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Jurisdição, Competência e Foro Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
1. CONCEITO
a) JURISDIÇÃO: é o poder-dever previsto na CF e usualmente entregue ao judiciário, para que se aplique a lei ao caso concreto, resolvendo a demanda penal;
b) COMPETÊNCIA: é a medida da jurisdição, leia-se, é a quantidade de poder conferido por lei a um juiz ou tribunal, definindo a sua margem de atuação.
2. CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO
a) RATIONE MATERIAE (EM RAZÃO DA MATÉRIA)
b) RATIONE LOCI (EM RAZÃO DO LUGAR)
c) RATIONE PERSONAE (EM RAZÃO DA PESSOA)
3. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
Tal critério vai especificar qual é a justiça competente para julgar uma determinada infração.
3.1. ESTRUTURA
3.1.1. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL: a sua competência é RESIDUAL, pois lhe cabe julgar aquilo que não foi expressamente conferido às demais justiças;
3.1.2. JUSTIÇA COMUM FEDERAL: a competência é expressa na CF nos arts. 108 e 109;
3.1.3. JUSTIÇA ESPECIALIZADA
a) JUSTIÇA ELEITORAL: lhe cabe julgar as infrações eleitorais e infrações comuns (estaduais ou federais) interligadas por conexão ou continência;
OBS. os institutos benéficos da lei de juizados são aplicáveis na esfera eleitoral (art. 74, 76 e 89 da lei 9.099/95).
b) JUSTIÇA MILITAR: lhe cabe julgar as infrações definidas nos arts. 9 e 10 do COM.
OBS. a lei dos juizados é INAPLICÁVEL na esfera militar.
· JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: são julgados apenas os PMs e CBMs;
· JUSTIÇA MILITAR FEDERAL: os membros das FFAA e as pessoas comuns que praticarem crime militar federal.
4. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR
Tal critério apresenta o juízo territorialmente competente.
4.1. REGRAS:
a) TEORIAS TERRITORIAIS: 
· TEORIA DO RESULTADO: a competência territorial é fixada pelo lugar da consumação da infração (art. 70 do CPP)
CONCLUSÃO. É adotada como regra geral.
· TEORIA DA AÇÃO: a competência é fixada pelo local do último ato de execução;
OBS. APLICAÇÃO
I. Para o STJ, os crimes dolosos contra a vida, devem ser julgados no local da ação, pela facilidade da colheita de provas e para melhor responder a sociedade;
· TEORIA DA UBIQUIDADE (HÍBRIDA): a competência territorial é fixada pelo local da ação ou do resultado.
OBS. APLICAÇÃO: ela é aplicada nos crimes à distância, que são aqueles onde a ação nasce no Brasil e o resultado ocorre no estrangeiro ou vice e versa. Em tal hipótese, a competência brasileira é fixada pelo local no Brasil em que ocorrer a ação ou o resultado. (art. 70, §§ 1º e 2º do CPP).
b) DOMÍCILIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
OBS. o domicílio da vítima não fixa competência na esfera penal, nem mesmo na violência doméstica e familiar contra mulher.
c) PREVENÇÃO: juiz prevento é aquele que primeiro pratica um ato do processo.
· Se a infração está consumada na divisa entre comarcas ou quando incerta o limite entre elas, a competência territorial é fixada pela prevenção;
· Nas hipóteses de crimes permanente ou continuado com dilação por mais de uma comarca, a competência é fixada pela prevenção;
· Se o réu tem mais de um domicílio ou residência, a competência é fixada pela prevenção;
· Na ação penal privada, mesmo sabendo o lugar da consumação, o querelante pode optar por ajuizar a demanda no domicílio ou residência do réu.
· COMPETÊNCIA TERRITORIAL NAS INFRAÇÕES OCORRIDAS A BORDO DE EMBARCAÇÕES OU AERONAVES:
OBS. REGRAS: só são pertinentes se as embarcações e aeronaves estiverem no conceito de território brasileiro:
i. VIAGENS NACIONAIS: a competência territorial é firmada pelo primeiro local de pouso ou atracagem após a infração;
ii. VIAGENS INTERNACIONAIS: a competência territorial é fixada pelo local de saída quando estiverem se distanciando do Brasil. Agora, se estiverem se aproximando, a competência territorial é firmada pelo local de chegada.
OBS. DIREITO DE PASSAGEM INOCENTE: se a embarcação estrangeira está passando por mar territorial brasileiro quando ocorre uma infração sem reflexos no nosso país, o Brasil não vai apurar.
· COMPETÊNCIA TERRITORIAL BRASILEIRA PARA CRIMES OCORRIDOS NO ESTRANGEIRO: tem que encontrar o juiz territorialmente competente.
· ONDE O AGENTE SERÁ JULGADO: na capital do estado brasileiro onde por último tenha residido;
· SE O SUJEITO NUNCA RESIDIU NO BRASIL: será julgado em Brasília.
5. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA
Algumas autoridades, pela importância do cargo ou pela função que desempenha, serão julgados diretamente em tribunal, no que convencionamos falar em foro por prerrogativa de função.
5.1. REGRAS:
a) 1ª REGRA: de acordo com o pleno do STF, o foro por prerrogativa exige que o crime seja praticado durante o desempenho da função e que diga respeito ao desempenho funcional;
b) 2ª REGRA: as autoridades com foro por prerrogativa no TJ ou no TRF, serão julgadas no TER por praticarem infração eleitoras;
c) 3ª REGRA: as autoridades com foro por prerrogativa no TJ ou TRF, ao praticarem crime FORA DO ESTADO OU DA REGIÃO, serão julgados no seu tribunal de origem;
d) 4ª REGRA: de acordo com a súmula vinculante 45, as autoridades com foro por prerrogativa previstos na CF NÃO VÃO A JURI, desde que o crime seja praticado durante o desempenho da função e que digam respeito ao desempenho funcional.
e) 5ª REGRA: se o cidadão comum cometer crime com a autoridade com foro por prerrogativa, poderá ser julgado diretamente em tribunal.
6. CONEXÃO E CONTINÊNCIA
São institutos que permitem reunir em um só processo, crimes e/ou infrações que poderiam ser julgados em separado.
6.1. CONEXÃO: é a interligação entre duas ou mais infrações que serão julgadas num só processo.
6.1.1. MODALIDADES: (ART. 76 DO CPP)
a) CONEXÃO INTERSUBJETIVA: temos dois ou mais crimes praticados por duas ou mais pessoas.
b) CONEXÃO LÓGICA / TELEOLÓGICA / FINALISTA: um crime é praticado para ocultar, levar vantagem ou trazer impunidade em face de outra infração. (art. 76, II do CPP)
c) CONEXÃO INSTRUMENTAL / PROBATÓRIA: a prova da prática de uma infração é essencial para demonstrar a ocorrência de outro delito (art. 76, III do CPP). Ex.: conexão entre roubo de carga e receptação.
6.2. CONTINÊNCIA: nela, o fator UNIDADE prepondera, seja porque um só crime foi praticado por duas ou mais pessoas ou porque uma só conduta provocou dois ou mais resultados lesivos. (art. 77 do CPP).
6.2.1. MODALIDADES
a) CONTINÊNCIA POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA: temos uma só infração praticada por duas ou mais pessoas (art. 77, I do CPP);
b) CONTINÊNCIA POR CUMULAÇÃO OBJETIVA: temos uma só conduta que provoca dois ou mais resultados lesivos, caracterizando concurso formal. (art. 77, II do CPP c/c arts. 70, 73 e 74 do CP).

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