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Curso Gasometria arterial

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Prof. Ms. Heverson Carneiro
Fisioterapeuta especialista em terapia intensiva adulto, 
pediátrico e neonatal, mestre em ciências da reabilitação, 
Docente do Centro Universitário Sudoeste Paulista – Itapetininga
Coordenador docente da Liga de Fisioterapia Hospitalar UNIFSP
Docente do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar da CampCursos
Gasometria Arterial
Interpretação 
clínica
Prof. Me. Heverson Carneiro
Regulação dos íons de H+
Prof. Me. Heverson Carneiro
Introdução
• A avaliação do estado acidobásico do sangue é rotineiramente 
realizada nos pacientes internados em UTI. 
• Essa avaliação fornece informações valiosas sobre:
• Os desvios do equilíbrio acidobásico;
• A função respiratória;
• As condições de perfusão tecidual.
Introdução
• Os distúrbios acidobásicos são alterações comuns na UTI.
• Essas alterações podem ser resultado de uma série de condições
fisiopatológicas que podem ser adquiridas ou genéticas
• Há história e exame físico do paciente associados à analise da
gasometria arterial permitem a identificação do tipo de distúrbios e
de suas causas
Objetivo do Curso
Etapa 1
Reconhecer os 
principais mecanismos 
envolvidos no equilíbrio 
acidobásico.
Etapa 2
Identificar os principais 
distúrbios que podem 
acometer pacientes 
críticos, bem como sua 
definição, principais 
causas, compensações 
e tratamento
Etapa 3
Interpretar passo a 
passo os dados da 
gasometria relacionada 
ao equilíbrio 
acidobásico.
Esquema conceitual
Equilíbrio acidobásico
Formação e Tamponamento 
dos íons hidrogênio
Ácidos voláteis 
Ácidos fixos 
Importância da regulação 
do pH corporal
Solução Tampão
Sistemas de 
Tamponamento do corpo 
humano
Esquema conceitual
Distúrbios acidobásicos
Distúrbios respiratórios 
primários
Distúrbios metabólicos 
ou não respiratórios 
primários
Respostas 
Compensatórias
Equilíbrio acidobásico
• Definição – mecanismo fisiológico que mantem a [H+] dos fluídos 
corpóreos em valores compatíveis com a vida.
pH [H+]
7,35 – 7,45 35 a 45 nmol/L
Equilíbrio acidobásico
• A manutenção de um meio interno relativamente constante é uma
das principais funções fisiológicas.
• Em indivíduos saudáveis os:
• Sistema tampão – ocorre instantaneamente
• Os pulmões – após alguns minutos
• Os RINS – horas e/ou dias
• Trabalham em conjunto para manter o equilíbrio acidobásico.
Formação e tamponamento dos íons H+
• Relembrando.....
• Ácido → Substância que “doa” um H+
• Base → substância que “recebe” um H+
• E a reação do acido com a base ocorre a formação de sal e água e se 
neutralizam 
H2CO3→ H
+ + HCO3
NaOH→ OH- + Na+
H+CL- + Na+OH-→ Na+CL- + H2O
Formação e tamponamento dos íons H+
• Relembrando.....
• Um ácido forte é uma substância que se dissocia completamente ou 
quase completamente em íon H+ e sua base correspondente em uma 
solução aquosa diluída.
• Um ácido fraco é apenas levemente ionizado em solução aquosa.
H+CL- + H2O→ H
+
aq + CL
-
aq
H2CO3→ H
+ + HCO3
Formação e tamponamento dos íons H+
• O potencial de hidrogênio (pH) 
de uma solução é o logaritmo 
negativo da atividade dos íons 
H+.
• Na maioria dos casos, 
aproximadamente igual à 
concentração dos íons H+.
[H+] = 24x(PaCO2) / [HCO3] 
24x40/24 = 40nEq/L
Concentração de H+ no 
sangue 
0,00004 mEq/L ou 
40nEq/L
45nEq/L45nEq/L
Valores baixos 
Expressão é realizada 
em escala logarítmica
Formação e tamponamento dos íons H+
• pH – concentração dos íons hidrogênio
Formação e tamponamento dos íons H+
Ácidos voláteis
• Os ácidos voláteis originam-se dos seus componentes gasosos
dissolvidos onde o H2CO3.
• Cerca de 13.000mmol/L de CO2 /Dia por meio do metabolismo
aeróbio, com igual quantidade de H+.
