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Representação Temática 2_web

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Representação Temática 2 
 
1 
 
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Representação Temática 2 
Dayo de Araújo Silva Côrbo 
 
Leyde Klebia Rodrigues da Silva 
Representação Temática 2 
 
2 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Dayo de Araújo Silva Côrbo e Leyde Klebia Rodrigues da Silva 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
C792re Côrbo, Dayo de Araújo Silva. 
Representação temática II / Dayo de Araújo Silva Côrbo e 
Leyde Klebia Rodrigues da Silva ; revisão de Rafael Dias de 
Carvalho Moraes. – 1. ed. – Niterói, RJ: UNIVERSO: 
Departamento de Ensino a Distância, 2017. 
139 p. : il. 
 
1. Representação temática. 2. Classificação decimal de 
Dewey. 3. Classificação decimal universal. 4. Tabela Cutter-
Sanborn. 5. Cabeçalho de assunto - Direito. 6. Classificação 
bibliográfica. 7. Ensino à distância. I. Silva, Leyde Klebia 
Rodrigues da. II. Moraes, Rafael Dias de Carvalho. III. Título. 
 
CDD 025.4 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins – Crb 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
Pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
Representação Temática 2 
 
3 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora 
Representação Temática 2 
 
4 
Representação Temática 2 
 
5 
 
Sumário 
 
Apresentação da disciplina ............................................................................................. 07 
Plano da disciplina ............................................................................................................ 09 
Unidade 1 – Teoria da Classificação Facetada............................................................ 11 
Unidade 2 – Classificação Decimal de Dewey ............................................................ 31 
Unidade 3 – Classificação Decimal Universal .............................................................. 57 
Unidade 4 – Tabela Cutter-Sanborn ............................................................................. 99 
Unidade 5 – Classificação Decimal de Direito ............................................................ 115 
Considerações finais ......................................................................................................... 131 
Conhecendo o autor ......................................................................................................... 132 
Referências .......................................................................................................................... 133 
Anexos.................................................................................................................................. 135 
Representação Temática 2 
 
6 
Representação Temática 2 
 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Prezado aluno, 
Seja bem-vindo ao universo da representação temática, a presente disciplina, 
Representação Temática II, tem como objetivo dar continuidade aos ensinamentos 
da disciplina Representação Temática I. Essa matéria é uma das principais 
especialidades técnicas do campo da Biblioteconomia. Essa disciplina é a segunda 
disciplina de um conjunto de três, Representação Temática I, II e III. 
Com isso, a publicação ora apresentada tem como objetivo dar subsídios 
teóricos e práticos ao conjunto de matérias relacionadas à Representação 
Temática, nesse sentido o livro se divide em cinco unidades. 
A primeira unidade busca compreender um pouco da Teoria da Classificação 
Facetada, que é um estudo da ciência da informação que possui aplicação em 
soluções digitais, sendo uma importante ferramenta na construção de árvores de 
conceitos e um instrumento auxiliar de representação de conceitos em hipertextos. 
Na segunda unidade, terá destaque à aplicação da Classificação Decimal de 
Dewey, em um primeiro momento serão rememorados os princípios básicos 
descritos na disciplina Representação Temática I. Contudo, o objetivo principal 
dessa unidade é a ênfase na aplicação prática da CDD, o aluno no final dessa 
unidade deve estar apto a aplicar a CDD em uma biblioteca ou centro de 
documentação. 
Na terceira unidade, respectivamente, a unidade tem como objetivo enfatizar 
a aplicação da Classificação Decimal Universal, explicitando o uso das classes 
principais e suas subdivisões, dos sinais gráficos, das subdivisões alfabéticas e 
numéricas, das tabelas auxiliares comuns de linguagem, forma, de lugar, 
ancestralidade humana, grupos étnicos e nacionalidade, tempo, de propriedades, 
materiais, relações e processos, pessoas, das tabelas analíticas especiais. Na quarta 
unidade enfatiza-se a aplicação dos cabeçalhos de assuntos. 
RepresentaçãoTemática 2 
 
8 
 
A quarta unidade está destinada à aplicação da Tabela de Cutter-Sanborn. Essa 
tabela de códigos alfanuméricos tem como objetivo indicar a autoria de uma obra 
bibliográfica elaborada por Charles Ammi Cutter e por Kate F. Sanborn é utilizada 
em bibliotecas e centros de documentação. 
Na quinta e última unidade, será apresentada a Classificação Decimal de 
Direito da bibliotecária e bacharela em direito Doris de Queiroz Carvalho, essa 
classificação fundamentada na Classificação Decimal de Dewey é utilizada 
basicamente para o assunto direito (340) e é adotada pela Subchefia para Assuntos 
Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República do Brasil e por vários escritórios 
de advocacia. Essa unidade tem como objetivo principal apresentar o sistema de 
classificação e as formas de aplicação desse sistema. 
 
Contamos com você! Sucesso e bons estudos! 
Representação Temática 2 
 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
A disciplina Representação Temática II, visa enfatizar a aplicação prática dos 
sistemas de classificação mais utilizados em bibliotecas e centros de 
documentação no Brasil, especialmente as Classificações Decimais de Dewey e do 
Direito, a Classificação Decimal Universal, os Cabeçalhos de Assuntos e a Tabela de 
Cutter-Sanborn. 
Ao concluir a disciplina o aluno deverá ser capaz de: 
a) Saber aplicar a Classificação Decimal de Dewey em unidades de 
informação, bibliotecas, centros de documentação e outros. Reconhecer 
e utilizar os recursos da CDD, sua classe principal, suas subdivisões e 
tabelas, na organização de documentos bibliográficos. 
b) Reconhecer e aplicar a Classificação Decimal de Direito, que é adotada 
pela Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da 
República do Brasil e por vários escritórios de advocacia. Esse sistema de 
classificação fundamentado na Classificação Decimal de Dewey expande 
a classe de direito (340) e a adapta para a realidade brasileira. 
c) Saber aplicar a Classificação Decimal Universal em unidades de 
informação, bibliotecas, centros de documentação e outros. Reconhecer 
e utilizar os recursos da CDU, sua classe principal, seus sinais gráficos, 
suas subdivisões e tabelas, na organização de documentos bibliográficos. 
d) Reconhecer e aplicar os Catálogos de Assuntos em unidades de 
informação, bibliotecas, centros de documentação e outros. Reconhecer 
e utilizar os recursos dos catálogos. 
e) Saber aplicar a Tabela de Cutter-Sanborn para a notação de autores. 
Representação Temática 2 
 
10 
 
Representação Temática 2 
 
11 
1 Teoria da Classificação Facetada 
Representação Temática 2 
 
12 
Caro Aluno, 
Começa nossa jornada para compreender um pouco da Teoria da Classificação 
Facetada, que é um estudo da ciência da informação que possui aplicação em 
soluções digitais, sendo uma importante ferramenta na construção de árvores de 
conceitos e um instrumento auxiliar de representação de conceitos em hipertextos. 
 
Objetivos da unidade: 
 Definir o conceito e histórico da Teoria Facetada; 
 Conceituar unidades e características; 
 Identificar o que são facetas e sua formação. 
 
Plano da unidade: 
 Conceito e Histórico 
 Unidades e características 
 Facetas 
 
Bem-vindo à unidade 1! 
 
Representação Temática 2 
 
13 
 
Conceito e Histórico 
 
A teoria da classificação facetada é um tema de estudo na Ciência da 
Informação. A busca pelo conhecimento teórico e conceitual acerca dos princípios 
que alicerçam a origem e criação dos sistemas de classificação facetada é bastante 
atual. Isso porque tem aplicação em soluções digitais que carecem de uma 
estrutura de trabalho ou que possibilite a representação sistematizada de domínios 
de conhecimento. 
Em relação à sistemática entre conceitos, tem-se que a teoria e analise 
facetada constitui uma importante ferramenta na construção de árvores de 
conceitos, tudo isso através da decomposição de classes elementares e facetas, que 
são formadoras de grupos homogêneos de indivíduos. Assim, a classificação 
facetada é um instrumento auxiliar de representação de conceitos em hipertextos. 
Segundo Campos (2001, p 53), 
 
A Teoria da Classificação Facetada foi desenvolvida por 
Shiyali Ramamrita Ranganathan na década de 30, visando 
evidenciar os princípios utilizados na elaboração da Colon 
Classification (também denominada de Classificação de Dois 
Pontos), tabela de classificação elaborada para a organização 
do acervo da Biblioteca da Universidade de Madras, na Índia; 
 
Até aquele momento, no âmbito da Documentação, as 
tabelas existentes não apresentavam as bases teóricas para 
sua elaboração. Ranganathan foi o primeiro a evidenciar os 
princípios utilizados na elaboração de sua tabela, 
proporcionando uma verdadeira revolução na área da 
Classificação Bibliográfica. Na verdade, ele não elabora 
somente um trabalho teórico para explicar a construção da 
Tabela, mas apresenta uma teoria sólida e fundamentada 
para dar à Classificação Bibliográfica um status que a eleva a 
disciplina independente. 
 
Representação Temática 2 
 
14 
Já Nonato (2009, p 49) ensina que 
em relação ao desenvolvimento da teoria da classificação 
facetada, Tristão (2004) cita duas fontes: o escritor 
Ranganathan e o Classification Research Group - CRG. O 
primeiro foi o escritor do Prolegomena to Library 
Classification que, em 1967, expôs uma teoria complexa de 
classificação com 46 cânones, 13 postulados e 22 princípios. 
Já o segundo, CRG, foi criado em 1952, no Reino Unido, com 
o objetivo de estudar a natureza da classificação facetada e 
foi um grupo que muito contribuiu para a pesquisa em 
classificação, no século XX. 
 
