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Síndrome metabólica: um desafio para o SUS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
TURMA C 
 
 
 
 
CAIO VINÍCIUS CAVALCANTE BATISTA 
CARLOS JOSÉ BELARMINO ARAÚJO 
LUCAS ANTÔNIO LOPES PEDROZA GOMES RIBEIRO 
RAMON BRASILEIRO DUARTE 
RAWLLAN WESLLEY ALVES FELIPE 
RUBEN BENIZ GOUVEIA FILHO 
TIAGO BARBOSA RAMOS 
 
 
 
 
SÍNDROME METABÓLICA: UM DESAFIO AO SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2020 
 
 
CAIO VINÍCIUS CAVALCANTE BATISTA 
CARLOS JOSÉ BELARMINO ARAÚJO 
LUCAS ANTÔNIO LOPES PEDROZA GOMES RIBEIRO 
RAMON BRASILEIRO DUARTE 
RAWLLAN WESLLEY ALVES FELIPE 
RUBEN BENIZ GOUVEIA FILHO 
TIAGO BARBOSA RAMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME METABÓLICA: UM DESAFIO AO SUS 
 
 
 
 
 
 
Projeto integrador apresentado ao Curso de 
Graduação em Medicina como requisito para a 
conclusão do 2° período. 
 
Orientadora: Prof.
ª
 Michelle Sales Barros de 
Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2020 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) descreve um conjunto de fatores de risco que se 
manifestam no indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames 
e diabetes, relacionando-se à deposição central de gordura e a resistência à insulina. Alguns 
fatores contribuem para o seu aparecimento: os genéticos, aumento do IMC, acúmulo de 
gordura abdominal e visceral, além da ausência de atividade física. Outrossim, a hipertensão 
arterial, o diabetes e o conjunto de sinais que compõem a condição de Síndrome Metabólica 
são altamente frequentes no Brasil ocorrendo como condições associadas. Objetivo: Estudar 
a SM e entender acerca de suas causas, recomendações diagnósticas e terapêuticas, partindo 
de um viés morfofisiológico; entender o porquê de essa síndrome ser um desafio para o SUS. 
Metodologia: Esse estudo consiste em uma revisão bibliográfica a respeito da SM, 
considerando sua prevalência na população brasileira, sendo abordada sob as características 
neurológica, locomotora, endócrina e hematopoiética, além de ter sido observada sob uma 
perspectiva socioeconômica. Foram utilizadas as bases de dados bibliográficos – SCIELO, 
DATASUS, BVS e Google Acadêmico. Resultados e discussão: Visto que a SM está 
diretamente associada à obesidade, faz-se mister a promoção do aumento da atividade física, a 
implantação de programas de exercício físico e o incentivo à aquisição de hábitos alimentares 
saudáveis. Conclusão: A SM abrange, portanto, várias áreas do conhecimento, envolvendo 
problemas do sistema nervoso, cardiovascular e endócrino. Além disso, foi possível traçar um 
perfil epidemiológico e, também, entender os desafios para rede do SUS. 
Palavras-chave: Síndrome metabólica. Obesidade. SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ________________________________________________________ 4 
2 OBJETIVOS ___________________________________________________________ 5 
2.1 Objetivo geral __________________________________________________________ 5 
2.2 Objetivos específicos _____________________________________________________ 5 
3 METODOLOGIA _______________________________________________________ 6 
4 REVISÃO LITERÁRIA _________________________________________________ 7 
4.1 Epidemiologia da Síndrome Metabólica_____________________________________ 7 
4.2 Dados bioestatísticos da Síndrome Metabólica _______________________________ 7 
4.3 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Aparelho Locomotor _________________ 9 
4.4 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Endócrino __________________ 10 
4.5 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Hematopoiético _____________ 13 
4.6 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Nervoso ____________________ 13 
4.7 Síndrome Metabólica no Contexto da Atenção Primária à Saúde_______________ 15 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO __________________________________________ 18 
6 RELATO DE SENTIMENTO ____________________________________________ 20 
7 CONCLUSÃO _________________________________________________________ 21 
REFERÊNCIAS __________________________________________________________ 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Devido ao modo de vida moderno – mais imediatista, mais sedentário, com excesso da 
carga de estresse e com o uso cada vez maior de alimentos ultraprocessados – a Síndrome 
Metabólica (SM) – transtorno que se caracteriza como uma série de fatores de risco para 
problemas cardiovasculares relacionados à deposição central de gordura e à resistência à 
insulina – tem se tornado uma mazela cada vez mais frequente no Brasil (SANTOS et al, 
2020). 
Por ser uma síndrome complexa que envolve vários sistemas, que é multifatorial e que 
atinge boa parte da população brasileira, se faz necessário o estudo do impacto do seu 
tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que é ele o responsável por acolher e 
tratar, de acordo coma Constituição Federal de 1988, os brasileiros. 
Os desafios do tratamento da Síndrome Metabólica ao SUS ficam evidentes no relato 
de caso, onde o paciente em questão, conforme Pinto et al. (2011), é acolhido pelo sistema 
com alterações na pressão arterial, dislipidemia e diabetes. Nessa circunstância, ele foi 
medicado e deu início ao tratamento que incluía, além do uso de medicações, mudanças no 
estilo de vida. Apesar disso, algum tempo depois, ele sofreu um infarto agudo do miocárdio e 
teve que ser acolhido mais uma vez pelo SUS. Assim como nesse caso, milhares de outros 
pacientes são tratados pelo sistema público e, como no caso em questão, por não ter sido 
diagnosticado precocemente, acabam evoluindo para problemas mais graves. 
Desse modo, são desafios para o SUS, não só o custo do tratamento dos sinais e 
sintomas da SM, mas também a prevenção e o seu diagnóstico precoce, o que se caracteriza 
grande barreira para a promoção da saúde. O estímulo à pratica de atividades físicas 
regularmente e o uso de alimentos saudáveis são fundamentais para o tratamento e prevenção 
da síndrome metabólica, sendo, portanto, um grande desafio que o sistema enfrenta, porque, 
apesar de ser evidente os seus benefícios, grande parte da população não adere a essas 
práticas. 
Diante disso, esse trabalho busca evidenciar as características da SM, sua prevalência 
na população brasileira, as complicações que ocorrem nos sistemas endócrino, hematopoiético 
e nervoso e como o aparelho locomotor pode ser fundamental para mitigar esses problemas. 
Em paralelo, é mostrado o quão desafiador é para o Sistema Único de Saúde tratar e prevenir 
essa mazela que se torna cada vez mais comum no Brasil. 
 
