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Modernismo no Brasil
Módulo 23 – Fascículo 9
Prof. Michel Nascimento
Blog: www.educacaoadventista.org.br/blo/michel
Na	aula
de	hoje	nós	falaremos	sobre	o
modernismo brasileiro, movimento influenciado pela Vanguarda Europeia bem como pelo modernismo português.
São Paulo na época era considerada a capital mais moderna do país, cidade fundamental para o novo movimento que estava as portas.
Didaticamente o modernismo brasileiro tem início em 1922 a conhecidíssima semana da arte moderna.
Semana que aconteceu no teatro municipal de São Paulo nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro.
Antes da semana, várias outras coisas aconteceram em prol do modernismo, onde podemos citar os principais antecedentes da semana: a volta de Oswald de Andrade que estava na Europa e que lá entrou em contato com as novas manifestações da Vanguarda europeia.
Também temos a primeira exposição dos quadros expressionistas do Lasar Segall – temos também os vários livros lançados pelos autores que participariam mais tarde da semana e o grande estopim, a exposição da pintora Alice Malfatti e, que fora muito criticada nessa exposição por Monteiro Lobato num artigo intitulado paranoia ou mistificação.
principais representantes da semana de arte moderna:
Literatura:
Mário de Andrade
Oswald de Andrade
Ronald de Carvalho
Pintura:
Alice Malfatti
Tarsila do Amaral
Di Cavalcante
Música:
*Heitor Villa-Lobos
A semana de arte moderna foi organizada por vários artistas e contou com o patrocínio da elite paulistana.
Nessa semana os artistas modernos contaram com apoio de uma grande figura já consagrada na Literatura, figura esta que fazia parte da academia brasileira de letras.
Graça Aranha, o pré-modernista autor de
Canaã foi quem proferiu a abertura do evento
Desenhado	por	Di	Cavalcante
foi o cartaz da semana.
Já esse foi elaborado para a exposição das artes plásticas, também confeccionado por Di Cavalcante.
O que foi essa semana tão falada até os dias de hoje?
O que aconteceu?
Qual foi a reação do público?
Vejamos o que dizem os principais jornais da época:
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FOLHA DA NOITE
São Paulo, 16/02/1922
" Foi, como se esperava, um notável fracasso, a récita de ontem da pomposa Semana de Arte Moderna, que melhor e mais acertadamente deveria chamar-se Semana de Mal - às artes. O futurismo tão decantado não é positivamente de futuro... No presente, diante da ignorância de tal semana por parte da sonolenta sociedade, ainda é possível que dê alguma coisa; depois, porém, de conhecer a droga, ninguém penetrará a botica em que foi transformado o Municipal, agora muito em voga com o caso do Sr. Nilo, que foi representado pelo poderio dos futuristas... Mas no recital cabotiníssimo de ontem, foi tudo derrocado, ou quase tudo. Pondo-se de parte a nossa excepcional patrícia, quem interpretou sob protestos, aliás, trechos do pré-homem, o resto foi um atestado eloquente e incisivo da morbidez teratológica de que nos falou ontem Pinto Serva.
Jornal O Estado de São Paulo 16 fevereiro de 1922
“As colunas da secção livre deste jornal estão à disposição de todos aqueles que, atacando a Semana de Arte Moderna, defendam o nosso patrimônio artístico”.
Jornal do Comércio 17 fevereiro de 1922
“É preciso que se saiba que nos manicômios se produzem poemas, partituras, quadros e estátuas, e que essa arte de doidos tem o mesmo característico da arte dos futuristas e cubistas
que andam soltos por aí”.
A semana foi verdadeiramente um escândalo. Logo após a abertura da semana feita por Graça Aranha, Villa- Lobos tem de interromper sua apresentação por conta das vaias dos expectadores.
Em seguida entra Ronald de Carvalho e lê o poema “Sapos” de Manuel Bandeira – a plateia fica mais nervosa ainda e começa a repetir o refrão do poema que se assemelhava ao coachar dos sapos. Foi uma confusão sem tamanho.
Mário de Andrade para dar uma forcinha acaba recitando um poema nas escadarias do teatro, uma maluquice sem tamanho.
