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11/11/2019 1 Farmacologia II Aula 10: Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Prof(a): Dra. Marina Firmino Lima de Oliveira marina.oliveira@unidesc.edu.br Célula especializada na captação e na transmissão do estímulo interno ou externo 1 2 11/11/2019 2 • Sinapse – transmissão nervosa através de uma substância química chamada de mediador ou neurotransmissor. • Neurônio – neurônio • Neurônio – órgão terminal (fibra muscular; célula glandular) • Os neurotransmissores são neuromediadores químicos que desencadeiam respostas teciduais. Podem ainda estimular a produção de enzimas e de hormônios. 3 4 11/11/2019 3 • As sinapses sempre se iniciam com o potencial de ação. • No equilíbrio elétrico, a célula encontra-se polarizada. • O sódio (Na+), íon primordialmente extracelular, não atravessa facilmente a membrana, se a célula estiver em repouso. Quando se excita uma fibra nervosa com um estímulo que atinge certo limiar, tem lugar uma modificação do potencial de membrana ou de repouso, originando-se outro potencial, denominado potencial de ação. 5 6 11/11/2019 4 Sistema Nervoso Autônomo Divisões Anatômicas Simpático Parassimpático Entérico Vínculo entre o SNC e os órgãos periféricos Compreende os plexos nervosos intrínsecos do trato gastrointestinal Regula: ➢ A contração e relaxamento da musculatura lisa de vasos e vísceras. ➢ Todas as secreções exócrinas e algumas endócrinas. ➢ Os batimentos cardíacos; (frequência e força de contração). ➢ O metabolismo energético, particularmente no fígado e nos músculos esqueléticos. • A via autônoma consiste em dois neurônios dispostos em série – neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares. 7 8 11/11/2019 5 • Tem sua origem nos corpos celulares neuronais localizados nos núcleos do tronco cerebral de 4 nervos cranianos. • III – oculomotor • VII – facial • IX – glossofaríngeo • X – vago • Corpos celulares neuronais situados no segundo, terceiro e quarto segmentos da medula sacral. • As fibras pré-ganglionares formam parte dos nervos cranianos e estabelecem sinapses com neurônios pós-ganglionares situados em gânglios no interior das vísceras inervadas. • Se caracteriza pela existência de fibras pré- ganglionares relativamente longas e fibras pós- ganglionares muito curtas. Parte cranial Parte sacral • Se origina de células localizadas nas colunas intermediolaterais da medula, estendendo-se do primeiro segmento torácico ao terceiro segmento lombar. • As fibras pré-ganglionares emergem com as raízes ventrais dos nervos espinhais e fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares. • Uma única fibra ganglionar pode entrar em contato com mais de 20 neurônios pós-ganglionares – caráter difuso e generalizado das respostas do sistema simpático. • A acetilcolina é o neurotransmissor na sinapse ganglionar. • A noradrenalina é o neurotransmissor na sinapse neuroefetora. • Existem exceções. 9 10 11/11/2019 6 Simpático Parassimpático Órgão Ação Receptor Ação Receptor Músculo radial da íris Contrai α1 Músculo circular da íris Contrai M3 Músculo ciliar da íris Contrai M3 Nódulo sinoatrial Acelera β1 Desacelera M2 Contratilidade Aumenta β1 Pele e vasos esplânicos Relaxa β2 Vasos dos músculos esqueléticos Contrai α1 Músculo liso bronquiolar Relaxa Contrai M3 Paredes do trato gastrointestinal Contrai α1 Relaxa M3 Útero grávido Contrai α1 Pênis, vesículas seminais Ejaculação α1 Ereção M Termorregulação Aumenta M Efeitos da Atividade do Sistema Nervoso Autônomo 11 12 11/11/2019 7 • Os sistemas simpático e parassimpático tem ações antagônicas em algumas situações, mas não em outras. • A atividade simpática aumenta durante o estresse, enquanto a atividade parassimpática predomina durante a saciedade e o repouso. • Um famoso fisiologista americano descobriu que o sistema simpático era capaz de provocar uma resposta generalizada e maciça que capacitava o organismo, quando estressado pelo dor, asfixia ou fortes emoções a reagir com uma resposta adequada. • Sob condições normais, ambos os sistemas exercem seu papel fisiológico e pode ser mais ou menos ativo em determinado órgão ou tecido, de acordo com a necessidade do momento. Componente Central do SNA • O hipotálamo mantém o meio interno em estado mais ou menos controlado e estável, permitindo ao organismo existir nas mais diferentes condições do meio ambiente. • Controla a temperatura do corpo, o equilíbrio hídrico, a neurossecreção, a ingestão de alimentos e também a atividade dos sistemas simpático e parassimpático. 