Humar (apud CAMPOS, 2001, p. 53), professor indiano e estudioso de 
classificação, diz que 
 
a respeito do trabalho inovador de Ranganathan acrescenta 
que ele se “beneficiou dos trabalhos de Richardson, Cutter, 
Hulme, Brown, Sayers, Bliss e assim por diante. Ele teve a 
oportunidade de melhorar sua teoria ao experimentá-la por 
um período de 40 anos. E formulou a Classificação dos Dois 
Pontos, na qual aplicou sua teoria. Testou sua teoria com a 
ajuda de princípios normativos. Produziu uma terminologia 
técnica própria e não hesitou em adotá-la de outros. Além 
disso, sua base Bramânica e matemática deu-lhe uma mente 
clara e lógica... Como resultado, foi capaz de sistematizar o 
estudo e a prática da Classificação.” 
 
Afinal de contas, o que é a teoria da classificação facetada? 
A terminologia surge introdutoriamente na década de 1930, em discussões da 
classificação bibliográfica capitaneada pelo indiano Ranganathan, que era 
bibliotecário e matemático. A finalidade era indicar uma técnica de separação dos 
vários elementos de assuntos complexos em relação a um conjunto de conceitos 
fundamentais e abstratos. 
Segundo Tristão (apud NONATO, 2009, p 48) 
 
Ranganathan evidenciou a necessidade de elaboração de 
esquemas de classificação que pudessem acompanhar as 
mudanças e evoluções do conhecimento, classificando o 
mesmo em grandes classes e conceitos básicos, ou 
elementos, de acordo com certas características. Estes 
aspectos ou partes constituintes - que são as facetas - 
utilizam como "categorias fundamentais", noções abstratas, 
denominadas: Personalidade, Matéria, Energia, Espaço, 
Tempo, originando o conhecido acrônimo PMEST. 
Representação Temática 2 
 
15 
Personalidade é a característica que distingue o assunto; 
Matéria é o material físico do qual um assunto pode ser 
composto; Energia é uma ação que ocorre com respeito ao 
assunto; Espaço é o componente geográfico da localização 
de um assunto; Tempo é o período associado a um assunto. A 
ordem de citação do PMEST baseia-se na idéia de 
concretividade. 
 
Assim, tem-se que os esquemas de classificação bibliográfica possuem função 
dupla. Uma seria a de permitir a organização dos documentos nas estantes e a 
outra a de representar o conhecimento registrado numadada área de assunto. 
Conforme se vê na literatura, “Ranganathan foi aquele que conseguiu 
estabelecer princípios para uma nova teoria da classificação bibliográfica, e o fez 
tendo como base o próprio Conhecimento.” (Campos, 2001, p. 54) 
Nos ensinamento de Campos (2001, p. 54) a autora afirma que 
 
a Teoria da Classificação Facetada, como toda teoria, é um 
corpus complexo e que para ser compreendida em toda a sua 
extensão, procura-se organizar sua exposição de modo a 
seguir um pretenso caminho do desenvolvimento das ideias 
de Ranganathan 
 
A literatura aponta que primeira medida a ser adotada na elaboração de uma 
estrutura classificatória é, sem dúvida, a definição das unidades que constituem o 
sistema. Tais unidades são os conceitos e suas relações. 
Unidades e características 
Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 55) diz que 
 
O assunto básico é um “assunto sem nenhuma idéia isolada como 
componente.” (RANGANATHAN, 1967, p. 83). Assunto é definido como 
um corpo sistematizado de idéias inseridas em um campo 
especializado (RANGANATHAN, 1967, p. 82). Pode-se dizer, então, que 
assunto básico representa as áreas mais abrangentes do 
conhecimento, como Matemática, Agricultura. Porém, não se pode 
dizer que Cultivo de Milho represente um assunto básico, pois ele 
possui a idéia isolada Milho. [...] A idéia isolada é “alguma idéia ou 
complexo de idéias ajustadas para formar um componente de um 
assunto mas, em si mesma, ela não é considerada um assunto.” 
(RANGANATHAN, 1967, p. 83). Por exemplo, Milho denota uma idéia 
isolada, mas se for combinada com o assunto básico Agricultura, em 
seu aspecto específico, forma-se o assunto Cultivo de Milho. O isolado 
(idéia isolada) pode ser considerado um conceito; algumas vezes, 
porém, funciona como uma unidade combinatória que tem por 
Representação Temática 2 
 
16 
função facilitar a formação da notação. Quando isto acontece ele é 
chamado por alguns autores (HUMAR, 1981, p. 19) de especificador. 
Por exemplo, na Colon Classification (RANGANATHAN, 1963), a 
formação da notação Psicologia Infantil (S1) corresponde ao assunto 
básico Psicologia (código S) e ao isolado Criança (código 1). Pode-se 
dizer que o representante do conceito, neste tipo de Tabela, é a 
notação. Neste caso, o isolado é um especificador, isto é, um 
determinante do termo Psicologia. Com isto, Ranganathan consegue 
representar conceitos que não estão nomeados na língua, como por 
exemplo, Psicologia + Pré-adolescente, Psicologia + Menino. 
 
Assim, pode-se dizer que na teoria da classificação facetada os assuntos 
básicos e as ideias isoladas são as unidades classificatórias. Também não se pode 
deixar de frisar que na integralidade da teoria de Ranganathan os elementos estão 
interligados, e que definir assunto básico e ideia isolada é tarefa árdua porque um 
conceito depende do outro, e, desse modo, não se consegue definir um sem definir 
o outro. 
Um importante ponto a ser destacado é a CARACTERÍSTICA, que tem sua 
definição formulada por Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 55) como sendo 
“um atributo ou algum complexo...” Para Humar (apud CAMPOS 2001, p. 55) 
atributo “é uma propriedade ou uma qualidade ou uma medida quantitativa de 
uma entidade”. Tem-se, então, que as características são utilizadas no sentido de 
efetuar uma comparação entre os elementos classificatórios, com objetivo de 
formar classes e, dentro destas classes, formar os renques e as cadeias. 
A autora ensina que “Renques e cadeias são denominações dadas por 
Ranganathan para diferenciar, na formação de classes, séries verticais e horizontais 
de conceitos”. (Campos, 2001, p. 56) 
E diz mais (Campos, 2001, p. 56) 
Renques são classes formadas a partir de uma única 
característica de divisão, formando séries horizontais. Por 
exemplo: Macieira e Parreira são elementos da Classe Árvore 
Frutífera, formada pela característica de divisão – tipo de 
árvores frutíferas. 
 
Renque 
 
Árvore Frutífera 
 Macieira 
 Parreira 
 
Representação Temática 2 
 
17 
Cadeias são séries verticais de conceitos em que cada 
conceito tem uma característica a mais ou a menos conforme 
a cadeia seja descendente ou ascendente. Por exemplo: 
Macieira é um tipo de Árvore Frutífera, que por sua vez é um 
tipo de Árvore. Neste exemplo, observa-se uma cadeia 
ascendente. 
 
Cadeia 
 
Árvore 
 Árvore Frutífera 
 Macieira 
 
Desse modo, observa-se que os renques e as cadeias demonstram a 
organização hierarquizada da estrutura classificatória, deixando em evidência as 
relações hierárquicas de gênero-espécie e de todo-parte. 
Nessa linha de pensamento, Ranganathan idealiza um conjunto de regras, 
conhecidos como cânones, para definir um padrão uniforme na formação dos 
renques e cadeias. 
São eles os cânones da Exaustividade e da Exclusividade, que definem 
princípios para pensar a formação de classes de conceitos. O primeiro, diz que “as 
classes formadas por um renque devem ser exaustivas, de modo que, se algum 
tópico novo surgir, ele deve ser acrescentado à estrutura, e esta tem que ter 
hospitalidade para agrupá-lo numa classe existente ou numa classe recém-
formada.” (Campos, 2001, p. 56). E o segundo, “estabelece que os elementos 
formadores dos renques devem ser mutuamente exclusivos, ou seja, nenhum 
componente da estrutura (isolado ou assunto básico) pode pertencer a mais de 
uma classe no renque. Ranganathan, deste modo, não aceita a polihierarquia”. 
(Campos, 2001, p. 57). 
Facetas 
O termo Faceta, segundo Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 57) é “um 
termo genérico usado para denotar algum componente - pode ser um assunto 
básico ou um isolado - de um assunto composto, tendo, ainda, a função de formar 
renques, termos e números.” 
Em termos de classificação especializada, VICHERY (apud CAMPOS, 2001, p. 
57), “é definida como uma manifestação das cinco categorias fundamentais”. 
Representação Temática 2 
 
18 
Tem-se que o postulado das categorias é o princípio normativo utilizado para 
organizar um Universo/Domínio, ou seja, um “corpo” de conhecimento 
sistematizado. Tal atividade busca definir em que nível de extensão se feito o corte 
da classificação de assuntos dentro de seu extenso universo. 
Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 57) considera o mapeamento de um 
Universo de Assuntos uma tarefa bastante complexa, como é o próprio ato de 
classificar: 
...a tarefa da classificação é mapear o universo 
multidimensional dos assuntos ao longo de sua atividade... 
Vimos quão tortuosa é a tarefa de terminar e priorizar uma 
escala de relações preferidas entre todas as idéias isoladas e 
entre todos os assuntos... Há muitas relações vizinhas 
imediatas entre os assuntos. Tendo fixado um destes 
assuntos na primeira posição da linha, devemos decidir qual 
será seu vizinho imediato, qual será seu vizinho de 
transferência dois, e assim sucessivamente. Podemos perder 
noites de sono e ainda não estarmos perto de uma solução 
firme. Se não formos estudantes sérios de classificação 
podemos desistir dizendo “a classificação é impossível.” Para 
uns poucos, a classificação é mesmo marcada por um 
absurdo lógico. Esta é a medida da magnitude do 
mapeamento do Universo de Assuntos multidimensional ao 
longo da atividade que é a classificação. (RANGANATHAN, 
1967, p. 395) 
 
Assim, tem-se que o mapeamento serve para que num primeiro momento se 
possa decidir qual área de assunto será adotada como base na organização das 
unidades classificatórias bem como será classificada. 
Segundo Campos (2001, p. 58) 
 
Ranganathan conduz seu trabalho tentando definir uma 
forma que possibilite a análise do Universo de Assuntos, pois 
as classificações bibliográficas até aquele momento - apesar 
de serem organizadas também por áreas do 
conhecimento/disciplina - não deixavam evidentes os 
princípios que empregavam para o estabelecimento das 
classes e subclasses dentro de cada área. Isto provocava uma 
certa imobilidade, não permitindo que elasacompanhassem 
a dinâmica do conhecimento. 
 