Metabolismo aeróbico
CO2 + H2O → H2CO3→ HCO3
- + H+
Ácidos voláteis
• Por meio de um processo denominado tamponamento isoídrico.
Ventilação
CO2+H2OH2CO3HCO3
-+H+
HHb→H++Hb-
Ácidos Fixos
• Os ácidos fixos são produzidos continuamente pelo catabolismo ou
pelo metabolismo anaeróbio.
• Esses ácidos são não voláteis, não estão em equilíbrio com o
componente gasoso e são produzidos em quantidade
consideravelmente menor.
• Os íons H+ originados desse ácido são tamponados por bases no
organismo ou eliminados na urina pelos RINS.
Ácidos Fixos
• Os ácidos fixos produzidos pelo corpo incluem:
• Ácido sulfúrico (originado da oxidação de aminoácidos que contêm enxofre.
• Ácido fosfórico (originado da oxidação de fosfolipídeos e fosfoproteínas)
• Ácido clorídrico (originado da oxidação do cloreto de amônia ingerido em
ureia)
• Ácido lático (originado do metabolismo anaeróbio da glicose)
• Outros ácidos fixos podem ser ingeridos acidentalmente ou formados
em quantidade anormalmente altas. P.ex. Ac. Acetoacético e butírico
Importância da regulação do pH corporal
• Os íons H+ interagem com os grupos funcionais das proteínas
carregados negativamente, podendo originar mudanças.
• Mudanças extremas na [H+] do corpo podem resultar em perda de
função dos sistemas orgânicos e da integridade estrutural.
• Em condições agudas, o pH arterial acima de cerca de 7,8 ou abaixo
de 6,9 é incompatível com a vida.
Solução tampão
• Uma solução tampão é uma mistura de componentes ácidos e básicos 
que resiste ás alterações do pH quando um ácido ou uma base é 
adicionada a ela.
H2CO3→ H
+ + HCO3
-
Ácido
Base 
Conjugada
Solução tampão
CO2 H2O H2CO3
H2CO3 H
+ HCO3 Sangue Na+ NaHCO3
NaHCO3 HCl H2CO3 NaCl
A solução tampão converte de forte
para fraca a acidez do HCl minimizando
grandes alterações do pH
Sistema de tamponamento do corpo humano
• O corpo possui um grande variedade de substâncias que podem 
funcionar como tampões na variação fisiológica do pH.
• Essas substâncias englobam:
• Bicarbonato
• Fosfato 
• Proteínas
Tampões do sangue
• Os tampões do sangue são classificados como:
• Sistema bicarbonato
• Sistema não Bicarbonato
• Fosfatos
• Proteinas, incluindo Hb.
• A base do tampão do sangue é o somatório das bases bicarbonato e
não bicarbonato medido em mmol/L de sangue.
Sistema tampão bicarbonato e não 
bicarbonato
• O sistema bicarbonato é caracterizado como um Sistema tampão 
aberto por o H2CO3 está em equilíbrio com o CO2 dissolvido.
CO2 + H2O H2CO3 HCO3
- + H+
Catalisado pela 
Anidrase Carbônica
Gás exalado
Sistema tampão bicarbonato e não 
bicarbonato
• Um sistema tampão não bicarbonato é caracterizado como um 
sistema tampão fechado, pois todos os componentes das reações 
acidobásico permanecem no sistema.
• P. ex.
•H+ + Base conjugada = ácido fraco
• O sistema tampão bicarbonato e não bicarbonato não 
funcionam isolados.
Sistema tampão bicarbonato e não 
bicarbonato
CO2 + H2O H2CO3 HCO3
- + H+
Ventilação
[H+]+ do sangue
Ácido fraco Base conjugada + H+
Sistema tampão 
Bicarbonato 
Aberto
Sistema tampão 
Não Bicarbonato 
Fechado 
pH de um sistema tampão
• O pH do sistema tampão bicarbonato do sangue pode ser calculada
pela equação de Henderson-Hasselbalch.
• A equação considera a proporção entre as moléculas ácidas não
dissociadas [H2CO3] e os ânions básicos [HCO3].
