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Lingua portuguesa

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Escola CETEB de Jovens e Adultos
Brasília-DF, 2011.
Língua Portuguesa
Elaboração: Ana Paula Porfírio de Souza, Magda Maria de Freitas Querino, 
Maria Teresa Caballero Brügger e 
Equipe Técnica do CETEB
CURSO: TÉCNICO EM 
TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Eixo Tecnológico: 
Gestão e Negócios
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial deste 
documento, por qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, inclusive por processos 
xerográficos de fotocópia e de gravação – sem a permissão expressa e por escrito do CETEB.
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CETEB
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Sumário 
unidade 1 – Linguagem, Língua e FaLa
LiNguAgEM _______________________________________________________________________ 5
LíNguA E FALA _____________________________________________________________________ 5
LiNguAgEM VErBAL: o SigNo LiNguíSTiCo ___________________________________________ 6
DiMENSão LiNguíSTiCA: iNDiViDuAL E SoCiAL _________________________________________ 8
unidade 2 – ProceSSo da comunicação
ELEMENToS DA CoMuNiCAção ______________________________________________________ 11
FuNçõES DA LiNguAgEM ___________________________________________________________ 13
NíVEiS DA LiNguAgEM ______________________________________________________________ 15
unidade 3 – novo acordo ortográFico da Língua PortugueSa
ACorDo orTográFiCo DA LíNguA PorTuguESA _______________________________________ 19
unidade 4 – Sintaxe
SiNTAxE DE CoNCorDâNCiA, DE rEgêNCiA E DE CoLoCAção ____________________________ 23
rEgêNCiA _________________________________________________________________________ 29
EMPrEgo DA CrASE _______________________________________________________________ 31
EMPrEgo DoS ProNoMES DEMoNSTrATiVoS ________________________________________ 33
CoLoCAção ProNoMiNAL __________________________________________________________ 35
unidade 5 – diScurSo adminiStrativo
CoMuNiCAção NA rEDAção ADMiNiSTrATiVA _________________________________________ 41
DiSCurSo ADMiNiSTrATiVo CoNTEMPorâNEo ________________________________________ 42
unidade 6 – documento entre emPreSaS
DoCuMENToS ADMiNiSTrATiVoS ____________________________________________________ 49
CArTA EMPrESAriAL ______________________________________________________________ 50
unidade 7 – modaLidadeS adminiStrativaS
MoDALiDADES DE CoMuNiCAção oFiCiAL _____________________________________________ 61
reFerênciaS __________________________________________________________________________ 83
Linguagem, Língua e Fala
Unidade 1
Técnico em Transações Imobiliárias
Objetivos:
•	 Distinguir	linguagem,	língua	e	fala.
•	 Identificar	a	linguagem	verbal	e	o	signo	linguístico.
•	 Compreender	as	variações	linguísticas.
Linguagem
A vida social do homem constitui-se a partir 
da interação que ele estabelece com seus 
semelhantes. Nessa relação, util iza-se a 
linguagem como forma de expressão.
A linguagem consiste na capacidade de o ser 
humano expressar seus estados mentais por 
meio de qualquer sistema organizado de sinais 
(códigos) em busca de comunicação.
os códigos diversos classificam-se em não 
verbais e verbais.
A linguagem não verbal serve-se de códigos 
representados por cores (semáforos), luzes 
(farol do mar, à noite), gestos (acenos), mímicas 
(imitações em geral), desenhos (imagens), 
ícones (talheres para indicar restaurantes), sons 
(música orquestrada), entre outros.
A linguagem verbal serve-se de palavras 
(signos linguísticos), faladas ou escritas, por 
meio das letras do alfabeto, e denomina-se 
língua. É o principal código utilizado pelos 
membros de uma determinada comunidade 
para se comunicarem entre si – código de 
signos convencionais que expressa a realidade 
cultural dessa comunidade, conhecido por ela 
e transmitido para outras gerações.
Língua e FaLa
A língua é uma criação social, um produto 
histórico que evolui, acompanhando o processo 
de desenvolvimento da comunidade que a utiliza: 
português, francês, inglês, italiano, espanhol etc. 
É, portanto, um instrumento de comunicação.
Ao comunicar-se, o homem expressa seus 
pensamentos por meios da língua da sua 
comunidade, de forma pessoal, optando, entre 
várias possibilidades (vocabulário, estruturas 
frasais), por aquelas que melhor lhe convenham 
no momento, realizando um ato de fala.
A fala é, assim, a utilização individual da língua 
com vista à comunicação. É produto da vontade 
e inteligência do falante que a pode modificar, 
segundo seu gosto e sentimentos. um fenômeno 
fonético (composto de sons vocais) que provém 
de uma atividade psicofisiológica do falante.
A representação gráfica da fala é a escrita, nem 
sempre fiel à fala, mas equivalente.
A língua é, assim, um código com estrutura 
própria, comum a todos os membros de uma 
determinada sociedade: um fato social. A fala 
é a realização (sonora ou visual) desse código: 
um ato individual que depende da vontade e da 
inteligência do falante; o uso que uma pessoa faz 
da língua em situação específica.
Principais diferenças entre LÍNGUA E FALA
Língua Fala
Potencial 
Código com estrutura 
própria
Atualizada
realização sonora/
visual desse código
6Unidade 1
Língua Fala
Fato social
Move-se lentamente 
Ato individual
Move-se rapidamente
exercícios
 I – Escreva V (verdadeiro) ou F (falso), considerando 
a veracidade dos conteúdos.
 1. ( ) A linguagem é um sistema de signos 
armazenados em nossa memória, um 
patrimônio extenso à nossa disposição.
 2. ( ) A linguagem é a faculdade própria do 
ser humano para expressar seus estados 
mentais em busca de comunicação.
 3. ( ) o semáforo é um exemplo de linguagem 
não verbal.
 4. ( ) A língua é um sistema de comunicação, 
uma criação social, utilizado pelos membros 
de uma determinada comunidade como o 
principal código de comunicação.
 5. ( ) A l íngua é produto da vontade e da 
inteligência do falante, que a pode modificar, 
segundo o gosto pessoal, seus sentimentos 
e sua condição social.
 6. ( ) A fala possui natureza transitória.
 7. ( ) A língua é um sistema de sinais gráficos 
que permite a comunicação entre os seres 
humanos.
 8. ( ) A fala é a utilização pessoal do código, 
denominado língua; é dinâmica e sofre 
influência de modismos e de outros fatores 
que condicionam a vida do ser humano.
 9. ( ) A comunicação é essencial para manter a 
união entre os seres humanos e garantir-lhes 
a sobrevivência no planeta.
 10. ( ) Cada falante escolhe, na língua, os meios 
de expressão de que necessita para se 
comunicar e confere-lhes natureza sonora, 
produzindo a fala.
 II – Relate uma situação em que as linguagens a 
seguir foram utilizadas.
1. Linguagem não verbal
 
 
 
2. Linguagem verbal 
 
 
 
