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Centro Universitário do Norte Escola da Saúde Curso de Farmácia Relatório Final Medicamentos Wemelly Cristine de Araújo Naziazeno Manaus-2019 Centro Universitário do Norte Escola da Saúde Curso de Farmácia Relatório Final Medicamentos Wemelly Cristine de Araújo Naziazeno Professor de estágio: Patrícia Motta Supervisor de estágio: Roberta Mainardi Preceptor de estágio: Ana Clara Santo e Santos Coordenador do curso de Farmácia: Roberta Mainardi Local de estágio: Uninorte 1 Período do estágio: Manaus-2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4 2. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 5 3. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 5 3.1. Objetivo Geral ............................................................................................................. 6 3.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 6 4. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO .......................................................................... 6 5. ATIVIDADES REALIZADAS..................................................................................................... 7 5.1. Organização dos Medicamentos ................................................................................. 7 5.2. Atendimento e Dispensação ....................................................................................... 8 5.3. Dispensação e Retenção de Receita: Medicamentos sujeitos a controle especial – RDC 20 e Portaria 344/98 .................................................................................................................. 10 5.4. Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) ................ 15 5.5 Controle de Estoque: Inventário, Segregação de medicamentos vencidos e próximos ao vencimento. .................................................................................................................................. 16 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 20 7. ANEXOS ............................................................................................................................. 22 4 1. INTRODUÇÃO Os medicamentos são os principais auxiliares na melhoria e no papel fundamental na proteção e reabilitação da saúde, e ainda de auxiliarem na manutenção e na melhoria da qualidade de vida.1 Relacionado ao uso de medicamentos o Brasil conta com a Política Nacional de Medicamentos (PNM) que rege varias diretrizes ligas ao uso racional de medicamentos (URM) sendo esse considerado um dos elementos chave recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as políticas de medicamentos2. O crescimento excessivo no uso de medicamentos em muitos países tem sido apontado como uma importante barreira para o alcance do URM e faz parte de um fenômeno denominado “farmaceuticalização” da sociedade3. O URM é considerado um dos elementos- chave recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as políticas de medicamentos2. De acordo com a Lei 13.021, de 08 de agosto de 2014, a farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos. O profissional farmacêutico encontra-se em estabelecimento estratégico – farmácia ou drogaria e de amplo alcance à população, o que o torna um profissional privilegiado para a promoção do uso racional de medicamentos, para uma dispensação voltada à necessidade do usuário que busca pelos medicamentos4. Dentre as diversas atividades desempenhadas pelo farmacêutico, a dispensação de medicamentos figura como uma das principais, sendo esta uma atividade que permite ao farmacêutico estabelecer uma relação de proximidade e confiança com o paciente, garantindo a ele a entrega adequada e racional de medicamentos. Assim, para todo medicamento sujeito à prescrição de profissional habilitado, antes da sua dispensação, compete ao farmacêutico a correta 5 interpretação e avaliação do receituário. É dever do farmacêutico considerar, para que possa efetuar a dispensação de tais medicamentos, os modelos preconizados de receituários para cada tipo de medicamento e seu prazo de validade após emissão, dados de preenchimento obrigatórios e abrangência de validade do receituário5. Visando o exposto, o Estágio Supervisionado VI (medicamentos), realizado na Drogasil – Aleixo 1, propôs-se a proporcionar ao estudante a experiência prática dos conhecimentos adquiridos ao decorrer da formação, possibilitando a preparação e o envolvimento nas atividades que regem parte do campo de atuação. Deste modo, este relatório descreve as seguintes atividades realizadas: Organização de medicamentos; Atendimento e Dispensação; Atenção Farmacêutica; Dispensação e Retenção de Receitas (Antimicrobianos e medicamentos sujeitos a controle especial); SNGPC; Aquisição e recebimento de mercadoria; Controle de temperatura e umidade. 