Representação Temática 2 
 
19 
 
Afirma também, que Ranganathan resolve buscar princípios lógicos através do 
uso de postulados. 
Euclides postulou que duas linhas paralelas não se 
encontram. Durante quase vinte séculos ninguém 
questionou este postulado. Então vem Gauss, que diz: ‘Como 
você sabe que elas não se encontram? Você já caminhou ao 
longo delas para verificar seu fim? Eu digo que elas se 
encontram - num lugar muito distante; você pode negar?’ 
Então ele fez seu próprio postulado, que as linhas paralelas se 
encontram em ambas as pontas. Qual desses postulados 
preferimos? Qualquer um que sirva para nosso propósito; 
qualquer um que auxilie nosso trabalho. (Ranganathan, apud 
CAMPOS, 2001, p. 58) 
 
E prossegue, esclarecendo que Ranganathan formula postulado dizendo que 
“em todo Universo de Assuntos cinco ideias fundamentais que são utilizadas para a 
divisão do Universo” (Campos, 2001, p. 58) 
 
Alguém pode perguntar: Por que as idéias fundamentais 
postuladas são em número de cinco? Por que não três? Por 
que não seis? Isto é possível. Há liberdade absoluta para 
todos tentarem. Uma pessoa pode talvez gostar de seis. Ela 
deve classificar nessa base alguns milhares de artigos 
variados. Se elas produzirem resultados satisfatórios 
arranjando os assuntos dos artigos ao longo de uma linha, 
aquele postulado pode ser aceito. Isto não é uma matéria a 
ser discutida ex cathedra sem um teste completo e 
prolongado. Trabalhar com base em cinco idéias 
fundamentais produziu resultados satisfatórios nos vinte 
últimos anos. (Ranganathan, apud CAMPOS, 2001, p. 58) 
 
Tais ideias são conhecidas como Categorias Fundamentais, onde a 
terminologia Categoria Fundamental é utilizada por Ranganathan para representar 
ideias fundamentais que permitem delimitar as categorias, que são um universo de 
assunto em classes bastante abrangentes, sendo considerados como o primeiro 
corte classificatório num universo de assuntos. Além disso, elas propiciam o 
entendimento global da área na medida em que fornecem a visão de conjunto dos 
agrupamentos que ocorrem na estrutura. 
Representação Temática 2 
 
20 
Segundo Campos (2001, p. 59), o postulado das Categorias Fundamentais é 
apresentado por Ranganathan, da seguinte forma: 
 
Há cinco e somente cinco Categorias Fundamentais; são elas: 
Tempo, Espaço, Energia, Matéria e Personalidade. Estes 
termos e as idéias denotadas são usadas estritamente no 
contexto da disciplina de classificação. Não têm nada a ver 
com seu emprego em Metafísica ou Física. Em nosso 
contexto, seu significado pode ser visto somente nas 
declarações sobre as facetas de um assunto - sua separação e 
seqüência. Este conjunto de categorias fundamentais é, em 
síntese, denotado pelas iniciais PMEST. (RANGANATHAN, 
apudo CAMPOS, 2001, p. 59) 
 
Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 59) define as categorias PMEST de 
modo a explicá-las, isto é, pela enumeração de algumas de suas facetas que são 
manifestações das próprias categorias dentro de uma área do conhecimento. 
 
A categoria Tempo é definida com seu significado usual, 
exemplificando-a com algumas idéias isoladas de tempo comum, 
a saber: milênios, séculos, décadas, anos e assim por diante. Ele 
prevê manifestações de isolados de tempo de outro tipo, tais 
como: dia e noite, estações do ano, tempo com qualidade 
meteorológica. 
A categoria Espaço é também definida com seu significado usual, 
apresentando como suas manifestações a superfície da Terra, seu 
espaço interior e exterior, como por exemplo, continentes, países, 
estados, idéias isoladas fisiográficas etc. 
A categoria Energia é de entendimento um pouco mais difícil. Ela 
pode ser entendida como uma ação de uma espécie ou outra, 
ocorrendo entre toda espécie de entidades inanimadas, 
animadas, conceituais e até intuitivas, como, por exemplo, 
através das seguintes facetas: problema, método, processo, 
operação, técnica. 
 
Todavia, para Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 59) a categoria Matéria 
apresenta um entendimento de complexidade ainda maior que a da categoria 
Energia e é assim definida: 
 
A identificação da categoria fundamental Matéria é mais 
difícil do que Energia. Vê-se que suas manifestações são de 
duas espécies: Material e Propriedade. Pode parecer estranho 
que propriedade fique junto com o material. Mas, peguemos 
uma mesa como exemplo: a mesa é feita de material de 
madeira ou aço, conforme o caso. O material é intrínseco à 
mesa, mas não é a própria mesa. Principalmente o mesmo 
Representação Temática 2 
 
21 
material também pode aparecer em muitas outras entidades. 
Assim, a mesa tem a propriedade de ter dois pés e meio de 
altura e a propriedade de ter um tampo meio duro. Esta 
propriedade é intrínseca à mesa mas não é a própria mesa. 
Além disso, a mesma propriedade pode aparecer em muitos 
outros lugares. (RANGANATHAN, 1967, p. 400) 
 
Desse modo, pode-se encarar a categoria Matéria como a manifestação de 
materiais em geral, como sua propriedade, e também como o constituinte material 
de todas as espécies. 
Por fim, a categoria Personalidade, segundo Ranganathan, é considerada 
como indefinível. Segundo o autor, 
se uma certa manifestação for facilmente determinada como 
não sendo espaço, energia ou matéria, ela é vista como uma 
manifestação da categoria fundamental Personalidade. 
Considera que este tipo de identificação da categoria 
Personalidade é o que denomina de método de resíduos. 
Acrescenta que este método pode não ser fácil em certos casos, 
mas sua experiência mostrou que as idéias isoladas vão 
manifestar-se em algumas das categorias acima mencionadas. 
As dificuldades encontradas são raras na maioria das vezes 
(RANGANATHAN, apud CAMPOS, 2001, p. 60) 
 
Vichery (apud CAMPOS, 2001, p. 60) assegura que as seguintes facetas podem 
ser consideradas como manifestação da categoria Personalidade: “bibliotecas, 
números, equações, comprimentos de ondas de irradiação, obras de engenharia, 
substâncias químicas, organismos e órgãos, adubos, religiões, estilos de arte, 
línguas, grupos sociais, comunidades.” 
1.4 Conhecimento e sua formação 
Sem dúvida alguma, tem-se que a produção do conhecimento e a influência 
que essa produção exerce sobre como será feito o planejamento das ideias e dos 
esquemas de classificação bibliográfica é tema de suma importância nos textos 
desenvolvidos por Ranganathan. Esse autor, dentro da Teoria da Classificação, 
apresenta como um processo classificatório a forma de relacionar fatos e objetos, 
trazendo à baila a discussão sobre o processo de formação de conceitos, sua 
influência no trabalho de classificação e sua relação com o que chama de universo 
do conhecimento ou universo das ideias. 
 
Representação Temática 2 
 
22 
Segundo Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 60) 
 
o homem deposita na memória perceptos puros, isto é, 
impressões produzidas por qualquer entidade através de um 
sentido primário simples. Por exemplo, a luz que vem das 
estrelas é o percepto produzido por uma entidade do mundo 
físico - as estrelas. As entidades correlatas de um percepto, 
que estão fora da mente, são denominadas por Ranganathan 
de percepção. Quando a impressão é depositada na 
memória, como resultado da associação de dois ou mais 
perceptos puros, formados simultaneamente ou numa 
sucessão rápida, não temos mais somente um percepto puro, 
mas um percepto composto. 
 
O Autor exemplifica da seguinte forma: 
Vamos assumir que o percepto puro do som ‘corvo’, emitido 
simultaneamente pela mãe, também se torna impresso na 
memória da criança o percepto composto de “corvo 
crocitante”. Vamos além disso assumir que o percepto puro 
da cor do corvo e o percepto puro do som emitido pela mãe 
seja associado na memória da criança. Então o percepto 
composto “corvo é preto e ele crocita” ou “corvo preto 
crocita” é formado na memória da criança. Logo, um 
percepto composto pode ser formado pela associaçãode 
dois ou mais perceptos puros (RANGANATHAN, apud 
CAMPOS, 2001, p. 61). 
 