III – Complete as lacunas, aplicando os conceitos 
estudados.
 os textos da revista Veja são exemplos de linguagem 
___________, porque utilizam um código estruturado, 
denominado ____________________, que é o principal 
código de comunicação da comunidade linguística. Por 
se tratar de um emprego individual da língua, o texto é 
a representação escrita de um ato de _____________.
confira suas respostas
 i – 1(F), 2(V), 3(V), 4(V), 5(F), 6(V), 7(F), 8(V), 9(V), 10(V).
 ii – 1. resposta pessoal. A situação não verbal relatada não 
pode ser representada por palavras faladas ou escritas. 
2. A situação verbal relatada deve ser representada por 
palavras faladas ou escritas.
 iii – ... verbal ... língua ... fala
Linguagem verbaL: 
o Signo LinguíStico 
os signos que constituem a língua são chamados 
de signos linguísticos (palavras), que, 
organizados segundo as regras (gramática) da 
língua, possibilitam às pessoas expressarem 
pensamentos, sentimentos, emoções.
Para que haja comunicação por meio dos signos 
linguísticos, é necessário que o emissor (falante) e 
o receptor (ouvinte) conheçam a forma como esse 
código se organiza para formar frases (gramática) 
e o significado desses signos (semântica).
Signos linguísticos são, portanto, signos que 
constituemo código linguístico e que estão à 
disposição dos falantes para serem atualizados 
em atos de fala, durante a comunicação, por meio 
da linguagem verbal.
o signo linguístico compõe-se de duas partes: 
significante e significado.
•	 o significante é o lado material: sons (fonemas) 
na língua falada e letras (grafemas) na língua 
escrita, combinados de acordo com as regras 
(gramaticais) da língua.
•	 o significado é o lado imaterial: a ideia, o 
conceito existente na mente de cada falante da 
língua (constituindo a semântica da língua) e 
que se evoca quando o significante o transmite.
7Unidade 1
Significante fonemas (/á/ 
/r/ /v/ /o/ /r/ /e/) e letras da 
palavra árvore.
Significado conceito, ideia 
da palavra árvore: vegetal 
lenhoso.
o signo árvore, por exemplo, relaciona-se com 
dois dados da memória: uma imagem acústica, 
correspondente à lembrança de uma sequência 
de sons (significante) e um conceito, um dado 
do conhecimento humano sobre o mundo 
(significado).
o significado dos signos linguísticos é um conjunto 
complexo de informações acumuladas ao longo 
da história das sociedades humanas, ou seja, 
utilizar uma determinada palavra da nossa língua 
é, na verdade, fazer ecoar por meio dela todo um 
processo histórico de formação de conceitos sobre 
a vida e o mundo.
Assim, o significado do signo árvore ultrapassa 
o conceito de “vegetal lenhoso”, pois há valores 
simbólicos e ideológicos que se podem associar 
a esse signo: símbolo da vida, símbolo da 
preservação da mata etc. Há ainda, valores só 
definidos na interlocução: conjunto de sentidos 
que a palavra árvore assume numa conversa 
entre donos de madeireiras sobre a extração de 
mogno etc.
o conhecimento de uma língua abrange não apenas 
a identificação de seus signos, mas também o 
uso adequado de suas regras combinatórias. 
Esse conhecimento constitui o que se costuma 
denominar “competência gramatical” do usuário 
da língua.
Socialmente, a língua é sempre usada na forma 
de textos. A história das sociedades humanas fez 
surgirem, ao longo dos tempos, diversos tipos 
de textos. o conhecimento e o reconhecimento 
desses tipos textuais, bem como a capacidade 
de utilizá-los adequadamente, são fundamentais 
para a participação efetiva na constante interação 
comunicativa da vida social.
os diferentes tipos textuais existem em função 
das muitas necessidades sociais e, lidar com eles 
de forma eficiente, tanto na sua leitura quanto na 
sua produção, constitui a chamada “competência 
textual’’ do usuário da língua.
Há, também, uma profunda e indissociável 
relação entre os textos e as situações concretas 
em que são utilizados pelos interlocutores. Além 
do texto propriamente dito, há, nas situações 
efetivas de interação verbal, todo um contexto 
que atua e participa dos efeitos de sentido que 
se criam. Essas situações de uso efetivo da 
linguagem constituem o chamado discurso – e 
o interlocutor hábil aprende a manejar os dados 
dessas situações a fim de alcançar seus objetivos 
por meio da linguagem. o significado de um texto, 
portanto, abrange a interpretação das relações 
que estabelece com a situação efetiva em que 
é produzido. Nessa interpretação, devem ser 
levados em conta aspectos como o perfil social 
dos interlocutores, o lugar social em que se 
colocam quando interagem, o contexto social e 
histórico da sociedade em que o texto é utilizado, 
os valores ideológicos, as relações do texto 
com outros textos que circulam pela sociedade 
(intertextualidade) e outros elementos.
Assim, torna-se importante um maior conhecimento 
dos elementos constitutivos do código verbal: o 
signo linguístico.
exercícios
 I – Identifique os signos linguísticos que a imagem 
abaixo representa, no código de trânsito, 
indicando seus componentes:
Signos linguísticos: /
Significantes:
Componentes:
Significados: 
8Unidade 1
 II – Observe atentamente a situação apresentada nos 
quadrinhos e responda: de que forma o que nela 
ocorre nos permite concluir que a linguagem é um 
meio de ação de um interlocutor sobre o outro?
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
III – Comente situações vivenciadas em que o 
desconhecimento exato do código linguístico o 
tenha deixado em situação constrangedora.
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
IV – Conceitue os seguintes termos:
 Competência gramatical:
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 Competência textual:
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
confira suas respostas
i – área escolar
Significantes: /á/ /r/ /e/ /a/ – /e/ /s/ /c/ /o/ /l/ /a/r/
Significados: advertência sobre a existência de 
escola na área; cuidado redobrado.
 ii – Você deve ter observado que, para provar o falso 
diagnóstico do paciente, o médico utilizou uma técnica 
eficaz, ou seja, comprovou a ação de um interlocutor 
sobre outro por meio da linguagem.
 iii – resposta pessoal.
 iV – Competência gramatical: conhecer os signos de uma 
língua e o uso adequado de suas regras combinatórias.
 Competência textual: lidar com os diferentes tipos 
textuais de forma eficiente, tanto na sua leitura quanto 
na sua produção.
dimenSão LinguíStica: 
individuaL e SociaL
A língua é um patrimônio social, um verdadeiro 
“contrato” que os indivíduos de um grupo 
estabelecem.
individualmente, cada pessoa pode utilizar a 
língua de seu grupo social de uma maneira 
particular, que, em alguns casos, configura um 
estilo personalizado. Mas, por mais original e 
criativa que seja, a expressão oral e escrita acaba 
contida no conjunto mais amplo que norteia a 
Língua Portuguesa.
refletir sobre as formas e os usos da Língua 
Portuguesa deve ser um processo contínuo em 
nossa vida. A principal finalidade desse processo 
é aumentar a eficiência na produção e na 
interpretação dos textos falados e escritos com 
que se organiza a interação verbal na sociabilidade.
Conhecer bem a língua em que se vive e pensa 
é investir no ser humano que se é – individual e 
socialmente falando. É aprender a usar a variante 
mais apropriada à situação de interação verbal 
que se está vivendo.
Falar ou escrever implica observar diferenças 
na elaboração dos textos. A tal ponto chegarão 
essas variações que se pode considerar que a 
língua tem duas modalidades diferentes: a língua 
9Unidade 1
falada e a língua escrita. Essas modalidades 
atendem a necessidades diferentes da vida social 
e, por isso, devemos conhecê-las bem, a fim de 
lidar com elas satisfatoriamente.
Alguns fatores são responsáveis por essas 
variações: geográficas, sociais, profissionais e 
situacionais.
•	 Fatores	geográficos
Há variações entre as formas que a Língua 
Portuguesa assume nas diferentes regiões 
em que é falada. Essas variações regionais 
constituem os falares e os dialetos. Não há 
motivo linguístico algum para que se considere 
qualquer uma dessas formas inferior ou 
superior às outras.
•	 Fatores	sociais
o português empregado pelas pessoas que 
têm acesso à escola e aos meios de instrução 
formal difere do português empregado pelas 
pessoas privadas de escolaridade. Cria-se, 
dessa maneira, uma modalidade de língua – a 
norma culta (língua-padrão), cujos modelos 
costumam combinar formas utilizadas por 
escritores considerados clássicos com outras 
codificadas em gramáticas prescritivas. A 
norma culta deve ser adquirida durante a vida 
escolar e seu domínio é solicitado como forma 
de ascensãoprofissional e social.
•	 Fatores	profissionais
o exercício de certas profissões requer domínio 
de termos específicos. Essas variantes têm 
seu uso praticamente restrito ao intercâmbio 
técnico de especialistas.
•	 Fatores	situacionais
uma pessoa deve conhecer e empregar 
apropriadamente as variações da língua em 
situações formais (como um discurso para uma 
solenidade) e informais (como uma conversa 
descontraída entre amigos). Em cada uma 
dessas oportunidades, empregamos formas de 
língua diferentes, procurando adequar nosso 
nível vocabular, sintático e textual ao ambiente 
linguístico em que nos encontramos.
A língua, então, admite inumeráveis possibilidades 
de atos de fala em sua concretização, em seu 
registro, correspondentes à variação no uso da 
língua por parte do falante, conforme a situação 
social, cultural ou regional.
exercícios
 I – Justifique a seguinte afirmação.
 A língua é um conceito amplo e elástico, capaz de 
abarcar todas as manifestações linguísticas, individual 
e coletiva.
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________
 II – Caracterize as formas de língua solicitadas. 
 1. Língua falada
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
 2. Língua escrita
 