2. JUSTIFICATIVA O presente relatório se faz necessário para fixação do aprendizado da prática de um profissional farmacêutico, tendo em vista suas atribuições dentro de um estabelecimento de farmácia, tendo a possibilidade de pôr em pratica todo o aprendizado adquirido, além da importância de aplicar os conhecimentos adequados sobre as RDC’S que regem a dispensação e a orientação adequada dos medicamentos, pois auxilia e contribui na formação de futuros profissionais capacitados a realizar as atividades com competência e ética e assim a prestação de serviços adequados a sociedade. 3. OBJETIVOS 6 3.1. Objetivo Geral Obter conhecimento sobre e praticar os serviços realizados pelo profissional farmacêutico na área de medicamentos e na assistência farmacêutica, atribuindo assim, capacidades e habilidades para que o mesmo exerça sua profissão com excelência e ética. 3.2. Objetivos Específicos - Interagir com os profissionais atuantes no campo de estágio; - Organizar medicamentos; - Atender clientes e Dispensar medicamentos; - Realizar atenção Farmacêutica; - Adquirir e receber mercadoria; - Realizar o controle de temperatura e umidade; - Capacitar o acadêmico a realizar os serviços farmacêuticos. 4. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO O estágio supervisionado V (Medicamentos) foi realizado na Drogasil – MN Aleixo, localizada no bairro Aleixo, zona Sul de Manaus no endereço Av.Via Láctea, 825. Nascida no coração de São Paulo, na Rua José Bonifácio, a Drogasil começou a sua história. Em 28 de março de 1935, foi dado o primeiro passo para a criação da empresa com a fusão de dois pequenos grupos de farmácias familiares do Estado de São Paulo: a Drogaria Bráulio e a Drogaria Brasil. Dois anos depois, em 1937, adotou o conceito de rede ao se juntar a outras drogarias: Amarante, Ypiranga, Morse, Orion, Sul América e Araújo e assim oi realizando o crescimento da empresa. No ano de 2019 a Drogasil chegou ao Amazonas. 7 5. ATIVIDADES REALIZADAS5.1. Organização dos Medicamentos Introdução teórica O Artigo 40º da RDC Nº 44, de 17 de Agosto de 2009 que dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, os produtos de dispensação e comercialização permitidas em farmácias e drogarias deve ser organizado em área de circulação comum ou em área de circulação restrita aos funcionários, conforme o tipo e categoria do produto6. §1º - Os medicamentos deverão permanecer em área de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida sua exposição direta ao alcance dos usuários do estabelecimento; §2º - A ANVISA poderá editar relação dos medicamentos isentos de prescrição que poderão permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por meio de autosserviço no estabelecimento; §3º - Os demais produtos poderão permanecer expostos em área de circulação comum. A liberação de medicamentos para entrega deve obedecer à ordem cronológica de seus lotes de fabricação, ou seja, expedição dos lotes mais antigos antes dos mais novos. A estocagem quer em estantes, armários, prateleiras ou estrados, deve permitir a fácil visualização para a perfeita identificação dos medicamentos, quanto ao nome do produto, seu número de lote e seu prazo de validade7. A estocagem nunca deve ser efetuada diretamente em contato direto com o solo e nem em lugar que receba luz solar direta. A estocagem de medicamentos termo lábeis deve manter uma temperatura constante, ao redor de 20ºC7. Atividade desenvolvida 8 Organizaram-se os medicamentos no estoque em caixas fechadas e identificadas como medicamentos, colocando-os em cima de paletes. Na reposição das prateleiras colocaram-se os medicamentos genéricos sem retenção de receita separados dos demais seguindo ordem alfabética, colaram-se os demais medicamentos sem retenção de receita em prateleiras posicionadas atrás do balcão de atendimento e em ordem alfabética. Para os medicamentos antimicrobianos colocaram-se estes em armários localizados após a parede atrás do balcão de atendimento, posicionou-os em ordem alfabética. Os medicamentos sujeitos a controle especial foram levados a sua devida sala e organizados separando éticos de genéricos e também pelas classes terapêuticas. 