5 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 Compreender a Síndrome Metabólica e suas consequências para o SUS. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 Analisar os aspectos clínicos da síndrome metabólica através de um caso clínico; 
 Abordar a promoção da saúde no contexto da síndrome; 
 Entender mais profundamente os mecanismos fisiopatológicos da síndrome 
metabólica; 
 Discorrer sobre os efeitos da síndrome metabólica para o SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3 METODOLOGIA 
 
O trabalho em estudo acerca da Síndrome Metabólica se trata de uma revisão 
bibliográfica, baseada em um paciente cujas condições clínicas foram encontradas em um 
relato de caso, redigida com a intenção de promover a interdisciplinaridade entre os assuntos 
estudados durante o período, de maneira teórica e prática. Para obter as informações 
necessárias para ser redigido, foram realizadas pesquisas em artigos e revistas, através de 
bases de dados, como SciELO, PubMed, BVS, DataSUS e Google Acadêmico, utilizando 
como palavras-chave: síndrome metabólica e SUS. Foram utilizadas também, literaturas 
relacionadas à área da saúde e documentos fornecidos pelo Ministério da Saúde. Ademais, 
contamos também com a ajuda de nossos mestres professores e de profissionais da áreamédica para a revisão. Ainda assim, foram usadas as normas da ABNT. 
Em virtude do período pandêmico que estamos vivenciando, os sete graduandos do 
Curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa, responsáveis por este trabalho, 
realizaram pesquisas relacionadas a casos clínicos para a elaboração do relato de experiência 
no período de 12 de agosto a 25 de novembro de 2020 seguindo o seguinte imbróglio: 
Síndrome Metabólica: um obstáculo ao SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4 REVISÃO LITERÁRIA 
 
4.1 Epidemiologia da Síndrome Metabólica 
 
No âmbito epidemiológico, a Síndrome Metabólica apresenta uma maior prevalência 
na faixa etária de idade avançada, apontando para um maior acometimento na classe feminina. 
De acordo com o artigo sobre Síndrome Metabólica escrito por Bortoletto et al. (2016), foram 
realizados testes, na cidade de Cambé, no Paraná, com uma amostra de 1180 pessoas, entre 
elas homens e mulheres com idades iguais ou superiores a 40 anos. Observou-se uma 
primazia de 53,7% da síndrome em mulheres com idade entre 40 e 49 anos, dando ênfase à 
variância da idade. 
Ainda no estudo em questão, para critério de comparação, prevalências semelhantes 
foram obtidas em adultos com idade igual ou superior a 30 anos com descendência japonesa 
em Bauru, São Paulo, e em idosos com mais de 60 anos em Novo Hamburgo, Rio Grande do 
Sul. Já no Distrito Federal, obteve-se uma prevalência de 26,3% em adultos com idade maior 
ou igual a 18 anos. Nesse sentido, conforme Oliveira et al. (2020), foi registrada uma 
prevalência na população adulta brasileira de 29,6%, com possibilidade de aumentar para 
40%, de acordo com a variância da idade (acima dos 60 anos). Contudo, foi registrada uma 
baixa prevalência, cerca de 9%, com relação à representatividade nacional. É possível notar, 
portanto, que a qualidade de vida juntamente com o avanço na idade das pessoas são fatores 
imprescindíveis para o acometimento da Síndrome Metabólica, uma vez que estes motivos 
corroboram para tal. 
 