 _____________________________________________ 
 _____________________________________________ 
III – Re lac ione adequadamente os fatores 
responsáveis pelas variações linguísticas.
A – Fatores geográficos C – Fatores profissionais
B – Fatores sociais D – Fatores situacionais
 ( ) Emprego de variações linguísticas de acordo com 
contextos específicos.
 ( ) Formas variantes que a língua apresenta nas 
diferentes regiões brasileiras.
 ( ) Linguagem com termos restritos ao intercâmbio 
técnico de especialistas.
 ( ) Modalidades de língua empregadas conforme a 
escolaridade das pessoas.
confira suas respostas
 i – resposta pessoal. observe se o seu pensamento está 
coerente com os conceitos estudados.
 ii – resposta pessoal. Compare seus exemplos com os 
conceitos estudados.
 iii – Sequência correta dos fatores relacionados: (D), (A), 
(C), (B).
Processo da Comunicação
Unidade 2
Técnico em Transações Imobiliárias
Objetivo:
•	 Reconhecer	a	importância	dos	elementos	de	
comunicação	para	uma	interação	satisfatória.
eLementoS da comunicação
A comunicação sempre foi uma necessidade do 
homem. Comunicando-se, ele pôde trocar ideias 
e experiências com outros membros de seu grupo, 
o que foi decisivo para a perpetuação da espécie 
e dos conhecimentos.
As comunicações administrativas, por exemplo, 
formam um sistema de informação estabelecido para 
favorecer aqueles que trabalham em organizações.
Essas organizações se tornam viáveis quando 
possuem meios apropriados para adquirir 
informações a respeito de si mesmas e subsistem 
quando há comunicação interna e externa bem 
estabelecida. Seus objetivos são cumpridos 
à medida que os processos eficientes de 
comunicação as impulsionam na direção do que 
foi previamente planejado.
Elemento indispensável a toda comunicação, a 
informação é o conteúdo de uma mensagem 
emitida ou recebida. É o ato de noticiar algo a 
alguém; dar parecer sobre alguma coisa; conceber 
por meio de dados. Vale lembrar que, enquanto 
o dado é uma mensagem sem avaliação, a 
informação é um dado avaliado para uma situação 
específica. Daí se afirmar que o desempenho 
de uma organização depende, também, da 
capacidade de seu sistema de informação em 
transformar dados sensoriais em unidades de 
informação consumíveis e processáveis.
A informação, portanto, é imprescindível ao 
administrador como base para atingir metas 
e para que possa descobrir e definir áreas 
problemáticas que impedem a organização de 
atingir seus objetivos. É por meio dela, também, 
que são avaliados desempenhos individuais e 
coletivos, uma vez que a eficiência do trabalho 
em grupo depende de informações propiciadoras 
de ajustamentos necessários.
Processo de concatenação ou sucessão de 
fenômenos, de estados ou de mudanças, a 
comunicação não pode ser atribuída a um único 
fator, pois no seu processo intervêm vários 
elementos básicos, entre eles emissor, receptor, 
mensagem, código, canal, referente.
Emissor ou codificador é aquele que, em certo 
momento, emite mensagem elaborada de acordo 
com código e regras determinados, para um 
receptor ou destinatário, tendo em vista produzir 
reação sobre outrem.
Receptor ou decodificador é aquele a quem 
se dirige a mensagem; aquele que a recebe e 
a decodifica. Em decorrência, recomenda-se o 
uso de código fechado, de vocabulário preciso, 
comum a emissor e a receptor, e simplicidade na 
estruturação fraseológica.
Para que a mensagem possa afetar o receptor, 
é necessário coerência entre mensagem e 
comportamento do emissor, credibilidade quanto 
ao valor das fontes e dos meios, aceitabilidade e 
compreensibilidade.
Mensagem é sinônimo de conteúdo, aquilo que 
é dito num texto, num discurso; o que passa de 
significativo na comunicação entre emissor e 
receptor. É a unidade básica da comunicação, 
porque gera reações e comportamentos.
12Unidade 2
Código é um conjunto de signos relacionados de 
tal modo que formam e transmitem mensagens; 
um conjunto de regras necessárias para a 
efetivação da comunicação.
Canal é o suporte material que possibilita veicular 
a mensagem ao receptor, através do espaço e do 
tempo.
As informações chegam ao receptor de vários 
modos: face a face, por cartas, por telefonemas, 
por jornais, por revistas, por e-mails e, ainda, por 
outros meios. A escolha de um canal inadequado 
influencia negativamente a mensagem que se 
quer transmitir e, consequentemente, corre-se 
o risco de não se atingir os objetivos almejados.
Além desses elementos, outros são de grande valia 
para um melhor entendimento da comunicação: 
referente, contexto, feedback, repertório.
Referente é o elemento que dá origem à 
mensagem; inicia o ciclo da comunicação. É um 
dado da realidade que constituirá a mensagem.
Contexto consiste no desenvolv imento 
circunstancial em que a mensagem é transmitida; 
envolve a(s) situação(ões) em que a mensagem 
ocorre. Dele depende o sentido das palavras, 
visto que a palavra só realiza (atualiza) sua 
potencialidade em um determinado contexto.
Feedback é um processo mediante o qual 
se controla o resultado do desempenho de 
uma mensagem sobre o receptor. Possibilita o 
prosseguimento do fluxo de mensagens e auxilia 
a fonte a examinar os resultados obtidos na 
transmissão da mensagem, em relação a seus 
objetivos iniciais.
Repertório é o conjunto dos elementos que 
possuem significação; um conjunto de signos 
conhecidos ou assimilados por um indivíduo; uma 
espécie de reservatório ou estoque de experiências 
indispensável para que uma mensagem, codificada 
por um emissor, possa ser melhor compreendida 
pelo receptor.
Para transmitir informações novas de maneira 
eficaz, ou seja, ampliar o repertório do seu público, 
o emissor deve trabalhar com uma medida 
adequada de redundância, diminuindo, portanto, 
a entropia, mas aumentando a possibilidade de 
compreensão de sua mensagem.
Redundância é o elemento utilizado numa 
mensagem para reduzir os riscos de ruído. É a 
informação que se transmite adicionalmente 
para proporcionar compreensão. É a reiteração 
de determinadas frases, de explicações, de 
esclarecimentos adicionais. É desejável, porém, que 
a redundância não se transforme em aborrecimento 
e em falta de cuidado com a linguagem.
A recepção de uma mensagem fica facilitada 
quando a própria sintaxe contribui com a 
introdução de redundância. Assim, a redundância 
tem o papel de destaque na comunicação, pois 
dá estrutura ao sistema comunicativo.
Nas organizações, ocorrem situações de redundância 
a todo instante: envia-se correspondência, 
telefona-se em seguida, torna-se a confirmar por 
e-mail ou outro canal. Às vezes, comunica-sea 
viagem do executivo, faz-se a reserva de hotel 
por e-mail, confirma-se a reserva por telefone e, 
por fim, telefona-se, novamente, comunicando a 
hora da chegada. Cuidado! redundância não se 
confunde com pura repetição.
Todo sistema de comunicação está sujeito a erros 
ou a falhas denominados ruídos. A ocorrência 
desses distúrbios inviabiliza a comunicação, ou 
seja, distorce a informação pretendida.
É importante ressaltar que, no contexto da 
comunicação, uma única função não se apresenta 
como exclusiva, mas, sim, como predominante, 
considerando o objetivo do emissor ao se manifestar.
Vejamos, na carta transcrita a seguir, como se dá 
esse processo comunicativo.
São	Paulo,	___	de	________	de______.	
Dr.	Ricardo	França	Pereira
Companhia	Coringa	Ltda.
Prezado	Senhor,
Oferecemos	 a	 V.Sa.,	 nossos	 serviços	
profissionais	de	Administração	de	Imóveis,	
visando	a	auxiliá-lo	em	todas	as	etapas	da	
administração	do	seu	bem.	Nosso	trabalho	
consiste	das	seguintes	etapas:
–	Assessoria	Administrativa;
–	Assessoria	Jurídica	especializada;
–	Avaliação	do	imóvel	gratuita;
13Unidade 2
–	Vistoria	anual;
–	Atendimento	Personalizado;
–	Contato	 direto	 por	 linha	 telefônica	
exclusiva;
–	Relatórios	mensais	sobre	a	locação;
–	Cadastro	 de	 Prestadores	 de	 Serviços	 e	
Parcerias.
Informamos	a	V.	S.a	que	somos	especilizados	
na	área	de	Administração	 Imobiliária	com	
profissionais	 formados	 em	 Transações	
Imobiliárias	 pelo	 Ceteb	 e	 capacitados	 a	
atendê-lo	com	agilidade	e	eficiência.
Atenciosamente,
Humberto	de	Alencar	Bastos
Diretor	Comercial/CRECI	no________
Vamos à identificação dos elementos básicos.
• Emissor: Humberto de Alencar Bastos
• referente: o oferecimento de prestação de 
serviços de Administração imobiliária
• Código: Verbal, a Língua Portuguesa
• Mensagem: Toda a informação a respeito do 
referente
• Canal: A escrita (carta)
•	 receptor: Dr. ricardo França Pereira – 
Companhia Coringa Ltda.
exercícios
 I – Reconheça os elementos da comunicação 
solicitados na situação apresentada.
Vladimir decide comprar um imóvel. Procura uma 
imobiliária e esta lhe sugere, depois de conhecer 
os interesses do cliente, um imóvel na planta.
o corretor convida Vladimir para uma visita ao 
lançamento do residencial “Anjos”.
Encantado, Vladimir fecha o negócio à vista.
 1. Emissor: ________________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
 2. referente: _______________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
 3. Código: _________________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
 4. Mensagem: ______________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
 5. Canal: __________________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
 6. receptor: _______________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
confira suas respostas
i – 1. Vladimir
 2. intenção de compra.
 3. Verbal, a Língua Portuguesa
 4. Diálogo ocorrido entre o cliente e o corretor.
 5. A fala (voz)
 6. Corretor
FunçõeS da Linguagem
Há diversos portadores de textos que se prestam 
à realização da comunicação: receitas; regras; 
jornais; telegramas; rótulos; bilhetes; símbolos; 
músicas; propagandas; cartões; apostilas; lendas; 
gráficos; convites; e-mails; anúncios; dicionários; 
quadros; telegramas; gibis; almanaques; livros; 
extratos bancários; notas fiscais; módulos; avisos; 
catálogos; tabelas; cartas; esquemas; bulas; 
tabelas; boletos; revistas; contas: água, luz, 
telefone; tabelas; manuais; mapas; documentos; 
folhetos; quadros. Mas cada um deles tem o seu 
uso em função de uma situação. Têm-se, então, as 
chamadas funções da linguagem, que, de acordo 
com seu referente, expressam seus objetivos.
A função emotiva ou expressiva reflete os 
estados mentais ou emocionais do emissor. É 
centrada no “eu”.
Exemplo.
Dentro	da	noite,	com	o	silêncio	em	torno	de	
mim,	deitado,	sem	sono,	sou	um	rio,	um	rio	
que	parou,	um	rio	escondido	na	sombra	de	
velhas	árvores,	um	rio	irmão	de	alguns	que	
vi	em	Minas	e	que	tiveram	ouro	no	fundo.	
Na	 água	 imóvel,	 as	 imagens	 da	 vida	 se	
debruçam.	(álvaro Moreyra)
A função referencial, denotativa ou cognitiva 
refere-se a informações e a fatos do cotidiano. 
14Unidade 2
É centrada no referente ou no assunto a ser 
transmitido.
Exemplo.
A	expansão	do	mercado	imobiliário	torna	
a	 corretagem	 de	 imóveis	 uma	 opção	
de	 ganho	 de	 capital	 rápido.	 Por	 isso,	 a	
profissão	de	Corretor	de	Imóveis	cresce	a	
cada	dia	e,	na	mesma	proporção,	aumenta	
também	o	nível	de	exigência	por	parte	dos	
clientes	que	buscam	neste	profissional	um	
consultor	que	possa	assessorá-lo	em	todas	
as	 fases	 da	 comercialização	 do	 imóvel.	
(Primeira	Edição).
A função poética tem por objetivo trabalhar 
o conteúdo de forma artística. É centrada na 
mensagem.
Exemplo.
