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Fecundação

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A fecundação é o resultado de uma série de processos 
que têm início quando os espermatozoides penetram a 
corona radiata que circunda o ovúlo e termina com a 
mistura dos cromossomos maternos e paternos. 
 Completar a segunda divisão meiótica do 
ovócito; 
 Transmitir os genes paternos para a prole; 
 Iniciar as reações no citoplasma do óvulo que 
permitem o prosseguimento do 
desenvolvimento; 
 Criação de um novo organismo. 
O complexo liberado durante a ovulação é constituído 
por: 
 Ovócito; 
 Corona Radiata: Formada por células foliculares 
que permanecem aderidas ao ovócito e saem 
durante a ovulação acompanhando o ovócito; 
 Zona Pelúcida: Camada formada por 
glicoproteínas que é produzida durante o 
período de crescimento do ovócito e é 
depositada sobre a superfície dele. 
 
Todo o material necessário para o início do crescimento 
e desenvolvimento está armazenado no ovócito. 
Durante a ovulação, o óvulo é expelido em conjunto com 
a zona pelúcida e a corona radiata. O líquido presente 
no antro do folículo maduro também será expelido para 
auxiliar a entrada desse ovócito nas trompas uterinas. 
As células foliculares e as tecas que restaram no ovário 
formarão o corpo lúteo, uma estrutura endócrina 
responsável pela secreção de progesterona e 
estrogênio. 
A progesterona e o estrogênio serão responsáveis pela 
manutenção do sistema reprodutor feminino para a 
recepção do espermatozoide e fertilização. 
As trompas uterinas são divididas em infundíbulo 
(captação do óvulo pelas fímbrias), ampola 
(fertilização) e istmo (capacitação do espermatozoide). 
 
O óvulo é transportado lentamente pela ampola e, sob 
a influência da progesterona, consegue entrar no istmo 
das trompas uterinas. Esse transporte será auxiliado 
pelas contrações musculares da região e pelos cílios 
presentes nessas trompas uterinas. 
O espermatozoide é uma célula menor que o óvulo e 
altamente especializada. Ele possui uma calda que se 
movimenta sob a influência da energia produzida pelo 
pescoço mitocondrial. Além disso, ele possui uma 
cabeça onde se encontra o acrossomo. 
 
O espermatozoide é ejaculado com o sêmen ou fluido 
seminal que é formados por fluidos da próstata, vesícula 
Embriologia 
Fecundação 
Beatriz Fernandes 
seminal e glândulas bulbouretrais. O fluido liberado pela 
próstata é considerado um fluido alcalino e o liberado 
pelas glândulas bulbouretrais é considerado viscoso 
para a lubrificação da uretra antes da ejaculação. Já o 
liberado pela vesícula seminal é rico em frutose e 
prostaglandinas (contração uterina). 
A espermatogênese acontece nos testículos e os 
espermatozoides expelidos para o lúmen do túbulo 
seminífero se direcionam para o epidídimo onde 
sofrerão a sua maturação. Após a maturação, eles 
receberão os fluidos das diversas vesículas e serão 
ejaculados com eles. 
 
Ao chegar no sistema reprodutor feminino, o pH do 
sêmen protege alguns espermatozoides do ambiente 
vaginal ácido até que eles cheguem ao colo uterino. No 
colo do útero, os espermatozoides têm que ultrapassar 
uma barreira de muco com composição e viscosidade 
que variam durante o ciclo menstrual e no período fértil 
facilitam a passagem dos gametas masculinos. As 
contrações uterinas auxiliam no transporte desse 
espermatozoide do útero até a ampola da tuba uterina. 
A corona radiata secretará progesterona para formar 
um gradiente de atração dos espermatozoides ao local 
de fertilização (quimiotaxia). Quando mobilidade 
flagelar dos espermatozoides se torna crítica no istmo 
da trompa uterina, as paredes dessa região farão a 
capacitação desses gametas para que eles se tornem 
hiperativos e consigam chegar ao óvulo. 
O espermatozoide mais rápido pode não ser o que irá 
fertilizar o óvulo, pois a rapidez pode o impedir de sofrer 
a capacitação correta e, consequentemente, de 
conseguir atravessar as camadas do óvulo. O processo 
de capacitação permite o aumento do tempo do 
processo de fertilização e as chances de algum 
espermatozoide fecundar o óvulo. 
A capacitação são modificações no conteúdo lipídico e 
glicoproteico da membrana como, por exemplo, a 
remoção do colesterol e a remoção de proteínas e 
açúcares que bloqueiam os sítios de ligação do 
espermatozoide com a zona pelúcida do óvulo. Ela é 
disparada por íons bicarbonato no trato reprodutor 
feminino. 
Esse processo será responsável pela hiperativação dos 
espermatozoides e pela expressão de proteínas 
importantes para a ligação deles com a membrana 
plasmática do óvulo. 
Esses eventos moleculares irão permitir que o 
espermatozoide se torne competente para a fertilização 
por cerca de 7 horas. 
 Contato e reconhecimento dos gametas; 
 Regulação da penetração do espermatozoide; 
 Fusão do material genético dos gametas; 
 Ativação do metabolismo do óvulo. 
1. Penetração da Corona Radiata: 
 
 Movimentos da cauda do espermatozoide; 
 Perfurações no acrossomo; 
 Liberação da hialuronidase; 
 Enzimas da mucosa tubária também irão 
auxiliar na dispersão das células foliculares. 
 
