Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA TURMA C CAIO VINÍCIUS CAVALCANTE BATISTA CARLOS JOSÉ BELARMINO ARAÚJO LUCAS ANTÔNIO LOPES PEDROZA GOMES RIBEIRO RAMON BRASILEIRO DUARTE RAWLLAN WESLLEY ALVES FELIPE RUBEN BENIZ GOUVEIA FILHO TIAGO BARBOSA RAMOS SÍNDROME METABÓLICA: UM DESAFIO AO SUS JOÃO PESSOA 2020 CAIO VINÍCIUS CAVALCANTE BATISTA CARLOS JOSÉ BELARMINO ARAÚJO LUCAS ANTÔNIO LOPES PEDROZA GOMES RIBEIRO RAMON BRASILEIRO DUARTE RAWLLAN WESLLEY ALVES FELIPE RUBEN BENIZ GOUVEIA FILHO TIAGO BARBOSA RAMOS SÍNDROME METABÓLICA: UM DESAFIO AO SUS Projeto integrador apresentado ao Curso de Graduação em Medicina como requisito para a conclusão do 2° período. Orientadora: Prof. ª Michelle Sales Barros de Aguiar JOÃO PESSOA 2020 RESUMO Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) descreve um conjunto de fatores de risco que se manifestam no indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes, relacionando-se à deposição central de gordura e a resistência à insulina. Alguns fatores contribuem para o seu aparecimento: os genéticos, aumento do IMC, acúmulo de gordura abdominal e visceral, além da ausência de atividade física. Outrossim, a hipertensão arterial, o diabetes e o conjunto de sinais que compõem a condição de Síndrome Metabólica são altamente frequentes no Brasil ocorrendo como condições associadas. Objetivo: Estudar a SM e entender acerca de suas causas, recomendações diagnósticas e terapêuticas, partindo de um viés morfofisiológico; entender o porquê de essa síndrome ser um desafio para o SUS. Metodologia: Esse estudo consiste em uma revisão bibliográfica a respeito da SM, considerando sua prevalência na população brasileira, sendo abordada sob as características neurológica, locomotora, endócrina e hematopoiética, além de ter sido observada sob uma perspectiva socioeconômica. Foram utilizadas as bases de dados bibliográficos – SCIELO, DATASUS, BVS e Google Acadêmico. Resultados e discussão: Visto que a SM está diretamente associada à obesidade, faz-se mister a promoção do aumento da atividade física, a implantação de programas de exercício físico e o incentivo à aquisição de hábitos alimentares saudáveis. Conclusão: A SM abrange, portanto, várias áreas do conhecimento, envolvendo problemas do sistema nervoso, cardiovascular e endócrino. Além disso, foi possível traçar um perfil epidemiológico e, também, entender os desafios para rede do SUS. Palavras-chave: Síndrome metabólica. Obesidade. SUS. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ________________________________________________________ 4 2 OBJETIVOS ___________________________________________________________ 5 2.1 Objetivo geral __________________________________________________________ 5 2.2 Objetivos específicos _____________________________________________________ 5 3 METODOLOGIA _______________________________________________________ 6 4 REVISÃO LITERÁRIA _________________________________________________ 7 4.1 Epidemiologia da Síndrome Metabólica_____________________________________ 7 4.2 Dados bioestatísticos da Síndrome Metabólica _______________________________ 7 4.3 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Aparelho Locomotor _________________ 9 4.4 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Endócrino __________________ 10 4.5 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Hematopoiético _____________ 13 4.6 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Nervoso ____________________ 13 4.7 Síndrome Metabólica no Contexto da Atenção Primária à Saúde_______________ 15 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO __________________________________________ 18 6 RELATO DE SENTIMENTO ____________________________________________ 20 7 CONCLUSÃO _________________________________________________________ 21 REFERÊNCIAS __________________________________________________________ 22 4 1 INTRODUÇÃO Devido ao modo de vida moderno – mais imediatista, mais sedentário, com excesso da carga de estresse e com o uso cada vez maior de alimentos ultraprocessados – a Síndrome Metabólica (SM) – transtorno que se caracteriza como uma série de fatores de risco para problemas cardiovasculares relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina – tem se tornado uma mazela cada vez mais frequente no Brasil (SANTOS et al, 2020). Por ser uma síndrome complexa que envolve vários sistemas, que é multifatorial e que atinge boa parte da população brasileira, se faz necessário o estudo do impacto do seu tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que é ele o responsável por acolher e tratar, de acordo coma Constituição Federal de 1988, os brasileiros. Os desafios do tratamento da Síndrome Metabólica ao SUS ficam evidentes no relato de caso, onde o paciente em questão, conforme Pinto et al. (2011), é acolhido pelo sistema com alterações na pressão arterial, dislipidemia e diabetes. Nessa circunstância, ele foi medicado e deu início ao tratamento que incluía, além do uso de medicações, mudanças no estilo de vida. Apesar disso, algum tempo depois, ele sofreu um infarto agudo do miocárdio e teve que ser acolhido mais uma vez pelo SUS. Assim como nesse caso, milhares de outros pacientes são tratados pelo sistema público e, como no caso em questão, por não ter sido diagnosticado precocemente, acabam evoluindo para problemas mais graves. Desse modo, são desafios para o SUS, não só o custo do tratamento dos sinais e sintomas da SM, mas também a prevenção e o seu diagnóstico precoce, o que se caracteriza grande barreira para a promoção da saúde. O estímulo à pratica de atividades físicas regularmente e o uso de alimentos saudáveis são fundamentais para o tratamento e prevenção da síndrome metabólica, sendo, portanto, um grande desafio que o sistema enfrenta, porque, apesar de ser evidente os seus benefícios, grande parte da população não adere a essas práticas. Diante disso, esse trabalho busca evidenciar as características da SM, sua prevalência na população brasileira, as complicações que ocorrem nos sistemas endócrino, hematopoiético e nervoso e como o aparelho locomotor pode ser fundamental para mitigar esses problemas. Em paralelo, é mostrado o quão desafiador é para o Sistema Único de Saúde tratar e prevenir essa mazela que se torna cada vez mais comum no Brasil. 