“Eu	não	tinha	este	rosto	de	hoje
assim	calmo,	assim	triste,	assim	magro,
nem	estes	olhos	tão	vazios,
nem	o	lábio	amargo.”	 (Cecília Meireles)
A função fática estabelece a comunicação por 
meio de recursos linguísticos orais, que visam a 
iniciar, a prorrogar e a finalizar o contato entre 
emissor e receptor, além de testar o funcionamento 
do canal. É centrada no canal.
Exemplo.
Gerente:	 –	 Olá!	 Que	 bom	 vê-lo	 por	 aqui!	
Precisava	mesmo	falar	com	você.
Corretor:	–	Ah!	Meu	querido,	diga.
Gerente:	 –	 Então,	 como	 estão	 as	 vendas	
por	lá?
Corretor:	 –	 Tudo	 bem,	 sem	 muitas	
novidades...
Gerente:	–	Não	se	esqueça	de	que	este	mês	
precisamos	bater	nossa	meta.
Corretor:	 –	 Ah!	É	 verdade,	 precisamos	de	
uma	nova	estratégia	de	vendas.
Gerente:	–	Sim?	E	qual	é	sua	sugestão?
Corretor:	–	Não,	eu	não	tenho	sugestões.	
Ideia	é	trabalho	para	o	marketing.
A função metalinguística utiliza os recursos 
gráficos da língua para explicar a própria língua. 
É centrada no código.
Exemplo.
Vaidade:	desejo	imoderado	que	leva	pessoas	
a	se	enfeitarem	para	seu	próprio	prazer	ou	
para	atrair	admiração.
A função apelativa ou conativa tem por finalidade 
persuadir o leitor. É centrada no receptor.
Exemplo.
Faça	 o	 seguro	 do	 imóvel	 e	 leve	 grátis	 a	
equipe	de	manutenção.	
exercícios
 Identifique a função dominante no texto apresentado 
e justifique sua resposta.
 “Família com renda até R$ 4.900 já pode financiar 
casa mais cara
 (Folha.com) – 3/3/11
 os novos limites para financiamento de imóveis dentro 
das regras do FgTS (Fundo de garantia por Tempo de 
Serviço) começaram a valer nesta quinta-feira. Com 
isso, sobe também o teto dos imóveis enquadrados no 
programa Minha Casa, Minha Vida.
 A Caixa Econômica Federal informou que já trabalha 
com os novos valores para avaliação de imóveis.
 A renda familiar máxima para enquadramento 
nos financiamentos é de r$ 4.900 para regiões 
metropolitanas de SP, rJ, DF e demais capitais. o 
mesmo limite passa a ser utilizado também para os 
municípios com população igual ou superior a 250 mil 
habitantes. Nas demais regiões do país, o valor é de 
r$ 3.900.
 A justificativa para o aumento do teto é proporcionar 
a equivalência aos valores praticados no mercado 
imobiliário e pretende cobrir o deficit na habitação 
popular. Desde 2007 não havia reajuste desses valores.
 No início de fevereiro, o Conselho Curador do FgTS já 
havia anunciado a elevação no valor dos imóveis que 
podem ser financiados com recursos do fundo e que 
passou a valer agora.
 NoVoS VALorES
 o teto para imóveis localizados nas regiões metropolitanas 
de São Paulo, rio de Janeiro e Distrito Federal passou 
de r$ 130 mil para r$ 170 mil. Nas demais capitais 
e municípios com população superior a 1 milhão, foi 
elevado de r$ 130 mil para r$ 150 mil.
 Para municípios com população a partir de 250 mil 
habitantes ou integrantes deregiões metropolitanas, o 
valor máximo passará de r$ 100 mil para r$ 130 mil.
 Municípios com população igual ou superior a 50 mil 
e abaixo de 250 mil habitantes, de r$ 80 mil para r$ 
100 mil. Para os demais municípios, o valor segue em 
r$ 80 mil.”
15Unidade 2
1. Função:____________________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
2. Justificativa: ________________________________
 __________________________________________
 __________________________________________
confira suas respostas
 1. referencial
 2. o texto acima exemplifica a função referencial, 
denotativa ou informativa da linguagem, em que 
predomina a informação do fato real, do acontecimento. 
Ao transmitir a realidade exterior, o emissor o faz 
objetivamente, sem expressar suas ideias, emitir 
opiniões ou manifestar emoções sobre o fato. Sua meta 
é informar, por meio de uma linguagem clara e precisa. 
Essa função é característica dos textos científicos, 
didáticos e jornalísticos.
níveiS da Linguagem
Para efetivar a comunicação, o ser humano 
utilizou-se de sinais (signos) por meio dos quais 
buscou exteriorizar sentimentos e pensamentos 
em todas as situações de vida.
os signos utilizados na comunicação fazem parte 
de sistemas organizados denominados códigos, 
que podem ser expressos com ou sem palavras. 
As comunicações realizadas por meio de palavras 
orais ou escritas exemplificam a linguagem verbal. 
o código utilizado pelos surdos, o código Morse 
e o código empregado na sinalização de trânsito 
são exemplos de linguagem não verbal.
A língua é o principal código da comunicação 
verbal. É o sistema mais completo e natural 
empregado na comunicação humana, por ser um 
conjunto de signos convencionais pertencente a 
todos os indivíduos de uma mesma comunidade. 
Trata-se, portanto, de um sistema normatizado, 
de caráter social. 
De acordo com o uso que se faz das palavras, 
surgem vários níveis ou registros de linguagem.
As pessoas menos favorecidas da sociedade, 
sem oportunidade de instrução escolar, falam, 
em geral, a linguagem popular. Essa linguagem 
caracteriza-se por uma estrutura sintática pobre, 
por vocabulário reduzido e por “desvios” da norma, 
tanto de ordem fonética, morfológica quanto 
sintática.
Exemplo.
“Tivemu	 qui	 verificá	 os	 documentu.	 Tava	
tudu	im	ordi.”
A linguagem coloquial é empregada na 
comunicação, principalmente, falada. Caracteriza-se 
por ser uma manifestação espontânea do falante 
e, ao mesmo tempo, por demonstrar um certo 
grau de escolaridade por parte deste.
Exemplo.
“Me	contaram	que	você	está	 trabalhando	
naquela	empresa	famosa.”
A linguagem regional é uma variação da 
linguagem coloquial, utilizada de forma particular 
em diferentes regiões do país.
Exemplo de linguagem utilizada na região do 
Nordeste. 
“Ó	xente!	hoje	tem	bolo	de	macaxeira.”
A linguagem técnica é utilizada pelas pessoas 
em situações específicas e está relacionada a 
grupos profissionais. Assim, no exercício de suas 
profissões, advogados, médicos, engenheiros, 
arquitetos, biólogos e outros possuem uma 
linguagem particular, conhecida, também, por 
jargão profissional.
Exemplo de jargão médico.
Na	 anamnese	 aplicada	 ao	 paciente	 da	
empresa,	 constatou-se	 ocorrência	 de	
cefaleia	constante,	o	que	exigiu	o	recurso	
da	 tomografia	 computadorizada	 para	 a	
detecção	do	tumor	encefálico	e	a	prescrição	
de	imediata	cirurgia	extirpatória.
A linguagem literária é o mais alto nível de 
linguagem. É utilizada pelos “artistas da palavra” 
(escritores e outros). As palavras passam a significar 
muito mais do que o sentido dicionarizado; são 
exploradas nas suas conotações, nos seus campos 
semânticos. A sintaxe é sofisticada. Há liberdade 
de violar, conscientemente, certos preceitos 
gramaticais, para extrair maior expressividade.
16Unidade 2
Exemplo.
“Era	por	uma	dessas	noites	vagarosas	do	
inverno	em	que	o	brilho	do	céu	sem	lua	é	
vivo	e	trêmulo;	em	que	o	gemer	das	selvas	
é	profundo	e	longo;	em	que	a	soledade	das	
praias	e	ribas	fragosas	do	oceano	é	absoluta	
e	tétrica...”	(A. Herculano)
Ao contrário da linguagem popular, a linguagem 
padrão ou culta é a das pessoas instruídas. 
Caracteriza-se pela observância às normas 
gramaticais, pela utilização de vocabulário rico e 
selecionado, pela adoção de sintaxe elaborada.
A linguagem padrão ou culta pode ser formal, 
empregada em situações formais, cerimoniosas, 
como, por exemplo, em correspondências oficiais, 
empresariais, cerimoniais literários, conferências, 
discursos, atos governamentais, ou informal, 
empregada em situações pouco formais, mas 
em que a norma culta deve ser utilizada, como, 
por exemplo, nas escolas, pelos educadores, 
em ambientes de trabalho, no atendimento ao 
público, em comunicações e noticiários de jornais 
e televisão, em reuniões sociais.
Exemplos.
Formal	–	“Todos	os	homens	nascem	livres	e	
iguais	em	dignidade	e	direitos.	São	dotados	
de	 razão	 e	 consciência	 e	 devem	 agir	 em	
relação	 uns	 aos	 outros	 com	 espírito	 de	
fraternidade.”
(Declaração universal dos Direitos 
Humanos, art. 1o)
informal	 –	 Explosão	 de	 violência	 urbana	
afasta	 jovens	 das	 ruas,	 cria	 geração	
enclausurada	e	obriga	instituições	de	ensino	
a	 investir	 tanto	em	segurança	quanto	em	
ações	de	cidadania.
(revista Educação)
A competência linguística está diretamente 
relacionada ao domínio da língua e ao bom uso 
que se faz de suas variantes.
Apesar de a língua ser a mesma, é preciso fazer 
uma distinção entre a modalidade falada e a 
escrita. Esta apresenta um vocabulário mais rico 
e variado, segue as regras ditadas pela gramática 
e possui uma sintaxe bem elaborada. Pela 
possibilidade que oferece de ser relida, repensada 
e corrigida, exige maior grau de formalidade, de 
exatidão e de correção. 
exercícios
 Reconheça os níveis de linguagem apresentados.
1. o homem vive atualmente um momento difícil, 
criado pela inversão de valores.
 ____________________________________________
____________________________________________
2. uma das diferenças fundamentais entre o álcool e o 
fenol é que somente o fenol é capaz de sofrer uma 
dissociação iônica em solução aquosa, exibindo o 
seu caráter ácido.
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3. Alô, Pedro?
 Me parece que já seguiram os livros que você me 
pediu. Queira confirmar, tá? Tudo bem com você? 
um abraço.
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4. A luz do sol bate na lua...
 bate na lua, cai no mar...
 do mar ascende à face tua,
 Vem luzir em teu olhar...
(Manuel Bandeira)
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___________________________________________
5. Nóis tava tudu vortandu da escola, quandu us 
sordadus introu na favela pra prutegê a gente.
 ____________________________________________
___________________________________________
6. oh, tchê, manda logo o piá trazer-me o chimarrão, 
com água bem quente e a erva para fazer o mate.
 ____________________________________________
___________________________________________
7. A maioria dos economistas concorda que a 
estabilidade, como a proporcionada pelo Plano real 
e pelo ajuste nas contas do governo, é, em si, um 
bem para as camadas menos favorecidas.
 ____________________________________________
___________________________________________
8. os exames ultrassonográficos da cavidade pélvica 
da paciente revelam crescimento anormal de tecido 
heterogêneo no ovário esquerdo, exigindo imediata 
pesquisa laparoscópica.
 ____________________________________________
___________________________________________
17Unidade 1
9. Sua excelência, o Presidente da república, acaba de 
adentrar o recinto, onde fará o discurso de abertura 
do Encontro	de	Diretores	da	Rede	de	Ensino	Público	
Brasileira.
 ____________________________________________
 ___________________________________________
confira suas respostas1. Linguagem culta ou padrão;
2. Linguagem técnica;
3. Linguagem coloquial;
4. Linguagem literária;
5. Linguagem popular;
6. Linguagem regional;
7. Linguagem culta ou padrão;
8. Linguagem técnica;
9. Linguagem culta ou padrão.
Novo Acordo ortográfico da Língua Portuguesa
Unidade 3
Técnico em Transações Imobiliárias
Objetivo:
•	 Conhecer	as	mudanças	ocorridas	no	vocabulário	
da	Língua	Portuguesa.
acordo ortográFico 
da Língua PortugueSa
o Novo Acordo ortográfico da Língua Portuguesa 
é um documento internacional entre os países 
lusófonos. Foi assinado por representantes oficiais 
de Angola, Brasil, Cabo Verde, guiné-Bissau, 
Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, em 
Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, ao fim de 
uma negociação entre a Academia de Ciências de 
Lisboa e a Academia Brasileira de Letras, iniciada 
em 1980. Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004.
o Acordo visa à padronização e à simplificação 
do sistema ortográfico. Vários aspectos foram 
fundamentais para a reforma, entre eles a 
existência de duas ortografias oficiais ser 
prejudicial ao idioma em um mundo globalizado. A 
padronização unificará a expressão da Língua em 
termos científicos e jurídicos, internacionalmente, 
no estudo do idioma por instituições educacionais 
em todos os continentes, na linguagem de trabalho 
por organismos internacionais. Além disso, o 
governo brasileiro e o português esperam que 
o idioma, finalmente, torne-se uma das línguas 
oficiais da organização das Nações unidas (oNu).
Novo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa
Alfabeto
Nova Regra Exemplos
o alfabeto é agora 
formado por 26 
letras. As letras k, w e 
y foram reintroduzidas 
no alfabeto.
Essas letras serão usadas 
em siglas, símbolos, 
nomes próprios, palavras 
estrangeiras e seus 
derivados. Exemplos: km, 
watt, Byron, byroniano.
Trema
Nova Regra Exemplos
Não existe mais o 
trema em Língua 
Portuguesa. Apenas 
em casos de nomes 
próprios e seus 
derivados. Por 
exemplo: Müller, 
mülleriano.
Aguentar, consequência, 
cinquenta, quinquênio, 
frequência, frequente, 
eloquência, eloquente, 
arguição, delinquir, 
pinguim, tranquilo, 
linguiça.
Acentuação
Nova Regra Exemplos
Ditongos abertos 
(ei, oi) não são mais 
acentuados em 
palavras paroxítonas.
Assembleia, plateia, ideia, 
colmeia, boleia, panaceia, 
Coreia, hebreia, boia, 
paranoia, jiboia, apoio, 
heroico, paranoico.
obs.: Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e 
monossílabas o acento continua: herói, constrói, 
dói, anéis, papéis.
20Unidade 3
Acentuação
Nova Regra Exemplos
o hiato “oo” não é 
mais acentuado.
o hiato “ee” não é 
mais acentuado.
Enjoo, voo, coroo, perdoo, 
coo, moo, abençoo, povoo.
Creem, deem, leem, veem, 
descreem, releem, reveem.
Não existe mais o 
acento diferencial em 
palavras homógrafas.
Para (verbo e preposição), 
pela (substantivo e 
verbo), pelo (substantivo), 
pera (substantivo), polo 
(substantivo).
obs.: o acento diferencial ainda permanece no 
verbo “poder” (3a pessoa do Pretérito Perfeito do 
indicativo – “pôde”) e no verbo “pôr” para diferenciar 
da preposição “por”.
Não se acentua mais 
a letra “u” nas formas 
verbais rizotônicas, 
quando precedido de “g” 
ou “q” e antes de “e” ou 
“i” (gue, que, gui, qui).
Argui, apazigue, averigue, 
enxague, enxaguemos, 
oblique.
Não se acentua mais 
“i” e “u” tônicos em 
paroxítonas quando 
precedidos de 
ditongo.
Baiuca, boiuna, cheiinho, 
saiinha, feiura, feiume.
É facultativo o uso 
do acento circunflexo 
para diferenciar as 
palavras forma/fôrma
Ex.: Qual é a forma da 
fôrma do bolo?
Hífen
Nova Regra Exemplos
o hífen não é mais 
utilizado em palavras 
formadas de prefixos 
(ou falsos prefixos) 
terminados em vogal 
+ palavras iniciadas 
por “r” ou “s”, sendo 
que estas devem ser 
dobradas.
Antessala, antessacristia, 
autorretrato, 
antissocial, antirrugas, 
arquirromântico, 
arquirrivalidade, 
autorregulamentção,
contrassenha, 
extrarregimento,
extrassístole, extrasseco, 
infrassom, infrarrenal, 
ultrarromântico,
ultrassonografia,
suprarrenal, 
suprassensível.
obs.: Em prefixos terminados por “r”, permanece 
o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela 
mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper- 
-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, 
super-racional, super-realista, super-resistente etc.
Hífen
Nova Regra Exemplos
o hífen não é mais 
utilizado em palavras 
formadas de prefixos 
(ou falsos prefixos) 
terminados em vogal 
+ palavras iniciadas 
por outra vogal.
Autoafirmação, autoajuda, 
autoaprendiagem, 
autoescola, autoestrada, 
autoinstrução, 
contraexemplo, 
contraindicação, 
contraordem, extraescolar, 
extraoficial, infraestrutura, 
intraocular, intrauterino, 
neoexpressionista, 
neoimperialista, 
semiaberto, 
semiautomático, 
semiárido, 
semiembrigado, 
semiobscuridade, 
supraocular, ultraelevado.
obs.: 1: Esta nova regra vai uniformizar algumas 
exceções já ex istentes antes: ant iaéreo, 
antiamericano, socioeconômico etc.
obs.: 2: Esta regra não se encaixa quando a palavra 
seguinte iniciar por “h”: anti-herói, anti-higiênico, 
extra-humano, semi-herbáceo etc.
Nova Regra Exemplos
utiliza-se hífen 
quando a palavra 
é formada por um 
prefixo (ou falso 
prefixo) terminado 
em vogal + palavra 
iniciada pela mesma 
vogal.
Anti-ibérico, 
anti-inflamatório, 
anti-infracionário, 
anti-imperialista, a
arqui-inimigo, 
arqui-irmandade, 
micro-ondas, 
micro-ônibus, 
micro-orgânico.
obs.: 1: Esta regra foi alterada por conta da regra 
anterior: prefixo terminado com vogal + palavra 
inciada com vogal diferente = não tem hífen; prefixo 
terminada com vogal + palavra iniciada com mesma 
vogal = com hífen.
obs.: 2: uma exceção é o prefixo “co”. Mesmo se 
a outra palavra inicia-se com a vogal “o”, Não se 
utiliza hífen.
obs.: 3: Com os prefixos “pre” e “re” não se utiliza hífen.
21Unidade 3
Hífen
Nova Regra Exemplos
Não se usa mais 
hífen em compostos 
que, pelo uso, 
perdeu a noção de 
composição.
girassol, mandachuva, 
paraquedas, paraquedista, 
pontapé.
obs.: o uso do hífen permanece em palavras 
compostas que não contêm elemento de ligação 
e constitui unidade sintagmática e semântica, 
mantendo o acento próprio, bem como naquelas 
que designam espécies botânicas e zoológicas: 
ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, 
guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, 
beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, 
bem-te-vi etc.
Nova Regra Exemplos
usa-se o hífen na 
formação de palavra 
com “ab”, “ob” e “ad” 
diante de palavras 
começada por “b”, 
“d” e “r”.
ad-digital,
ad-renal,
ob-rogar,
ab-rogar etc.
Observações Gerais
O uso do hífen 
permanece Exemplos
Em palavras formadas 
por prefixos “ex”, 
“vice”, “soto”.
ex-marido, 
vice-presidente, 
soto-mestre.
Em palavras formadas 
por prefixos “circum” 
e “pan” + palavras 
iniciadas em vogal, M 
ou N.
Pan-americano, 
circum-navegação.
Em palavras formadas 
com prefixos “pré”, 
“pró” e “pós” + 
palavras que tem 
significado próprio.
pré-natal, 
pró-desarmamento, 
pós-graduação.
Em palavras formadas 
pelas palavras “além”, 
“aquém”, “recém”, 
“sem”.
além-mar, além-fronteiras, 
aquém-oceano, 
recém-nascidos, 
recém-casados, 
sem-número, sem-teto.
Observações Gerais
Não existe 
mais hífen
Exemplos Exceções
Em locuções de 
qualquer tipo 
(substantivas, 
adjetivas, 
pronominais, 
verbais, 
adverbiais, 
prepositivas ou 
conjuncionais).
Cão de 
guarda, fim 
de semana, 
café com 
leite, pão de 
mel, sala de 
jantar, cartão 
de visita, cor 
de vinho, 
à vontade, 
abaixo de, 
acerca de etc.
água-de-colônia, 
arco-da-velha, 
cor-de-rosa, 
mais-que-perfeito, 
pé-de-meia,
ao-deus-dará,
à-queima-roupa 
etc.
Nova Regra Exemplos
Não se usa o hífen na 
formação de palavras com 
“não” e “quase”.
não agressão, quase 
delito etc.
Com “mal”, usa-se hífen 
quando a palavra seguinte 
começar por “vogal”, “h” 
e “l”.
mal-entendido,
mal-humorado,
mal-limpo etc.
usa-se o hífen no prefixo 
sub quando for seguido 
de “b” ou “r”.
subárea, sub-base, 
sub-região.Atenção! Para clareza gráfica, se, no final da 
linha, a partição de uma palavra ou combinação 
de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser 
repetido na linha seguinte. 
Exemplo: o professor recebeu com alegria os ex-
-alunos.
exercícios
 I – Observe as palavras a seguir, considerando a nova 
ortografia proposta. Identifique as incorretas e 
corrija-as.
 1. Primeiro grupo
 a) sub-solo f) pseudorrevelação
 b) sub-diretor g) pseudossábio
 c) subsíndico h) pseudo-atriz
 d) sub-gerente i) pseudo-irregularidade
 e) sub-humano j) pseudo-estilista
22Unidade 3
 2. Segundo grupo
 a) anti-cárie f) multi-mídia
 b) anti-placa g) multi-tarefa
 c) anti-inflamatório h) multi-uso
 d) anti-vírus i) multi-instrumentista
 e) anti-terrorismo j) extra-classe
 3. Terceiro grupo
 a) auto-ônibus f) subregião
 b) micro-empresário g) sub-raça
 c) microorganismo h) megassena
 d) autosserviço i) mega-empresário
 e) autorregulamentação j) mega-investidor
 4. Quarto grupo
 a) autoajuda f) autoavaliação
 b) infraestrutura g) contra-ataque
 c) contraofensiva h) contracheque
 d) auto-escola i) contraespionagem
 e) autoestima j) contraindicação
 5. Quinto grupo
 a) antirracismo f) mini-investimento
 b) antissequestro g) sub-região
 c) contrarrevolução h) vice-diretor
 d) contrarregra i) micro-ondas
 e) antirreflexo j) vaga-lume
 6. Sexto grupo
 a) herói f) coobrigação
 b) pára(verbo) g) heróico
 c) frequente h) vôo
 d) hotéis i) constroem
 e) assembléia j) preestabelecer
 7. Sétimo grupo
 a) hiper-realista f) telerreportagem
 b) extrajudicial g) multi-inseticida
 c) supra-humano h) ultrarradical
 d) ante-projeto i) tele-educação
 e) mini-hélice j) ultrassom
 8. Oitavo grupo
 a) anti-séptico f) hidro-sanitárias
 b) antepenúltimo g) mini-rádio
 c) ultravioleta h) pré-médico
 d) antiortopédico i) predeterminar
 e) hidroginástica j) carbo-hidrato
 9. Nono grupo
 a) arquirrival f) extra-abdominal
 b) antepenúltimo g) radiorrelógio
 c) circum-navegação h) telerrepórter
 d) pan-americano i) telessena
 e) extraterrestre j) radiopatrulha
confira suas respostas
 i – 1. a) subsolo f) –
 b) subdiretor g) –
 c) – h) pseudoatriz
 d) subgerente i) pseudoirregularidade
 e) – j) pseudoestilista
 2. a) anticárie f) multimídia
 b) antiplaca g) multitarefa
 c) – h) multiuso
 d) antivírus i) –
 e) antiterrorismo j) extraclasse
 3. a) – f) sub-região
 b) microempresário g) –
 c) micro-organismo h) –
 d) – i) megaempresário
 e) – j) megainvestidor
 4. a) – f) –
 b) – g) –
 c) – h) –
 d) autoescola i) –
 e) – j) –
 5. a) – f) –
 b) – g) –
 c) – h) –
 d) – i) –
 e) – j) –
 6. a) – f) –
 b) para g) heroico
 c) – h) voo
 d) – i) –
 e) assembleia j) –
 7. a) – f) –
 b) – g) –
 c) – h) –
 d) anteprojeto i) –
 e) – j) –
 8. a) antisséptico f) hidrossanitárias
 b) – g) minirrádio
 c) – h) –
 d) – i) –
 e) – j) carboidrato
 9. a) – f) –
 b) – g) rádio-relógio
 c) – h) –
 d) – i) –
 e) – j) –
Sintaxe
Unidade 4
Técnico em Transações Imobiliárias
Objetivo:
•	 Aplicar	 corretamente	 as	 normas	 de	 sintaxe,	
de	concordância,	de	regência	e	de	colocação.
Sintaxe de concordância, 
de regência e de coLocação
Sintaxe é a “parte da gramática que estuda a 
disposição das palavras na frase e a das frases 
no discurso, bem como a relação lógica das 
frases entre si e a correta construção gramatical”. 
(cf. Aurélio)
Frase é a unidade mínima da comunicação 
linguística.
optamos por abordar a sintaxe de concordância 
(similaridade das palavras na frase), a sintaxe de 
regência (dependência das palavras na frase) e 
a sintaxe de colocação (colocação adequada 
das palavras na frase) por constituírem aspectos 
essenciais para uma redação eficiente.
Entende-se por concordância a similaridade 
de gênero e número entre substantivo, adjetivo, 
artigo, numeral, pronome (concordância nominal) 
e a similaridade de número e pessoa entre verbo 
e sujeito (concordância verbal).
 concordância verbal
A norma geral reza que o verbo concorda com o 
sujeito em número e pessoa.
A correspondência|chegou à tarde.
 
