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Posse 4

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Direito Civil IV – Aula 04 – 01/09/2020
Detenção:
- Posse degradada, não gera efeitos jurídicos. Não é posse porque a lei diz que não é.
- 1198: Hipóteses de receber ordem. Sempre que tiver contrato de trabalho envolvido.
- 1208: Não gera posse atos mera detenção e atos violentos e clandestinos.
- 1224: Esbulho quer dizer que alguém foi retirado do seu bem ou teve o bem retirado de sim. O artigo nos diz que o ocupante continua sendo apenas um detentor, enquanto o proprietário não volta/não souber do esbulho. O esbulho tem seu bem retirado de forma violenta ou clandestina.
Evolução Histórica da Posse:
- Em um determinado momento a posse passou a ser considerada tão importante quanto a propriedade.
- Princípio da Função Social: dar produtividade, fazer produzir, pelo menos ser moradia, trazer um ganho para coletividade com o bem. 
- Usucapião: entende que a posse evoluiu porque o simples decorrer do tempo pode transformar a posse em propriedade.
Classificação da Posse: 
- Direta x Indireta (art. 1197): desdobramento da relação possessória. São posses jurídicas.
Dependendo da situação pode-se desdobrar a posse.
Posse indireta: é uma posse psicológica, quem entrega o bem sempre mantém a posse indireta, quando acaba o período estipulado do empréstimo eu volto a ter a posse direta. 
Posse direta: é o exercício direto do poder, contato imediato.
Desdobramentos sucessivos: quem está com o bem em seu poder naquele momento tem a posse direta, quem não estiver tem a posse indireta.
- Justa x Injusta (1200): existência de vícios.
Justa: é a posse que não tem nenhum vício. Adquirida de forma lícita.
Injusta: mera detenção (não gera efeitos jurídicos). Adquirida com vícios. Violência / Clandestinidade / Precariedade. Inicial terá mera detenção, apenas com o passar do tempo é que passa a ter a posse injusta. Pode gerar a usucapião.
Violência: uso da força, esbulhado por meio de violência.
Clandestinidade: furtivamente se instala no bem, de forma velada. Sem que o real proprietário fique sabendo.
Precariedade: chamada de vício inverso, por mudança de animus. Posse justa passa a ser uma posse injusta, após o surgimento de vícios.
Subjetividade da posse injusta: a posse pode ser tornar justa, em relação a outro que invada o bem de forma violenta ou clandestinidade que terá a posse injusta.
Art. 1028, CC: convalescimento dos vícios: a precariedade convalesce – é sanável ou não? Existe duas correntes, uma que entende que não convalesce pois não está expresso no artigo e pelo abuso de confiança, independente do tempo a precariedade ainda estaria ali e outra corrente, que é majoritário, diz que com o tempo ela é sanável, pois entende que o proprietário deixou de ir buscar o bem.
- Boa-fé x Má-fé (art. 1201): Subjetividade.
Ações possessórias
Se ele conhece os vícios do bem, está agindo de má-fé. Se não conhece dos vícios a respeito daquele imóvel age de boa-fé. Ambos os casos geram possibilidade de adquirir a propriedade.
Justo título, § único: presunção relativa de boa-fé – Em. 302/303, STJ: Geral automaticamente a presunção de boa-fé, só que essa presunção prova em contrário, logo ela é relativa, pois pode ter agido de conluio com o vendedor, ou com cartório. Justo Título não transmite a propriedade.
Art. 1202: transformação. Cuidado para a situação que começou de boa-fé e se transformou em má-fé. 
- Originaria (jus possessiones) x Derivada (jus possidendi): se houve ou não transmissão da posse.
- Nova (menos de um ano e dia) x Velha (ano e dia ou mais): tem muitos efeitos práticos. Importante, pois se o acesso a posse a mais de ano e dia, quando o legitimo possuidor entrar com ação possessória ele não vai poder entrar com pedido de limitar, só será deferido se a posse for nova.
- Composse (art. 1199), ex.: Marido e mulher em comunhão de bens. Posse compartilhada, mais de um possuidor do mesmo bem.

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