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Resenha Texto 1 - Mobilidade espacial da população

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Universidade Federal de São João Del Rei
Resenha - Becker, Olga Schild. Mobilidade espacial da população: conceitos, tipologia, contextos, in: Castro, Iná Elias de, Explorações geográficas. Percursos no fim do século, Rio de Janeiro, Bertand Brasil, 1997, p. 319-362
Nágela Fernandes Alvarenga Silva
A autora inicia o texto trazendo os impasses que grupos migrantes vêm enfrentando desde os povos bárbaros asiáticos até os migrantes contemporâneos. Explanando sobre a redefinição do mundo Pós Segunda Guerra e suas aplicações para esses povos que migram por diferentes motivos, procurando chances que assegurem sua subsistência. Para abordar o fenômeno migratório dos anos 90 a autora segue caracterizando as situações de pobreza extrema na África e América Latina graças aos “Blocos Econômicos” e a flexibilização do mercado de trabalho criando assim um movimento contra o processo migratório, em que a migração internacional incomoda, onde ARBEX (1991) classifica como a formação “[...] de um novo muro, separando ricos e pobres - os novos blocos de poder – não mais ideológicos, mas essencialmente econômicos.”
Sobre as migrações internas a autora trás como abordagem principal o alto fluxo de migrações rural-urbano que ocorreram nas décadas de 50, 60 e 70 graças à industrialização no Brasil. Ela finaliza este subtítulo trazendo algumas questões para serem respondidas ao longo do texto:
1. Qual tem sido afinal o significado da mobilidade populacional a partir das diferentes concepções teóricas?
2. Qual o papel das migrações na construção histórica dos espaços organizados pelo capitalismo?
3. Quais as suas fases e interfases em diferentes momentos, contextos e escalas
4. Quais as perspectivas da mobilidade da força de trabalho no mundo atual?
Aspectos teóricos da mobilidade espacial da população
Aqui a autora confirma o fato de que a migração pode ser caracterizada como a modalidade espacial da população, trazendo duas interpretações para o conceito, sendo o neoclássico – foi considerado até os anos 70 e trás uma visão descritiva e dualista onde os processos de migração são individualizados – e o neomarxista – onde a partir dos anos 70 “a migração passou a ser concebida como mobilidade forçada pelas necessidades do capital”.
Outro ponto interessante segue com a citação de ARENTD (1993:130): “[...] a possibilidade de uma sociedade de trabalhadores sem trabalho”. A globalização e o neoliberalismo econômico trazem novas formas de trabalho e salário, podem ocasionar na previsão de ARENTD.
Pressupostos e representantes da escola neoclássica
Neste ponto a autora explana sobre geógrafos – RAVENSTEIN (1885), LEE (1966), e TODARO (1969) – que trabalharam com a teoria neoclássica e suas aplicações, como os fatores de atração-repulsão (push-pull factors), sendo atração atributos de locais mais atraentes para os migrantes e repulsão os aspectos da vida que geram insatisfações no local em que se encontram.
Enquanto lá em 1885 RAVENSTEINS apresenta “As Leis da Migração” em 1966 LEE se baseando nas leis de seu predecessor e cria diversas hipóteses:
· Hipóteses sobre o volume da migração;
· Hipóteses sobre o fluxo e refluxo migratório;
· Hipóteses sobre as características dos migrantes;
Para complementar em 1969 TODARO supre o fato de que nas hipóteses acima, falta considerar o problema crônico do desemprego urbano e do subemprego em países subdesenvolvidos. Dentro disso vemos que a teoria neoclássica classifica o processo de migração como “um mecanismo gerador de equilíbrio para economias em mudança, especialmente aquelas mais pobres. A mobilidade era considerada, portanto, como fluxo de ajustamento, sinal e fator de progresso econômico.”
O enfoque histórico estrutural das migrações
Aqui pensamos no processo de migração como um fenômeno histórico social, caracterizado por SINGER (1973:217) por dois conjuntos de fatores, sendo “fatores de mudanças” – a expropriação dos trabalhadores rurais da terra, – “fatores de estagnação” – limitação da terra de origem por parte de grandes proprietários.
Os conceitos de estudos de mobilidade no Brasil
Contextos históricos, políticos e econômicos. Foca em mostrar como a percepção da migração muda, já que nos anos 50 e 60 com a crescente expansão econômica do Brasil a necessidade de mão de obra fazia com que o processo migratório fosse visto como um fenômeno positivo. Em meados dos anos 70 e principalmente nos anos 80 o processo passa a ser visto como um fenômeno negativo que auxilia na produção de desempregos graças a aumento de populações excedentes.
Os contextos da mobilidade brasileira até os anos 70
A autora salienta a divisão entre o urbano e rural que alem de aparecer nas políticas governamentais, surge também na academia, “através da tendência metodológica em separar o urbano da problemática maior.”
“É a partir de uma visão integrada do urbano-rural-regional, como feições de reprodução do capital, que os processos de desruralização e metropolização ocorridos de uma forma acentuada no Brasil passam a ter significado. A urbanização estaria, portanto, nessa fase, muito mais ligada ao fenômeno da expulsão do homem do campo do que a um aumento considerável da oferta de empregos urbanos, em especial do industrial.” (BECKER, 1983: 20).
Mobilidade populacional no contexto recente da fronteira amazônica
Aqui a autora trata basicamente de eixos temáticos básicos para se estudar a migração nos anos 70 e 80:
· A magnitude do fenômeno migratório para a Amazônia;
· A política oficial de colonização;
· O impacto inicial dos grandes projetos;
· Os conflitos fundiários;
· O êxodo rural na fronteira;
· O papel da fronteira no âmbito do capitalismo moderno.
Reflexões finais
Para finalizar o texto a autora volta em cada ponto discutido acima, fazendo uma analise do conteúdo em sete pontos.

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