5 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Compreender a Síndrome Metabólica e suas consequências para o SUS. 2.2 Objetivos específicos Analisar os aspectos clínicos da síndrome metabólica através de um caso clínico; Abordar a promoção da saúde no contexto da síndrome; Entender mais profundamente os mecanismos fisiopatológicos da síndrome metabólica; Discorrer sobre os efeitos da síndrome metabólica para o SUS. 6 3 METODOLOGIA O trabalho em estudo acerca da Síndrome Metabólica se trata de uma revisão bibliográfica, baseada em um paciente cujas condições clínicas foram encontradas em um relato de caso, redigida com a intenção de promover a interdisciplinaridade entre os assuntos estudados durante o período, de maneira teórica e prática. Para obter as informações necessárias para ser redigido, foram realizadas pesquisas em artigos e revistas, através de bases de dados, como SciELO, PubMed, BVS, DataSUS e Google Acadêmico, utilizando como palavras-chave: síndrome metabólica e SUS. Foram utilizadas também, literaturas relacionadas à área da saúde e documentos fornecidos pelo Ministério da Saúde. Ademais, contamos também com a ajuda de nossos mestres professores e de profissionais da áreamédica para a revisão. Ainda assim, foram usadas as normas da ABNT. Em virtude do período pandêmico que estamos vivenciando, os sete graduandos do Curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa, responsáveis por este trabalho, realizaram pesquisas relacionadas a casos clínicos para a elaboração do relato de experiência no período de 12 de agosto a 25 de novembro de 2020 seguindo o seguinte imbróglio: Síndrome Metabólica: um obstáculo ao SUS. 7 4 REVISÃO LITERÁRIA 4.1 Epidemiologia da Síndrome Metabólica No âmbito epidemiológico, a Síndrome Metabólica apresenta uma maior prevalência na faixa etária de idade avançada, apontando para um maior acometimento na classe feminina. De acordo com o artigo sobre Síndrome Metabólica escrito por Bortoletto et al. (2016), foram realizados testes, na cidade de Cambé, no Paraná, com uma amostra de 1180 pessoas, entre elas homens e mulheres com idades iguais ou superiores a 40 anos. Observou-se uma primazia de 53,7% da síndrome em mulheres com idade entre 40 e 49 anos, dando ênfase à variância da idade. Ainda no estudo em questão, para critério de comparação, prevalências semelhantes foram obtidas em adultos com idade igual ou superior a 30 anos com descendência japonesa em Bauru, São Paulo, e em idosos com mais de 60 anos em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Já no Distrito Federal, obteve-se uma prevalência de 26,3% em adultos com idade maior ou igual a 18 anos. Nesse sentido, conforme Oliveira et al. (2020), foi registrada uma prevalência na população adulta brasileira de 29,6%, com possibilidade de aumentar para 40%, de acordo com a variância da idade (acima dos 60 anos). Contudo, foi registrada uma baixa prevalência, cerca de 9%, com relação à representatividade nacional. É possível notar, portanto, que a qualidade de vida juntamente com o avanço na idade das pessoas são fatores imprescindíveis para o acometimento da Síndrome Metabólica, uma vez que estes motivos corroboram para tal. 4.2 Dados bioestatísticos da Síndrome Metabólica Devido às grandes mudanças nos padrões culturais e socioeconômicos, por conta do rápido desenvolvimento econômico e do processo de urbanização, ocorreram mudanças significativas nos hábitos de vida dos diferentes grupos populacionais. Assim, a nova forma de organização da sociedade, associada à transição nutricional e ao envelhecimento populacional, promoveu grandes transformações na maneira de adoecer das pessoas, aumentando a morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis (RAMIRES et al. 2013). Com relação às doenças cardiovasculares, a absurda presença de fatores de risco, como hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes, resistência insulínica 8 e deposição central de gordura, está associada diretamente ao aumento de aproximadamente 2,5 vezes no risco de morbimortalidade cardiovascular. Esse conjunto de fatores agregados das DCV constitui a condição definida como síndrome metabólica (RAMIRES et al. 2013). Recente estimativa de SM em nível mundial aponta prevalência entre 20- 25% na população adulta. Nos Estados Unidos, a prevalência de SM foi de 34,7% em 2011-2012, já no Brasil a prevalência foi anda maior que países da América Latina, variando em torno de 30% entre indivíduos de 19 a 64 em diferentes regiões do país. Diante de tal situação, o governo brasileiro lançou o plano de ações estratégicas para enfrentar as doenças crônicas não transmissíveis, o qual é responsável, dentre outras ações, por gerar informações e conhecimentos sobre o processo saúde-doença e seus determinantes sociais para formulação de políticas de saúde no Brasil. Assim, foi concebida a pesquisa nacional de saúde voltada à vigilância de fatores de risco e proteção de doenças crônicas no país. Conforme os dados da PSN 2013, o objetivo para esse estudo é estimar a prevalência de SM e dos componentes para a população brasileira maior ou igual a 18 anos e sua associação com variáveis sociodemográficas, comportamentais e biológicas. 9 Tabela 1 – Prevalência (%) das comorbidades e carga de doenças (fatores de risco para SM), por sexo, dos adultos e idosos SEXO Doença, carga e SM Total N = 59402 Masculino N=25920 Feminino N=33482 %* IC99% %* IC99% %* IC99% Diabetes 7,1 6,6 – 7,6 6,3 5,6 – 7,2 7,8 7,1 – 8,5 PA elevada 40,7 39,6 – 41,7 46,9 45,5 – 48,8 34,9 33,7 – 36,3 Hipercolesterolemia 14,7 14,0 – 15,5 11,9 10,9 – 13,1 16,9 16,0 – 17,9 CC elevada 65,2 64,4 – 65,9 55,6 54,0 – 57,1 73,9 72,7 – 75,0 Carga de doença 0 23,8 22,9 – 24,7 28,0 26,7 – 29,4 19,9 18,8 – 21,1 1 38,1 37,2 – 39, 0 34,8 33,5 – 36,2 41,0 39,8 – 42,3 2 29,2 28,3 – 30,1 29,7 28,4 – 31,0 28,7 27,6 – 29,9 3 7,5 7,1 – 8,1 6,5 5,8 – 7,3 8,5 7,8 – 9,3 4 1,4 0,9 – 1,2 1,0 0,7 – 1,3 1,8 1,5 – 2,2 Condição de SM 8,9 8,4 – 9,5 7,5 6,7 – 8,3 10,3 9,6 – 11,2 Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Brasil, 2013. SM: síndrome metabólica; N: número de indivíduos no banco de dados; IC 99%: intervalo de 99% de confiança; PA: pressão arterial; CC: circunferência da cintura; (*) Gerada considerando o peso amostral; (†) Condição de SM, somatório da carga de doença ≥ 3 fatores. 