 suj. 3a pes. sing. v. 3a pes. sing.
os Chefes de Departamento|compareceram à 
reunião 
 suj. 3a pes. pl. v. 3a pes. pl.
Decidimos pela aquisição do equipamento.
 
 v. 1a pes. pl. (suj. subentendido – nós)
o corretor e sua secretária|realizaram visita aos 
departamentos. 
 suj. comp. 3a pessoa pl. v. 3a pes. pl.
Se o sujeito for composto por diferentes pessoas 
gramaticais, o verbo vai para o plural de acordo 
com a norma de prevalência. observe:
a) A 1a pessoa prevalece sobre as demais:
 o corretor e eu|chegamos juntos.
 
 suj. comp. v. 1a pes. pl.
 3a e 1a pes.
b) A 2a pessoa prevalece sobre a 3a:
 o gerente e tu|representareis a instituição.
 
 suj. comp. v. 2a pes. pl.
 3a e 2a pes.
Casos particulares
1. Sujeito simples
a) Formado por expressão partitiva (uma 
porção de, parte de, a maioria de etc.) ou 
quantidade aproximada, o verbo pode ir para 
o singular ou para o plural:
A maior parte dos acionistas votou favoravelmente 
à negociação. 
 suj. v. 3a pes. sing.
24Unidade 4
A maior par te dos ac ion is tas votaram 
favoravelmente à negociação.
 
 suj. v. 3a pes. pl.
b) Formado por número percentual ou números 
fracionários, o verbo concorda com o 
numeral:
20% da população economicamente ativa 
adquiriram ações do Banco do Brasil.
 v. 3a pes. pl. suj. 
2/3 da clientela encontram-se inadimplentes.
 
 suj. v. 3a pes. pl.
c) Formado pela expressão “mais de um”, o 
verbo fica no singular:
 Mais de um acionista vendeu suas ações.
 