2. Ligação do Espermatozoide à Zona Pelúcida: 
A zona pelúcida é uma barreira que bloqueia a 
polispermia e impede a implantação prematura, além 
de iniciar a reação acrossômica. Para que o 
espermatozoide consiga penetrar a zona pelúcida, ele 
precisa iniciar a reação acrossômica. Porém, algumas 
etapas precisam acontecer, anteriormente, para que 
essa reação aconteça: 
 Reconhecimento Inicial: Ligação forte entre SED1 
(proteína de adesão do espermatozoide) às 
proteínas da zona pelúcida, especificamente 
ZP3; 
 Galactosil-transferase 1 e outras proteínas 
sinalizadoras da membrana do espermatozoide 
se ligam aos resíduos de carboidratos de ZP3; 
 A ativação dessas proteínas na membrana do 
espermatozoide iniciam as cascatas de 
sinalização intracelular que abrem os canais de 
cálcio e disparam o início da reação 
acrossômica, permitindo que o espermatozoide 
faça a clivagem da zona pelúcida e ultrapasse-
a. 
O influxo de cálcio disparado pela ligação do 
espermatozoide à zona pelúcida dispara a fusão das 
membranas plasmáticas e da vesícula acrossômica. A 
fusão das membranas plasmáticas e da vesícula 
acrossômica leva à formação de poros na cabeça do 
espermatozoide por onde será liberado o conteúdo da 
vesícula acrossômica (enzimas proteolíticas) para o 
meio extracelular do espermatozoide, dando início a 
degradação das proteínas da zona pelúcida. 
Ao degradar a zona pelúcida, o espermatozoide a 
atravessa e inicia o processo de fusão da sua membrana 
com a membrana do ovócito. 
 
3. Ligação Espermatozoide-Ovócito: 
A fusão das membranas do espermatozoide e do 
ovócito também requer ligações entre as proteínas 
desses gametas como, por exemplo, as fertinilias dos 
espermatozoides e a juno dos ovócitos. 
A membrana plasmática do ovócito apresenta dois 
domínios de superfície: 
 Microvilar; 
 Não-microvilar; 
A fusão das membranas dos gametas acontece na 
região microvilar do ovócito com o contato lateral da 
cabeça do espermatozoide (onde não ocorreu a reação 
acrossômica). 
O ovócito libera as proteínas juno das suas membranas 
em vesículas extracelulares para que elas se liguem aos 
receptores izumos dos espermatozoides. Após a 
fertilização, as proteínas juno desaparecem do ovócito 
e, dessa forma, impedem a sua fecundação por outros 
espermatozoides. 
 
4. Reação Cortical: 
Após a fertilização pelo espermatozoide, os grânulos 
corticais do ovócito (vesículas secretórias) secretarão 
proteases e polissacarídeos que irão modificar a zona 
pelúcida e bloquear a poliespermia. Essa reação é 
conhecida como reação cortical. 
 
A reação cortical é disparada com o aumento dos níveis 
de cálcio intracelular após a fusão das membranas do 
espermatozoide com o ovócito e demora 30 segundos 
para percorrer toda a superfície do ovócito. 
 Substituição das protaminaspor histonas nos 
espermatozoides pela indução das enzimas do 
ovócito; 
 Progressão da meiose do ovócito com o 
aumento dos níveis de cálcio pela entrada do 
espermatozoide; 
 Proteólise da ciclina e da securina para a 
continuidade do ciclo; 
 Duplicação do centrossomo masculino para a 
formação dos fusos mitóticos para a primeira 
divisão do zigoto; 
 Encontro dos pró-núcleos masculino e feminino; 
 Condensação da cromatina em cromossomos 
que irão se orientar em um fuso comum; 
 O núcleo diploide se formará no estágio de duas 
células. 
 
1. Fusão do Material Genético: 
Com a entrada do espermatozoide no ovócito ocorre a 
reação cortical que impede a poliespermia. Além disso, 
há o término da meiose 2 do ovócito, que dará origem 
ao pró-núcleo feminino e ao segundo corpo polar, e a 
formação do pró-núcleo masculino. Com a união dos 
dois pró-núcleos o fuso mitótico será formado para 
iniciar a primeira divisão mitótica do zigoto. 
 
 Um em cada seis casais tem dificuldade para 
engravidar por conta própria e não há uma 
única causa; 
 Estima-se que cerca de 90% dos casais inférteis 
possam conceber com intervenção médica. 
Técnicas: 
 Estimular a produção de gametas; 
 Fertilização in vitro (FIV) e transferência do 
embrião; 
 Injeção intracitoplasmática do espermatozoide 
(ICSI): O espermatozoide é colocado, 
diretamente, dentro do ovócito na placa de 
Petri, pois ele sozinho não será capaz de fazer a 
fertilização; 
 Transferência intratubária de gameta (GIFT); 
 Transferência intratubária de zigoto (ZIFT). 
 
1. Fertilização in vitro: 
Há estímulos hormonais na mulher para a produção de 
diversos folículos maduros que serão retirados e 
colocados em laboratório cultura. Os espermatozoides 
serão capacitados e colocados na placa de Petri com os 
ovócitos para que ocorra a fertilização. Após o zigoto 
completar oito células, ele é inserido dentro do útero 
para implantação.

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