4.3 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Aparelho Locomotor A Síndrome Metabólica (SM), por ser um conjunto de desordens metabólicas e fatores de risco cardiovasculares em um indivíduo que, geralmente, se relacionam com deposição central de gordura e resistência á insulina, pode dobrar as chances de uma pessoa desenvolver problemas cardiovasculares (SANTOS et al., 2020). Desse modo, assim como para os problemas cardiovasculares, manter-se fisicamente ativo é fundamental para o tratamento e a prevenção da síndrome metabólica de acordo com evidências literárias (CACERES et al., 2018; LEE; KIM, 2016; RAO et al., 2016; MARTINS et al., 2016; NAJAFION et al., 2014; SULIGA et al., 2018). De acordo com o estudo de Santos et al. (2020), os indivíduos que se mantiveram sedentários entre 2009 e 2014 possuíram maiores chances de desenvolver SM, por outro lado, os que se mantiveram ativos possuíram menos chances de desenvolver esse problema. O estudo também mostrou que, ao praticar atividade física, as pessoas portadoras de SM tiveram seus sintomas diminuídos, o que acarreta na melhoria da qualidade de vida. No caso do paciente em análise, apesar de ter ocorrido mudanças no seu estilo de vida e de ele ter sido tratado corretamente, houve a evolução para um quadro de infarto agudo do 10 miocárdio. Isso teria sido evitado caso o diagnóstico e o tratamento tivessem ocorrido de maneira precoce (PINTO et al., 2011). 4.4 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Endócrino A Síndrome Metabólica (SM) é muito relacionada a condições que influenciam no sistema endócrino do corpo humano, haja vista que, como é caracterizada por alterações no metabolismo glicídico, obesidade, hipertensão e dislipidemia, as respostas desencadeadas pelos eixos endócrinos envolvidos nestes processos têm suas consequências a longo e curto prazo, como as alterações metabólicas que se inter-relacionam com diversos eixos controlados pelo hipotálamo e pela hipófise. Porém, é importante destacar os dois principais: o eixo adrenocorticotrófico e o eixo somatotrófico. A obesidade têm características clínicas de hipercortisolismo, incluindo obesidade centrípeta, algumas vezes com tendência à formação de "giba de búfalo", elevação da pressão arterial, resistência à insulina com intolerância à glicose e dislipidemia (LAAKSONEN et al., 2000), constatando, então, uma alteração no eixo adrenocorticotrófico. Segundo Marin et al. (1992), o cortisol urinário correlaciona-se diretamente com a relação cintura-quadril (RCQ) ou com o diâmetro sagital, medidas clínicas da centralização de gordura corporal. Além disso,quando submetidos a testes de estresse intelectual (testes matemáticos, quebra-cabeças, etc.), o cortisol plasmático aumentava em relação direta com o diâmetro sagital. Estes dados sugerem que há uma sensibilidade aumentada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) nos pacientes com obesidade central (MATOS et al., 2003). Além disso, hiperatividade do eixo HHA na obesidade central está associada a um aumento do volume das glândulas adrenais. Um grupo de 52 pessoas, com diferentes graus de corpulência, foi submetido a estudo com tomografia computadorizada para medir a gordura visceral e o volume das adrenais e foi encontrada uma correlação significativa entre a relação cintura-quadril e o volume das adrenais (MATOS et al., 2000). Somado a esse resultado, ainda mais importante, foi que o teor de gordura visceral também se relacionou diretamente com o volume das adrenais, embora no limite da significância (r= 0,228; p= 0,05) (MATOS et al., 2000). No mesmo sentido, em um estudo feito com 22 pessoas obesas, sendo 11 diabéticas e 11 não diabéticas, submetendo-as ao mesmo protocolo radiológico anterior, foi observado que no diabetes do tipo II, uma expressão final da SM e que está intimamente relacionado à 11 gordura visceral, o aumento do volume das adrenais de diabéticos era duas vezes maior que o de não diabéticos (MATOS et al. 2000). Diante disso, a obesidade central-visceral, provável mecanismo maior da SM, relaciona-se a um aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e a uma diminuição da sua supressibilidade. Esta hiperatividade se expressa anatomicamente por um aumento do volume das adrenais em pacientes com obesidade visceral e com SM (MATOS et al., 2003). O GH é um dos principais componentes do eixo somatotrófico. Sua secreção pela hipófise é controlada pelo hipotálamo através de dois fatores: um de liberação, o GHRH (Growth Hormone Releasing Factor) e um de inibição, a somatostatina. Sua ação se dá primariamente através da regulação periférica do IGF-1 (Insulin-like Growth Factor) e das IGFBP 1 a 5 (Insulin-like Growth Factor Binding Proteins), além de possuir uma ação direta na maioria das células do corpo humano. Sua deficiência, tal como seu excesso, leva não somente a modificações no crescimento, mas também a uma ampla variedade de distúrbios metabólicos. Da mesma forma, as alterações metabólicas ocasionadas por diferentes doenças podem ter grande impacto na regulação do eixo somatotrófico (MATOS et al., 2003). A obesidade é um estado de hipo-somatotropismo relativo, com diminuição da resposta do GH a vários estímulos conhecidos (CORDIDO et al., 1996). Diversos estudos já comprovaram que o aumento do IMC está relacionado a uma diminuição na meia-vida, na produção, na frequência e na amplitude dos episódios secretórios do GH (VELDHUIS et al., 1991). De uma forma geral, a taxa de secreção e produção do GH diminui em 6% para cada unidade aumentada no IMC e é quase quatro vezes menor em pacientes obesos do que em controle normais (VELDHUIS et al., 1991). Todas estas alterações são, entretanto, reversíveis com a perda de peso, chegando à normalização em casos onde o emagrecimento é maciço (BJORNTORP et al., 1999). As alterações no eixo somatotrófico, relacionadas à obesidade, parecem ser ocasionadas mais por fatores associados à SM do que ao simples aumento do tecido adiposo. Dito isso, as profundas alterações hormonais que acompanham a síndrome metabólica são consequentes ao excesso de peso, notadamente ao aumento da gordura visceral (MATOS et al., 2003). Há uma complexa interrelação entre a resistência à insulina e a hiperinsulinemia, atuando nos diferentes eixos neuroendócrinos. Mais especificamente, no eixo hipófise- hipotálamo-adreenal, um possível estado de hipercortisolismo subclínico ou tissular se manifesta por níveis baixos de cortisol no período matinal. No eixo somatotrófico, a 12 expressão clínica maior dá-se nos níveis de GH suprimidos e não estimuláveis pelos testes convencionais de liberação deste hormônio. A análise do caso do motorista, apresentado por Pinto et al. (2011), é preocupante, já que o excesso de gordura corporal, principalmente a abdominal, está diretamente relacionado com alterações do perfil lipídico, com o aumento da pressão arterial e com a hiperinsulinemia, considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como a Diabetes Mellito tipo II e as doenças cardiovasculares. O conjunto destas alterações tem sido descrito como "síndrome metabólica", já