Desse modo, assim que os perceptos puros e compostos são depositados na 
memória, cria-se uma associação e os conceitos se formam, sendo certo que a 
partir da formação dos conceitos que vai se tornar possível a produção na mente 
humana de um quadro de identidade tendo como base o mundo ao seu redor. 
Depois da formação dos conceitos, pode ocorrer a assimilação de outras novas 
experiências, levando ao processo denominado apercepção. 
Desse modo, segundo Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 61) 
 
O conjunto destas apercepções depositadas na memória se 
dá, então, a partir dos conceitos já presentes na memória, 
com o acréscimo da assimilação de perceptos recentemente 
recebidos e conceitos recentemente formados. 
Representação Temática 2 
 
23 
 
O Universo de Conhecimento, segundo Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 
62) “é a soma total, num dado momento, do conhecimento acumulado”. O Autor 
afirma que está sempre em desenvolvimento contínuo e que diferentes domínios 
do Universo do Conhecimento são desenvolvidos por diferentes métodos. 
Entender o pensamento e o conhecimento desenvolvido por Ranganathan, 
torna-se mais fácil se, primeiramente, forem analisados os conceitos de ideia, 
informação, conhecimento e assunto. 
Campos (2001, p. 61) apresenta que 
 
Idéia, para Ranganathan, (1967, p. 81) é um produto do 
pensamento, da reflexão, da imaginação, que passou pelo 
intelecto, integrando com a ajuda da Lógica uma seleção de 
conjuntos de apercepção, e/ou diretamente apreendida pela 
intuição e depositada na memória. A informação se daria no 
momento em que uma idéia é comunicada por outros ou 
obtida a partir do estudo pessoal e da investigação. 
Conhecimento é definido como a totalidade de idéias 
conservadas pela Humanidade; assim, neste sentido, 
conhecimento pode ser sinônimo de Universo de Idéias. 
Assunto é um corpo de idéias organizadas e sistematizadas, 
por extensão e intenção, que incide de forma coerente no 
campo de interesse, de competência intelectual e de 
especialização inevitável de uma pessoa normal. 
 
Afirma, também que (Campos, 2001, p. 61) 
 
O Universo Original de Idéias, também chamado de Universo 
do Conhecimento, não só é o local onde as idéias 
conservadas estão agrupadas, mas também o local onde 
existe um movimento que propicia um repensar constante 
sobre a apreensão das observações feitas pelo ser humano, a 
partir do mundo que o cerca. O Universo do Conhecimento “é 
a soma total, num dado momento, do conhecimento 
acumulado. Ele está sempre em desenvolvimento contínuo. 
Diferentes domínios do Universo do Conhecimento são 
desenvolvidos por diferentes métodos. O Método Científico é 
um dos métodos reconhecidos de desenvolvimento. O 
Método Científico é caracterizado pelo movimento sem fim 
em espiral. (RANGANATHAN, 1963a, p. 359) 
Representação Temática 2 
 
24 
 
A partir da definição desses conceitos que Ranganathan apresenta a Espiral do 
Universo do Conhecimento, com vistas a explicar o movimento do próprio ato de 
conhecer, perceber e sua influência sobre os esquemas de classificação. 
Contudo, Campos (2001, p. 64) nos traz a informação de que 
 
Além da Espiral do Conhecimento e para evidenciar ainda 
mais a ligação entre a produção de conhecimento e os 
esquemas de classificação, Ranganathan apresenta também a 
Espiral do Desenvolvimento de Assuntos: se o movimento da 
Espiral do Conhecimento propicia o ato de perceber os fatos 
que ocorrem no mundo fenomenal, com a Espiral do 
Desenvolvimento de Assuntos é possível verificar a relação 
entre este perceber e a produção de conhecimento que, no 
nosso caso, é conhecimento registrado. 
 
A autora salienta que muito embora as questões tivessem cunho filosófico, 
Ranganathan sempre deixou claro que sua preocupação era relacioná-las com o 
universo de trabalho da documentação, apresentando como uma meta-espiral do 
conhecimento a espiral do universo de assunto. 
Ela afirma que 
Estes assuntos se apresentam e são analisados na área da 
documentação a partir dos documentos produzidos por um 
grupo de falantes de determinado universo de discurso. 
Desta forma, a garantia literária e a dinâmica do 
conhecimento andam juntas, e são estes fatores que 
determinam a relação do documento com o conhecimento e 
influenciam a elaboração de esquemas classificatórios para a 
área da documentação. (Campos, 2001, p. 64) 
 
A Autora salienta em sua tese que a Espiral do Desenvolvimento de Assuntos 
“é uma meta-espiral da Espiral do Universo do Conhecimento, pois é regida pelas 
mesmas leis do movimento contínuo e do dinamismo que regem a Espiral do 
Conhecimento.” (Campos, 2001, p. 65) 
Afirma, também que 
 
o movimento em espiral pode ser caracterizado a partir de 
fatos que podemos observar no desenvolvimento de novos 
assuntos, a saber: novos problemas; pesquisa fundamental; 
pesquisa aplicada; projeto piloto; novas máquinas; novos 
materiais; novos produtos; utilização destes produtos; novos 
problemas. 
Representação Temática 2 
 
25 
O Método Científico em Espiral propicia a integração 
constante do conhecimento, do desenvolvimento de 
assuntos e a relação com a atividade de trabalho da 
classificação. Ranganathan, assim, é singular na medida em 
que evidencia essa dinâmica, esse movimento constante e a 
possibilidade também de constantes modificações no 
Universo do Conhecimento e de Assuntos que influenciam o 
Universo de Trabalho da Classificação. (Campos, 2001, p. 65) 
 
Com tudo isso, Ranganathan propõe, com sua teoria que a organização do 
Universo de Assuntos não seja mais feito de modo dicotômico ou binário, nem 
mesmo de modo decatômico, mas sim de uma forma policotomica ilimitada. 
Conforme salienta Campos (2001, p. 68) 
 
na década de 20 percebia-se que no âmbito da classificação 
de documentos, os assuntos deviam ser representados muito 
mais como uma Árvore Baniana26 (ver Figura 7) do que como 
uma Árvore de Porfírio. Os métodos de divisão, ou seja, 
aqueles que auxiliam a organização do conhecimento em um 
dado domínio foram durante muitos séculos dicotômicos. Na 
dicotomia encontram-se duas divisões no primeiro estágio, 
duas divisões de cada uma destas divisões são formadas no 
segundo estágio e assim por diante, a representação 
esquemática da dicotomia chama-se "Árvore de Porfírio". No 
âmbito da representação de assuntos que ocorre nos 
documentos esta forma de classificação falha logo na 
concepção de esquemas de classificação para o Universo de 
Assuntos, pois como vimos, os assuntos dos documentos não 
fazem parte de um domínio de conhecimento somente, 
muito pelo contrário, eles são complexos. A analogia com a 
Árvore Baniana é muito mais apropriada. A árvore Baniana se 
aproxima muito mais de uma árvore de classificação, do 
tronco original formam-se muitos outros troncos secundários 
de tempos em tempos. 
 
Destaca, ainda, que 
 
Na dicotomia encontram-se duas divisões no primeiro 
estágio, duas divisões de cada uma destas divisões são 
formadas no segundo estágio e assim por diante, a 
representação esquemática da dicotomia chama-se "Árvore 
de Porfírio". No âmbito da representação de assuntos que 
ocorre nos documentos esta forma de classificação falha logo 
na concepção de esquemas de classificação para o Universo 
de Assuntos, pois como vimos, os assuntos dos documentos 
não fazem parte de um domínio de conhecimento somente, 
muito pelo contrário, eles são complexos. A analogia com a 
Representação Temática 2 
 
26 
Árvore Baniana é muito mais apropriada. A árvore Baniana se 
aproxima muito mais de uma árvore de classificação, do 
tronco original formam-se muitos outros troncos secundários 
de tempos em tempos. (Campos, 2001, p. 68) 
 
Ranganathan (apud CAMPOS, 2001, p. 68) afirma que 
 
Na verdadeira árvore de assuntos, um ramo é enxertado no 
outro em muitos pontos. Raminhos também se enxertam 
entre si de modo semelhante. Osramos de um tronco se 
enxertam em outros de outro tronco. Ë difícil dizer a que 
tronco pertencem tais ramos. Os troncos se enxertam entre si. 
Mesmo então, o quadro da árvore não está completo. É muito 
mais complexa do que todos estes. (RANGANATHAN, apud 
CAMPOS, 2001, p. 68) 
 
Enfim, tem-se que a representação apresentada por Ranganathan possui 
divergências fazendo com que seja necessário reavaliar as temáticas de abordagem 
dos hiperdocumentos. A representação de um conteúdo temático de um 
hiperdocumento pode ser considerado como um mapa e não simplesmente como 
um decalque. 
 
É hora de se avaliar! 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Representação Temática 2 
 
27 
 
Exercícios – Unidade 1 
 
1. A teoria da classificação facetada pode ser compreendida e descrita de 
diversas formas, exceto: 
a) É um tema de estudo na Ciência da Informação. 
b) Tem aplicação em soluções digitais que carecem de uma estrutura de 
trabalho ou que impossibilite a representação sistematizada de domínios 
de conhecimento. 
c) é um instrumento auxiliar de representação de conceitos em hipertextos. 
d) Tem a finalidade de indicar uma técnica de separação dos vários elementos 
de assuntos complexos em relação a um conjunto de conceitos 
fundamentais e abstratos. 
e) É um corpus complexo e que para ser compreendida em toda a sua 
extensão, procura-se organizar sua exposição de modo a seguir um 
pretenso caminho do desenvolvimento das ideias de Ranganathan. 
 