5.2. Atendimento e Dispensação Introdução teórica Segundo Andrade (2002), dispensação é um termo que pode ser definido como o processo de fornecimento de medicamentos ao paciente, acompanhado de orientação sobre o uso e informações a respeito de possíveis efeitos colaterais. A tarefa de dispensar medicamentos (com o cuidado de não confundir simplesmente com entrega) deve ser realizada nos estabelecimentos regulamentados para tal fim: farmácias, drogarias e ervanarias. As farmácias podem ser públicas ou privadas, e prestam-se à assistência farmacêutica individual e coletiva dispensando produtos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou diagnóstica8. A RDC Nº 44, de 17 de agosto de 2009 dispõe sobre a dispensação de medicamentos apresenta as seguintes informações: Art. 42. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos. §1º O estabelecimento deve manter à disposição dos usuários, em local de fácil visualização e de modo a permitir a imediata identificação, lista atualizada dos 9 medicamentos genéricos comercializados no país, conforme relação divulgada pela Anvisa e disponibilizada no seu sítio eletrônico no endereço http://www.anvisa.gov.br. §2º São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto. Art. 43. Os medicamentos sujeitos à prescrição somente podem ser dispensados mediante apresentação da respectiva receita. Art. 44. O farmacêutico deverá avaliar as receitas observando os seguintes itens: I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; II - identificação do usuário; III - identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade; IV - modo de usar ou posologia; V - duração do tratamento; VI - local e data da emissão; VII - assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional6. Atividade desenvolvida Atendeu-se o cliente tratando-o com cordialidade, pediu-se a receita, e analisou-se com atenção a alguns fatores: os medicamentos prescritos, a posologia, e a via de administração, em seguida verificaram-se assinatura e carimbo do médico, prosseguindo olhou-se a data da receita. Após o feito, realizou-se a pesquisa do medicamento no sistema e informou-se ao cliente as opções disponíveis. 10 5.3. Dispensação e Retenção de Receita: Medicamentos sujeitos a controle especial – RDC 20 e Portaria 344/98 Introdução teórica Considere-se antibiótico toda a substância capaz de matar ou inibir o crescimento de bactérias. Para ser efetivo e tolerável o antibiótico precisa ser uma substância nociva às bactérias, mas relativamente segura para as nossas células. Isso não significa que não possa haver efeitos secundários, mas por definição, um antibiótico deve ser muito mais tóxico para germes invasores do que para o organismo invadido. A RDC Nº 20, de 5 de Maio de 2011, dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. De acordo com o Art. 5º, a prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não havendo, portanto, modelo de receita específico. A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo os seguintes dados obrigatórios: I - identificação do paciente: nome completo, idade e sexo; II - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos); III - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); IV - data da emissão. Art. 6º A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias a contar da data de sua emissão. Art. 7º A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos desde que não sejam sujeitos a controle especial. 11 Parágrafo único. Não há limitação do número de itens contendo medicamentos antimicrobianos prescritos por receita. Art. 9º A dispensação em farmácias e drogarias públicas e privadas dar-se-á mediante a retenção da 2ª (segunda) via da receita, devendo a 1ª (primeira) via ser devolvida ao paciente. § 1º O farmacêutico não poderá aceitar receitas posteriores ao prazo de validade estabelecido nos termos desta Resolução. § 2º As receitas somente poderão ser dispensadas pelo farmacêutico quando apresentadas de forma legível e sem rasuras. Art. 12.º A receita deve ser aviada uma única vez e não poderá ser utilizada para aquisições posteriores, salvo nas situações previstas no artigo 8º desta norma9. A Portaria nº 344/1998, aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Compõem o texto as definições de conceitos relacionados a essas substâncias e medicamentos, bem como as obrigações legais relacionadas a produção, uso, transporte, comércio, prescrição e dispensação, além dos medicamentos classificados em listas de acordo com características comunsàqueles fármacos. Art. 55 As receitas que incluam medicamentos à base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C5" (anabolizantes) e os adendos das listas "A1" (entorpecentes), "A2" e "B1" (psicotrópicos) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, somente poderão ser aviadas quando