que a hiperinsulinemia tem um papel importante no desenvolvimento dos outros componentes da síndrome metabólica. Na maior parte dos casos, como também no paciente do caso clínico, a obesidade é o maior fator etiológico para o desenvolvimento do quadro de síndrome metabólica (LÓPEZ-JARAMILLO et al., 2014), sendo o aumento do Índice de massa corpórea ( IMC do paciente era de 35kg/m 2 ) e o aumento da circunferência abdominal ocasionados por má alimentação e estilo de vida sedentário. Desse modo, a má alimentação gera um constante estresse no sistema endócrino, por conta de inúmeros picos hiperglicêmicos, especialmente no caso da insulina, a qual é produzida pelo pâncreas em excesso repetidamente provocando um quadro de resistência à insulina e posteriormente de Diabetes Mellitus tipo II, como é possível observar no paciente do caso clínico. Concomitantemente, é possível afirmar que essas manifestações clínicas descritas anteriormente, obesidade e resistência à insulina, podem gerar outras consequências fisiopatológicas. Nesse contexto, as altas concentrações constantes de glicose no sangue (glicemia jejum = 204 mg/dL no paciente em questão), aumentam a sua osmolaridade gerando um acréscimo na volemia sanguínea e por sua vez um aumento da pressão. Esse fator associado ao aumento da ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (MATOS; MOREIRA; GUEDES, 2003) pode provocar um quadro hipertensivo de carácter grave, como é possível observar no caso clínico, no qual o paciente apresenta pressão arterial (PA) = 150 x 100 mmHg. Outro fator influenciado e característico da síndrome metabólica é a dislipidemia, a qual é uma alteração negativa do perfil lipídico do paciente, aumento do LDL-colesterol, triglicerídeos(TG) e diminuição do HDL-colesterol (NAMBI; HOOGWERF; SPRECHER, 2002). Essa consequência fisiopatológica é causada pela dieta hiperglicêmica do paciente, pois a grande concentração de glicose sanguínea e a hiperinsulinemia provocam uma maior produção de TG no fígado e seus níveis séricos, como também uma diminuição do HDL. Todas essas manifestações são presentes no paciente do caso clínico, HDL-colesterol = 32 13 mg/dL, LDL-colesterol = 163 mg/dL, triglicerídeos = 315 mg/, e podem provocar riscos cardiovasculares severos. 4.5 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Hematopoiético Embora o paciente em análise não tenha apresentado sinais inflamatórios e trombofílicos, é cognoscível que a Síndrome Metabólica se caracteriza por uma série de alterações que afetam o metabolismo de todo o organismo, inclusive no que tange à imuno- hematologia, com o surgimento de um “estado pró-inflamatório e pró-trombótico (NEVES et al., 2019). Esse estado, conforme Oishi et al. (2018), tem como uma das principais causas a obesidade, a qual contribui com a geração de citocinas pró-inflamatórias, a exemplo do Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α) e da Interleucina 6 (IL-6), além de reduzir a concentração de quimiocinas anti-inflamatórias, como a adiponectina. Esse processo de inflamação e a disfunção endotelial (presente em pacientes com a síndrome), “precedem o desenvolvimento da hipertensão [...]” (OISHI et al., 2018), um dos sintomas bases da síndrome. Vale destacar ainda que essas alterações patológicas, advindas das adipocitocinas, consoante Gomese Accardo (2019), estão associadas ao surgimento da resistência à insulina, o que engendra a disfunção sistêmica que caracteriza o Diabetes Mellitus, outro sinal base. Logo, é evidente que a produção exacerbada de moléculas imuno- hematológicas inflamatórias como a IL-6 e o TNF-α, segundo Neves et al. (2019), afeta o metabolismo da glicose, a resistência à insulina e a funcionalidade endotelial, o que se caracteriza como fator de risco para o surgimento de diversos distúrbios cardiovasculares. 4.6 Relação entre a Síndrome Metabólica e o Sistema Nervoso Primeiramente, o sistema nervoso autônomo exerce extrema importância na fisiopatologia e nas complicações da síndrome metabólica. A síndrome metabólica tem como principal característica a resistência à ação da insulina, ou seja, a insulina age menos nos tecidos, e isso obriga que o pâncreas a produza mais aumentando os seus níveis no sangue. Ademais, essa síndrome gera um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes. Fatores que contribuem para o aparecimento de determinada síndrome são: genéticos, excesso de peso e a ausência de atividade física e atingindo, majoritariamente, a população mais velha, tendo a sua prevalência para homens e mulheres entre 40-55 anos (LOPES; EGAN, 2006). 14 Os riscos que a síndrome metabólica oferta à saúde do indivíduo são extremamente difundidos na prática médica, e despertam interesse científico para novas descobertas. Baseadndo-se em observações da epidemiologia clínica, as consequências metabólicas e cardiovasculares entre os indivíduos com a síndrome de resistência à insulina sugerem anormalidades na regulação neurogênica, e que o aumento do tônus simpático pode contribuir para a dimensão da síndrome e das complicações associadas com os órgãos envolvidos. Além disso, dentre as consequências da síndrome, a obesidade não é uma desordem homogênea no que tange a função simpática, haja vista que evidências de hipofunção e hiperfunção simpática já foram demostradas. Porém, coletivamente, artigos e a literatura no geral sugerem que a hiperativação simpática é mais substancial e habitual nos pacientes. Ademais, pesquisas revelam patogênese e consequências da hiperatividade simpática na obesidade. Outrossim, ainda conforme Lopes e Egan (2006), a síndrome metabólica, no que tange ao sistema nervoso, gera os distúrbios no controle autonômico da variabilidade da frequência cardíaca, incluindo diminuição do tônus vagal, com ou sem aumento no tônus simpático. A ativação simpática em vários locais-alvo no corpo do indivíduo, em papel importante na patogênese da resistência à insulina, pois está relacionada à obesidade e à hipertensão. A ativação simpática é induzida pela entrada do alimento no organismo, e por processos fisiológicos que ativam a produção e liberação da insulina para digestão, e é revertida pela perca de peso. No entanto, a síndrome metabólica, que gera resistência à insulina, faz com que a ativação simpática fique por um maior período em alta, gerando os distúrbios no controle autonômico. Potenciais mecanismos podem contribuir para a ativação simpática na obesidade. O aumento da insulina plasmática ativa nervos simpáticos, pois a hiperinsulinemia e a resistência à insulina, com aumento da pressão arterial, são atreladas à premissa de que potenciais efeitos pressores de insulina são mantidos, a exemplo da ativação simpática da e retenção de sódio, enquanto potenciais efeitos depressores são reduzidos, como a vasodilatação (LOPES; EGAN, 2006). A leptina, que é similar à insulina, também tem ação de ativação simpática, pois tem uma relação direta como óxido nítrico que é um neurotransmissor e um autocóide local, que modula a ativação simpática central de vasoconstrição neurogênica periférica, e a Leptina aumenta o óxido nítrico que sucessivamente aumenta o tônus simpático. A inibição desse óxido durante infusão exógena de leptina aumenta significativamente o tônus simpático, especialmente para o coração. 