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Contestação - Aula 7 - Corrigida

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 80ª VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ
RT No 1000/2018
TECELAGEM FIO DE OURO SA., inscrita no CNPJ no..., situada à rua..., no..., bairro..., cidade..., Estado..., CEP..., endereço eletrônico, por seu advogado com escritório situado à rua..., no..., bairro... cidade..., CEP..., Estado... para fins do artigo 106,I,CPC, nos autos da reclamação trabalhista proposta por JOANA DA SILVA, já devidamente qualificada, com base nos artigos 335,CPC c/c 847,CLT vem perante V.Exa. apresentar sua 
CONTESTAÇÃO
PRELIMINAR DE MÉRITO
De acordo com os artigos 330,§1º,I c/c 337,IV e 485,I, ambos do CPC, deve-se extinguir o processo sem resolução de mérito no que diz respeito ao pedido da autora referente ao adicional de periculosidade, visto que ocorreu inépcia por ausência de fundamentação. 
PREJUDICIAL DE MÉRITO
De acordo com o artigo 11 da CLT, todo e qualquer direito alegado pela autora anterior a 15/10/13 encontra-se prescrito.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
- O pedido da autora que se refere ao dano moral por doença degenerativa não deve prosperar, visto que, de acordo com a Lei 8.213/91 em seu artigo 20,§1º,”a”, doença degenerativa não é considerada doença profissional ou doença do trabalho.
- O pedido da autora que requer a integração do plano odontológico como salário utilidade não deve prosperar, visto que, de acordo com o artigo 458,§2º,IV e §5º,CLT, plano odontológico não deve ser integrado ao salário.
- O pedido da autora que se refere ao pagamento das cestas básicas não deve prosperar, visto que a norma coletiva que tornava essa prestação obrigatória findou-se em julho de 2018, desobrigando assim a empresa de continuar fornecendo as mesmas, de acordo com o artigo 614,§3º,CLT.
- O pedido da autora que se refere ao pagamento de horas extras por tempo à disposição do empregador durante os cultos ecumênicos realizados na empresa não deve prosperar, visto que, de acordo com o artigo 4º,§2º,I,CLT, práticas religiosas praticadas por escolha própria nas dependências da empresa não configuram tempo à disposição do empregador.
- A autora alega ter sido coagida a pedir demissão. Logo, de acordo com os artigos 818,I,CLT e 373,I,CPC, o ônus da prova deste fato incumbe à autora.
- O pedido da autora que se refere ao acúmulo de função não deve prosperar, visto que, de acordo com o artigo 456, parágrafo único da CLT, ela exercia atividade compatível com a sua função e condição pessoal.
- O pedido da autora que se refere ao adicional de periculosidade não deve prosperar, visto que, de acordo com o artigo 193, a atividade exercida pela mesma não oferece periculosidade.
- A reclamante deverá ser condenada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios na forma do artigo 791-A da CLT.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a V.Exa.
 - O acolhimento da preliminar de mérito, extinguindo o processo sem resolução de mérito no que se refere ao pedido de adicional de periculosidade.
- O acolhimento da prejudicial de mérito, reconhecendo a prescrição dos direitos anteriores a 15/10/2013.
- A improcedência total da presente reclamação trabalhista pelos fatos e fundamentos apresentados.
- A condenação da reclamante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação.
DAS PROVAS:
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidos em especial documental, documental superveniente, testemunhal e o depoimento pessoal das partes, na forma do art. 369 do CPC
N. Termos
P. Deferimento
local e data Advogado
OAB/UF

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