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DIREITO PROCESSUAL PENAL AÇÃO PENAL 1. CONCEITO É o direito público e subjetivo positivado na CF de exigir do Estado Juiz a aplicação da lei ao caso concreto para a solução da demanda penal. 2. MODALIDADES Leva-se em consideração a titularidade para a propositura da demanda. 3. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA É aquela titularizada PRIVATIVAMENTE pelo MP, de acordo com o art. 129, I da CF e de acordo com o art. 257, I do CPP. 3.1. PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA a) PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE: é um dever inerente a atuação do MP; b) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE: o MP NÃO PODERÁ desistir da demanda deflagrada. Contudo, o MP pode pedir absolvição do réu nas alegações finais. CONCLUSÃO. O Juiz não está vinculado ao requerimento formulado pelo MP (art. 385 do CPP). c) PRINCÍPIO DA DIVISIBILIDADE: para os tribunais superiores, a ação pública é divisível por tolerar desdobramento e complementação incidental por aditamento. OBS. para a doutrina majoritária, a ação pública segue o PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE, afinal, devemos adotar providencias penais contra todos aqueles que contribuíram para o delito. 3.2. MODALIDADES a) AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA: é aquela onde a atividade persecutória ocorrerá DE OFÍCIO, independente de manifestação de vontade da vítima ou do ofendido. b) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA: É aquela titularizada pelo MP, mas que dependerá de uma PRÉVIA manifestação de vontade do legítimo interessado. b.1) INSTITUTOS CONDICIONANTES: I. REPRESENTAÇÃO: é o pedido e ao mesmo tempo a autorização, sem a qual as providências não podem ser adotadas, ou seja, sem ela não existe ação, IP... * A REPRESENTAÇÃO tem NATUREZA JURÍDICA de condição de PROCEDIBILIDADE; * tem como DESTINATÁRIOS: delegado, MP e Juiz (das garantias); * LEGITIMIDADE ATIVA: É da VÍTIMA ou REPRESENTANTE LEGAL nas hipóteses de incapacidade; OBS.1. a emancipação NÃO TEM reflexos penais, logo, o emancipado representa por meio de CURADOR ESPECIAL; OBS.2. diante da morte ou declaração de ausência da vítima, o direito de representar é transferido ao CADI; · PRAZO: 6 meses contados do CONHECIMENTO DA AUTORIA da infração. (prazo material, de acordo com o art. 10 do CP, O 1º DIA JÁ É COMPUTADO). Tem natureza DECADENCIAL, não tolerando suspensão, interrupção ou prorrogação; · FORMA: livre, podendo ser oral ou por escrito; · RETRATAÇÃO: até antes do OFERECIMENTO DA DENÚNCIA; Cabendo RETRATAÇÃO DA RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO. · VIOLENCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHERES: CONCLUSÃO1. Existem crimes de ação pública CONDICIONADA na esfera doméstica e familiar, a exemplo do crime de ameaça; CONCLUSÃO2. se a mulher representou, poderá renunciar ao direito de representar, em AUDIÊNCIA ESPECÍFICA, na presença do JUIZ, OUVINDO O MP; CONCLUSÃO3. A renúncia pode ocorrer até antes do RECEBIMENTO DA INICIAL ACUSATÓRIA CONCLUSÃO4. O crime de lesão corporal, mesmo que LEVE, na esfera doméstica e familiar contra a mulher é crime de AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA. II. REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA: é uma AUTORIZAÇÃO essencialmente política que condiciona o início da persecução penal, sem ela não haverá IP ou lavratura de flagrante. CONCLUSÃO. Em razão da independência funcional do MP, a requisição não importa em vinculação. · Tem NATUREZA JURÍDICA de condição de PROCEDIBILIDADE; · Tem como DESTINATÁRIO o Procurador Geral; · Não há PRAZO decadencial, o MJ pode requisitar a qualquer tempo antes da extinção da punibilidade; 4. AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA É aquela EXERCIDA PELA VÍTIMA ou REPRESENTANTE LEGAL na condição de substituição processual, pois ela atua em nome próprio pleiteando a punição, que será exercida pelo Estado. 4.1. PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA a) PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: a vítima só oferece a ação se ela quiser; · INSTITUTOS CORRELATOS: I. DECADÊNCIA: é a perda da possibilidade de exercer a ação penal privada, em razão do DECURSO DO PRAZO, qual seja, em regra 6 MESES, contados do conhecimento da autoria, tendo como consequência a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE; II. RENÚNCIA: ocorre por declaração expressa da vítima de que não pretenderá ajuizar a ação ou pela prática de ato incompatível com essa vontade, tendo como consequência a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE; b) PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: a vítima poderá desistir da demanda ajuizada. · INSTITUTOS CORRELATOS: a) PERDÃO: ocorre quando a vítima declara expressamente que não pretende continuar com a ação ajuizada. O perdão TEM QUE SER ACEITO; b) PEREMPÇÃO: é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vítima na condução da ação privada, provocando a extinção da punibilidade; b) PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE: se a vítima optar por ajuizar a ação penal privada, deverá fazer contra todos infratores conhecidos; OBS. O perdão ofertado a um é ofertado a todos. 4.2. MODALIDADES DE AÇÃO PRIVADA a) AÇÃO PRIVADA EXCLUSIVA: é aquela titularizada pela vítima ou representante legal (DIANTE DE MORTE OU ASÊNCIA = CADI); b) AÇÃO PRIVADA PERSONALÍSSIMA: É aquela que possui um único titular, quem seja, a vítima. O único crime que admite é o induzimento ou ocultação de impedimento ao casamento (art. 236 do CP). Tem PRAZO de 6 MESES contados a partir do trânsito em julgado da sentença cível que invalidou o casamento; c) AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: permite que a vítima ingresse com a ação em delito da esfera pública, já que o MP não cumpriu o seu papel nos prazos legais. CONCLUSÃO. Se o MP ofereceu denúncia, o acordo de não persecução penal requisitou diligências ou arquivamento, NÃO CABERÁ ação penal subsidiária. · PRAZO: 6 meses contados do esgotamento do prazo que o MP dispunha para agir, qual seja, em regra 5 DIAS se o agente estiver preso e 15 DIAS se está em liberdade (art. 46 do CPP). CONCLUSÃO. Não cabe perdão nem perempção na ação penal subsidiária.
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