4.2 Dados bioestatísticos da Síndrome Metabólica 
 
Devido às grandes mudanças nos padrões culturais e socioeconômicos, por conta 
do rápido desenvolvimento econômico e do processo de urbanização, ocorreram 
mudanças significativas nos hábitos de vida dos diferentes grupos populacionais. Assim, a 
nova forma de organização da sociedade, associada à transição nutricional e ao 
envelhecimento populacional, promoveu grandes transformações na maneira de 
adoecer das pessoas, aumentando a morbimortalidade por doenças crônicas não 
transmissíveis (RAMIRES et al. 2013). 
Com relação às doenças cardiovasculares, a absurda presença de fatores de risco, 
como hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes, resistência insulínica 
8 
 
e deposição central de gordura, está associada diretamente ao aumento de 
aproximadamente 2,5 vezes no risco de morbimortalidade cardiovascular. Esse 
conjunto de fatores agregados das DCV constitui a condição definida como 
síndrome metabólica (RAMIRES et al. 2013). 
Recente estimativa de SM em nível mundial aponta prevalência entre 
20- 25% na população adulta. Nos Estados Unidos, a prevalência de SM 
foi de 34,7% em 2011-2012, já no Brasil a prevalência foi anda maior que 
países da América Latina, variando em torno de 30% entre indivíduos de 
19 a 64 em diferentes regiões do país. 
Diante de tal situação, o governo brasileiro lançou o plano de ações 
estratégicas para enfrentar as doenças crônicas não transmissíveis, o qual é 
responsável, dentre outras ações, por gerar informações e conhecimentos 
sobre o processo saúde-doença e seus determinantes sociais para 
formulação de políticas de saúde no Brasil. Assim, foi concebida a 
pesquisa nacional de saúde voltada à vigilância de fatores de risco e 
proteção de doenças crônicas no país. 
Conforme os dados da PSN 2013, o objetivo para esse estudo é 
estimar a prevalência de SM e dos componentes para a população brasileira 
maior ou igual a 18 anos e sua associação com variáveis 
sociodemográficas, comportamentais e biológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Tabela 1 – Prevalência (%) das comorbidades e carga de doenças (fatores de risco para SM), 
por sexo, dos adultos e idosos 
 SEXO 
Doença, carga e SM Total N = 59402 Masculino 
N=25920 
Feminino 
N=33482 
 %* IC99% %* IC99% %* IC99% 
Diabetes 7,1 6,6 – 7,6 6,3 5,6 – 7,2 7,8 7,1 – 8,5 
PA elevada 40,7 39,6 – 41,7 46,9 45,5 – 48,8 34,9 33,7 – 36,3 
Hipercolesterolemia 14,7 14,0 – 15,5 11,9 10,9 – 13,1 16,9 16,0 – 17,9 
CC elevada 65,2 64,4 – 65,9 55,6 54,0 – 57,1 73,9 72,7 – 75,0 
Carga de doença 
0 23,8 22,9 – 24,7 28,0 26,7 – 29,4 19,9 18,8 – 21,1 
1 38,1 37,2 – 39, 0 34,8 33,5 – 36,2 41,0 39,8 – 42,3 
2 29,2 28,3 – 30,1 29,7 28,4 – 31,0 28,7 27,6 – 29,9 
3 7,5 7,1 – 8,1 6,5 5,8 – 7,3 8,5 7,8 – 9,3 
4 1,4 0,9 – 1,2 1,0 0,7 – 1,3 1,8 1,5 – 2,2 
Condição de SM 8,9 8,4 – 9,5 7,5 6,7 – 8,3 10,3 9,6 – 11,2 
Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Brasil, 2013. 
SM: síndrome metabólica; N: número de indivíduos no banco de dados; IC 99%: intervalo de 99% de confiança; 
PA: pressão arterial; CC: circunferência da cintura; (*) Gerada considerando o peso amostral; (†) Condição de 
SM, somatório da carga de doença ≥ 3 fatores. 
 
4.3 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Aparelho Locomotor 
 
A Síndrome Metabólica (SM), por ser um conjunto de desordens metabólicas e fatores 
de risco cardiovasculares em um indivíduo que, geralmente, se relacionam com deposição 
central de gordura e resistência á insulina, pode dobrar as chances de uma pessoa desenvolver 
problemas cardiovasculares (SANTOS et al., 2020). 
Desse modo, assim como para os problemas cardiovasculares, manter-se fisicamente 
ativo é fundamental para o tratamento e a prevenção da síndrome metabólica de acordo com 
evidências literárias (CACERES et al., 2018; LEE; KIM, 2016; RAO et al., 2016; MARTINS 
et al., 2016; NAJAFION et al., 2014; SULIGA et al., 2018). 
De acordo com o estudo de Santos et al. (2020), os indivíduos que se mantiveram 
sedentários entre 2009 e 2014 possuíram maiores chances de desenvolver SM, por outro lado, 
os que se mantiveram ativos possuíram menos chances de desenvolver esse problema. O 
estudo também mostrou que, ao praticar atividade física, as pessoas portadoras de SM tiveram 
seus sintomas diminuídos, o que acarreta na melhoria da qualidade de vida. 
No caso do paciente em análise, apesar de ter ocorrido mudanças no seu estilo de vida 
e de ele ter sido tratado corretamente, houve a evolução para um quadro de infarto agudo do 
10 
 
miocárdio. Isso teria sido evitado caso o diagnóstico e o tratamento tivessem ocorrido de 
maneira precoce (PINTO et al., 2011). 
 