2. Na teoria da classificação facetada, são consideradas unidades 
classificatórias: 
a) Assuntos básicos e isolamento de ideias. 
b) Ideias isoladas e assuntos básicos. 
c) Tabela e notação. 
d) Tipo e assunto correspondente. 
e) Ideias isoladas e tabulação. 
Representação Temática 2 
 
28 
 
3. Segundo a definição de Ranganathan, característica: 
a) É uma propriedade ou uma qualidade ou uma medida quantitativa de 
uma entidade. 
b) É um corpo sistematizado de ideias inseridas em um campo 
especializado. 
c) É um atributo ou algum complexo. 
d) É a classe formada a partir de uma única divisão. 
e) É elemento de individualização da informação isolada. 
 
4. As características são utilizadas para efetuar uma comparação entre os 
elementos classificatórios, com objetivo de formar classes. Assim, os elementos de 
diferenciação na formação de classes, séries, verticais e horizontais de conceitos, 
são: 
a) Renques e classes. 
b) Cadeias e ideias isoladas. 
c) Atributo e propriedade. 
d) Renques e cadeias. 
e) Objetos e classes. 
 
5. As classes formadas a partir de uma única característica de divisão, 
formando séries horizontais, são chamadas de: 
a) Atributos. 
b) Cadeias. 
c) Renques. 
d) Premissas. 
e) Elementos. 
Representação Temática 2 
 
29 
6. As séries verticais de conceitos em que cada conceito tem uma característica 
a mais ou a menos conforme a cadeia seja descendente ou ascendente, são: 
a) Elementos interligados. 
b) Ideia. 
c) Unidades classificatórias. 
d) Cadeias. 
e) Componentes. 
 
7. Ranganathan idealizou um conjunto de regras para definir um padrão 
uniforme na formação dos renques e cadeias. Esse conjunto foi denominado de: 
a) Hipóteses. 
b) Premissas. 
c) Teoremas. 
d) Cânones. 
e) Postulados. 
 
8. Um termo genérico usado para denotar algum componente, que pode ser 
um assunto básico ou um isolado, de um assunto composto, com a função de 
formar renques, termos e números, é o conceito de: 
a) Exclusividade. 
b) Faceta. 
c) Exaustividade. 
d) Poli-hierarquia. 
e) Perceptos. 
Representação Temática 2 
 
30 
9. Segundo Ranganathan, em todo Universo de Assuntos, cinco ideias 
fundamentais são utilizadas para a divisão do Universo. Tais ideias são conhecidas 
como Categorias Fundamentais. Quais são as categorias fundamentais? 
 ___________________________________________________________________ 
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 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10. Ranganathan afirma que o Universo do Conhecimento é a soma total, num 
dado momento, do conhecimento acumulado e que está sempre em 
desenvolvimento contínuo e que diferentes domínios desse Universo são 
desenvolvidos por diferentes métodos. Explique e conceitue o que o Autor 
entende por Ideia, informação, conhecimento e assunto: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
Representação Temática 2 
 
31 
 
2 Classificação Decimal de Dewey 
Representação Temática 2 
 
32 
A primeira unidade de nosso livro tem como objetivo enfatizar a prática da 
classificação a partir do uso da Classificação Decimal de Dewey. Para esse fim, 
iniciaremos relembrando os fundamentos teóricos da Classificação Decimal de 
Dewey, após descreveremos as principais formas de uso dos recursos da CDD. 
Destacando, os esquemas de classificação, os sumários e as tabelas auxiliares. O 
conhecimento desse sistema de classificação é fundamental para as próximas 
unidades, devido a Classificação Decimal de Dewey servir como base dos principais 
sistemas de classificação decimal. 
 
Objetivos da unidade: 
Enfatizar a prática da classificação a partir do uso da Classificação Decimal de 
Dewey. Relembrar os fundamentos teóricos da Classificação Decimal de Dewey e 
descrever as principais formas de uso dos recursos da CDD. Destacar os esquemas 
de classificação, os sumários e as tabelas auxiliares. 
 
Plano da unidade: 
 Classificação Decimal de Dewey (CDD): estrutura e organização 
 Volume 1 
 Tabelas Auxiliar 1 
 Tabela Auxiliar 2 
 Tabela Auxiliar 3 
 Tabela Auxiliar 4 
 Tabela Auxiliar 5 
 Tabela Auxiliar 6 
 Volumes 2 e 3 
 Volume 4 
Bons estudos! 
Representação Temática 2 
 
33 
 
Classificação decimal de dewey (cdd): estrutura e 
organização 
A Classificação Decimal de Dewey que herdou o nome de seu criador Melvil 
Dewey, foi publicada pela primeira vez em 1876. Atualmente está em sua vigésima 
terceira edição. A organização da CDD é sistemática, de acordo com áreas do 
conhecimento pré-determinadas, alguns itens documentais podem ser 
representados por mais de uma área do conhecimento, com isso, a CDD possui 
além de sua tabela principal, entre outros componentes auxiliares, o índice relativo 
(Relative Index) e as tabelas auxiliares para indicar as principais relações entre 
assuntos de uma mesma área e a relação entre assuntos de áreas diferentes. 
Segundo Guarido (2012), conforme o desenvolvimento das edições surgiu 
novos volumes relacionados a cada edição para melhorar a eficiência na 
classificação. Sendo da primeira a décima quinta edição a CDD foi publicada em 
um único volume. A décima sexta e décima sétima edição foram publicadas em 
dois volumes, com o segundo volume destinado ao índice relativo. A décima oitava 
e a décima nona edição foram publicadasem três volumes. A partir da vigésima 
edição a CDD foi publicada em quatro volumes. 
A edição mais atual da CDD, a vigésima terceira, está dividida em quatro 
volumes da seguinte forma. No Volume 1: novos recursos da 23ª edição, com uma 
breve explanação sobre recursos e mudanças da atual edição; Introdução, com 
uma descrição da CDD e instrução de uso; Glossário, com curtas definições dos 
termos utilizados na CDD; Índice para introdução e glossário; Manual com guia 
para usar a CDD; as Tabelas auxiliares de 1 a 6, Realocação e Redução, Tabelas 
Comparativas e Equivalentes, Números Reusados. No Volume 2: Esquemas: 000 – 
599. No Volume 3: Esquemas: 600 – 999. No Volume 4: Índice Relativo. 
As sugestões para atualização da CDD são feitas pelo Comitê de Política 
Editorial para a Classificação Decimal, que se configura como um comitê 
internacional, com dez membros, que sugere a Online Computer Library Center, 
Inc.(OCLC), mudanças, inovações e medidas necessárias ao desenvolvimento da 
classificação. O Comitê representa os usuários da CDD, seus membros são eleitos 
por representantes de bibliotecas e das escolas de Biblioteconomia. 
Representação Temática 2 
 
34 
A CDD é uma classificação enumerativa, a representação dos assuntos é 
numérica e reúne todas as áreas do conhecimento em dez classes principais, 
nenhum número na CDD possui menos de três dígitos, conforme tabela abaixo: 
 
Primeiro Sumário 
000 – Generalidades 
100 – Filosofia E Psicologia 
200 – Religião 
300 – Ciências Sociais 
400 – Língua 
500 – Ciências Puras 
600 – Tecnologia (Ciências Aplicadas) 
700 – Belas Artes 
800 – Literatura E Retórica 
900 – Geografia E História 
Fonte: Classificação Decimal de Dewey, 23. ed. 
 
No volume 1 da CDD estão as seis tabelas auxiliares, instrumentos muito 
importantes para a classificação de assuntos. Podemos afirmar que essas tabelas 
proporcionam meios de apresentação de assuntos completos a serem 
classificados, nunca são utilizadas isoladamente, mas são necessárias para 
especificar aspectos de um assunto não expresso pelo número principal nos 
esquemas. Estão relacionadas entre T1 e T6. 
Nos volumes 2 e 3 estão os sumários e os esquemas que consistem em uma 
tabela de todos os números da CDD, com rubricas indicando seus assuntos 
principais e notas explicativas para uso. No volume 2 está o esquema de 000 a 599 
e o volume 3 de 600 a 999. 
No volume 4 encontra-se o índice relativo, o índice relativo relaciona assuntos 
de uma disciplina representada no esquema numérico. Nos esquemas, os assuntos 
são distribuídos entre disciplinas; no índice relativo esses assuntos são ordenados 
alfabeticamente, acompanhados por conceitos identificados nas disciplinas onde 
são tratados. 
Representação Temática 2 
 
35 
Exemplo de ordenação do Índice Relativo: 
Camarão 
  Alimento 641.395 
 Processamento comercial 664.94 
 Arte Culinária 641.695 
 Pesca 338.3725388 
 
Segundo Sumário 
000 Computer science, knowledge & systems 
010 Bibliographies 
020 Library & information sciences 
030 Encyclopedias & books of facts 
040 [Unassigned] 
050 Magazines, journals & serials 
060 Associations, organizations & museums 
070 News media, journalism & publishing 
080 Quotations 
090 Manuscripts & rare books 
100 Philosophy 
110 Metaphysics 
120 Epistemology 
130 Parapsychology & occultism 
140 Philosophical schools of thought 
150 Psychology 
160 Logic 
170 Ethics 
180 Ancient, medieval & eastern philosophy 
190 Modern western philosophy 
200 Religion 
210 Philosophy & theory of religion 
220 The Bible 
230 Christianity & Christian theology 
240 Christian practice & observance 
250 Christian pastoral practice & religious orders 
260 Christian organization, social work & 
worship 
270 History of Christianity 
280 Christian denominations 
290 Other religions 
300 Social sciences, sociology & anthropology 
310 Statistics 
320 Political science 
 