 suj. v. 3a pes. sing.
Nota – Com expressão repetida ou indicando 
reciprocidade, o verbo poderá ir para o plural.
Mais de um gerente, mais de um supervisor 
discordaram do expositor.
 v. 3a pes. pl. suj.
Mais de um acionista felicitaram-se mutuamente 
pelo lucro obtido. 
 suj. v. 3a pes. pl.
d) Formado por pronome interrogativo, 
demonstrativo ou indefinido no plural, 
seguido da expressão “de nós” ou “de vós”, 
o verbo pode concordar com o primeiro 
pronome ou com nós/vós:
Quantos de vós participaram do evento?
 
 suj. v. 3a pes. pl.
Quantos de vós participasteis do evento?
 
 suj. v. 2a pes. pl.
Nota – Se o pronome interrogativo ou o pronome 
indefinido estiver no singular, o verbo fica no 
singular:
 Nenhum de nós compareceu ao comício.
 
 suj. v. 3a pes. sing.
e) Formado por nomes só usados no plural, não 
precedido de artigo, o verbo fica no singular; 
precedido de artigo, o verbo fica no plural:
Minas gerais localiza-se na região Sudeste.
 
 suj. s/ artigo v. 3a pes. sing.
os Estados unidos invadiram o iraque.
 
 suj. (prec. de artigo) v. 3a pes. pl.
Nota – Se o sujeito for título de obra, o verbo pode 
ficar no singular ou no plural:
 os Sertões marcou a literatura brasileira.suj. (obra) v. 3a pes. sing.
 os Sertões marcaram a literatura brasileira.
 
 suj. (obra) v. 3a pes. pl.
f) Formado por coletivo, o verbo no singular; 
se o coletivo for seguido de expressão no 
plural, o verbo pode ir para o plural:
 A matilha atacou o fugitivo.
 
 suj. colet. v. 3a pes. sing.
 A manada de búfalos corriam na pradaria.
 
 suj. colet. + exp.pl. v. 3a pes. pl.
g) Formado por número de horas, os verbos 
“bater”, “dar” e “soar” concordam com o 
numeral:
Soaram as quatro horas quando ele chegou.
 
 v. 3a pes. pl. suj.
Dava uma hora no relógio da igreja.
 
 v. 3a p.s. suj.
Nota – Se o sujeito for as palavras “relógio”, 
“sino”, “carrilhão”, o verbo concorda com esses 
sujeito:
os sinos batem uma hora.
 
 suj. v. 3a pes. sing. 
25Unidade 4
o carrilhão deu três horas.
 
 suj. v. 3a pes. sing.
h) Formado por sujeito apassivado pela 
partícula se (partícula apassivadora), o verbo 
transitivo direto concorda com o sujeito:
 Vendem-se ações da Petrobras.
 
 v. 3a part. suj. pas. (pl.)
 pes.pl. apas.
 Vende-se casa seminova.
 
 v. 3a part. suj. pas. (sing.)
 pes. s. apas.
i) Formado por sujeito indeterminado pela 
partícula se (índice de indeterminação do 
sujeito), o verbo intransitivo ou transitivo 
indireto fica sempre na 3a pessoa do 
singular:
 Precisa-se de empregados.
 
 v. trans. ind. índ. de indet. suj.
 3a pes. sing.
 Vive-se bem nesta cidade.
 
 v. intrans. índice de indet. suj.
 3a pes. sing.
j) Formado por sujeito inexistente, o verbo 
impessoal fica sempre na 3a pessoa do 
singular:
Verbos impessoais:
haver – no sentido de existir
fazer – indicando tempo
Chover, ventar, nevar etc. (fenômenos da 
natureza)
Exemplos:
Há muitos candidatos à vaga de emprego.
Faz dez anos que estive aqui.
Chove muito naquela região.
2. Sujeito composto
a) Posposto ao verbo, este vai para o plural ou 
concorda com o núcleo mais próximo:
Constam a passagem aérea, a hospedagem, a 
alimentação e o traslado do pacote de viagem.
 
 verbo 3a pes. pl. suj. comp., posposto ao verbo
Consta a passagem aérea, a hospedagem e 
a alimentação do pacote de viagem.
 
 v. 3a p. s. n. do suj. comp. mais próximo
b) Formado por núcleos sinônimos ou quase 
sinônimos, o verbo pode ficar no singular 
ou no plural:
A alegria e a felicidade brilhava em seu olhar.
 
 n. sinônimos v. 3a pes. sing.
A alegria e a felicidade brilhavam em seu olhar.
 
 n. sinônimos v. 3a pes. sing.
c) Formado por núcleos que constituem 
gradação de ideias, o verbo pode ficar no 
singular ou no plural:
uma hora, um minuto, um segundo custava 
a passar, na sua agonia da espera.
 
 núcleo = gradação de ideias v. 3a pes. sing.
uma hora, um minuto, um segundo custavam 
a passar, na sua agonia da espera.
 
 núcleo = gradação de ideias v. 3a pes. pl.
d) Formado por verbos no infinitivo, o verbo fica 
no singular:
Chegar atrasado e demorar no vestiário é 
normal para este operário.
 
 suj. formado p/ infinitivo v. 3a pes. sing.
Nota – com infinitivos precedidos de artigos ou 
antônimos, o verbo poderá ir para o plural:
26Unidade 4
o chegar atrasado e o demorar no vestiário são 
normais para este operário.
 
art. sing. infinitivo art. sing. inf. v. 3a pes. pl.
e) Formado por verbos antônimos no infinitivo, 
o verbo vai para o plural:
Chegar atrasado e sair cedo não são 
admitidos aqui.
 
 v. ant. inf. v. 3a pes. pl.
f) Formado por componentes do sujeito 
resumido por pronome indefinido (tudo, 
nada, ninguém), o verbo fica no singular:
os diretores, os supervisores, os funcionários, 
ninguém faltou ao evento.
 
 pron. ind. v. 3a pes. sing. 
suj.
concordância dos verbos “ser” e “parecer”
1o Caso
os verbos ser e parecer geralmente concordam 
com elementos no plural mais próximo.
Agora	são	dez	horas.
Duas	garrafas	de	vinho	são	a	parte	que	me	cabe	
na	aposta.
Aquilo	parecem	estrelas,	mas	são	planetas.
Se, porém, o sujeito for pessoa, o verbo com ele 
concordará.
No	circo,	o	palhaço	é	as	delícias	da	garotada.
2o Caso
o verbo ser fica obrigatoriamente no singular 
quando se deseja fazer prevalecer a importância 
do sujeito sobre a do predicativo.
Justiça	é	tudo,	justiça	é	as	virtudes	todas.
3o Caso
Fica no singular ainda o verbo ser quando a ele se 
seguem termos como muito, pouco, nada, tudo, 
bastante, mais, menos, bom, demais etc.
Um	é	pouco,	dois	é	bom,	três	é	demais.
4o Caso
Quando se usam pronomes pessoais retos, o 
verbo sempre com ele concorda.
O	responsável	por	isto	aqui	são	vocês.
Quando, porém, concorrem dois pronomes retos, 
ou um pronome reto e um pronome de tratamento, 
o verbo ser concorda com o primeiro.
Você	não	é	eu,	nem	eu	sou	você.
Elas	não	são	nós;	nós	não	somos	elas.
5o Caso
o verbo ser fica no singular, em qualquer hipótese, 
sempre que o predicativo é constituído pelo 
pronome demonstrativo o.
Eleições	diretas	era	o	que	o	povo	mais	queria.
6o Caso
Ainda no singular ficará o verbo ser quando o 
sujeito, no plural, for usado sem determinantes 
(artigos, pronomes adjetivos, numerais etc.),
Greves	é	próprio	de	regimes	democráticos.
Dez	 por	 cento,	 para	 ele,	 era	 uma	 comissão	
irrisória.
Questões	ecológicas	será	o	tema	do	encontro.
7o Caso
o verbo parecer pode relacionar-se de duas 
maneiras distintas com o infinitivo.
Os	dias	parecem	voar.
Os	dias	parece	voarem.
Se, porém, ao verbo parecer seguir-se infinitivo 
pronominal, somente variará o infinitivo.
As	crianças	parece	queixarem-se	do	colchão	duro.
 Concordância nominal
o fato de o artigo, o pronome, o numeral e o 
adjetivo concordarem em gênero e número com 
o substantivo a que se referem denomina-se 
concordância nominal. observe:
27Unidade 4
As duas novas corretoras mostraram-se muito 
organizadas.
 
 art. num. adj. substantivo adj.
o artigo as, o numeral duas, os adjetivos novas 
e organizadas encontram-se no gênero feminino 
e no número plural porque se referem ao 
substantivo “corretoras” (feminino-plural).
Adjetivo referindo-se a mais de um substantivo.
a) Se anteposto aos substantivos, concorda com 
o mais próximo:
A corretora possuía extraordinária competência 
e talento.
 
 
 subst. masc. 
adj. fem. subst. fem.
A corretora possuía extraordinário talento e 
competência.
 
 
 subst. fem. 
adj. masc. subst. masc.
b) Se posposto aos substantivos, há duas 
possibilidades de concordância.
– Com o mais próximo.
A corretora possuía talento e competência 
extraordinária.
 
 
 adj. fem. 
 subst. masc. subst. fem.
– Com ambos os substantivos. Se os substantivos 
forem de gêneros diferentes, prevalece o 
masculino:
A corretora demonstrava segurança e competência 
extraordinárias.
 
 
 adj. fem. pl.subst. fem. subst. fem.
A atriz demonstrava estilo e talento extraordinários.
 
 subst. masc. subst. masc. adj. masc. pl.
A atriz demonstrava talento e segurança 
extraordinários.
 