4.4 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Endócrino 
 
A Síndrome Metabólica (SM) é muito relacionada a condições que influenciam no 
sistema endócrino do corpo humano, haja vista que, como é caracterizada por alterações no 
metabolismo glicídico, obesidade, hipertensão e dislipidemia, as respostas desencadeadas 
pelos eixos endócrinos envolvidos nestes processos têm suas consequências a longo e curto 
prazo, como as alterações metabólicas que se inter-relacionam com diversos eixos controlados 
pelo hipotálamo e pela hipófise. Porém, é importante destacar os dois principais: o eixo 
adrenocorticotrófico e o eixo somatotrófico. 
A obesidade têm características clínicas de hipercortisolismo, incluindo obesidade 
centrípeta, algumas vezes com tendência à formação de "giba de búfalo", elevação da pressão 
arterial, resistência à insulina com intolerância à glicose e dislipidemia (LAAKSONEN et al., 
2000), constatando, então, uma alteração no eixo adrenocorticotrófico. Segundo Marin et al. 
(1992), o cortisol urinário correlaciona-se diretamente com a relação cintura-quadril (RCQ) 
ou com o diâmetro sagital, medidas clínicas da centralização de gordura corporal. Além disso,quando submetidos a testes de estresse intelectual (testes matemáticos, quebra-cabeças, etc.), 
o cortisol plasmático aumentava em relação direta com o diâmetro sagital. Estes dados 
sugerem que há uma sensibilidade aumentada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) 
nos pacientes com obesidade central (MATOS et al., 2003). 
Além disso, hiperatividade do eixo HHA na obesidade central está associada a um 
aumento do volume das glândulas adrenais. Um grupo de 52 pessoas, com diferentes graus de 
corpulência, foi submetido a estudo com tomografia computadorizada para medir a gordura 
visceral e o volume das adrenais e foi encontrada uma correlação significativa entre a relação 
cintura-quadril e o volume das adrenais (MATOS et al., 2000). Somado a esse resultado, 
ainda mais importante, foi que o teor de gordura visceral também se relacionou diretamente 
com o volume das adrenais, embora no limite da significância (r= 0,228; p= 0,05) (MATOS et 
al., 2000). 
No mesmo sentido, em um estudo feito com 22 pessoas obesas, sendo 11 diabéticas e 
11 não diabéticas, submetendo-as ao mesmo protocolo radiológico anterior, foi observado que 
no diabetes do tipo II, uma expressão final da SM e que está intimamente relacionado à 
11 
 
gordura visceral, o aumento do volume das adrenais de diabéticos era duas vezes maior que o 
de não diabéticos (MATOS et al. 2000). 
Diante disso, a obesidade central-visceral, provável mecanismo maior da SM, 
relaciona-se a um aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e a uma 
diminuição da sua supressibilidade. Esta hiperatividade se expressa anatomicamente por um 
aumento do volume das adrenais em pacientes com obesidade visceral e com SM (MATOS et 
al., 2003). 
O GH é um dos principais componentes do eixo somatotrófico. Sua secreção pela 
hipófise é controlada pelo hipotálamo através de dois fatores: um de liberação, o GHRH 
(Growth Hormone Releasing Factor) e um de inibição, a somatostatina. Sua ação se dá 
primariamente através da regulação periférica do IGF-1 (Insulin-like Growth Factor) e das 
IGFBP 1 a 5 (Insulin-like Growth Factor Binding Proteins), além de possuir uma ação direta 
na maioria das células do corpo humano. Sua deficiência, tal como seu excesso, leva não 
somente a modificações no crescimento, mas também a uma ampla variedade de distúrbios 
metabólicos. Da mesma forma, as alterações metabólicas ocasionadas por diferentes doenças 
podem ter grande impacto na regulação do eixo somatotrófico (MATOS et al., 2003). 
A obesidade é um estado de hipo-somatotropismo relativo, com diminuição da 
resposta do GH a vários estímulos conhecidos (CORDIDO et al., 1996). Diversos estudos já 
comprovaram que o aumento do IMC está relacionado a uma diminuição na meia-vida, na 
produção, na frequência e na amplitude dos episódios secretórios do GH (VELDHUIS et al., 
1991). De uma forma geral, a taxa de secreção e produção do GH diminui em 6% para cada 
unidade aumentada no IMC e é quase quatro vezes menor em pacientes obesos do que em 
controle normais (VELDHUIS et al., 1991). Todas estas alterações são, entretanto, reversíveis 
com a perda de peso, chegando à normalização em casos onde o emagrecimento é maciço 
(BJORNTORP et al., 1999). As alterações no eixo somatotrófico, relacionadas à obesidade, 
parecem ser ocasionadas mais por fatores associados à SM do que ao simples aumento do 
tecido adiposo. 
Dito isso, as profundas alterações hormonais que acompanham a síndrome metabólica 
são consequentes ao excesso de peso, notadamente ao aumento da gordura visceral (MATOS 
et al., 2003). Há uma complexa interrelação entre a resistência à insulina e a hiperinsulinemia, 
atuando nos diferentes eixos neuroendócrinos. Mais especificamente, no eixo hipófise-
hipotálamo-adreenal, um possível estado de hipercortisolismo subclínico ou tissular se 
manifesta por níveis baixos de cortisol no período matinal. No eixo somatotrófico, a 
12 
 