500 Science 
510 Mathematics 
520 Astronomy 
530 Physics 
540 Chemistry 
550 Earth sciences & geology 
560 Fossils & prehistoric life 
570 Life sciences; biology 
580 Plants (Botany) 
590 Animals (Zoology) 
600 Technology 
610 Medicine & health 
620 Engineering 
630 Agriculture 
640 Home & family management 
650 Management & public relations 
660 Chemical engineering 
670 Manufacturing 
680 Manufacture for specific uses 
690 Building & construction 
700 Arts 
710 Landscaping & area planning 
720 Architecture 
730 Sculpture, ceramics & metalwork 
740 Drawing & decorative arts 
750 Painting 
760 Graphic arts 
770 Photography & computer art 
 
780 Music 
790 Sports, games & entertainment 
800 Literature, rhetoric & criticism 
810 American literature in English 
820 English & Old English literatures 
 
Representação Temática 2 
 
36 
 
330 Economics 
340 Law 
350 Public administration & military science 
360 Social problems & social services 
370 Education 
380 Commerce, communications & 
transportation 
390 Customs, etiquette & folklore 
400 Language 
410 Linguistics 
420 English & Old English languages 
430 German & related languages 
440 French & related languages 
450 Italian, Romanian & related languages 
460 Spanish & Portuguese languages 
470 Latin & Italic languages 
480 Classical & modern Greek languages 
490 Other languages 
830 German & related literatures 
840 French & related literatures 
850 Italian, Romanian & related 
literatures 
860 Spanish & Portuguese literatures 
870 Latin & Italic literatures 
880 Classical & modern Greek 
literatures 
890 Other literatures 
900 History 
910 Geography & travel 
920 Biography & genealogy 
930 History of ancient world (to ca. 
499) 
940 History of Europe 
950 History of Asia 
960 History of Africa 
970 History of North America 
980 History of South America 
990 History of other areas 
Fonte: Classificação Decimal de Dewey, 23. ed. 
 
Volume 1 
 
A partir da rememoração do histórico e da introdução das partes da CDD, 
daremos início às questões práticas de uso da Classificação. Nesse sentido, inicia-se 
essa subunidade explicitando o primeiro volume da CDD. Dá-se ênfase 
principalmente às tabelas auxiliares e formas de utilização dessas tabelas. 
O primeiro volume da CDD edição 23ª, conforme visto anteriormente é 
formado basicamente pela apresentação dos novos recursos da 23ª edição, na 
qual, faz-se uma breve explanação sobre recursos e mudanças da atual edição. 
Introdução, com uma descrição da CDD e instrução de uso. O Glossário, com curtas 
definições dos termos utilizados na CDD. O Índice para introdução e glossário. O 
Manual com guia para usar a CDD. E as Tabelas auxiliares de 1 a 6, que seguem 
abaixo: 
Representação Temática 2 
 
37 
T1 Standard Subdivisions 
T2 Geographic Areas, Historical Periods, Biography 
T3 Subdivisions for the Arts, for Individual Literatures, for Specific 
Literary Forms 
T3A Subdivisions for Works by or about Individual Authors 
T3B Subdivisions for Works by or about More than One Author 
T3C Notation to Be Added Where Instructed in Table 3B, 700.4, 791.4, 
808–809 
T4 Subdivisions of Individual Languages and Language Families 
T5 Ethnic and National Groups 
T6 Languages 
 
Tabelas auxiliar 1 
 
A Tabela 1 – Subdivisões Padrão 
Existe um sumário padrão para a Tabela 1, que segue abaixo: 
SUMMARY 
—01 Philosophy and theory 
—02 Miscellany 
—03 Dictionaries, encyclopedias, concordances 
—04 Special topics 
—05 Serial publications 
—06 Organizations and management 
—07 Education, research, related topics 
—08 Groups of people 
—09 History, geographic treatment, biography 
Representação Temática 2 
 
38 
A tabela 1 é utilizada da seguinte forma: 
 Nunca é utilizada isoladamente, antes de seu uso é necessário escolher o 
assunto principal. 
 Deve ser usada junto com o número da classe principal. Desde que seja 
permitida a união nessa classe, conforme as orientações da classe 
principal. 
 Quando adicionada a um número da tabela principal insira sempre umponto decimal entre o terceiro e o quarto dígito. 
 Os números da tabela principal que terminarem com zero a direita, ao 
serem unidos aos números da T1-SS, o zero deve ser retirado. Exs 4 e 5. 
 Geralmente, os números da tabela 1-SS são precedidos de 0, porém em 
alguns casos podem ser precedidos de 00 ou 000. Conforme indicação na 
tabela principal. Ex.6 
 
Ex.1: Enciclopédia da religião hindu – 294.503 
294.5 número base para outras religiões. 
03 número que representa enciclopédia na T1- SS 
Resultado: 294.5 + 03 = 294.503 
 
Ex.2: Periódico de Biblioteconomia – 025.05 
025 – Número base para Biblioteconomia 
05 – Número que representa periódico na T1-SS 
Resultado: 025 + 05 = 025.05 
 
Ex.3: Jornal de Climatologia - 551.605 
551.6 – Número base para Clima e Tempo 
05 – Número que representa periódico na T1-SS 
Resultado: 551.6 + 05 = 551.605 
 
Ex.4: Dicionário de Arquitetura 720.3 
72 – Número para Arquitetura 
03 - Número que representa periódico na T1-SS 
Resultado: 72 + 03 = 720.3 
Representação Temática 2 
 
39 
 
Ex.5: Filosofia da Linguagem 400.1 
40 – Número para Linguagem 
01 – Número que representa Filosofia na T1-SS 
Resultado: 400 + 01 = 400.1 
 
Ex. 6 – Uso de mais de um zero na T1-SS. 
230.01 – 230.09 – Teologia Cristã 
230.002 – 230.007 - Cristianismo 
 
Tabela auxiliar 2 
 
A Tabela 2 – Áreas Geográficas, Periódicos Históricos, Pessoas 
Existe um sumário padrão para a Tabela 2, que segue abaixo: 
SUMMARY 
—001–009 Standard subdivisions 
—1 Areas, regions, places in general; oceans and seas 
—2 Biography 
—3 Ancient world 
—4 Europe 
—5 Asia 
—6 Africa 
—7 North America 
—8 South America 
—9 Australasia, Pacific Ocean islands, Atlantic Ocean islands, Arctic islands, 
Antarctica, extraterrestrial worlds. 
Representação Temática 2 
 
40 
 
 A tabela 2 é utilizada da seguinte forma: 
 Nunca é utilizada isoladamente, antes de seu uso é necessário escolher o 
assunto principal. 
 Deve ser usada junto com o número da classe principal. Desde que seja 
permitida a união nessa classe, conforme as orientações da classe 
principal. 
 Geralmente, é utilizada também com o número 09 da Tabela 1-Standard 
Subdivisions. 
 Pode ser utilizada também com o número 025 da Tabela 1 - Standard 
Subdivisions. 
 Para acrescentar dois números de áreas da Tabela 2, utilize o zero para 
separar as áreas. Ex.4 
 
Ex1. Escola elementar no Brasil 372.981 
372 Escola Elementar 
372.9 Escola Elementar de algum lugar 
81 Brasil (Tabela 2 - Área) 
Resultado: 372.9 + 81 = 372.981 
 
Ex2. As bibliotecas públicas no Japão 027.452 
027.4 Bibliotecas Públicas 
-52 Japão 
Resultado: 027.4 + 52 = 027.452 
 
Ex.3 Transporte ferroviário no Brasil 385.0981 
385 Transporte ferroviário 
-09 história, geografia - Tabela 1-SS 
-81 Local - Tabela 2 
Resultado: 385 + 09 + 81 = 385.0981 
Representação Temática 2 
 
41 
 
Ex4. Relações internacionais entre Estados Unidos e Reino Unido 327.73041 
327 Relações Internacionais 
-73 Estados Unidos (Tabela 2) 
0 Número de ligação 
-41 Reino Unido (Tabela 2) 
Resultado: 327 + 73 + 0 + 41 = 327.73041 
 
Tabela auxiliar 3 
 
A Tabela 3 – Subdivisões para literaturas individuais e para formas literárias 
específicas. 
Existe um sumário padrão para a Tabela 3, que segue abaixo: 
T3 Subdivisions for the Arts, for Individual Literatures, for Specific 
Literary Forms 
T3A Subdivisions for Works by or about Individual Authors 
—1 Poetry 
—2 Drama 
—3 Fiction 
—4 Essays 
—5 Speeches 
—6 Letters 
—8 Miscellaneous writings 
T3B Subdivisions for Works by or about More than One Author 
—01-07 Standard subdivisions 
—08 Collections of literary text in more than one form 
—09 History, description, critical appraisal of works in more than one form 
Representação Temática 2 
 
42 
—1-8 Specific forms 
—1 Poetry 
—2 Drama 
—3 Fiction 
—4 Essays 
—5 Speeches 
—6 Letters 
—7 Humor and satire 
—8 Miscellaneous writings 
T3C Notation to Be Added Where Instructed in Table 3B, 700.4, 791.4, 808–809 
—001-009 Standard subdivisions 
—01-09 Specific periods 
—1 Arts and literature displaying specific qualities of style, mood, viewpoint 
—2 Literature displaying specific elements 
—3 Arts and literature dealing with specific themes and subjects 
—4 Literature emphasizing subjects 
—8 Literature for and by ethnic and national groups 
—9 Literature for and by groups of people with specific attributes, residents of 
specific areas 
Representação Temática 2 
 
43 
A tabela 3 é utilizada da seguinte forma: 
 Nunca é utilizada isoladamente, antes de seu uso é necessário escolher o 
assunto principal. 
 A tabela está subdividida em três subtabelas: Tabela 3A – Para descrição, 
crítica, biografia, trabalhos simples ou em coleções de um autor em 
particular. A ordem de formação da notação é geralmente, número base + 
tipo de obra + período. Exs. 1, 2, 3; Tabela 3B - Para descrição, crítica, 
biografia, trabalhos simples ou em coleções de dois ou mais autores. A ordem 
de formação da notação é geralmente, número base + tipo de obra + 
Coleções -08 ou história -09 + período. Exs.4 e 5; Tabela 3C – Para elementos 
adicionais usados na construção de uma notação dentro da tabela 3B e como 
instruído em 700.4, 791.4, 808 e 809. A ordem de formação da notação é 
geralmente, número base + Coleções -08 ou história -09 + 
Tema/Elemento/Qualidade/Pessoa + período. Exs 6 e 7. 
 