15 Atividade do nervo simpático muscular é maior em obesos normotensos ou hipertensos do que em normotensos não-obesos. Baseando-se nessa informação e no que já foi apresentado, o indivíduo com síndrome metabólica e obeso terá implicações diretas no seu sistema nervoso. 4.7 Síndrome Metabólica no Contexto da Atenção Primária à Saúde A síndrome metabólica se trata de uma enfermidade definida pela presença simultânea de vários componentes clínicos como a resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia e obesidade central (GAMI et al., 2007). Nesse contexto, o conhecimento acerca dessa patologia e de suas manifestações é de extrema relevância para a manutenção do Sistema Único de Saúde, pois se trata de uma síndrome bastante presente no cotidiano dos cidadãos brasileiros. Desse modo, é possível denotar o quanto este problema é grave para a saúde pública brasileira através da observação dos dados de mortalidade no Brasil obtidos através do DATA SUS, sendo possível relacionar a síndrome metabólica e suas complicações com as mortes do aparelho circulatório e com doenças endócrinas, totalizando quase 400 mil mortes no ano de 2018. 16 O SUS, o qual apresenta a PNAB, Política Nacional de Atenção Básica, como sua principal estratégia para diminuir os danos à saúde da população pelo cuidado preventivo além de manter a viabilidade econômica do sistema, pois as Unidades Básicas de Saúde apresentam serviços de baixa complexidade tecnológica, os quais são mais baratos, e Tabela 2 - Óbitos dos Residentes brasileiros, CID-10, (2018) Capítulo CID-10 Óbitos por Residência TOTAL 1.316.719 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 54.679 II. Neoplasias (tumores) 227.920 III. Doenças do sangue, órgãos hemat. e transtornos imunitários 6.601 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 81.365 V. Transtornos mentais e comportamentais 13.697 VI. Doenças do sistema nervoso 41.035 VII. Doenças do olho e anexos 21 VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastoide 169 IX. Doenças do aparelho circulatório 357.770 X. Doenças do aparelho respiratório 155.191 XI. Doenças do aparelho digestivo 67.316 XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 6.273 XIII. Doenças do sist. osteomuscular e tec. conjuntivo 6.153 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 43.428 XV. Gravidez, parto e puerpério 1.862 XVI. Algumas afec. originadas no período perinatal 20.764 XVII. Malf. cong., deformid. e anomalias cromossômicas 11.156 XVIII. Sintomas, sinais e achados anormais em exames clín.. e laborat. 70.505 XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 150.814 Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def 17 extremamente resolutivos, resolvendo cerca de 85% das demandas dos usuários num cenário ideal (SANTANA; CARMAGNANI, 2001). Nesse sentido o Brasil apresenta um desenho institucional na área da saúde bastante robusto, inclusive no que tange às enfermidades relacionadas com a síndrome metabólica, entretanto como essa patologia apresenta carácter de epidemia global, devido a tendência mundial no aumento do consumo de alimentos altamente calóricos e a diminuição da atividade física consequente da melhoria da eficiência dos meios de transporte e a predominância de atividades de lazer sedentárias (SAKLAYEN, 2018). Desse modo, é fundamental que o SUS aumente sua eficiência no contexto dessa enfermidade, com intuito de preservar mais vidas e aumentar a viabilidade econômica, pois se trata de uma gasto relevante para o sistema, segundoestudo, (NILSON et al., 2018), estima-se que os custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes (elementos clínicos da síndrome metabólica) totalizaram cerca de 3,45 bilhões de reais. Apesar da ênfase que já existe nas Unidades Básicas de Saúde em relação há doenças crônicas, diabetes, hipertensão e dislipidemia, relacionadas com a síndrome metabólica e com o paciente do caso clínico em questão, é preciso que haja um reforço principalmente no que tange ao trabalho dos profissionais da nutrição e da educação física pertencentes ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), pois o tratamento e prevenção dessa enfermidades passa por um processo de reeducação alimentar, como também pelo fim de hábitos sedentários por parte da população. 18 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise do paciente, em conjunto com os conceitos obtidos por meio dos diversos autores, permite uma série de constatações. A priori, é perceptível que o paciente, cuja idade no período do estudo era de 47 anos, integra uma faixa etária mais avançada, à qual é atribuída uma maior prevalência da Síndrome Metabólica, conforme Borboletto et al. (2016). Isso corrobora o fato de que os adultos e os idosos representam uma população de risco para o desenvolvimento das características da síndrome. Entre tais aspectos, destaca-se a obesidade, cuja etiologia pode estar relacionada diretamente a mudanças comportamentais, como alimentação inadequada e sedentarismo (FERREIRA; SZWARCWALD; DAMACENA, 2019). Vale destacar, nesse sentido, que essa condição clínica geralmente está associada ao hipercortisolismo, à dislipidemia e à resistência à insulina (LAAKSONEN et al., 2000), sendo essa última característica um fator preponderante no surgimento da Diabetes tipo II. A obesidade está relacionada, ainda, conforme Oishi et al. (2018), à produção de substâncias (citocinas) pró-inflamatórias e pró-trombóticas, a exemplo do Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α) e da Interleucina 6 (IL-6), promovendo um estado de inflamação sistêmica que contribui para o surgimento da disfunção endotelial, da hipertensão arterial e, inclusive, da diabetes (GOMES; ACCARDO, 2019), a qual pode ocasionar uma hiperestimulação da divisão simpática do Sistema Nervoso Autônomo, gerando diversas outros distúrbios. Observa-se, portando, que a