• Como o CO2 dissolvido (PCO2 x 0,03) está em equilíbrio e é
diretamente proporcional a [H2CO3] a PCO2 é mais fácil de ser
mensurada e usada no denominador da equação
pH de um sistema tampão
• A equação pode ser usada para verificar se os resultados relativos ao 
pH, à PCO2 e ao HCO3 apresentados são compatíveis
HCO3
-
(0,03 x PCO2)
pH = 6,1 +log 
Uso clínico da equação de H-H
• Se tivermos 2 das três variáveis já nos permite que o pH, [HCO3] ou a 
PCO2 sejam computadas.
CASO CLÍNICO Aplicando a Equação de H-H em um
Cenário Clínico
• O terapeuta intensivista está cuidando de um pacientesob VM. O 
paciente tem um volume corrente (VC) de 800 mL e uma frequência 
respiratória de 10/min, resultando em uma ventilação por minuto 
(VM) de 8 L/min. A PCO2 do paciente é de 55 mmHg, o pH é 7,30, e o 
bicarbonato é de 26 mEq/L, e o terapeuta deseja manter um pH de 
7,35. 
• Calcule a veracidade dos valoresde PCO2 e HCO3 com relação ao pH
• Quanto o terapeuta precisa mudar a PaCO2 para alcançar este pH 
desejado, e que alteração no VC do paciente isso requer?
CASO CLÍNICO Aplicando a Equação de H-H em um
Cenário Clínico
(antilog {pH – 6,1} x 0,03)
PCO2 = [HCO3] 
(antilog {7,35 – 6,1} x 0,03)
PCO2 = 26 mEq/L 
PCO2 = 49 mmHg
VM = ?
Lembrando que o VM é 
inversamente proporcional à PCO2
VM1 x (PCO2)1 = VM2 x (PCO2)2
8L/min x 55mmHg = VM2 x 49 
8L/min x 55mmHg = VM2
49 
VM = 8,98 L/min
Papel dos pulmões e dos rins na excreção de 
ácidos
• Os pulmões e os rins são os principais órgãos excretores de ácidos.
• Em indivíduos doentes, a falha de um sistema pode ser parcialmente 
contrabalançada por uma resposta compensatória do outro.
Papel dos pulmões e dos rins na excreção de 
ácidos
CO2 + H2O H2CO3 [HCO3
-] + H+
[HCO3]
Centro 
Respiratório
Mov. 
Respiratórios
Relação HCO3
-/ 
H2CO3 se 
mantém e o pH 
mantém
Profundidade
Frequência
PACO2 (e PaCO2 e 
H2CO3)
Papel dos pulmões e dos rins na excreção de 
ácidos
Acidose respiratória
• HCO3→ filtrado glomerular
• H+→ secretado pelo epitélio
• H2CO3→ Formado
• Quebra pela catalase carbônica
• CO2+H2O
• CO2→ difunde para a C. tubular
• Através da anidrase carbônica
• H2CO3→ H
+ + HCO3
• H+ sobressalente é secretado na urina
Papel dos pulmões e dos rins na excreção de 
ácidos
Alcalose respiratória
• HCO3→ filtrado glomerular
• H+→ secretado pelo epitélio
• H2CO3→ Formado
• Quebra pela catalase carbônica
• CO2+H2O
• CO2→ difunde para a C. tubular
• Através da anidrase carbônica
• H2CO3→ H
+ + HCO3
• H+ diminuição da secreção pela urina
Distúrbios acidobásico
• Normalmente, os rins mantêm uma concentração arterial de 
bicarbonato em torno de 24mEq/L
• O pulmão mantem uma PCO2 aproximadamente em 40mmHg.
• Mantem um pH de 7,40
HCO3
-
(0,03 x PCO2)
pH = 6,1 +log 
Distúrbios acidobásico
• As faixas normais do pH, da PCO2 e da [HCO3] obtidas no sangue 
arterial por meio da gasometria são:
• pH = 7,35 a 7,45
• PaCO2 = 35 a 45 mmHg
• [HCO3] = 22 a 26 mEq/L
• Na gasometria o pH e a PaCO2 são obtidas por medida eletrônica 
direta, enquanto [HCO3] é obtida de maneira indireta.
Distúrbios acidobásico
• Os distúrbios acidobásicos podem ser divididos em quatro categorias:
• Acidose respiratória
• Alcalose respiratória
• Acidose metabólica
• Alcalose metabólica
• Esses distúrbios acidobásico primários podem ocorrer de forma 
isolada (simples) ou em combinação (misto) ou podem ser alterados 
por mecanismos de compensação.
