PD História da Educação - PCC

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PPC - PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Estácio de Sá - Campus interlagos 
Disciplina: História da Educação
Professor: Claudia de Freitas Lopes Soares Machado da Silva
Curso: Pedagogia
Aluno: 
Matricula
 São Paulo/SP
2020
INTRODUÇÃO
Neste trabalho vamos viajar no tempo por alguns eventos histórico da educação, pois a evolução da educação está ligada a evolução da sociedade. Paulo Freire (1993), discursava que, a educação como intervenção inspira mudanças radicais na sociedade, na economia, nas relações humanas e na busca dos direitos, ou seja, uma sociedade sem educação não evolui.
A educação é tão importante para a sociedade que se faz necessário estudar a História da Educação em suas mais variadas circunstâncias, pois ela possibilita o conhecimento do passado da humanidade, criando uma nova concepção para melhorarmos o presente e o futuro.
DESENVOLVIMENTO
 REVISITANDO A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
Na Grécia antiga a família era responsável por educar e formar cidadãos. Sócrates e seu método educacional chamado Maiêutica, um método de ensino investigativo, nunca dava respostas para seus alunos quando faziam uma pergunta, mas devolvia a pergunta com pergunta, assim o próprio aluno, iria ter que encontrar as respostas para os seus questionamentos. 
Um pouco mais pra frente, na idade média, a igreja monopolizou a cultura, religião, educação. O clero controlava o que seria estudado e somente nobres tinham acesso à educação. 
A educação era formada por pensamentos conservadores da época e era desenvolvida de acordo com a doutrina rígida da igreja católica. 
O Renascimento foi um período da história europeia marcado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte, imaginamos a arte do período e seus representantes, como Michelangelo e Leonardo da Vinci.
 
 O renascimento confrontou importantes conceitos elaborados pelo pensamento medieval como a teoria heliocêntrica, onde o Sol ocupa o centro do Universo, que rebatia à antiga ideia cristã pois defendia que a Terra se encontrava no centro do universo.
 Novos estudos de anatomia também ampliaram as noções do saber médico dessa época. Os humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da burguesia ou do clero que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre toda a sociedade; rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica.
Martinho Lutero não concordava com algumas práticas da igreja católica e começou a realizar uma reforma no interior da igreja questionando algumas ações da igreja com 95 teses confrontando e dividindo a igreja e deu a origem a um grande movimento chamado reforma protestante. A igreja católica veio com a contra reforma que resultou na criação da companhia dos jesuítas, dando início ao processo educacional no Brasil. Com a intenção de catequisar os índios, eles precisariam ensina-los a ler e a escrever, então os jesuítas ensinavam os índios e os filhos dos colonos. Os padres jesuítas foram os únicos educadores no Brasil por mais de 200 anos, com essa grande influência a e autonomia que eles estavam do Estado e até da própria Igreja Católica a Coroa os viu como ameaça e os expulsaram em 1759 por Marquês de Pombal. 
 