13 14 11/11/2019 8 No SNA, os efeitos que se observam após a ativação dos receptores são: • Relaxamento ou contração do músculo liso. • Aumento ou diminuição na força ou velocidade de contração do músculo cardíaco. • Secreção ou não de uma glândula. • Aumento ou diminuição da atividade de um neurônio. • Determinadas alterações metabólicas. Somente na sinapse neuroefetora do sistema simpático, é que existe a noradrenalina. 15 16 11/11/2019 9 Para fins farmacológicos lembrar que: 1. A via eferente autonômica pode ser simpática ou parassimpática. 2. A via eferente autonômica é bineuronal; possui um neurônio pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. 3. A sinapse chamada ganglionar é a que se situa nos gânglios nervosos entre os neurônios pré e pós-ganglionares. 4. O neurotransmissor das sinapses ganglionares, tanto simpáticas como parassimpáticas, é a acetilcolina. 5. O neurotransmissor da sinapse neuroefetora do sistema parassimpático é a acetilcolina. 6. O neurotransmissor da sinapse neuroefetora do sistema simpático é a noradrenalina. Mecanismos pelos quais as drogas interferem no SNA: 1. Interferindo na síntese do neurotransmissor. 2. Competindo com a via de síntese do neurotransmissor. 3. Bloqueando o sistema de transporte da membrana axonal. 4. Bloqueando o sistema de transporte das vesículas sinápticas. 5. Estimulando a liberação do neurotransmissor das suas vesículas de estocagem. 6. Evitando a liberação do neurotransmissor. 7. Mimetizando a ação do neurotransmissor – agonistas dos receptores. 8. Bloqueando a ação dos neurotransmissores ao nível dos receptores – antagonistas competitivos. 9. Inibindo as enzimas que inativam os neurotransmissores. 17 18 11/11/2019 10 Sinapse Colinérgica • Caracteriza-se por possuir a acetilcolina como neurotransmissor. • A síntese de ACh requer acetilação da colina, que utiliza a acetil-coenzima A, e a CAT, uma enzima citosólica encontrada apenas em neurônios colinérgicos. • Depois de formada a ACh é armazenada nas vesículas pré-sinápticas. • O impulso nervoso despolariza a membrana, aumentando a entrada de cálcio na célula. • A liberação do neurotransmissor depende do Ca2+ • As vesículas liberam a ACh por exocitose. • Quando liberada pelas vesículas geram potencial de ação excitatório. Transmissão Colinérgica Receptores Muscarínicos • Os receptores muscarínicos são típicos receptores acoplados a proteína G, e são conhecidos 5 subtipos moleculares (M1-M5) • São bloqueados pela atropina • M1 – neuronais - excitatórios • M2 – cardíacos – atividade negativa • M3 – glandulares/do músculo liso – induzem contração e secreção Receptores Nicotínicos • Podem ser subdivididos em 3 classes: receptores musculares; receptores ganglionares e receptores do SNC. • Acoplado a um canal iônico. • Transforma a ligação da ACh em um sinal elétrico capaz de estimular a célula por despolarização 19 20 11/11/2019 11 Receptores Nicotínicos Receptores Muscarínicos A troca por GTP leva a dossociação do trímero. Formas ativas da proteína G A associação das subunidades α ou βγ com as enzimas alvo pode causar ativação ou inibição dependendo da proteína G envolvida. 