Distúrbios acidobásico
Valores normais
Arterial Venosa
pH 7,35 – 7,45 7,32 – 7,42
PaCO2 35 – 45 41 – 51
PaO2 90 – 110 40
SaO2 >95% 70%
HCO3 22 – 26 22 - 26
BE -2 - +2 -2 - +2 
Ventilação
Oxigenação
Metabolismo
Produção
Consumo
Metabolismo
Distúrbios acidobásico
• Classificação dos distúrbios acidobásico
Componente Faixa Classificação
pH
7,35 – 7,45 Estado normal
<7,35 Acidemia
>7,45 Alcalemia
PaCO2
35 – 45 Estado ventilatório normal
>45 Acidemia de origem resp
<35 Alcalemia de origem resp
HCO3
22 – 26 Estado metabólico normal
<22 Acidemia de origem Met
>26 Alcalemia de origem Met
Respostas compensatórias
• Na presença de um distúrbio acidobásico, o organismo desencadeia 
uma resposta compensatória em que o pH e restaurado.
PaCO2 >45 (distúrbio primário) → Os rins reabsorvem HCO3 para o sangue
Ou seja
Respostas compensatórias
HCO3 <22 (distúrbio primário) → Os pulmões eliminam CO2
Ou seja
Respostas compensatórias
Principais distúrbios respiratórios e metabólicos e as respostas compensatórias
Distúrbio 
acidobásico
Alteração primária Resposta compensatória
Acidose 
respiratória 
PaCO2 >45; HCO3 (N) = pH <7,35 HCO3; PaCO2 = pH (N)
Alcalose 
respiratória 
PaCO2 <35; HCO3 (N) = pH >7,45 HCO3; PaCO2 = pH (N)
Acidose 
metabólica
HCO3 <22; PaCO2 (N) = pH <7,35 HCO3; PaCO2 = pH(N)
Alcalose 
metabólica
HCO3 >26; PaCO2 (N) = pH >7,45 HCO3; PaCO2 = pH (N)
Passo a passo para a classificação dos 
Distúrbios acidobásicos
• Inspecione o pH (acidemia, alcalemia, ou normal)
• Inspecione a PaCO2 (componente respiratório). Isto pode explicar o 
pH?
• Inspecione o HCO3− (componente metabólico). Isto pode explicar o 
pH?
• Verifique se há compensação. O componente não causativo 
respondeu apropriadamente?
Caso clínico 1
• Uma mulher de 35 anos de idade foi internada no departamento de
emergência com um diagnóstico de overdose de heroína. Sua
respiração estava rasa e lenta. A análise dos gases sanguíneos
arteriais revelou um pH de 7,30 uma PCO2 de 55 mmHg, e um HCO3−
de 27 mEq/L.
• Como o TR avaliaria sua condição respiratória?
• Categorizar o pH
• Determinar o envolvimento respiratório
• Determinar o envolvimento metabólico
• Avaliar a compensação.
Causas de acidose respiratória
• Pulmões normais
• Depressão do SNC: anestesia, sedativos, analgésicos, narcóticos
• Doenças neuromusculares: poliomielite, miastenia grave, síndrome de 
Guillain-Barré
• Traumatismo da medula espinhal, cerebrais ou da parede torácica
• Distúrbios restritivos graves: obesidade, cifoescoliose
• Pulmões anormais
• DPOC
• Obstrução aguda das vias aéreas (fases tardias)
Caso clínico 2
• Um homem de 73 anos de idade está sendo tratado no ambulatório 
de enfisema pulmonar, o qual foi diagnosticado há 7 anos. Sua 
respiração em repouso é trabalhosa, com o uso marcante de 
músculos acessórios. A análise dos gases sanguíneos arteriais revelou 
um pH de 7,36, uma PCO2 de 64 mmHg, e um HCO3− de 35 mEq/L. 
• Como o terapeuta respiratório avaliaria sua condição respiratória?
• Categorizar o pH
• Determinar o envolvimento respiratório
• Determinar o envolvimento metabólico
• Avaliar a compensação.
Caso clínico 3
• Um homem de 27 anos de idade foi internado no hospital com um
caso persistente de pneumonia bacteriana, a qual não tinha
respondido a 6 dias de cuidado ambulatorial com drogas
antimicrobianas. Ele exibia uma suave cianose e uma respiração
trabalhosa. A análise dos gases sanguíneos arteriais (com o paciente
respirando ar ambiente) revelou um pH de 7,44, uma PaCO2 de 26
mmHg, um HCO3− de 17 mEq/L, e uma PaO2 de 53 mmHg.
