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Educação no Brasil Colonial e Imperial

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FACULDADE UNINA
MARCOS JOSÉ BUENO 
CURITIBA/CAJURU
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
ATIVIDADE 1
Educação no Brasil Colônia e Imperal
	A educação no Brasil foi realizada em um processo que tinha como principal objeto a dominação de um povo que já estava neste território e a subserviência daqueles que iriam vir e deveriam servir a classe dominadora. Ao decorrer do texto poderemos verificar através da história da educação no Brasil um modelo que excluía o ensino das classes mais pobres e trabalhadoras.
	Devido o interesse da sociedade dominadora as instituições escolares vieram ao Brasil, como o objetivo de servir a classe burguesa e manter uma estrutura econômica que funcionava na época. Marcado por interesses pessoais das elites a educação foi passada a aqueles que iriam servi-los de algum modo.
	No período “Brasil-Colônia”, o Brasil até então colônia Portuguesa tinha como principal função enviar seus recursos explorados para a Europa e assim manter o reino de Portugal. Seu principal commodity era a cana de açúcar, que tinha um grande mercado e sua produção era abundante principalmente na região nordeste do pais. Dividida em Capitanias Hereditárias o Brasil ficou a cargo de grandes latifundiários que tinha que povoar e proteger o território.
	Podemos dizer que a educação no Brasil se deu como a chegada dos jesuítas, que tinha como missão catequisar índios e negros. Não podemos esquecer que esses índios eram capturados pelos portugueses e escravizados, realizavam trabalhados forçados nas lavouras de cana de açúcar, assim como os negros trazidos do continente Africano.
	Os jesuítas iniciaram pela catequização dos índios e fundaram escolas para os filhos dos colonos. Também se preocuparam em normas morais 
Cristãs no relacionamento dos portugueses com indígenas, tentando impedir a escravização dos índios a exploração sexual das mulheres indígenas.
	Para catequizar os indígenas eram necessário primeiro alfabetizá-lo e iniciaram pelas crianças que não tinham crenças já enraizadas. 
	A chegada de mais colonizadores europeus em 1535 deixou os jesuítas com a incumbência da educação de todos na colônia e esse processo durou 210 anos. 
	Os jesuítas foram responsáveis por uma subordinação pacífica e submissa nas relações daqueles que dariam a mão de obra necessária para o desenvolvimento da economia na colônia.
	Ao final os jesuítas já possuíam 131 casas de ensino sendo 17 colégios e tinha efetuado 55 missões entre índios, no Sul do Brasil já haviam fundado 21 reduções de aldeamentos com 100.000 mil índios cristianizados.
	A expulsão dos jesuítas se deu pelo Marquês de Pombal porque a educação jesuíta não mais atendia os interesses comerciais, Portugal estava decadente em relação a outros países da Europa e o Marquês tinha outros objetivos para educação, tirando ela das mãos da Igreja e passando para o Estado.
	Com a fuga da família real deu 1807 o Brasil fez uma reorganização administrativa em se território, marcando o fim da colonização. Junto com a família real veio toda a corte, seus ministros, conselheiros, juízes, militares e funcionários da máquina burocrática, também pertences como 60 mil livros, dinheiro e joias e obras de arte.
	O príncipe- regente permitiu que qualquer pessoa pudesse abrir uma escola de primeiras letras, facilitando assim que os professores lecionassem na própria casa e algumas famílias mais abastadas recebiam educação dos preceptores que ali os serviam.
	Com a abertura de portos o Brasil vivia momentos de adequações a nova realidade administrativa e burocráticas, se fez necessária uma mudança no campo intelectual e a criação de Impressa Régia e a Biblioteca Pública dão o primeiro passo para a criação de escolas de ensino superior no pais, a Academia Real da Marinha (1808), Academia Real Militar (1810), Academia Médico-Cirúrgica da Bahia (1808) e Academia Médico-Cirúrgica do Rio de Janeiro (1809). Essa abertura do pais para outras culturas vindas de imigrantes, comerciantes que vinham com o comercio de exportações e importações nos portos foi necessária uma mudança na área educacional.
	O governo Dom João VI criou através de decreto a escola de primeiro grau que era o ensino elementar e primário indispensável ao homem e o Liceus que compreendiam ensinos da ciências e literaturas. A partir de 1808 o Brasil cria diversas escolas de ensino superior, escolas de Medicina, Economia Política, Comercio, Química, Agricultura, Botânica, Farmácia e Belas Artes. Criou-se afim de formar Engenheiros Civis e Militares as Academias Militares e depois a Escola Nacional de Engenharia. Em Minas Gerais foi criada as escolas de serralheiro, oficiais de lima e espingardeiros, sendo os primeiros passos dos Ensino Superior no Brasil se adequando as demandas que o pais necessitada na época.
	Com o retorno da familia real para Portugal e a Proclamação da Independência por Dom Pedro o Brasil necessitada de uma nova Constituição para garantir e regulamentar o Estado, nessa nova constituição em seu artigo 250 se declarava “ Haverá no império escolas primárias em cada termo, ginásios em cada comarca, e universidades nos mais apropriados locais”
	Porém havia falta de professores, um novo decreto permitiu a abertura de escolas elementar sem obrigação de licença, a propagação do ensino mútuo, com método Lancaster da Inglaterra onde um aluno mais avançado poderia ensinar outros alunos, avançara rapidamente e difundiram uma nova instrução necessária a população 
	Na Constituição de 1824 havia uma lei que determinou gratuidade do ensino primário, e em 1827 uma lei que determinava abertura de escola em todas cidades, que não chegou a ser cumprido. O orçamento com educação era pouco e os escravos não podiam frequentar. O ensino técnico profissional foi marginalizado por aqueles que frequentavam as Escolas de Ensino Superior que eram da elite. 
	Enfim tempos depois surgiriam as Escolas Normais no Rio de Janeiro e na Bahia, posteriormente em 1875 duas escolas foram criadas na capital do Império, separadas para homens e mulheres que só se juntaram em 1880.
	Apesar no ensino normal, o acesso ao ensino superior se fazia através de um teste quando o indivíduo tivesse a idade adequada e se fosse aprovado não era exigido que este tivesse o ensino regular completo, por outro lado o ensino secundário regular não data direito a ingressar nos cursos superiores sem fazer os testes. 
	E assim como já descrito na introdução, concluímos que no Brasil desde sua colonização a educação não tinha função social, os interesses da elite predominavam, um povo analfabeto ou apenas com um pouco conhecimento
religiosos para subserviência aos interesses de seus donos.
	E mesmo no Brasil Império a realidade do povo não mudou, apenas uma parcela da população tinha acesso ao ensino superior elitista, alguns poucos investimentos foram feitos no ensino primário e secundário, já que na visão política daquela época um povo ignorante seria mais útil para manutenção daquele modelo político. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
http://ri.uepg.br/riuepg/bitstream/handle/123456789/706/ARTIGO_Institui%c3%a7%c3%b5esEscolaresBrasil.pdf?sequence=1
INSTITUIÇÕES ESCOLARES NO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL -Maria Isabel Moura Nascimento (Texto base UNINA / Material de apoio)
https://www.todamateria.com.br/a-vinda-da-familia-real-para-o-brasil/
(Internet / acesso 27/02/2022)
CURITIBA
2022

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