21 22 11/11/2019 12 23 24 11/11/2019 13 Fármacos Colinérgicos Caracterizam-se pelos efeitos que produzem, semelhantes aos da acetilcolina • Classificados de acordo com 2 critérios:1. tipo de receptor, se muscarínico ou nicotínico 2. de acordo com seu mecanismo de ação, se direto (ao nível do receptor) ou indireto (inibição da acetilcolinesterase) 25 26 11/11/2019 14 DIRETOS: colinérgicos agonistas (estimulantes) dos receptores colinérgicos - Colinérgicos diretos muscarínicos - Ésteres da colina - Acetilcolina - Betanecol, etc. - Alcalóides - Muscarina - Pilocarpina - Colinérgicos diretos nicotínicos - Gangliomiméticos (na sinapse ganglionar) - Neuromusculares (na placa mioneural, no músculo estriado) INDIRETOS: colinérgicos que atuam como inibidores da colinesterase - Reversíveis - Edrofônio, carbamatos - Irreversíveis - Inseticidas organofosforados Fármacos Colinérgicos Os locais da sinapse colinérgica nos quais as drogas colinérgicas e anticolinérgicas atuam predominantemente são os seguintes: 1. Atuação sobre transportador de colina • Bloqueio pelo hemicolíneo provoca redução da acetilcolina 2. Liberação de acetilcolina • Bloqueio por falta de Ca2+ , excesso de Mg2+ , anestésicos locais, neurotoxina botulínica 3. Receptores Muscarínicos • Ativação através da acetilcolina, muscarina • Bloqueio com o uso de atropina 4. Receptores Nicotínicos • Ativação pela acetilcolina, nicotina, suxametônio • Bloqueio com tubocurarina e hexametônio 5. Acetilcolinesterase • Bloqueio com fisostigmina e alquilsulfatos 27 28 11/11/2019 15 1 - Fármacos que inibem a síntese de acetilcolina (atuação sobre transportador de colina) • Fator limitante - transporte de colina para dentro da terminação nervosa. • Hemicolínio – bloqueia o transporte de colina e portanto inibe a síntese de ACh. • Vesamicol – bloqueia o transporte de ACh para dentro das vesículas sinápticas. • Não são utilizados na prática clínica. 29 30 11/11/2019 16 2 - Anticolinérgico indireto (inibem a liberação de ACh) • A liberação de ACh por um impulso nervoso envolve a entrada de Ca2+ na terminação nervosa, a entrada de Ca2+ estimula a exocitose. • Antibióticos aminoglicosídeos (estreptomicina, neomicina), toxina botulínica. 31 32 11/11/2019 17 Ésteres da colina: • Acetilcolina • Acetil-β-metilcolina (metacolina) • Carbamilcolina (carbacol) • Betanecol Modificações na molécula que permitem ação mais duradoura. - Os usos clínicos da acetilcolina são muito limitados devido à sua curta duração de ação e efeitos potencialmente tóxicos. - Metacolina – usada no diagnóstico de intoxicações por alcaloides da beladona. - Carbacol - usado em oftalmologia para diminuir a pressão intra-ocular do glaucoma. - Betanacol - tratamento da retenção urinária pós-operatória. - Principal reação adversa desses fármacos – dependendo da dosagem podem levar a parada cardíaca. Colinérgicos Diretos3-4 –Ações diretas sobre receptores 3-4 –Ações diretas sobre receptores Alcalóides: • Muscarina • Pilocarpina • Oxitremorina - A muscarina é responsável pela intoxicação por vários tipos de cogumelos. Potência 100 x maior que da acetilcolina, não é degradada pela acetilcolinesterase. - Pilocarpina – colinérgico predominantemente muscarínico, utilizada para reduzir a pressão intra-ocular no tratamento do glaucoma. - Oxitremorina – usado na pesquisa farmacológica de novas drogas anticonvulsivantes e antiparkisonianas. 33 34 11/11/2019 18 Colinérgicos Indiretos • Nas sinapses colinérgicas, a AChE age hidrolisando o transmissor liberado e encerra sua ação rapidamente. • Os colinérgicos indiretos ou anticolinesterásicos bloqueiam a ação da AChE sobre a acetilcolina, evitando a hidrólise desse neurotransmissor. • Os efeitos observados quando da utilização desses medicamentos constituem extensões das ações e efeitos fisiológicos da estimulação colinérgica. 5 - colinérgicos que atuam como inibidores da colinesterase 35 36 11/11/2019 19 Anticolinesterásicos de ação curta • O único fármaco importante deste tipo é o edrofônio. • Compete com a ACh pela ligação ao ponto aniônico do centro ativo da enzima. • A ligação iônica formada é facilmente reversível, ação breve do fármaco. • Utilizado principalmente com finalidade diagnóstica – miastenia gravis. 