 Devem ser utilizadas quando indicadas nas notações para literaturas 
individuais identificadas por asteriscos sob os números 810-890. 
 
Ex. 1 BROWN, Dan. O Código da Vinci - 813.54 
81 Número base Literatura Americana 
3 Tipo de obra (FICÇÃO) T3A 
54 Período 1945-1999 
 
Ex.2: ALLENDE, Isabel. Casa dos Espíritos - 863.64 
86 Número base para Literatura Espanhola 
3 Tipo de obra FICÇÃO (T3A) 
64 Período 1945-1999 (Tabela 861-868) 
Representação Temática 2 
 
44 
Ex.3: CATHER, Willa. Estórias, poemas e outros escritos. 813.52 
81 Número base para Literatura norte-americana 
3 Tipo de obra FICÇÃO (T3A) 
52 Período de 1900-1945 
 
Ex. 4: História da Literatura Portuguesa. 869.09 
869 Número base para Literatura Portuguesa 
09 História (T3B) 
 
Ex.5 História da Literatura Russa no Século XX. 891.709004 
891.7 Número base para Literatura Russa 
09 História (T3B) 
00 Número de ligação (T3B —09001-09009) 
4 Período 1917-1991 (Tabela 891.71-891.78) 
 
Ex.6. Literatura brasileira escrita por escritores amazonenses. 869.099811 
869 Número base para literatura brasileira 
09 História e descrição (T3B) 
9 Literatura para grupos de pessoas residentes em determinada área (Table 
3C) 
811 Região Norte do Brasil (T2) 
 
Ex.7 Temas políticos na Literatura Italiana do Século XX. 850.935810904 
85 Número base para Literatura Italiana. 
09 História, descrição (T3B) 
3581 Temas políticos e militares (T3C) 
0904 Período século XX, 1900-1999 (T1) 
Representação Temática 2 
 
45 
 
Tabela Auxiliar 4 
 
A Tabela 4 – Subdivisões de línguas individuais. 
Existe um sumário padrão para a Tabela 4, que segue abaixo: 
–01-09 Standard subdivisions 
—01 Philosophy and theory 
—02 Miscellany 
—03 Encyclopedias and concordances 
—04 Special topics of subdivisions of individual languages and language 
families 
--05—06 Standard subdivisions 
—07 Education, research, related topics 
—08 Groups of people 
—09 History, geographic treatment, biography 
--1—5 Description and analysis of the standard form of the language 
–1 Sistemas de escrita e fonologia da língua formal 
–2 Etimologia da língua formal 
–3 Dicionários 
–31 Dicionários linguísticos especializados. Exemplo: dicionários de 
abreviaturas, de antônimos, de homônimos, de sinônimos, de palavras-cruzada, de 
imagens, de clichês, de parônimos, de epônimos, dicionários reversos etc. 
–32–39 Dicionários bilíngues 
–5 Gramática e sintaxe da lingual formal 
—7 Historical and geographic variations, modernnongeographic variations 
 
Representação Temática 2 
 
46 
Exemplo: Arcaísmos, dialetos da língua, gírias, formas antigas, pidgins, 
Crioulos. As notações destinadas a –7 (por exemplo: 427, 437, 447. 457, 467, 
469.7 
etc.) estão personalizadas para cada língua nos esquemas de 420-499. 
—8 Standard usage of the language (Prescriptive linguistics) 
 
A tabela 4 é utilizada da seguinte forma: 
 Nunca é utilizada isoladamente, antes de seu uso é necessário escolher o 
assunto principal. 
 Deve ser usada com as notações referentes à classe 400, no intervalo de 
420-490. Apresenta divisões relativas à Gramática Geral de Línguas 
Específicas. 
 
Ex.1 Gramática Norueguesa 439.825 
439 Outras línguas alemães 
82 Noruega 
5 Gramática (T4) 
 
Ex.2 Dicionário Alemão de Sinônimos 433.1 
43 Número base Língua Alemã 
31 Dicionários especializados (T4) 
 
Ex. 3 American English: dialects and variation 427 
42 Número base Língua Inglesa 
7 Variações relativas a linguagem (T4) 
Representação Temática 2 
 
47 
 
Tabela auxiliar 5 
 
A Tabela 5 – Subdivisões de grupos étnicos e nacionais. 
Existe um sumário padrão para a Tabela 5, que segue abaixo: 
089 Standard Subdivision 
--1—9 Specific ethnic and national groups 
—1 North Americans 
—2 British, English, Anglo-Saxons 
—3 Germanic peoples 
—4 Modern Latin peoples 
—5 Italians, Romanians, related groups 
—6 Peoples who speak, or whose ancestors spoke, Spanish, Portuguese, 
Galician 
—7 Other Italic peoples 
—8 Greeks and related groups 
—9 Other ethnic and national groups 
 
A tabela 5 é utilizada da seguinte forma: 
 Nunca é utilizada isoladamente, antes de seu uso é necessário escolher o 
assunto principal. 
 A ordem de citação para tabela 5, no caso de grupos nacionais de 
estrangeiros originários e não cidadãos residentes, primeiro os grupos 
étnicos e após a nacionalidade. 
 A ordem de preferência para tabela 5, no caso de grupos nacionais de 
estrangeiros originários e não cidadãos residentes, escolhe-se o melhor 
número para representar os grupos nacionais. 
Representação Temática 2 
 
48 
Ex. A literatura do século 20 por autores africanos. 809.8996 
Número base para Literatura 809.8 
-9 (T5) 
-96 Africanos 
 
Tabela auxiliar 6 
 
A Tabela 6 – Subdivisões de Línguas. 
Existe um sumário padrão para a Tabela 6, que segue abaixo: 
—1 Indo-European languages 
—2 English and Old English (Anglo-Saxon) 
—3 Germanic languages 
—4 Romance languages 
—5 Italian, Dalmatian, Romanian, Rhaetian, Sardinian, Corsican 
—6 Spanish, Portuguese, Galician 
—7 Italic languages 
—8 Hellenic language 
A tabela 6 é utilizada da seguinte forma: 
Nunca é utilizada isoladamente, antes de seu uso é necessário escolher o 
assunto principal. 
Relação de línguas acompanhadas de símbolos para serem empregados, 
estritamente, quando determinado pelo sistema nas tabelas principais e auxiliares. 
 Os números desta tabela estão na base de construção de números nas 
classes 490 – outras línguas, dialetos e 890 – Línguas, Dialetos e 
Literaturas específicas. 
 
Representação Temática 2 
 
49 
 Os números desta tabela não correspondem exatamente aos números 
para línguas individuais 420-490 e em 810-890. Por exemplo, o número 
base para Inglês em 420—490 é 42, o número para Inglês na Tabela 6 é 21 
e não 2. 
 Os números da Tabela 6 são usados para extensão de números da Tabela 
2 – Área, 175 regiões onde são predominantes Línguas Específicas; 
Extensão da notação da Tabela 5 – Etnia e Grupos Nacionais, para 
representar línguas faladas de povos específicos; e em combinação com 
vários números espalhados em todas as Tabelas e Esquemas. 
 
Ex. Estudo crítico da mulher na comédia britânica 822.052309352042 
822 Drama inglês 
052309352042 Crítica interpretativa da comédia inglesa feita por mulheres 
 
Ex.2 O novo testamento em língua chinesa 225.5951 
225 Novo Testamento 
5 número seguinte de 220 – 220.5 – versão e tradução moderna (com 220.53 – 
59 para versão em outras Línguas. 
951 Língua chinesa 
Representação Temática 2 
 
50 
 
Volumes 2 e 3 
 
Nos volumes 2 e 3 estão os sumários e os esquemas que consistem em uma 
tabela de todos os números da CDD, com rubricas indicando seus assuntos 
principais e notas explicativas para uso. No volume 2 está o esquema de 000 a 599 
e o volume 3 de 600 a 999. 
Após o assunto de a obra ser determinada e o ponto de vista sob o qual o 
assunto é tratado estar definido, o classificador estará preparado para utilizar o 
código de classificação. Existem duas formas de iniciar a classificação nos 
esquemas de classificação da CDD: a forma direta nos esquemas, que é mais 
recomendada; e a consulta do índice relativo. 
Apesar da consulta ao índice ser a forma mais rápida de se achar um assunto 
específico, não é aconselhável o uso do índice de forma isolada, devido ao 
esquema de classificação fornecer meios mais adequados para uma correta 
classificação. Por esse motivo, o classificador nunca deverá classificar somente por 
meio do índice. 
A utilização dos esquemas deve seguir, de forma geral, as seguintes ordens de 
citação: assunto específico – aspecto geográfico – aspecto temporal – forma. 
Contudo, devemos sempre seguir as instruções que acompanham o número de 
classificação. 
Representação Temática 2 
 