expressão clínica maior dá-se nos níveis de GH suprimidos e não estimuláveis pelos testes 
convencionais de liberação deste hormônio. 
 A análise do caso do motorista, apresentado por Pinto et al. (2011), é preocupante, já 
que o excesso de gordura corporal, principalmente a abdominal, está diretamente relacionado 
com alterações do perfil lipídico, com o aumento da pressão arterial e com a hiperinsulinemia, 
considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como a Diabetes 
Mellito tipo II e as doenças cardiovasculares. O conjunto destas alterações tem sido descrito 
como "síndrome metabólica", já que a hiperinsulinemia tem um papel importante no 
desenvolvimento dos outros componentes da síndrome metabólica. 
 Na maior parte dos casos, como também no paciente do caso clínico, a 
obesidade é o maior fator etiológico para o desenvolvimento do quadro de síndrome 
metabólica (LÓPEZ-JARAMILLO et al., 2014), sendo o aumento do Índice de massa 
corpórea ( IMC do paciente era de 35kg/m
2
 ) e o aumento da circunferência abdominal 
ocasionados por má alimentação e estilo de vida sedentário. Desse modo, a má alimentação 
gera um constante estresse no sistema endócrino, por conta de inúmeros picos 
hiperglicêmicos, especialmente no caso da insulina, a qual é produzida pelo pâncreas em 
excesso repetidamente provocando um quadro de resistência à insulina e posteriormente de 
Diabetes Mellitus tipo II, como é possível observar no paciente do caso clínico. 
 Concomitantemente, é possível afirmar que essas manifestações clínicas descritas 
anteriormente, obesidade e resistência à insulina, podem gerar outras consequências 
fisiopatológicas. Nesse contexto, as altas concentrações constantes de glicose no sangue 
(glicemia jejum = 204 mg/dL no paciente em questão), aumentam a sua osmolaridade gerando 
um acréscimo na volemia sanguínea e por sua vez um aumento da pressão. Esse fator 
associado ao aumento da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (MATOS; 
MOREIRA; GUEDES, 2003) pode provocar um quadro hipertensivo de carácter grave, como 
é possível observar no caso clínico, no qual o paciente apresenta pressão arterial (PA) = 150 x 
100 mmHg. 
 Outro fator influenciado e característico da síndrome metabólica é a dislipidemia, a 
qual é uma alteração negativa do perfil lipídico do paciente, aumento do LDL-colesterol, 
triglicerídeos(TG) e diminuição do HDL-colesterol (NAMBI; HOOGWERF; SPRECHER, 
2002). Essa consequência fisiopatológica é causada pela dieta hiperglicêmica do paciente, 
pois a grande concentração de glicose sanguínea e a hiperinsulinemia provocam uma maior 
produção de TG no fígado e seus níveis séricos, como também uma diminuição do HDL. 
Todas essas manifestações são presentes no paciente do caso clínico, HDL-colesterol = 32 
13 
 
mg/dL, LDL-colesterol = 163 mg/dL, triglicerídeos = 315 mg/, e podem provocar riscos 
cardiovasculares severos. 
 
4.5 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Hematopoiético 
 
Embora o paciente em análise não tenha apresentado sinais inflamatórios e 
trombofílicos, é cognoscível que a Síndrome Metabólica se caracteriza por uma série de 
alterações que afetam o metabolismo de todo o organismo, inclusive no que tange à imuno-
hematologia, com o surgimento de um “estado pró-inflamatório e pró-trombótico (NEVES et 
al., 2019). Esse estado, conforme Oishi et al. (2018), tem como uma das principais causas a 
obesidade, a qual contribui com a geração de citocinas pró-inflamatórias, a exemplo do Fator 
de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α) e da Interleucina 6 (IL-6), além de reduzir a concentração 
de quimiocinas anti-inflamatórias, como a adiponectina. 
Esse processo de inflamação e a disfunção endotelial (presente em pacientes com a 
síndrome), “precedem o desenvolvimento da hipertensão [...]” (OISHI et al., 2018), um dos 
sintomas bases da síndrome. Vale destacar ainda que essas alterações patológicas, advindas 
das adipocitocinas, consoante Gomese Accardo (2019), estão associadas ao surgimento da 
resistência à insulina, o que engendra a disfunção sistêmica que caracteriza o Diabetes 
Mellitus, outro sinal base. Logo, é evidente que a produção exacerbada de moléculas imuno-
hematológicas inflamatórias como a IL-6 e o TNF-α, segundo Neves et al. (2019), afeta o 
metabolismo da glicose, a resistência à insulina e a funcionalidade endotelial, o que se 
caracteriza como fator de risco para o surgimento de diversos distúrbios cardiovasculares. 
 