• Como o terapeuta respiratório avaliaria a condição acidobásica deste 
paciente?
Caso clínico 4
• Um homem de 77 anos de idade, desesperado e sofrendo de 
ansiedade de origem aparentemente psicossomática, foi trazido ao 
hospital por sua esposa. O paciente exibia uma rápida e profunda 
respiração, falava de modo desarticulado, e reclamava de 
formigamento em suas extremidades. A análise dos gases sanguíneos 
arteriais revelou um pH de 7,57, uma PCO2 de 23 mmHg, e um 
HCO3− de 21 mEq/L. 
• Como o terapeuta respiratório avaliaria sua condição acidobásica?
Acidose metabólica
• A acidose metabólica é produzida por qualquer processo fisiológico 
que diminuía a [HCO3] plasmática com consequente redução do pH.
• A acidose metabólica pode ocorrer em uma das duas seguintes 
maneiras: 
• Acúmulo de ácidos fixos (não voláteis) no sangue 
• Baixo fluxo sanguíneo no qual a hipóxia tecidual e o metabolismo anaeróbico produzem 
ácido lático.
• Uma perda excessiva de HCO3− pelo corpo. 
• Diarreia severa, na qual grandes estoques de HCO3− são eliminados do corpo, 
produzindo também uma acidose não respiratória.
Acidose metabólica
• Os dois tipos de acidose são tratados de forma diferentes, e a 
mensuração do hiato aniônico (ânion gap) é útil na diferenciação da 
causa.
• Ânion gap varia de 9 a 14mEq/L.
• Ânion Gap é a soma de todas as concentrações plasmáticas, ou seja, 
as somas de todos os ânions é igual a soma dos cátions.
HA/AG = [Na+] –([Cl-] + [HCO3])
Hiato aniônico / Ânion Gap
• Representação esquemática.
• A diferença de ânions normal é o
resultado da presença de mais ânions
não medidos do que cátions não
medidos no sangue.
Hiato aniônico / Ânion Gap
• Ânion Gap aumentado é causado
pela acidose metabólica por
aumento de ácidos fixos.
Os H+ + HCO3 plasmático,[HCO3] → ânion GAP
Causas da acidose metabólica
• Gap elevado:
• Ganho de ácido produzido metabolicamente: acidose lática (hipoxemia, 
anemia, choque, exercício vigoroso, SDRA)
• Cetoacidose, 
• IR (retenção de ácido sulfúrico)
• Gap normal
• Perda gastrointestinal de HCO3 (Diarreia, fístula pancreática)
• Perda tubular renal (falha na reabsorção de HCO3)
• Ingestão: cloreto de amônio, hiperalimentação intravenosa
Caso clínico 5
• Uma mulher de 42 anos de idade em coma diabético foi admitida no
setor de emergência. Ela exibia uma respiração profunda e ofegante.
A análise dos gases sanguíneos arteriais 660 revelou um pH de 7,22,
uma PCO2 de 20 mmHg, um HCO3− de 8 mEq/L, e um excesso de
bases (EB) de −16 mEq/L.
• Como o terapeuta respiratório avaliaria sua condição acidobásica?
Caso clínico 6
• Um homem de 38 anos de idade teve uma severa diarreia durante 
semanas, sem receber atendimento médico. A análise dos gases 
sanguíneos arteriais revelou um pH de 7,36, uma PCO2 de 24 mmHg, 
um HCO3− de 13 mEq/L, e um excesso de bases (EB) de −11 mEq/L. 
• Como o terapeuta respiratório avaliaria sua condição acidobásica?
Alcalose metabólica
• Produzida por qualquer processo fisiológico caracterizado pelo 
aumento da [HCO3] plasmática, pela perda de íons H
+ com 
consequente aumento do pH (>7,45)
• Causas da alcalose metabólica
• Perda do H+
• Gastrintestinal: vômito, aspiração nasogástrica
• Renal: diuréticos, hipocloremia, hipocalcemia, hipovolemia
• Retenção e íons HCO3
• Infusão ou ingestão de bicarbonato ou outras bases.