37 38 11/11/2019 20 Anticolinesterásicos de duração intermediária • Neostigmina, piridostigmina, e a fisostigmina • Formam um complexo com a enzima que dura cerca de 30 min a 6 h. • Utilizados no tratamento da miastenia gravis. • Em anestesiologia podem ser usados para reverter o bloqueio neuromuscular por miorrelaxantes. Anticolinesterásicos irreversíveis • Organofosforados, diflos e ecotiopato. • Fosforilam o local ativo da enzima, e estabelecem uma ligação covalente, dissociação extremamente lenta, mais de 100 h. • Pode ser utilizado em alguns casos de estrabismo. Toxicidade dos anticolinesterásicos • São usados como inseticidas e pesticidas e, acidentalmente, podem provocar intoxicações. • Foram usados em guerras químicas com os chamados gases que atacam os nervos, como o sarin e o soman. • Os sintomas de intoxicação aguda são provocados pelo acúmulo de acetilcolina nas sinapses colinérgicas, observando-se broncoconstrição, acúmulo de secreções respiratórias, músculos respiratórios enfraquecidos ou paralisados e paralisia respiratória central. • Podem induzir ainda neurotoxicidade retardada, que progride para paralisia flácida. 39 40 11/11/2019 21 Anticolinérgicos • Fármacos antagonistas dos receptores colinérgicos se subdividem em: antimuscarínicos e antinicotínicos, de acordo com os tipos de receptores que são atingidos. Antagonistas muscarínicos podem ser classificados em 5 grupos: 1. Alcalóides naturais, como a atropina e escopolamina. 2. Substâncias aplicadas em oftalmologia, como homatropina, ciclopentolato e tropicamida. 3. Derivados com amônio quaternário, como butilescopolamina, ipratrópio. 4. Derivados usados na doença de Parkinson, como a benzatropina. 5. Grupo da pirenzepina, que tem atividade seletiva sobre os receptores M1 do estômago. 41 42 11/11/2019 22 Uso clínico dos anticolinérgicos antimuscarínicos • Os antagonistas dos receptores muscarínicos são utilizados no tratamento da doença de Parkinson. • A escopolamina é um dos fármacos mais antigos usados no tratamento do enjoo do mar (cinetose), e ainda é utilizada nesta indicação. • Podem ser utilizados para a paralisia muscular ciliar a fim de se realizarem medidas de refração em pacientes inquietos. A midríase obtida facilita o exame de retina. • Tratamento de gastrites, interferem na secreção do ácido gástrico. • Ipratrópio – tratamento da asma. 43 44 11/11/2019 23 Antagonistas Nicotínicos - Fármacos Bloqueadores Neuromusculares Agentes bloqueadores não despolarizantes • Bloqueiam a transmissão neuromuscular. • Mais importantes são o pancurônio, vecurônio, cisatracúrio e o mivacúrio. • Mecanismo de ação: antagonistas competitivos dos receptores da ACh situados na placa terminal. • São utilizados principalmente em anestesia para produzir relaxamento muscular. • Importante: não causam analgesia, apenas a paralisia muscular. 45 46 11/11/2019 24 Agentes bloqueadores despolarizantes • Agonista, causando uma despolarização mantida na região da placa da fibra muscular, que leva a perda da excitabilidade elétrica – bloqueio por despolarização. • O suxametônio é o único fármaco despolarizante atualmente em uso. • Apresenta alguns efeitos adversos, mas permanece em uso devido à rápida recuperação que se segue à sua retirada. • Efeitos adversos: bradicardia, liberação de potássio (em vítimas de traumatismos pode levar a parada cardíaca), aumento da pressão intraocular, paralisia prolongada. Sinapse Adrenérgica • Caracteriza-se por possuir a noradrenalina (norepinefrina) como neurotransmissor. • Ocorrem nas sinapses do SNC e neuroefetoras do sistema simpático. • Promove respostas musculares, glandulares e metabólicas. + OH - COOH + OH + CH3 47 48 11/11/2019 25 • Ao se aproximar do órgão ou tecido inervado, o axônio adrenérgico se subdivide eminúmeras fibrilas terminais que apresentam uma série de varicosidades ou intumescências que lembram, no seu conjunto, um colar de contas. • A noradrenalina se encontra em concentração elevada, nas varicosidades terminais. 49 50 11/11/2019 26 Receptores α • O estímulo alfa-adrenérgico produz efeito excitatório em todos os órgãos providos de alfa-receptores, com exceção da musculatura intestinal, que se relaxa. • α1 – receptores pós-sinápticos presentes nos órgãos efetores. • α2 – estão localizados nos terminais nervosos e são, portanto, pré-sinápticos. Transmissão Adrenérgica 51 52 11/11/2019 27 Transmissão Adrenérgica Receptores β • A estimulação beta-adrenérgica dá origem a respostas inibitórias, exceto pelo coração e por algumas respostas metabólicas. • β1 – predominam no coração, trato gastrointestinal e tecido adiposo. • β2 – musculatura lisa e células glandulares. 