51 
 
Volume 4 
No volume 4 encontra-se o índice relativo, o índice relativo contém uma 
entrada para cada termo significativo existente nas tabelas Principais e Auxiliares. 
Nos esquemas, os assuntos são distribuídos entre disciplinas; no índice relativo 
esses assuntos são ordenados alfabeticamente, acompanhados por conceitos 
identificados nas disciplinas onde são tratados. 
Exemplos de ordenação do Índice Relativo: 
 
Ex. 1 Camarão Cultura 639.68 
 Tecnologia 600 
 Agricultura 630 
 Crustáceos 639.6 
 Pesca 639 
 
Ex. 2 Classificação Decimal de Dewey 025.431 
Ciência da Informação, Informação e Generalidades 000 
Biblioteca e Ciência da Informação 020 
Operações em Biblioteca, Arquivos e Centros de Informação 025 
Análise e Controle de Assuntos 025.4 
Sistema geral de classificação 025.43 
 
Ex.3 Livros raros 011.44 
Ciência da Informação, Informação e Generalidades 000 
Bibliografias 010 
Bibliografias e Catálogos 011 
Bibliografias e Catálogos em geral, características e forma 011.4 
Representação Temática 2 
 
52 
A primeira unidade de nosso livro teve como objetivo dar subsídios para a 
prática da classificação por meio da Classificação Decimal de Dewey. Com esse fim, 
destacaram-se os principais recursos da CDD, a saber: o esquema de classificação, 
os sumários, as tabelas auxiliares e o índice relativo. 
O perfeito conhecimento do sistema de classificação exige mais do que 
fundamentos teóricos, a prática cotidiana em Bibliotecas e Centros de 
Documentação é de vital importância para os profissionais bibliotecários. Por esse 
motivo, é de grande valia a realização dos exercícios da próxima subunidade, como 
forma de fixação e reflexão. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
 
Leitura Complementar 
DEWEY, Melvil. Dewey decimal classification and relative index. Dublin, 
OH: OCLC, 2011. 4v. 
GUARIDO, Maura Duarte Moreira. Como usar e aplicar a CDD 22ª. Edição. São 
Paulo: Fundepe, 2012. 
Representação Temática 2 
 
53 
 
Exercícios - Unidade 2 
 
1. Assinale a alternativa que corresponde à notação correta da Classificação 
Decimal de Dewey (CDD) para classificar a Constituição Federal (341.24) do Brasil 
(81). 
a) 341.24081 
b) 341.2481 
c) 341.24(81) 
d) 341.24:81 
e) Nenhuma das respostas anteriores. 
 
2. Classificar é dividir um universo de determinadas coisas ou ideias em classes, 
segundo diferenças e/ou semelhanças. Com basenessas características foram 
desenvolvidos vários Sistemas de Classificação Bibliográfica, como o Sistema de 
Classificação Decimal de Dewey (CDD). Acerca da CDD, assinale a alternativa 
correta. 
a) Melville Louis Kossuth Dewey, criador da CDD, representou o conhecimento 
humano em 09 (nove) grandes áreas ou classes. Também reuniu em outra classe, 
nomeada como assuntos gerais, as enciclopédias gerais, revistas e jornais. 
b) A notação da CDD é constituída de números decimais, incluindo o zero (0) e 
a vírgula (,). 
c) A CDD segue os predicados de Porfírio, permitindo que qualquer área do 
conhecimento possa ter diferentes tipos de relacionamento, tais como 
gênero/espécie e todo/parte. 
d) A CDD não tem nenhuma tabela auxiliar aplicável a todas às classes. 
e) Nenhuma das respostas anteriores. 
Representação Temática 2 
 
54 
3. Segundo a 23ª. edição da CDD, uma obra cujo assuntofosse um dicionário 
de Biblioteconomia, teria como classificação: 
a) 020.05 
b) 025.03 
c) 025.05 
d) 025.5 
e) 025.3 
 
4. Segundo a 23ª. edição da CDD, uma obra cujo assuntofosse um periódico de 
arquitetura, teria como classificação: 
a) 720.05 
b) 725.03 
c) 720.5 
d) 723.5 
e) 720.3 
 
5. Segundo a 23ª. edição da CDD, uma obra cujo assuntofosse Bibliotecas 
Públicas Brasileiras, teria como classificação: 
a) 027.481; 
b) 025.03 
c) 027.511 
d) 027.5 
e) 025.3 
Representação Temática 2 
 
55 
6. Segundo a 23ª. edição da CDD, uma obra cujo assunto 
fosse história do transporte ferroviário, teria como classificação: 
a) 385.0945 
b) 385.05 
c) 385.09 
d) 385.81 
e) 385.0981 
 
7. Segundo a 23ª. edição da CDD, uma obra cujo assunto 
fosse história da literatura brasileira, teria como classificação: 
a) 981.09 
b) 869.89 
c) 869.0981 
d) 869.09 
e) 869.81 
 
8. Segundo a 23ª. edição da CDD, uma obra cujo assunto 
fosse escolas elementares no Brasil, teria como classificação: 
a) 372.0981; 
b) 372.81; 
c) 372.82; 
d )372.981 
e) 372.4 
Representação Temática 2 
 
56 
9. Em geral, os esquemas de classificação seguem que ordem de citação? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10. As tabelas auxiliares da Classificação Decimal de Dewey podem ser 
utilizadas isoladamente? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
Representação Temática 2 
 
57 
3 Classificação Decimal Universal 
Representação Temática 2 
 
58 
 
A segunda unidade do nosso livro tem como objetivo aplicar a Classificação 
Decimal Universal em unidades de informação, bibliotecas, centros de 
documentação e outros, assim como reconhecer e utilizar os recursos da CDU, sua 
classe principal, seus sinais gráficos, suas subdivisões e tabelas, na organização de 
documentos bibliográficos. Para esse fim, iniciaremos com um breve histórico da 
CDU, seguindo apresentaremos a descrição e estrutura, com as tabelas principais, o 
índice geral, as regras da classificação, notação, sinais e tabelas auxiliares, 
considerações finais, exercícios e por fim uma leitura complementar indicativa. 
 
Objetivos da unidade: 
Saber aplicar a Classificação Decimal Universal em unidades de informação, 
bibliotecas, centros de documentação e outros. Reconhecer e utilizar os recursos 
da CDU, sua classe principal, seus sinais gráficos, suas subdivisões e tabelas, na 
organização de documentos bibliográficos. 
 
Plano da unidade: 
 Classificação Decimal de Universal (CDD): estrutura e organização 
 História da CDU 
 Descrição e estrutura da CDU 
 Tabelas principais 
 Índice geral da CDU 
 Regras da classificação 
 Notação e número de chamada 
 Sinais e tabelas auxiliares da CDU 
 Tabelas auxiliares – seção 1: Sinais Gráficos e Subdivisões 
 Auxiliares Comuns 
 Tabelas auxiliares – seção 2: Subdivisões Auxiliares Especiais 
Bons estudos! 
Representação Temática 2 
 
59 
 
Classificação Decimal Universal (CDU): estrutura e 
organização 
 
A Classificação Decimal Universal (CDU) é um sistema internacional de 
classificação de documentos, cuja base está no conceito de que o conhecimento 
humano pode ser dividido em 10 classes principais de conhecimento, e estas, por 
sua vez, podem ser infinitamente divididas numa hierarquia decimal. É um sistema 
de classificação consolidado e largamente usado pelas bibliotecas em todo o 
mundo (IBICT, 2015). 
Com a prerrogativa de ser o representante nacional na área de informação 
científica e tecnológica e detentor da licença para edição em língua portuguesa, 
concedida pelo UDC Consortium – proprietário intelectual da Classificação Decimal 
Universal (CDU) –, o IBICT edita a versão portuguesa da CDU, desde 1997, por 
intermédio do British Standards Institute, responsável pela geração do sistema. 
A CDU é capaz de expressar não só os assuntos simples, mas também a relação 
entre os diversos assuntos. É uma classificação por aspectos, ou seja, um assunto é 
classificado segundo o seu contexto, o que evita ambiguidades. O Consórcio CDU é 
o responsável pelas atualizações da CDU e todo ano lança o “Extensions and 
Corrections to UDC”. Há quatro edições da CDU: Desenvolvida: com 
aproximadamente 260 mil entradas; Média: que contêm de 72 a 78 mil entradas; 
Abreviada: entre 22 e 26 mil entradas; Especial: especializadas para cada tipo de 
biblioteca1. 
 
1 Também há uma versão de bolso, que pode ser considerada abreviada. 
Representação Temática 2 
 
60 
 
História da CDU 
 
Os bibliógrafos belgas Paul Otlet (1868-1944) e Henri La Fontaine (1854-1943), 
ao resolverem criar uma bibliografia universal, depois de fundarem, em 1895, o 
Instituto Internacional de Bibliografia, decidiram traduzir a CDD para francês com o 
objetivo de esta servir como forma de ordenar, por assunto, a bibliografia citada. O 
resultado, publicado entre 1905-1907, excedeu a mera tradução pelas adaptações 
e ampliações que efetuaram. O sistema belga, conhecido por Classificação Decimal 
Universal (Universal Decimal Classification) ou CDU, é usado em toda a Europa e 
conta com grande adesão em Portugal. 
O caráter universal da CDU baseia-se na cobertura da totalidade do 
conhecimento humano dentro de um sistema de classificação. É apropriado para 
uma gama variada de objetivos, desde a organização e especificação detalhada de 
grandes coleções de documentos ou realia, até a organização de listas que 
documentam a existência destes itens e sua recuperação por assunto. Sua 
flexibilidade de classificação possibilita agrupar todas as referências de um assunto 
particular, auxiliando o especialista na busca de informações relacionadas a seus 
interesses (geralmente restritos), colocando-as no contexto

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