prescritas por profissionais devidamente habilitados e com os campos descritos abaixo devidamente preenchidos: a) identificação do emitente: impresso em formulário do profissional ou da instituição, contendo o nome e endereço do consultório e/ ou da residência do profissional, n. º da inscrição no Conselho Regional e no caso da instituição, nome e endereço da mesma; b) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; 12 c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; d) data da emissão; e) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional; f) identificação do registro: na receita retida, deverá ser anotado no verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se de formulações magistrais, também o número do registro da receita no livro correspondente. Art. 35 :A Notificação de Receita é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e "C3" (imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e de suas atualizações. Art. 41: A Notificação de Receita "A" será válida por 30 (trinta) dias a contar da data de sua emissão em todo o Território Nacional, sendo necessário que seja acompanhada da receita médica com justificativa do uso, quando para aquisição em outra Unidade Federativa. Art. 43: A Notificação de Receita "A" poderá conter no máximo de 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas de apresentação, poderá conter a quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias de tratamento Art. 45: A Notificação de Receita "B", de cor azul, impressa às expensas do profissional ou da instituição, conforme modelos anexos (X e XI) a este Regulamento Técnico, terá validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. Art. 46: A Notificação de Receita "B" poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. 13 Art. 49: A Notificação de Receita para prescrição do medicamento a base da substância da lista "C3" (imunossupressora), de cor branca, será impressa conforme anexo (XIII), as expensas dos serviços públicos de saúde devidamente cadastrados junto ao órgão de Vigilância Sanitária Estadual. Art. 50: A Notificação de Receita Especial, de cor branca, para prescrição de medicamentos à base de substâncias constantes da lista "C2" (retinóides de uso sistêmico) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações será impressa às expensas do médico prescritor ou pela instituição a qual esteja filiado, terá validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. § 1º A Notificação de Receita Especial de Retinóides, para preparações farmacêuticas de uso sistêmico, poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas, e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente no máximo a 30 (trinta) dias, contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. § 2º A Notificação de Receita Especial para dispensação de medicamentos de uso sistêmico que contenham substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá estar acompanhada de "Termo de Consentimento Pós-Informação" (ANEXO XV e ANEXO XVI), fornecido pelos profissionais aos pacientes alertando-os que o medicamento é pessoal e intransferível, e das suas reações e restrições de uso. Art. 52: O formulário da Receita de Controle Especial (ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional, deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, datilografado ou informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e "2ª via - Orientação ao Paciente". § 1º A Receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura e terá validade de 30 (trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para medicamentos à base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias 14 sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações. § 2º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar a receita, quando todos os itens estiverem devidamente preenchidos. Art. 53: O aviamento ou dispensação de Receitas de Controle Especial, contendo medicamentos à base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em qualquer forma farmacêutica ou apresentação, é privativo de farmácia ou drogaria e somente poderá ser efetuado mediante receita, sendo a "1ª via - Retida no estabelecimento farmacêutico" e a "2ª via - Devolvida ao Paciente", com o carimbo comprovando o atendimento. Art. 58: A prescrição de anti-retrovirais poderá conter em cada receita, no máximo 5 (cinco) substâncias constantes da lista "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham. Art. 59: A quantidade prescrita de cada substância constante da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes), deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente a no máximo 60 (sessenta) dias10. Atividade desenvolvida Primeiramente observou-se se todos os itens obrigatórios constavam na receita, no caso dos antimicrobianos observava-se se a receita estava em 2 vias, a validade, se o medicamento e a posologia estavam prescritos corretamente, os dados do paciente e os dados do médico. Posteriormente realizava-se a dispensação, solicitava-se que o paciente preenche-se os dados do comprador e em seguida, a primeira via voltava ao paciente com o carimbo de recebido e a 2 via da drogaria carimbava-se no verso anotando alguns dados como o: nome do medicamento; validade; lote; MS; quantidade dispensada; data de nascimento do 15 paciente que iria fazer uso e endereço e matricula de quem realizou a dispensação, feito isto, repasse a esta via para o farmacêutico responsável. Para as receitas de medicamentos sujeitos a controle especial observava-se os mesmos itens e se vinha acompanhada de algum termo caso se fizesse necessário. Nas notificações de Receita deve-se observar as informações da gráfica no rodapé e a identificação numérica. Passa-se a receita e medicamento para a conferência farmacêutica. A 1ª via ficava retida na drogaria e armazenada empasta exclusiva dos farmacêuticos. 5.4. Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) Introdução teórica De acordo com a ANVISA, o SNGPC monitora as movimentações de entrada (compras e transferências) e saída (vendas, transformações, transferências e perdas) de medicamentos comercializados em farmácias e drogarias privadas do país, particularmente os medicamentos sujeitos à Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998 (como os entorpecentes e os psicotrópicos) e os antimicrobianos. O sistema substituiu de forma gradual, entre 2007 e 2008, a escrituração tradicional (manual – livro de registros – ou informatizada), em que as informações ficavam apenas na empresa, pela escrituração obrigatoriamente eletrônica, com transmissão dos dados para a Anvisa. O monitoramento dos hábitos de prescrição e consumo desses medicamentos no país possibilita contribuir com decisões regulatórias e ações educativas a serem promovidas pelos entes que compõem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária11. Atividade desenvolvida Realizou-se a entrada de notas e saídas de medicamentos antimicrobianos e de controle especial através do programa Alternate (o padrão da Drogasil). O processo de entrada se dava por meio da nota fiscal, realizava-se a separação de 16 todos os medicamentos que constavam na nota e iniciava-se o processo, digitava-se o número da nota fiscal e em seguida pesquisava o medicamento através do código de barra, feito isto, realizava-se a conferencia do nome, MG e digitava o lote e a validade e por fim tirava-se uma cópia da nota fiscal e a arquivava. Quanto ao processo de saída retirava-se um histórico dos caixas onde constavam todos os medicamentos com retenção de receita que haviam saído da drogaria no dia correspondente, feito isto, organizava-se as receitas retidas, realizando a conferência do lote e quantidade, informando a data de saída, CRM do médico e dados do paciente, em seguida procedia-se a saída dos medicamentos no sistema informando o nome do medicamento, quantidade e lote dos que foram dispensados. 5.5 Controle de Estoque: Inventário, Segregação de medicamentos vencidos e próximos ao vencimento. Introdução teórica De acordo com o Manual de Boas Práticas para estocagem de medicamentos: Toda e qualquer área destinada a estocagem de medicamentos deve ter condições que permitam preservar suas condições de uso. Nenhum medicamento poderá ser estocado antes de ser oficialmente recebido e nem liberado para entrega sem a devida permissão, também oficial. Os estoques devem ser inventariados periodicamente e qualquer discrepância devidamente esclarecida. Os estoques devem ser inspecionados com frequência para verificar-se qualquer degradação visível, especialmente se os medicamentos ainda estiverem sob garantia de seus prazos de validade. 