4.6 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Nervoso 
 
Primeiramente, o sistema nervoso autônomo exerce extrema importância na 
fisiopatologia e nas complicações da síndrome metabólica. A síndrome metabólica tem como 
principal característica a resistência à ação da insulina, ou seja, a insulina age menos nos 
tecidos, e isso obriga que o pâncreas a produza mais aumentando os seus níveis no sangue. 
Ademais, essa síndrome gera um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças 
cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes. Fatores que contribuem para o aparecimento 
de determinada síndrome são: genéticos, excesso de peso e a ausência de atividade física e 
atingindo, majoritariamente, a população mais velha, tendo a sua prevalência para homens e 
mulheres entre 40-55 anos (LOPES; EGAN, 2006). 
14 
 
Os riscos que a síndrome metabólica oferta à saúde do indivíduo são extremamente 
difundidos na prática médica, e despertam interesse científico para novas descobertas. 
Baseadndo-se em observações da epidemiologia clínica, as consequências metabólicas e 
cardiovasculares entre os indivíduos com a síndrome de resistência à insulina sugerem 
anormalidades na regulação neurogênica, e que o aumento do tônus simpático pode contribuir 
para a dimensão da síndrome e das complicações associadas com os órgãos envolvidos. 
Além disso, dentre as consequências da síndrome, a obesidade não é uma desordem 
homogênea no que tange a função simpática, haja vista que evidências de hipofunção e 
hiperfunção simpática já foram demostradas. Porém, coletivamente, artigos e a literatura no 
geral sugerem que a hiperativação simpática é mais substancial e habitual nos pacientes. 
Ademais, pesquisas revelam patogênese e consequências da hiperatividade simpática na 
obesidade. 
Outrossim, ainda conforme Lopes e Egan (2006), a síndrome metabólica, no que tange 
ao sistema nervoso, gera os distúrbios no controle autonômico da variabilidade da frequência 
cardíaca, incluindo diminuição do tônus vagal, com ou sem aumento no tônus simpático. A 
ativação simpática em vários locais-alvo no corpo do indivíduo, em papel importante na 
patogênese da resistência à insulina, pois está relacionada à obesidade e à hipertensão. A 
ativação simpática é induzida pela entrada do alimento no organismo, e por processos 
fisiológicos que ativam a produção e liberação da insulina para digestão, e é revertida pela 
perca de peso. No entanto, a síndrome metabólica, que gera resistência à insulina, faz com que 
a ativação simpática fique por um maior período em alta, gerando os distúrbios no controle 
autonômico. 
Potenciais mecanismos podem contribuir para a ativação simpática na obesidade. O 
aumento da insulina plasmática ativa nervos simpáticos, pois a hiperinsulinemia e a 
resistência à insulina, com aumento da pressão arterial, são atreladas à premissa de que 
potenciais efeitos pressores de insulina são mantidos, a exemplo da ativação simpática da e 
retenção de sódio, enquanto potenciais efeitos depressores são reduzidos, como a 
vasodilatação (LOPES; EGAN, 2006). A leptina, que é similar à insulina, também tem ação 
de ativação simpática, pois tem uma relação direta como óxido nítrico que é um 
neurotransmissor e um autocóide local, que modula a ativação simpática central de 
vasoconstrição neurogênica periférica, e a Leptina aumenta o óxido nítrico que 
sucessivamente aumenta o tônus simpático. A inibição desse óxido durante infusão exógena 
de leptina aumenta significativamente o tônus simpático, especialmente para o coração. 
15 
 
Atividade do nervo simpático muscular é maior em obesos normotensos ou 
hipertensos do que em normotensos não-obesos. Baseando-se nessa informação e no que já 
foi apresentado, o indivíduo com síndrome metabólica e obeso terá implicações diretas no seu 
sistema nervoso. 
 
4.7 Síndrome Metabólica no Contexto da Atenção Primária à Saúde 
 
A síndrome metabólica se trata de uma enfermidade definida pela presença simultânea 
de vários componentes clínicos como a resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia e 
obesidade central (GAMI et al., 2007). Nesse contexto, o conhecimento acerca dessa 
patologia e de suas manifestações é de extrema relevância para a manutenção do Sistema 
Único de Saúde, pois se trata de uma síndrome bastante presente no cotidiano dos cidadãos 
brasileiros. Desse modo, é possível denotar o quanto este problema é grave para a saúde 
pública brasileira através da observação dos dados de mortalidade no Brasil obtidos através do 
DATA SUS, sendo possível relacionar a síndrome metabólica e suas complicações com as 
mortes do aparelho circulatório e com doenças endócrinas, totalizando quase 400 mil mortes 
no ano de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SUS, o qual apresenta a PNAB, Política Nacional de Atenção Básica, como sua 
principal estratégia para diminuir os danos à saúde da população pelo cuidado preventivo 
além de manter a viabilidade econômica do sistema, pois as Unidades Básicas de Saúde 
apresentam serviços de baixa complexidade tecnológica, os quais são mais baratos, e 
Tabela 2 - Óbitos dos Residentes brasileiros, CID-10, (2018) 
Capítulo CID-10 Óbitos por Residência 
TOTAL 1.316.719 
I. Algumas doenças infecciosas e 
parasitárias 
54.679 
II. Neoplasias (tumores) 227.920 
III. Doenças do sangue, órgãos hemat. e 
transtornos imunitários 
6.601 
 