maioria das características clínicas que atingiram o paciente em análise e que representam a Síndrome Metabólica está inter-relacionada. Levando em consideração, por essa perspectiva, que a obesidade é causa de alguns desses sintomas e que esse quadro de sobrepeso muitas vezes está associado à ocorrência do sedentarismo, é evidente que a prática de exercícios físicos contribui para a promoção da saúde no contexto da síndrome, além de prevenir diversos outros distúrbios cardiovasculares na sociedade (CACERES et al, 2018; SULIGA et al, 2018; MARTINS et al, 2016; NAJAFION et al, 2014; LEE e KIM, 2016; RAO et al, 2016). No tocante à Atenção Primária e à Saúde Pública, observa-se que a síndrome representa um grande entrave para o Sistema Único de Saúde. Primordialmente, é perceptível que as condições clínicas que caracterizam essa enfermidade são muito comuns na sociedade brasileira, o que dificulta o diagnóstico da SM. Denota-se, também, a dificuldade dos médicos em prescreverem uma terapêutica eficaz e acessível diante da grande quantidade de doenças 19 que compõem a síndrome. Ademais, tomando por base o fato de que os medicamentos utilizados na terapêutica de uma parcela dessas doenças são doados pelo SUS, vislumbra-se rapidamente que a síndrome se constitui em uma onerosa condição clínica, sobretudo quando se atenta para diabetes, hipertensão e obesidade, conforme Nilson (2018). É indubitável, portanto, que a SM representa uma enfermidade bastante complexa, seja no diagnóstico, seja no seu tratamento. Isso é evidente ao se analisar que mesmo tendo sido diagnosticado e tratado, o paciente em questão ainda foi vítima de um infarto agudo do miocárdio, uma das principais complicações dessa síndrome. Soma-se a isso os enormes gastos na terapêutica dessa enfermidade. Nesse sentido, é nítido o fato de que a Síndrome Metabólica constitui um grande desafio para o SUS, sendo impreterível a execução de práticas de promoção da saúde, a exemplo dos exercícios físicos e de uma boa alimentação, para se atenuar o aumento da prevalência dessa condição na sociedade brasileira. 20 6 RELATO DE SENTIMENTO Baseando-se no estudo realizado, fazendo a integração das disciplinas, percebe-se a necessidade da formatação deste trabalho para que, se desse uma especial atenção a essa síndrome metabólica com a finalidade de alertar aos responsáveis pela saúde pública, no Brasil, sobre uma população particularmente de alto risco, haja vista a alta prevalência do conjunto de fatores associados, que, por muitas vezes, ser subestimada, não é tratada de forma adequada para os fatores de risco que constituem a síndrome metabólica. Logo, considerando as baixas taxas de controle alcançadas para a Síndrome Metabólica e os benefícios que se pode esperar quando se alcançam objetivos razoáveis, é assaz importante que em um futuro próximo, no qual seremos profissionais da saúde, busquemos ordená-la multilateralmente, pois temos que envolver todos os sistemas do organismo, efetivando a qualidade do tratamento para a obtenção de prognósticos mais animadores. Finalmente, essa experiência foi de alta significância para nossa construção acadêmica e humana, como aprendizagem acerca da abordagem em face de uma problemática e com alertas de intervenções para potencializar o imprescindível que é a saúde da população brasileira. Ademais, também foi possível perceber a importância do trabalho em equipe para nossa formação profissional. 21 7 CONCLUSÃO Diante do exposto, a síndrome metabólica, quanto à perspectiva clínica, apresenta complicações que afetam os diversos sistemas do corpo, gerando complicações no sistema nervoso, cardiovascular, hematopoiético e na regulação hormonal, resultando em impactos na vida do paciente. Além disso, a síndrome aumenta o risco de uma pessoa ter ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Ademais, a síndrome metabólica apresenta-se como um entrave para a saúde pública no Brasil, já que sua prevalência é considerada alta, o que implica em uma série de outras complicações para o paciente, e os gastos para o tratamento dessa doença, doados pelo SUS, são enormes. Sob tal perspectiva, e sob a análise dos dados apresentados, conclui-se que o tratamento é limitado nos âmbitos individuais, haja vista que o paciente com a síndrome, muitas vezes não é diagnosticado, os profissionais apenas combatem seus sintomas. Além dos agravantes à saúde do indivíduo, questões sociais, como o emocional ferido e a falta de diálogo sobre a síndrome impulsionam na carência de tratamento especifico. Referente ao SUS (Sistema Único de Saúde), este passa por complicações seja no diagnóstico da síndrome, como no atendimento clínico, devido à síndrome metabólica estar controlada por medicamentos, ela é menosprezada por profissionais no atendimento. Além disso, a falta de conhecimento sobre essa doença funciona como um agravo, que gera consequenciais prejudiciais ao paciente. Portanto, a síndrome metabólica é um problema no país, o qual se manifesta, majoritariamente, como hipertensão arterial e o nível de glicose elevado no sangue, o tratamento é regrado em medicamentos que combatem os sintomas, prática de exercícios físicos e a realização de uma boa dieta. 22 REFERÊNCIAS BJORNTORP, Per. Neuroendocrine perturbations as cause of insulin resistance. Diabetes Metabolism Research and Reviews, Sweden, v. 15,p. 427-441, dec. 1999. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1520-7560(199911/12)15:6<427::AID-DMRR68>3.0.CO;2-C. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/%28SICI%291520- 7560%28199911/12%2915%3A6%3C427%3A%3AAID-DMRR68%3E3.0.CO%3B2-C. Acesso em: 17 nov. 2020. BORTOLETTO, M. S. S. et al. Síndrome metabólica, componentes e fatores associados em adultos de 40 anos ou mais de um município da Região Sul do Brasil. Caderno de saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, ed. 1, p. 32-40, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1414- 462X201600010123. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 462X2016000100032&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 14 nov. 2020. CACERES, Viviane Menezes et al. Physical activity moderates the deleterious relationship between cardiovascular disease, or its risk factors, and quality of life: Findings from two population-based cohort studies in Southern Brazil and South Australia. PLoS One 2018; DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0198769. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0198769 Acesso em: 22 nov. 2020. CORDIDO, Fernando et al. Impaired growth hormone secretion in obese subjects is partially reversed by acipimox-mediated plasma free fatty acid depression. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, Washington, v. 68, 1 fev 1989, p. 290–293. DOI: https://doi.org/10.1210/jcem-68-2-290. Disponível em: https://academic.oup.com/jcem/article-abstract/68/2/290/2651873?redirectedFrom=fulltext. Acesso em: 17 nov. 2020. FERREIRA, Arthur Pate de Souza; SZWARCWALD, Célia Landmann; DAMACENA, Giseli Nogueira. Prevalência e fatores associados da obesidade na população brasileira: estudo com dados aferidos da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista brasileira de epidemiologia, São Paulo, v. 22, e190024, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1980- 549720190024. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 790X2019000100420&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 24 nov. 2020. GAMI, Apoor et al. Metabolic Syndrome and Risk of Incident Cardiovascular Events and Death: A Systematic Review and Meta-Analysis of Longitudinal Studies. Journal of the American College of Cardiology, Rochester, Minnesota, v. 49, ed. 4, p. 403-414, 2007. DOI: 10.1016/j.jacc.2006.09.032. Disponível em: pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17258085/#:~:text=Conclusions%3A%20The%20best%20available %20evidence,research%20of%20other%20preventive%20interventions. Acesso em: 10 nov. 2020. GOMES, Bárbara Festa; ACCARDO, Camila de Melo. Mediadores imunoinflamatórios na patogênese do diabetes mellitus. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 17, n. 1, 2019. DOI: https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019rb4596. Disponível em: https://doi.org/10.1002/(SICI)1520-7560(199911/12)15:6%3C427::AID-DMRR68%3E3.0.CO;2-C https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/%28SICI%291520-7560%28199911/12%2915%3A6%3C427%3A%3AAID-DMRR68%3E3.0.CO%3B2-C https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/%28SICI%291520-7560%28199911/12%2915%3A6%3C427%3A%3AAID-DMRR68%3E3.0.CO%3B2-C http://dx.doi.org/10.1590/1414-462X201600010123 http://dx.doi.org/10.1590/1414-462X201600010123 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2016000100032&lng=pt&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2016000100032&lng=pt&tlng=pt https://doi.org/10.1371/journal.pone.0198769 https://doi.org/10.1210/jcem-68-2-290 https://academic.oup.com/jcem/article-abstract/68/2/290/2651873?redirectedFrom=fulltext https://doi.org/10.1590/1980-549720190024 https://doi.org/10.1590/1980-549720190024 https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019rb4596 23 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 45082019000100600&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 16 nov. 2020. LAAKSONEN, David et al. Metabolic syndrome and development of diabetes mellitus: Application and validation of recently suggested definitions of the metabolic syndrome in a prospective cohort study. American Journal of Epidemiology, Washington, v. 156, 1 dec. 2002, p. 1070–1077. DOI: https://doi.org/10.1093/aje/kwf145. Disponível em: https://academic.oup.com/aje/article/156/11/1070/80584. Acesso em: 17 nov. 2020. LEE, Hyo; KIM, Byung-Hoon. Physical activity disparities by socioeconomic status among metabolic syndrome patients: The Fifth Korea National Health and Nutrition Examination Survey. J Exerc Rehabil 2016; 12(1): 10-4. DOI: https://dx.doi.org/10.12965%2Fjer.150269. Disponível em: https://www.e-jer.org/journal/view.php?number=2013600238. Acesso em: 22 nov. 2020. LOPES, Heno Ferreira; EGAN, Brent M. Desequilíbrio Autonômico e Síndrome Metabólica: Parceiros Patológicos em uma Pandemia Global Emergente. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, São Paulo, Brasil, ano 2006, v. 87, n. 4, p. 538-547, 10 out. 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0066-782X2006001700022. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2006001700022&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 nov. 2020. LÓPEZ-JARAMILLO, Patricio et al. Consenso latino-americano de hipertensão em pacientes com diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabólica , [s. l.], v. 58, ed. 3, p. 205-225, 2014. DOI: dx.doi.org/10.1590/0004- 2730000003019. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004- 27302014000300205&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 10 nov. 2020 MARTINS, CC et al. Exercise training positively modulates the ectonucleotidase enzymes in lymphocytes of metabolic syndrome patients. Int J Sports Med 2016; 37(12): 930-6. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0042-114218. Disponível em: https://www.thieme- connect.de/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0042-114218. Acesso em: 22 nov. 2020. MATOS, Amélio F.G. et al . A obesidade estaria relacionada ao aumento do volume das adrenais?. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 44, n. 1, p. 21-30, fev. 2000 . DOI: https://doi.org/10.1590/S0004-27302000000100005. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 27302000000100005&lng=pt&nrm=iso. Acessos em: 22 nov. 2020. MATOS, Amélio F. G.; MOREIRA, Rodrigo O.; GUEDES, Erika P.. Aspectos neuroendócrinos da síndrome metabólica. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo, São Paulo, v. 47, n. 4, p. 410-420, ago. 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000400013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 27302003000400013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 17 nov. 2020. NAJAFIAN, Jamshid et al. Relation between usual daily walking time and metabolic syndrome. Niger Med J 2014; 55(1): 29-33. DOI: https://dx.doi.org/10.4103%2F0300- 1652.128156. Disponível em: https://www.nigeriamedj.com/article.asp?issn=0300- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082019000100600&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082019000100600&lng=pt&nrm=iso https://doi.org/10.1093/aje/kwf145 https://academic.oup.com/aje/article/156/11/1070/80584 https://dx.doi.org/10.12965%2Fjer.150269 https://www.e-jer.org/journal/view.php?number=2013600238 https://doi.org/10.1590/S0066-782X2006001700022 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2006001700022&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2006001700022&lng=en&nrm=iso https://doi.org/10.1055/s-0042-114218 https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0042-114218 https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0042-114218 https://doi.org/10.1590/S0004-27302000000100005 https://doi.org/10.1590/S0004-27302003000400013 https://dx.doi.org/10.4103%2F0300-1652.128156 https://dx.doi.org/10.4103%2F0300-1652.128156 https://www.nigeriamedj.com/article.asp?issn=0300-1652;year=2014;volume=55;issue=1;spage=29;epage=33;aulast=Najafian24 1652;year=2014;volume=55;issue=1;spage=29;epage=33;aulast=Najafian. Acesso em: 22 nov. 2020. NAMBI, Vijay; HOOGWERF, Byron; SPRECHER, Dennis. A truly deadly quartet: obesity, hypertension, hypertriglyceridemia, and hyperinsulinemia. CLEVELAND CLINIC JOURNAL OF MEDICINE, [s. l.], v. 69, ed. 12, p. 985-989, 2002. DOI doi.org/10.3949/ccjm.69.12.985. Disponível em: www.ccjm.org/content/69/12/985.long. Acesso em: 10 nov. 2020. NEVES, Cristiane Vilas Boas et al. Associação entre síndrome metabólica e marcadores inflamatórios em idosos residentes na comunidade. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 35, n. 3, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00129918. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2019000305009&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 16 nov. 2020. NILSON, Eduardo et al. Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Rev Panam Salud Publica, [s. l.], v. 43, ed. 32, p. 1-7, 2019. DOI doi.org/10.26633/RPSP.2020.32. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7147115/. Acesso: 10 nov. 2020. OISHI, Jorge Camargo et al. Disfunção Endotelial e Inflamação Precedem a Elevação da Pressão Arterial Induzida por Dieta Hiperlipídica. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, São Paulo, v. 110, n. 6, p. 558-567, jun. 2018. DOI: https://doi.org/10.5935/abc.20180086. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2018000600558&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 16 nov. 2020. OLIVEIRA, L. V. A. et al. Prevalência da Síndrome Metabólica e seus componentes na população adulta brasileira. Ciência saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.25, n. 11, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320202511.31202020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S1413- 81232020001104269. Acesso em: 22 nov. 2020. PINTO, Daniela de Rezende et al. Síndrome Metabólica: relato de caso. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, São Paulo, nov./dez. 2011. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2011/v9n6/a2544. Acesso em: 24 nov. 2020. RAMIRES, Elyssia Karine Nunes Mendonça et al. Prevalência e Fatores Associados com a Síndrome Metabólica na População Adulta Brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde - 2013. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 110, n. 5, p. 455-466, maio 2018. DOI: https://doi.org/10.5935/abc.20180072. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2018000500455&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 15 nov. 2020. RAO, Deepa P.; ORPANA, Heather; KREWSKI, Daniel. Physical activity and non- movement behaviours: their independent and combined associations with metabolic syndrome. Int J Behav Nutr Phy Act 2016; 13: 1-11. DOI: https://doi.org/10.1186/s12966- 016-0350-5. Disponível em: https://www.e-jer.org/journal/view.php?number=2013600238. Acesso em: 22 nov. 2020. https://www.nigeriamedj.com/article.asp?issn=0300-1652;year=2014;volume=55;issue=1;spage=29;epage=33;aulast=Najafian https://doi.org/10.3949/ccjm.69.12.985 http://www.ccjm.org/content/69/12/985.long https://doi.org/10.1590/0102-311x00129918 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019000305009&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019000305009&lng=pt&nrm=iso https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7147115/ https://doi.org/10.5935/abc.20180086 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2018000600558&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2018000600558&lng=pt&nrm=iso https://doi.org/10.1590/1413-812320202511.31202020 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S1413-81232020001104269 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S1413-81232020001104269 http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2011/v9n6/a2544 https://doi.org/10.5935/abc.20180072 https://doi.org/10.1186/s12966-016-0350-5 https://doi.org/10.1186/s12966-016-0350-5 https://www.e-jer.org/journal/view.php?number=2013600238 25 SAKLAYEN, Mohammad. The Global Epidemic of the Metabolic Syndrome. Current Hypertension Reports, [s. l.], v. 20, ed. 12, p. 1-8, 26 fev. 2018. DOI doi.org/10.1007/s11906-018-0812-z. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5866840/. Acesso em: 10 nov. 2020. SANTANA, Milena; CARMAGNANI, Maria. PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NO BRASIL: UM ENFOQUE SOBRE SEUS PRESSUPOSTOS BÁSICOS, OPERACIONALIZAÇÃO E VANTAGENS. Saúde e Sociedade, [s. l.], v. 10, ed. 1, p. 33- 53, 2001. DOI: dx.doi.org/10.1590/S0104-12902001000100004. Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 12902001000100004&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 10 nov. 2020. SANTOS, Franco Andrius Ache dos et al. Nível de atividade física de lazer e sua associação com a prevalência de síndrome metabólica em adultos: estudo de base populacional. Revista brasileira de epidemiologia, Rio de Janeiro , v. 23, e200070, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-549720200070. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 790X2020000100456&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 nov. 2020. SULIGA, Edyta et al. Relationship between sitting time, physical activity, and metabolic syndrome among adults depending on Body Mass Index (BMI). Med Sci Monit, Kielce, Polônia 2018; 24: 7633-45. DOI: https://dx.doi.org/10.12659%2FMSM.907582. Disponível em: https://www.medscimonit.com/abstract/index/idArt/907582. Acesso em: 22 nov. 2020. VELDHUIS, Johannes D. et al. Dual defects in pulsatile growth hormone secretion and clearence subserve the hyposomatotropism of obesity in man. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, Washington, v. 72, 1 jan. 1991, p. 51–59. DOI: https://doi.org/10.1210/jcem-72-1-51. Disponível em: https://academic.oup.com/jcem/article- abstract/72/1/51/2653372?redirectedFrom=fulltext. Acesso em: 17 nov. 2020. Acesso em: 17 nov. 2020 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902001000100004&script=sci_abstract&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902001000100004&script=sci_abstract&tlng=pt https://doi.org/10.1590/1980-549720200070 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100456&lng=pt&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100456&lng=pt&nrm=iso https://dx.doi.org/10.12659%2FMSM.907582 https://www.medscimonit.com/abstract/index/idArt/907582 https://doi.org/10.1210/jcem-72-1-51
Compartilhar