53 54 11/11/2019 28 Simpaticomiméticos • Fármacos que se caracterizam pelos efeitos que produzem, semelhantes a NA AMINAS DE AÇÃO DIRETA: ação nos receptores adrenérgicos - Adrenalina - Noradrenalina - Isopropilnoradrenalina (Isoproterenol ou Isoprenalina) - Dopamina AMINAS DE AÇÃO INDIRETA: liberadora de NA - Efedrina - Metaraminol - Fenilpropanolamina AMINAS DE AÇÃO MISTA: atuam tanto diretamente quanto promovendo liberação de NA - Dopamina - Metaraminol - Anfetamina 55 56 11/11/2019 29 Adrenalina • Potente estimulante cardíaco (aumenta a excitabilidade, condução e contratilidade). Muito utilizada em casos de parada cardíaca, para ressuscitação. • Broncodilatação em consequência a estimulação beta-adrenérgica. Utilizada para alívio do broncoespasmo. • Toda a musculatura gastrointestinal em geral se relaxa. Reações alérgicas graves • Os efeitos da adrenalina no SNC são em geral discretos (substância polar, tem dificuldade para penetrar na barreira hematoencefálica). Isoproterenol • Mais potente estimulante beta-adrenérgico conhecido. • Efeitos evidentes no coração, nos brônquios, vasos da musculatura esquelética e no trato gastrointestinal. • Redução da pressão arterial. • Fluxo sanguíneo muscular se eleva acentuadamente. • Utilizado em casos de asma brônquica, parada cardíaca e alívio do broncoespasmo. Noradrenalina • Principal indicação clínica – hipotensão arterial – hoje em dia tornou-se obsoleta. 57 58 11/11/2019 30 Dopamina • Indicada em situações de hipotensão arterial com resistência periférica. • Hipotensão grave, infarto do miocárdio. Metaraminol • Utilizado exclusivamente na hipotensão arterial. Fenilpropanolamina • Descongestionante das vias aéreas superiores. Efedrina • Principal indicação tratamento da asma brônquica. Anfetamina • Promove a liberação de NA nos terminais adrenérgicos e tem ação agonista direta sobre os receptores. • Efeitos: diminuição do sono e da fadiga; aumento da capacidade de trabalho; redução do apetite. • Uso clinico em pacientes com obesidade mórbida, apresenta tolerância após 20 a 30 dias de uso. • Efeitos adversos: dependência física, nervosismo, insônia, crises psicóticas, taquicardia, crises hipertensivas. 59 60 11/11/2019 31 Inibidores da MAO • Fármacos que inibem a ação da MAO e, portanto, bloqueiam a degradação da NA, dopamina e serotonina. • Utilizados como antidepressivos – Tranilcipromina (única disponível no Brasil) • O mecanismo de ação de todas essas drogas é fundamentalmente o bloqueio da degradação de aminas como a noradrenalina, a dopamina e a serotonina. • Ocorre, porém, que a inibição da MAO não se dá apenas no sistema nervoso central. • Em consequência da falta de especificidade dos IMAO pela MAO cerebral, essas drogas têm uso clínico limitado pela ocorrência de numerosos efeitos colaterais e de frequentes interações medicamentosas. 61 62 11/11/2019 32 Antiadrenérgicos Bloqueadores α-adrenérgicos • Prazosina – reduz a pressão arterial em consequência da vasodilatação arteriolar e venosa. • antagoniza os efeitos pressores da adrenalina e da noradrenalina. • É indicada como segunda ou terceira droga no tratamento da hipertensão arterial, comumente associada a um betabloqueador, a um diurético ou a ambos. 63 64 11/11/2019 33 Bloqueadores β-adrenérgicos • O termo betabloqueador deve ser reservado exclusivamente àquelas substâncias que demonstraram antagonismo específico ao estímulo beta, endógeno ou exógeno. • Tratamento da angina de peito baseada na redução do consumo de O2 pelo miocárdio, resultante da queda da frequência e trabalhos cardíacos – Propranolol mais utilizado. • Drogas de primeira escolha no tratamento da hipertensão arterial. Mecanismo de ação ainda obscuro. • Tratamento de arritmias cardíacas. Antiadrenérgicos 65 66 11/11/2019 34 Atenolol, metropolol e acebutolol • Cardiosseletivos • Em doses terapêuticas essas drogas têm realmente uma maior afinidade por receptores beta-1, mas, à medida que se aumentam as doses, começam a surgir efeitos sobre receptores beta-2. 67 68
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