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caso concreto 14. pratica simulada V

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DE BRASILIA/DF 
 
 
 
Autos do processo nº... 
 
HUMBERO, Já qualificado nos autos em epigrafe, por seu advogado que ao final subscreve, não se 
conformando com a respeitável decisão denegatória do mandado de segurança interposto, vem, 
respeitosamente, a presença de vossa Excelencia, com fundamento no artigo 102, II , A da CF/88 propor 
 
RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL 
 
Em face de ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA pelos motivos de fato e de direito que seguem 
adiante: 
 
Requer, ainda, a intimação da parte contraria para que, querendo, ofereça, dentro do prazo legal, suas 
contraraões, remetendo-se , ao final, os presentes autos ao STF. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado 
 
OAB nº... 
 
 
 
 
 
 RAZÕES DE RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL 
 
 
Recorrente- Humberto 
 
Recorrido - Órgão da Administração Publica 
 
Tribunal- STF 
 
 
Mandado de Segurança nº... 
 
 
Ilustríssimos Ministros do STF, 
 
HUMBERTO, não se conformando com a respeitável decisão de fls..., vem, respeitosamente, apresentar 
as razões para seu recurso ordinário. 
 
Trata-se de Mandado de Segurança impetrado perante o TJ-Brasilia/DF, visando a concessão de liminar, 
aduzindo, com a devida fundamentação que o ato de demissão do recorrente seria inválido. 
 
A autoridade impetrada sustentou em sua decisão judicial, a impossibilidade de alteração do mérito 
administrativo pelo poder judiciário, sob pena de violação ao principio republicano da separação de 
poderes. 
 
Sendo assim, e pelas razões de fato e de direito que a seguir exporá, interpõe o recorrente o presente 
recurso para haver reforma da sentença recorrida. 
 
1. DOS FATOS 
 
Em 20/1/2009, foi instaurado procedimento administrativo disciplinar, por portaria publicada no DOU- 
Diário Oficial da União, para apurar a conduta do recorrente, administrador e servidor público estável, 
residente em Brasilia,, no DF, que teria favorecido, de forma ilegal, várias prefeituras com prática de ato 
em desacordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, tais prefeituras teriam 
violado artigo de lei de Responsabilidade Fiscal e voltado a situação aparente de normalidade e 
legalidade pra receberem verbas publicas. 
A Comissão encarregada do processo disciplinar, designada pela autoridade competente, foi composta 
pelos seguintes servidores, todos de nível hierárquico superior ao indiciado: Ana Maria, admitida, por 
concurso PUBLICO, EM 20/8/2003, Geraldo, admitido por concurso Publico, em 14/2/2004, e Cassio, não 
concursado, que exerce, desde 20/6/2000, cago em comissão declarada em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
 
O Feito foi regularmente conduzido. O julgamento do recorrente foi realizado no órgão da 
administração publica em tempo hábil, segundo a legislação que rege a matéria, sendo acolhidas as 
conclusões da comissão. Ao final, em ato do ministro do trabalho e emprego, por meio da portaria 123, 
de 9/3/2009, publicada no DOU DE 10/3/2009, o recorrente foi demitido do cargo público de 
administrador. 
 
2. DO CABIMENTO DO RECURSO 
 
O artigo 102,II, A da CF/88 indica que cabe ao STF julgar em Recurso Ordinario Constitucional, quando 
for denegatória a decisão proferida em Mandado de Segurança. 
 
Estão presentes os requisitos de admissibilidade e o procedimento no juízo de origem nos termos do 
artigo 540 do CPC. A sentença recorrida foi publicada no DOU em 13/4/2009. Está indicada a 
tempestividade do presente recurso. 
 
3. DO MÉRITO 
Como já demonstrado no mandado d e segurança proposto contra ato do Ministro de Estado, o 
processo administrativo disciplinar do qual resultou a Porta ria de demissão n. 123, de 9/3/2009, 
publicada no DOU de 10/3/2009, está eivado de nulidade. 
Compulsando-se os autos do processo administrativo disciplinar verifica-se que a Comissão processante 
foi irregularmente constituída, apesar de todos os seus componentes serem de nível hierárquico 
superior ao do indiciado, senão vejamos: (a) Ana Maria, admitida por concurso público em 20/8/2003; 
(ii) Geraldo, admitido por concurso público em 12/2/2004; (iii) e Cássio, não concursado, que exerce, 
desde 20/6/2000, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Note-se que um dos componentes, notadamente Cássio, é servidor público de cargo em comissão, ou 
seja, não estável. Com isso, tem-se afronta ao art. 149 da Lei 8.112/90: 
Ademais, nota-se que a demissão foi imposta por ato do ministro do Trabalho e 
Emprego, por meio da Portaria n.º 123, de 9/3/2009, no entanto, este é incompetente para aplicar a 
pena de demissão, segundo disposto no artigo 141 da Lei nº. 8112/90, pois a penalidade imposta a 
recorrente é de competência do Presidente da República, o que não se verifica no caso em tela, sendo, 
portanto, invalidado o ato. Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas Considerando os 
fundamentos acima exposto é nítida a violação ao art. 5°, inciso LV, da CRFB, pois estar-se-á a ferir, com 
essa inobservância da regra, o devido processo legal assegurado por lei 
Requer-se, portanto, a anulação da Portaria de 9/3/2009, do processo administrativo disciplinar que lhe 
deu origem e a imediata reintegração do recorrente ao cargo anteriormente ocupado. 
 
4. DO PEDIDO 
Pelo exposto, o recorrente requer o processamento para dar provimento ao recurso reformando a 
decisão recorrida, concedendo-se a segurança para anulação da Portaria 9/3/2009, do processo 
administrativo disciplinar que lhe deu origem e que seja determinada a imediata reintegração do 
recorrente ao cargo anteriormente ocupado. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
Local, 28 de abril de 2009. 
Assinatura do Advogado 
OAB/... nº..

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