IV. Doenças endócrinas nutricionais e 
metabólicas 
81.365 
 
V. Transtornos mentais e 
comportamentais 
13.697 
VI. Doenças do sistema nervoso 41.035 
VII. Doenças do olho e anexos 21 
 
VIII. Doenças do ouvido e da apófise 
mastoide 
169 
 
IX. Doenças do aparelho circulatório 357.770 
X. Doenças do aparelho respiratório 155.191 
XI. Doenças do aparelho digestivo 67.316 
 
XII. Doenças da pele e do tecido 
subcutâneo 
6.273 
 
XIII. Doenças do sist. osteomuscular e 
tec. conjuntivo 
6.153 
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 43.428 
 
XV. Gravidez, parto e puerpério 1.862 
 
XVI. Algumas afec. originadas no 
período perinatal 
20.764 
 
XVII. Malf. cong., deformid. e anomalias 
cromossômicas 
11.156 
 
XVIII. Sintomas, sinais e achados 
anormais em exames clín.. e laborat. 
70.505 
 
XX. Causas externas de morbidade e 
mortalidade 
150.814 
 
Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def 
 
17 
 
extremamente resolutivos, resolvendo cerca de 85% das demandas dos usuários num cenário 
ideal (SANTANA; CARMAGNANI, 2001). 
 Nesse sentido o Brasil apresenta um desenho institucional na área da saúde bastante 
robusto, inclusive no que tange às enfermidades relacionadas com a síndrome metabólica, 
entretanto como essa patologia apresenta carácter de epidemia global, devido a tendência 
mundial no aumento do consumo de alimentos altamente calóricos e a diminuição da 
atividade física consequente da melhoria da eficiência dos meios de transporte e a 
predominância de atividades de lazer sedentárias (SAKLAYEN, 2018). 
 Desse modo, é fundamental que o SUS aumente sua eficiência no contexto dessa 
enfermidade, com intuito de preservar mais vidas e aumentar a viabilidade econômica, pois se 
trata de uma gasto relevante para o sistema, segundoestudo, (NILSON et al., 2018), estima-se 
que os custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes (elementos clínicos da síndrome 
metabólica) totalizaram cerca de 3,45 bilhões de reais. 
 Apesar da ênfase que já existe nas Unidades Básicas de Saúde em relação há doenças 
crônicas, diabetes, hipertensão e dislipidemia, relacionadas com a síndrome metabólica e com 
o paciente do caso clínico em questão, é preciso que haja um reforço principalmente no que 
tange ao trabalho dos profissionais da nutrição e da educação física pertencentes ao Núcleo de 
Apoio à Saúde da Família (NASF), pois o tratamento e prevenção dessa enfermidades passa 
por um processo de reeducação alimentar, como também pelo fim de hábitos sedentários por 
parte da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A análise do paciente, em conjunto com os conceitos obtidos por meio dos diversos 
autores, permite uma série de constatações. A priori, é perceptível que o paciente, cuja idade 
no período do estudo era de 47 anos, integra uma faixa etária mais avançada, à qual é 
atribuída uma maior prevalência da Síndrome Metabólica, conforme Borboletto et al. (2016). 
Isso corrobora o fato de que os adultos e os idosos representam uma população de risco para o 
desenvolvimento das características da síndrome. 
Entre tais aspectos, destaca-se a obesidade, cuja etiologia pode estar relacionada 
diretamente a mudanças comportamentais, como alimentação inadequada e sedentarismo 
(FERREIRA; SZWARCWALD; DAMACENA, 2019). Vale destacar, nesse sentido, que essa 
condição clínica geralmente está associada ao hipercortisolismo, à dislipidemia e à resistência 
à insulina (LAAKSONEN et al., 2000), sendo essa última característica um fator 
preponderante no surgimento da Diabetes tipo II. 
A obesidade está relacionada, ainda, conforme Oishi et al. (2018), à produção de 
substâncias (citocinas) pró-inflamatórias e pró-trombóticas, a exemplo do Fator de Necrose 
Tumoral Alfa (TNF-α) e da Interleucina 6 (IL-6), promovendo um estado de inflamação 
sistêmica que contribui para o surgimento da disfunção endotelial, da hipertensão arterial e, 
inclusive, da diabetes (GOMES; ACCARDO, 2019), a qual pode ocasionar uma 
hiperestimulação da divisão simpática do Sistema Nervoso Autônomo, gerando diversas 
outros distúrbios. 
Observa-se, portando, que a maioria das características clínicas que atingiram o 
paciente em análise e que representam a Síndrome Metabólica está inter-relacionada. Levando 
em consideração, por essa perspectiva, que a obesidade é causa de alguns desses sintomas e 
que esse quadro de sobrepeso muitas vezes está associado à ocorrência do sedentarismo, é 
evidente que a prática de exercícios físicos contribui para a promoção da saúde no contexto da 
síndrome, além de prevenir diversos outros distúrbios cardiovasculares na sociedade 
(CACERES et al, 2018; SULIGA et al, 2018; MARTINS et al, 2016; NAJAFION et al, 2014; 
LEE e KIM, 2016; RAO et al, 2016). 
No tocante à Atenção Primária e à Saúde Pública, observa-se que a síndrome 
representa um grande entrave para o Sistema Único de Saúde. Primordialmente, é perceptível 
que as condições clínicas que caracterizam essa enfermidade são muito comuns na sociedade 
brasileira, o que dificulta o diagnóstico da SM. Denota-se, também, a dificuldade dos médicos 
em prescreverem uma terapêutica eficaz e acessível diante da grande quantidade de doenças 
19 
 