Para finalizar a balburdia, Villa-Lobos mais uma vez entra no palco todo arrumadinho só que de chinelo e guarda-chuva, e a plateia quase veio abaixo, querendo socar os artistas, no entanto eles ficaram muito felizes, pois alcançaram seus objetivos, ou seja, chocar, provocar a sociedade da época bem como o conservadorismo.
Vejamos uma foto tirada logo após finalizada a semana:
Oswald de Andrade
Mário de Andrade
Manuel Bandeira
Graça Aranha
Vejamos agora um fragmento do
poema os sapos
Os sapos Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
_ “Meu pai foi à guerra!”
_ “Não foi! _ “Foi!” _ “Não foi!”
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado, Diz: _ “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo Em comer os hiatos!
Que arte!
E nunca rimo
Os termos cognatos. O meu verso é bom Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio. (...)
Que soluças tu,
Transido de frio, Sapo-cururu
Da beira do rio ...
Manuel Bandeira
O poema Os sapos é uma espécie de sátira, uma crítica ao parnasianismo, pois é uma paródia do poema profissão de fé de Olavo Bilac. Ao falar sapo tanoeiro, Manuel Bandeira está diretamente se referindo ao próprio Olavo Bilac, porque Bilac dizia que o artista tinha uma tarefa muito parecida com a do artesão.
O sapo cururu nada mais é do que o próprio poeta moderno, mais simples, livre de todo o artificialismo do poeta parnasiano.
Vejamos quais foram os principais
desdobramentos dessa semana:
Várias revistas começaram a circular nessa época, entre elas se destacam:
Klaxon (São Paulo)
Estética (Rio de Janeiro)
Festa (Rio de Janeiro)
A Revista (Minas Gerais)
A Revista Antropofagia (São Paulo)
Entre elas destacam-se a revista Klaxon que vem do temo francês buzina, que era justamente o que eles queriam, fazer barulho, provocar a sociedade, foi a pioneira. E a revista Antropofagia, que trazia como marca central o desejo de devorar as outras culturas.
que		foi	esse as	principais
Para entendermos melhor o período, vejamos quais são correntes modernistas:
Movimento pau-brasil – pregava um retorno, uma busca a arte pré-histórica do Brasil. Pau-brasil por ter sido nosso principal produto de exportação, onde o pensamento era de que nossa poesia deveria ser exportada.
Movimento Verde-Amarelo – espécie de reação ao primeiro movimento, porque segundo os representantes do movimento, o nacionalismo pregado pela corrente acima era um nacionalismo muito importado, não era o verdadeiro nacionalismo e sentimento do Brasil.
Movimento Antropofágico – tem origem no trabalho de Tarsila do Amaral. Vejamos um de seus quadros:
Fazem parte da galeria antropofágica. É justamente o quando Abaporu que dá origem ao movimento – Abaporu é o termo indígena que significa comer gente. E era justamente isso que os autores desse movimento queriam, pois queriam devorar a cultura estrangeira e a partir de então, por meio de reestruturação, criar uma arte original, uma arte com a a cara do Brasil.
O modernismo por ser tão grande e tão expressivo é comumente dividido em três grandes fases:
1ª fase – fase heroica compreende o período de 1922 a 1930, a qual apresenta o desejo de liberdade, de ruptura e destruição do passado. Os principais autores são:
Oswald de Andrade
Mário de Andrade
Manuel bandeira
Alcântara Machado
	2ª	fase	–	se	estende	de	1930	a	1945	e	é
	conhecida	como	fase	da	consolidação	das
	conquistas	anteriores.	Nessa	fase	se	subdivide
	em:		
POESIA
Carlos Drummond de Andrade
Cecília Meirelles
Vinícius deMoraes
PROSA
José Lins do Rego
Graciliano Ramos
Jorge Amado
3ª fase – vai de 1945 e segue, e é conhecida como fase da reflexão. Destacam-se nesse período:
Guimarães Rosa
Clarice Lispector
João Cabral de Melo neto
Na	próxima	aula	falaremos	o	que	foi	a primeira fase do modernismo.

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