17 Medicamentos com prazos de validade vencidos devem ser baixados do estoque e destruídos, com registro justificado por escrito pelo farmacêutico responsável, obedecendo ao disposto na legislação vigente. A estocagem quer em estantes, armários, prateleiras ou estrados, deve permitir a fácil visualização para a perfeita identificação dos medicamentos, quanto ao nome do produto, seu número de lote e seu prazo de validade. A estocagem nunca deve ser efetuada diretamente em contato direto com o solo e nem em lugar que receba luz solar direta. As áreas para estocagem devem ser livres de pó, lixo, roedores, aves, insetos e quaisquer animais. Para facilitar a limpeza e a circulação de pessoas, os medicamentos devem ser estocados à distância mínima de 1 (um) metro das paredes. A movimentação de pessoas, escadas e veículos internos nas áreas de estocagem deve ser cuidadosa para evitar avarias e comprometimento e/ou perda de medicamentos. Embalagens parcialmente utilizadas devem ser fechadas novamente, para prevenir perdas e/ou contaminações, indicando a eventual quantidade faltante no lado externo da embalagem. A liberação de medicamentos para entrega deve obedecer a ordem cronológica de seus lotes de fabricação, ou seja, expedição dos lotes mais antigos antes dos mais novos. A presença de pessoas estranhas aos almoxarifados deve ser terminantemente proibida nas áreas de estocagem7. Atividades desenvolvidas Ao decorrer do estágio foram realizadas tarefas voltadas ao vencimento dos medicamentos. Realizou-se mensalmente o controle de estoque quanto ao vencimento dos medicamentos, os que estão com a validade mais próxima são colocados na frente e os com a validade mais longa são colocados atrás visando à saída e evitando que medicamentos vençam. 18 Os medicamentos são retirados faltando 2 meses para seu vencimentos e para medicamentos de controle especial são três meses, 19 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebe-se a importância que se faz o profissional farmacêutico qualificado na prestação de serviços para sociedade, atuando diretamente na orientação e no uso racional dos medicamentos, prestando a assistência farmacêutica necessária, a realização dos serviços farmacêuticos e o acompanhamento aos pacientes que possuem doenças crônicas. Com as experiências diárias adquiridas ao decorrer do estágio observa-se o quão se faz valioso os ensinamentos de todos que compõem a equipe, nos proporcionando diversos aprendizados e na busca de sempre oferecer o melhor serviço ao cliente e proporcionando o melhor para a sua saúde. Dessa forma conclui-se que o Estagio supervisionado IV em medicamentos se torna uma disciplina obrigatória proporcionando o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da formação profissional, tendo como foco conscientizar os acadêmicos de seus deveres e valores como profissionais. 20 REFERÊNCIAS 1. LIRA, C. Conhecimento, percepções e utilização de medicamentos genéricos: um estudo transversal. Goiania – GO, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/eins/v12n3/pt_1679-4508-eins-12-3- 0267.pdf> Acesso em: 20 de julho de 2020. 2. BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Política nacional de medicamentos. Brasília – DF, 2002. 3. ESHER, A.; COUTINHO, T. Uso racional de medicamentos, farmaceuticalização e usos do metilfenidato. Saúde colet. 22 (8) Ago., 2017. 4. OLIVEIRA, N.V.B.V; SZABO, I.; BASTOS, L.L.; PAIVA, S.P. Atuação profissional dos farmacêuticos no Brasil: perfil sociodemográfico e dinâmica de trabalho em farmácias e drogarias privadas. Saúde Soc. São Paulo, v.26, n.4, p.1105-1121, 2017 5. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Orientações sobre medicamentos sujeitos a controle. 2016. Disponível em: <http://cff.org.br/noticia.php?id=3792&titulo=Orienta%C3%A7%C3%B5 es+sobre+medicamentos+sujeitos+a+controle> Acesso em: 25 de julho de 2020. 6. MINISTERIO DA SAÚDE. RESOLUÇÃO - RDC Nº 44, de 17 de agosto de 2009. Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Disponível em: <portal.anvisa.gov.br › documents › RDC_44_2009_COMP.pdf> Acesso em: 20 de julho de 2020. 7. Boas praticas de estocagem de medicamentos, 1990. Disponível em< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf> Acesso em: 20 de julho de 2019. 8. ANDRADE, P.F.G. Boas práticas de dispensação para farmácias e drogarias. Sanare - ano iii, n.1, jan./fev./mar. 2002. 9. MINISTERIO DA SAÚDE. RESOLUÇÃO-RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/sngpc/Documentos2012/RDC%2020%20 2011.pdf> Acessoem: 25 de julho de 2020. 10. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Disponível em < https://www.scielo.br/pdf/eins/v12n3/pt_1679-4508-eins-12-3-0267.pdf https://www.scielo.br/pdf/eins/v12n3/pt_1679-4508-eins-12-3-0267.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf 21 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_19 98_rep.html> Acesso em: 25 de julho de 2020. 11. Brasil. Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Brasília- DF. Disponivél em:< http://portal.anvisa.gov.br/sngpc>. Acesso em 25 de julho de 2020. http://portal.anvisa.gov.br/sngpc 22 7. ANEXOS
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