que compõem a síndrome. Ademais, tomando por base o fato de que os medicamentos 
utilizados na terapêutica de uma parcela dessas doenças são doados pelo SUS, vislumbra-se 
rapidamente que a síndrome se constitui em uma onerosa condição clínica, sobretudo quando 
se atenta para diabetes, hipertensão e obesidade, conforme Nilson (2018). 
É indubitável, portanto, que a SM representa uma enfermidade bastante complexa, seja 
no diagnóstico, seja no seu tratamento. Isso é evidente ao se analisar que mesmo tendo sido 
diagnosticado e tratado, o paciente em questão ainda foi vítima de um infarto agudo do 
miocárdio, uma das principais complicações dessa síndrome. Soma-se a isso os enormes 
gastos na terapêutica dessa enfermidade. Nesse sentido, é nítido o fato de que a Síndrome 
Metabólica constitui um grande desafio para o SUS, sendo impreterível a execução de 
práticas de promoção da saúde, a exemplo dos exercícios físicos e de uma boa alimentação, 
para se atenuar o aumento da prevalência dessa condição na sociedade brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
6 RELATO DE SENTIMENTO 
 
Baseando-se no estudo realizado, fazendo a integração das disciplinas, percebe-se a 
necessidade da formatação deste trabalho para que, se desse uma especial atenção a essa 
síndrome metabólica com a finalidade de alertar aos responsáveis pela saúde pública, no 
Brasil, sobre uma população particularmente de alto risco, haja vista a alta prevalência do 
conjunto de fatores associados, que, por muitas vezes, ser subestimada, não é tratada de forma 
adequada para os fatores de risco que constituem a síndrome metabólica. Logo, considerando 
as baixas taxas de controle alcançadas para a Síndrome Metabólica e os benefícios que se 
pode esperar quando se alcançam objetivos razoáveis, é assaz importante que em um futuro 
próximo, no qual seremos profissionais da saúde, busquemos ordená-la multilateralmente, 
pois temos que envolver todos os sistemas do organismo, efetivando a qualidade do 
tratamento para a obtenção de prognósticos mais animadores. 
Finalmente, essa experiência foi de alta significância para nossa construção acadêmica 
e humana, como aprendizagem acerca da abordagem em face de uma problemática e com 
alertas de intervenções para potencializar o imprescindível que é a saúde da população 
brasileira. Ademais, também foi possível perceber a importância do trabalho em equipe para 
nossa formação profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
7 CONCLUSÃO 
 
Diante do exposto, a síndrome metabólica, quanto à perspectiva clínica, apresenta 
complicações que afetam os diversos sistemas do corpo, gerando complicações no sistema 
nervoso, cardiovascular, hematopoiético e na regulação hormonal, resultando em impactos na 
vida do paciente. Além disso, a síndrome aumenta o risco de uma pessoa ter ataque cardíaco e 
acidente vascular cerebral. 
 Ademais, a síndrome metabólica apresenta-se como um entrave para a saúde pública 
no Brasil, já que sua prevalência é considerada alta, o que implica em uma série de outras 
complicações para o paciente, e os gastos para o tratamento dessa doença, doados pelo SUS, 
são enormes. 
Sob tal perspectiva, e sob a análise dos dados apresentados, conclui-se que o 
tratamento é limitado nos âmbitos individuais, haja vista que o paciente com a síndrome, 
muitas vezes não é diagnosticado, os profissionais apenas combatem seus sintomas. Além dos 
agravantes à saúde do indivíduo, questões sociais, como o emocional ferido e a falta de 
diálogo sobre a síndrome impulsionam na carência de tratamento especifico. 
Referente ao SUS (Sistema Único de Saúde), este passa por complicações seja no 
diagnóstico da síndrome, como no atendimento clínico, devido à síndrome metabólica estar 
controlada por medicamentos, ela é menosprezada por profissionais no atendimento. Além 
disso, a falta de conhecimento sobre essa doença funciona como um agravo, que gera 
consequenciais prejudiciais ao paciente. 
Portanto, a síndrome metabólica é um problema no país, o qual se manifesta, 
majoritariamente, como hipertensão arterial e o nível de glicose elevado no sangue, o 
tratamento é regrado em medicamentos que combatem os sintomas, prática de exercícios 
físicos e a realização de uma boa dieta. 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
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