediários são desviados do ciclo do ácido cítrico para outras vias, eles são repostos por algumas reações
anapleróticas, que produzem intermediários de quatro carbonos por meio da carboxilação de compostos de três carbonos;
essas reações são catalisadas por piruvato-carboxilase, PEP-carboxicinase, PEP-carboxilase e enzima málica.
■ As enzimas que catalisam carboxilações utilizam comumente a biotina para ativar o CO² e transportá-lo a aceptores, como
piruvato ou fosfoenolpiruvato.
■ O ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs, ciclo do ácido
tricarboxílico) é uma via catabólica central e praticamente
universal por meio da qual os compostos derivados da
degradação de carboidratos, gorduras e proteínas são
oxidados a CO², com a maior parte da energia da oxidação
temporariamente armazenado nos transportadores de
elétrons FADH2 e NADH. Durante o metabolismo aeróbico,
esses elétrons são transferidos ao 0², e a energia de fluxo
de elétrons é capturada na forma de ATP.
■ A acetil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico (na
mitocôndria de eucariotos, no citosol de bactérias) quando
a citrato-sintase catalisa sua condensação com o
oxalacetato para a formação de citrato.
2 CO²
3 NADH
1 FADH
1 ATP (gtp)
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO
glicogênio são o fígado e o músculo esquelético. O glicogênio é
encontrado no citoplasma, e a sua molécula aparece na forma
de grânulos. No fígado, a síntese e a degradação do glicogênio
são reguladas para manter os níveis de glicemia necessários
para suprir as necessidades do organismo como um todo. Por
outro lado, no músculo, esses processos são regulados para
atender às necessidades energéticas do próprio músculo.
O metabolismo do glicogênio consiste na liberação e
armazenamento regulados da glicose
A degradação e a síntese do glicogênio são processos
bioquímicos simples.
A degradação do glicogênio consiste em três etapas:
(1) a liberação de glicose 1-fosfato do glicogênio,
(2) o remodelamento do substrato, o glicogênio, para
possibilitar a degradação subsequente,
(3) a conversão da glicose 1-fosfato em glicose 6-fosfato para
metabolismo posterior.
A glicose 6-fosfato derivada da degradação do glicogênio tem
três destinos possíveis:
(1) constitui o substrato inicial para a glicólise,
(2) pode ser convertida em glicose livre para a liberação na
corrente sanguínea,
(3) pode ser processada pela via das pentoses fosfato,
produzindo NADPH e derivados de ribose.
A conversão do glicogênio em glicose livre ocorre
principalmente no fígado.
Embora a maioria dos tecidos tenha uma
certa quantidade de glicogênio, os dois
locais principais de armazenamento de
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO
O substrato para a síntese de glicogênio é a UDP-glicose, sintetizada a partir de Glicose-1-P, geralmente proveniente da Glicose-
6-P da glicólise (por ação da fosfoglicomutase) ou, por exemplo, da degradação da galactose.
A enzima que aproveita a glicose destes nucleotídeos, liberando o UDP, é a glicogênio sintase. Esta no entanto, necessita de um
"primer", um resíduo por onde começar, que deve ser formado por pelo menos quatro moléculas de glicose. A proteína
glicogenina é a responsável pela formação desta pequena cadeia. A ela se liga o primeiro resíduo de glicose, após o que a
proteína agirá como catalisadora. Formado o primer, a glicogênio sintase se liga à cadeia e à glicogenina (que permance unida
àquele primeiro resíduo de glicose), estendendo a cadeia.
Conforme a cadeia cresce, a enzima e a glicogenina vão se separando, expondo trechos da cadeia onde poderão ser inseridos
pontos de ramificação. A glicogênio sintase, no entanto, apenas estende a cadeia, sem ramificá-la, pois sua ação se restringe à
formação de ligações alfa 1-4. A enzima ramificadora, capaz de formar as ligações alfa 1-6 necessárias, é a glicosil-(4-6)-
transferase. Esta, no entanto, utiliza resíduos (de 6 a 7 carbonos) da própria cadeia, previamente formados pela glicogênio-
sintase, apenas transferindo-os aos pontos de ramificação. Portanto, não há aproveitamento de UDP-glicose por parte desta
enzima.
Uma vez que o glicogênio esteja grande o bastante, a enzima glicogênio sintase é deslocada (fica livre para atuar na formação de
outras moléculas), mas a glicogenina permanece. Assim, na degradação do glicogênio, a ação se dará sobre a cadeia ligada a esta
proteína. Caso o glicogênio não seja degradado até a última molécula de glicose, o resíduo ligado à glicogenina já será o primer
para uma nova formação quando necessário.
A síntese de glicogênio é proeminente no fígado e músculo. O fígado armazena o excesso de carboidratos na
forma de glicogênio para enviar, pelo sangue aos outros tecidos, glicose quando necessário. O músculo
armazena apenas para consumo próprio, e só utiliza durante o exercício quando há necessidade de energia
rápida. No repouso, a preferência é pelos lipídios justamente para manter a reserva de glicogênio.
Glicogenólise
É a quebra do glicogênio pelo fígado (para os demais tecidos
do corpo) ou pelo tecido muscular (para uso próprio
exclusivo) para liberação de glicose e utilização desta para
obter energia. Quando os níveis de glicose diminuem, o
glucagon é o hormônio liberado.
• O músculo não possui glucose-6-fosfatase, e não pode por isso
transformar a glucose-6-P (que não pode sair da célula)em
glucose (que pode sair das células). O glicogénio do músculo é
por isso uma reserva de glucose-6-P para consumo próprio em
situações de emergência. A sua degradação é estimulada pela
ligação de uma hormona que sinaliza situações de perigo: a
adrenalina (também chamada epinefrina).
• O fígado possui glucose-6-fosfatase, e pode por isso transformar
a glucose-6-P (que não pode sair da célula) em glucose (que
pode sair das células). O seu glicogénio é por isso uma reserva
de glucose para utilização por outras células em períodos de
carência de glucose. A sua degradação é estimulada pela ligação
de uma hormona libertada pelo pâncreas quando os níveis de
glucose no sangue estão baixos: o glucagon.
Quando o Glucagon é secretado na corrente sanguínea,
ele é captado seu receptor na célula. Então ele ativa a
proteína G estimulante, que por sua vez ativa a enzima
adenilato ciclase no interior da membrana. Essa enzima
transforma ATP em AMPCiclico, que por sua vez ativa a
proteína quinase dependente de AMPc (PKA, que só é
ativada quando a concentração de AMPc está alta). Essa
PKA em atividade inibe a glicogênese, por ativar a
fosforilação de algumas enzimas.
CICLO DE KREBS

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