Caso clínico 7
• Uma mulher de 83 anos de idade com doença cardíaca tem tomado 
um poderoso diurético para remover o excesso de líquido edematoso 
de suas pernas e para ajudar a mantê-la livre de edema pulmonar. As 
análises de seus gases sanguíneos e dos eletrólitos séricos revelaram 
o seguinte: um pH de 7,58, uma PaCO2 de 48 mmHg, um HCO3− de 
44 mEq/L, um excesso de bases (EB) de +19 mEq/L, um K+ sérico de 
2,5 mEq/L (3,5 a 5,3), e um Cl– sérico de 95 mEq/L(96 a 106). 
• Como o terapeuta respiratório avaliaria sua condição ácido-básica?
Regras para Ventilação Mecânica
• As fórmulas a seguir podem ser usadas para ajustar os parâmetros do 
ventilador quando se deseja modificar a PaCO2
Volume corrente desejado = PaCO2 conhecida x volume corrente conhecido
PaCO2 desejada
Frequência respiratória desejada = PaCO2 conhecida x frequência resp. conhecida 
PaCO2 desejada
Caso 9
• Uma semana atrás, uma mulher de 64 anos (altura 1,56m, peso
+45kg) deu entrada na unidade de tratamento intensivo (UTI) por
meio do setor de emergência do hospital, apresentando desconforto
respiratório e tendo como principais queixas tosse improdutiva e
piora progressiva da dispneia de esforço. Há dois anos, ela passou por
um transplante de pulmão direito devido à fibrose pulmonar
idiopática (FPI). O seu período pós-operatório desde o transplante
tem sido complicado por múltiplas hospitalizações devido a infecções
respiratórias recorrentes e rejeição aguda do enxerto. Durante o
último mês, ela necessitou de um aumento no seu aporte de oxigênio
(O2) de 2 para 3 litros por minuto via sonda nasal.
Caso 9
• No momento da admissão, seus sinais vitais eram os seguintes:
• FC de 90 bpm,
• Pressão sanguínea de 120/81 mmHg (PA média de 94 mmHg),
• Temperatura corporal de 38 ºC,
• Saturação de oxigênio por oximetria de pulso (SatO2) de 87% em repouso
com 3 litros por minuto de O2 (que caiu para 82% com esforço mínimo) e
• Frequência respiratória (FR) de 33 por minuto com notável desconforto.
• A radiografia de tórax revelou a presença de infiltrados no lobo superior
direito;
Caso 9
• Seu estado respiratório desde a hospitalização continuou a piorar e
culturas confirmaram a síndrome de bronquiolite obliterante (SBO).
Os gases do sangue arterial mostraram os seguintes valores:
• pH = 7,36; 
• pCO2 = 43 mmHg; 
• pO2 = 67mmHg; 
• HCO3 = 24 mEq/L; 
• SatO2 = 93%; 
• BE = -1
Caso 9
• A paciente apresentou piora no quadro de dispneia, queda constante
de saturação periférica e queda importante do Glasgow (15T para 9T)
necessitando de VMI.
Caso 9
• Ao assumir o plantão, nota-se que os parâmetros do ventilador mecânico 
forma alterados, e que o volume corrente ofertado ao paciente esta 20% 
abaixo do ideal. Segue parâmetros deixados.
• Modo: PCV
• PC: 12cmH2O
• PEEP: 10cmH2O
• Tisnp: 1,0s
• R I:E: 1:3
• FR: 14
• FiO2: 60%
• VC = 450
Gasometria de rotina:
pH: 7,30
pCO2: 57mmHg
PaO2: 95 mmHg
HCO3: 30 mEq/L
Be: -6 mEq/L
SaO2: 83%
Frequência respiratória desejada = PaCO2 conhecida x frequência resp. conhecida 
PaCO2 desejada
PaO2 ideal = -109 -(0,43 x idade em anos)
Diagrama de 
Davenport
• Para cada valor de pH e da 
concentração de bicarbonato, 
existe uma única PaCO2 e vice 
e versa.
Referências
• Beachey W. Equilíbrio ácido-básico. In: Scanian GL, Wilkins RL, Stoller JK. 
Fundamentos da terapia respiratória de Egan. São Paulo: Manole; 2000. p. 
271-95
• Hubble SMA. Acid-base and blood gas analysis. Anaesth Intens Care 
2004;7(11):427-431. 
• Levitzky MG. Regulação do equilíbrio ácido-básico. In: Levitzky MG, editor. 
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