No séc XVII surge o Iluminismo, um movimento intelectual, seu ideal era defender a liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e afastamento entre igreja e estado. Junto com o iluminismo, a Revolução Industrial abriu caminhos para a grande mudança política determinada pela Revolução Francesa. O mundo passava por um drástico processo de transformação, exigindo uma nova escola, capaz de introduzir o ensino técnico e profissional, de modo a garantir a mão de obra qualificada para atuar em favor do crescimento da indústria. A educação é centrada no professor e na passividade do aluno, a qual insiste na ideia de que o professor é quem sabe e o aluno nada sabe. Em meados do séc XIX, o modelo hierarquizado e autoritário de educação começa a ser questionado por educadores como John Dewey, nos Estados Unidos. Dewey acreditava que o princípio da educação era que os alunos aprendiam melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados
Educação no Brasil
A vinda da Família Real para o Brasil e mais adiante a Independência (1822) fizeram com que o ensino superior tivesse preocupação exclusiva, e com isso a classe pobre deixada a segundo plano, enquanto a classe dominante expandia cada vez mais seus privilégios. 
A primeira Constituição Brasileira, aprovada em 1824, garantia apenas, em seu Art. 179, “a instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”. No ano de 1827, uma lei determinou a criação de escolas de primeiras letras em todos os lugares e vilas, além de escolas para meninas, nunca concretizadas anteriormente e é 1827, que também é oficialmente proposto a adoção do método lancaster nas escolas primárias, primeiro método oficial de ensino implementado no Brasil.
Um pouco mais à frente na Revolução de 1930 criou um alvoroço ideológico, começaram discutir transformações no campo educacional; parecia que o país tinha dando importância para educação e para a necessidade de garantir a todos esses direitos. O Decreto nº 19.850, de 11 de abril de 1931, criou o Ministério da Educação e as secretarias de Educação dos estados.
Durante o Estado Novo, o Estado estava pouco interessado em oferecer às classes populares educação pública e gratuita, e isso ficou expressamente claro na Constituição de 1937, que pretendia contrariar o verdadeiro significado da educação, então, para a classe dominante estava destinado o ensino público ou particular; ao povo marginalizado, deveria destinar-se apenas o ensino profissionalizante.
Até a aprovação da LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961, foram 13 anos (1948-1961). Durante esse período, a luta pela escola pública e gratuita intensificou-se. Diversas campanhas com participação popular reivindicavam a ampliação e a melhoria do atendimento escolar para que, de fato, o direito constitucional “a educação é um direito de todos”, fosse consolidado.
 
 
Infelizmente depois de tantas lutas por uma educação melhor para todos, teve como piorar no Período Ditatorial. A educação passou a atender ao regime vigente e, de modo geral, visava transformar pessoas em objetos de trabalho, de lucro; seres passivos diante todos os abusos que lhes eram impostas.
O ensino técnico oferecido para as classes populares traçou muito bem a sua função na sociedade: atender exclusivamente as necessidades do mercado, o que frearia as manifestações políticas, contribuindo para que o ensino superior continuasse reservado às elites.
Com base na nova Constituição, foi criada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 9.394, promulgada em 20 de dezembro de 1996, o Governo Federal elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecendo diretrizes para estruturação e reestruturação dos currículos escolares de todo o Brasil, em função da cidadania do aluno e de uma escola realmente de qualidade.
Conclusão:
Após a análise dessa breve viagem ao passado, a nossa história, podemos concluir o quão importante é o estudo da história da educação.
O estudo da história em geral sempre vai contribuir para que possamos entender o motivo pelo qual as coisas acontecem de um jeito ou do outro, e a partir do momento que entendemos como tudo começou iremos conseguir corrigir os erros do passado ou pelo menos ameniza-los e melhorarmos o futuro. Por exemplo aprendi aqui que não damos o devido valor para a educação no Brasil. Foram tantas Lutas para chegarmos até aqui! Temos educação gratuita para todos, porque teve pessoas que lutou por elas, teve uma revolução! Se hoje tem cotas, bolsas, mais oportunidadesé porque pessoas lutaram por elas no passado. 
Sabemos que o processo é lento, e enquanto as leis não proporcionam mudanças realmente satisfatórias as escolas públicas continuarão apresentando condições de ensino e aprendizagem decadentes. Faltam recursos materiais e pedagógicos, falta valorização dos professores, falta estrutura física adequada das escolas, falta capacitação entre outras. Essas condições, entre tantas outras, impedem que o Brasil escreva uma nova história de uma educação libertadora, gratuita, universal, democrática e de qualidade. Mas creio que vamos mudar essa história, não chegamos até aqui sem luta e vamos continuar. 
BIBLIOGRAFIA
1.http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484D253C204CB3F19DC4C870057D5F6753FD92C554DDA7A72624F561DE4B73C5CAB5CF340D36BEA423FC27AD938FFA8FFD7A0088653FA562AB8A8995B7321AEB560AB8EDE964BE66DC9F635AD17B4DB6D12F8F
2. https://www.pedagogia.com.br/historia/medieval.
3. https://novaescola.org.br/conteudo/3444/primeira-republica-um-periodo-de-reformas
4. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/iluminismo
5. https://blog.abmes.org.br/as-revolucoes-industriais-e-seu-impacto-na-educacao/
6. https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/23/educao-e-histria-da-educao-no-brasil
7.http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1257/12