 
adj. masc. pl. 
 subst. masc. subst. fem.
Se o adjetivo funcionar como predicativo do sujeito 
composto, há duas possibilidades.
a) Se posposto aos substantivos, vai para o plural:
Sua competência e seu talento eram extraordinários.
 
 sujeito composto (2 subst.) adj. pl. masc.
b) Se anteposto aos substantivos, poderá ir para 
o plural ou concordar com o mais próximo:
Eram extraordinários seu talento e sua competência.
 
 adj. pl. masc. suj. comp. (2 subst.)
Era extraordinária sua competência e seu talento.
 
 adj. sing. fem. subst. fem. subst. masc.
Dois ou mais adjetivos referindo-se a um único 
substantivo.
a) Se se coloca artigo antes dos demais adjetivos, 
subentende-se o substantivo, que permanece 
no singular:
o governo alemão, o italiano e o francês assinaram 
o acordo. 
art. subst. sing. adj. sing. adj. sing. adj. sing.
b) Se o substantivo vai para o plural, omite-se o 
artigo antes dos adjetivos:
os governos alemão, italiano e francês assinaram 
o acordo. 
 subst. pl. adj. sing. adj. sing. adj. sing.
casos particulares
1. Anexo, obrigado, mesmo, incluso, quite, 
leso devem concordar com o substantivo a 
que se referem:
a) Seguem anexas as declarações de renda dos 
sócios da firma.
 
 adj. fem. pl. subst. fem. pl.
Seguem, em anexo, as declarações dos diretores.
Segue, em anexo, a ficha do funcionário.
Nota – A expressão em anexo é invariável.
28Unidade 4
b) Muito obrigada, disse a secretária; obrigado, 
digo eu, respondeu o diretor.
 
 
 
 
 
 adj. fem.
 
subst. fem. adj. masc.
 subst. masc.
c) Elas mesmas resolveram a questão.
 
 pron. subst. fem. adj. fem.
d) A hospedagem e a alimentação estão inclusas 
no preço. 
 subst. fem. subs. fem. adj. fem.
e) os filhos estão quites com o serviço militar.
 
 subst. pl. adj. pl.
f) o filho estava quite com o serviço militar.
 
 subst. sing. adj. sing.
2. Alerta, menos são invariáveis:
os diretores estavam alerta à variação do câmbio.
 
 subst. masc. pl. invariável
Aquele banco tem menos tarifas do que os outros.
 
 invariável subst. fem. pl.
3. Bastante, caro, barato, meio, longe
Como advérbios são invariáveis; como adjetivos, 
pronomes adjetivos ou numeral (meio) concordam 
com o substantivo.
a) Essas situações são bastante complicadas.
 
 adv.
b) isto ocorreu bastantes vezes na empresa.
 
 pron. adj. pl. subst. pl.
c) Aquelas ações custam caro.
 
 adv.
d) As roupas daquela loja estão caras.
 
 subst. fem. pl. adj. fem. pl.
e) os pincéis custam barato.
 
 adv.
f) As locações estão mais baratas.
 
 subst. fem. pl. adj. fem. pl.
g) os diretores estão meio desconfiados da 
surpresa. 
 adv.
h) É meio-dia e meia (meia hora).
 
 numeral
i) A firma fica longe do centro da cidade.
 
 adv.
j) Nosso diretor já viajou por longes terras.
 
 adj. pl. subst. pl.
4. É proibido, é necessário, é bom, é preciso
a) Sujeito não antecipado de artigo, o verbo e o 
adjetivo ficam invariáveis:
 É proibido entrada.
 Fruta é bom para saúde.
 Cautela é necessário.
b) Sujeito determinado por artigo, pronome, 
adjetivo, o verbo e o adjetivo concordam com 
ele:
 A entrada é proibida ao público.
 
 suj. v. adj. fem. sing.
 (art.+subst. fem. sing.)
 Esta fruta é boa para a saúde.
 
 sujeito v. adj. fem. sing.
 (pron.+subst. fem. sing.)
 As novas regras são necessárias ao bom 
funcionamento da empresa.
 
 sujeito adj. fem. pl.
 (art.+adj.+subst. fem. pl.)
29Unidade 4
5. O mais… possível / os mais… possíveis
 Nessas expressões, o adjetivo “possível” 
concorda com o artigo que os inicia:
 Esses argumentos são o mais elementares 
possível.
 
 
 adj. sing.
 
 art. sing.
 Esses argumentos são os mais elementares 
possíveis.
 
 adj. pl. art. pl.
6. Só, sós, a sós
“Só” como adjetivo concorda em número com 
o substantivo; como advérbio (= apenas) é 
invariável; a expressão “a sós” é invariável.
 o corretor ficou só no recinto.
 
 subst. sing. adj. sing.
 os dois corretores ficaram sós no recinto.
 
 subst. pl. adj. pl.
 Só eles permaneceram no recinto.
 
 adv. (apenas)
 Estamos a sós, pode falar a verdade.
 
 adv.
regência
Denomina-se regência a relação de dependência 
que se estabelece entre dois termos numa 
oração. os termos que exigem a presença de 
outros denominam-se regentes e aqueles que 
completam-lhes os sentidos, regidos.
Regência verbal ocorre quando o termo regente 
é um verbo.
Necessita de sua ajuda.
 
v. regente termo regido
Regência nominal ocorre quando o termo 
regente é um nome (substantivo, adjetivo ou 
advérbio). observe:
Ele tem medo de escuro.
 
 subst. rgte. termo reg.
 Regência Verbal
ASPirAr
• Transitivo direto quando significa sorver, tragar, 
inspirar, exige objeto direto.
 Elas aspiraram o perfume das flores.
 
 V.T.D o. D.
• Transitivo indireto quando significa pretender, 
desejar, almejar. o objeto indireto não pode ser 
substituído por lhe/lhes e, sim, por a ele, a ela, 
a eles.
 o supervisor aspira ao cargo de diretor 
executivo. 
 V.T.i. o. i.
ASSiSTir
• Transitivo direto quando significa ajudar, prestar 
assistência, socorrer.
 o médico assistia o paciente.
 
 V.T. o. D.
• Transitivo indireto quando significa ver, 
presenciar, estar presente. o objeto indireto 
não admite pronome lhe/lhes e, sim, a ele, a 
ela, a eles.
 os funcionários assistiram ao filme sobre 
segurança no trabalho. 
 V.T.i.o. i.
• Transitivo indireto quando significa caber, 
perceber. o objeto indireto admite o pronome 
lhe(s).
 Assistia-lhe o direito a ocupar aquele cargo.
 
 V.T.i. o. i.
30Unidade 4
•	 Intransitivo	 quando	 significa	morar,	 residir,	
habitar, seguido de adjunto adverbial de lugar.
 o papa assiste no Vaticano.
 
 V.i. adj. adverbial
ESQuECEr E LEMBrAr
•	 Transitivo	direto
 Eles esqueceram os livros em casa.
 
 V.T.D. o. D.
 Vocês lembraram a data do concurso?
 
 V.T.D. o. D.
•	 Pronominal	+	preposição	de (ou contração) + 
objeto indireto
 Eles se esqueceram dos compromissos.
 
 pron. V.T.i. prep. o. i.
 Lembre-se do aviso.
 
 V.T.i. pron. prep. o. i.
•	 Verbo	 transitivo	 indireto	+	objeto	 indireto	+	
sujeito, significando cair no esquecimento 
(esquecer) e ocorrer, vir à memória (lembrar).
 Esqueceram-lhe os compromissos.
 
 V.T.i o. i. sujeito
 Lembraram-me as datas do evento.
 
 V.T.i. o. i. sujeito
iMPLiCAr
•	 Transitivo	 direto	 quando	 significa	 acarretar,	
causar.
 Este novo contrato implica aumento das 
atividades. 
 V.T.D. o. D.
iNForMAr
•	 Transitivo	direto	e	indireto
 objeto direto – pessoa; objeto indireto – fato 
mencionado.
 informar o diretor de sua decisão.
 
 V.T.D.i. o.D. o.i.
 objeto indireto – pessoa; objeto direto – fato 
mencionado.
 informou ao diretor a sua decisão.
 
 V.T.D.i. o.i. o.D.
ProCEDEr
•	 Intransitivo	quando	significa	 ter	 fundamento,	
portar-se, provir de.
 os argumentos dos grevistas não procedem.
 
 suj. V.T.i.
•	 Transitivo	indireto	quando	significa	realizar,	dar	
início a.
 o governo deve proceder aos ajustes fiscais.
 
 V.T. i. o.i.
ViSAr
•	 Transitivo	 direto	 quando	 significa	 dar	 visto	 e	
mirar.
 o gerente visou o cheque.
 
 V.T.D. o.D. 
 o arqueiro visou o alvo.
 
 V.T.D. o.D. 
•	 Transitivo	indireto	quando	significa	pretender,	
ter em vista, ter por objetivo.
 As ações governamentais visam ao bem 
comum. 
 V.T.i. o.i.
 Esses objetivos visam à melhoria das ações.
 
 V.T.i. o.i.
Nota – Em ações iniciadas por pronomes 
relativos, pronomes interrogativos ou advérbios 
interrogativos, a preposição regida pelo verbo deve 
preceder essas palavras:
31Unidade 4
 A que cargo você aspira?
 
 prep. pron. inter.
 De quem você se esqueceu?
 
 prep. pron. inter.
o objetivo a que visa o projeto é conhecido por 
todos. 
 prep. pron. relativo
 Regência Nominal
Alguns nomes podem apresentar dificuldades 
de regência, em geral aqueles que admitem 
mais de uma preposição. relacionaremos 
alguns, principalmente os mais usados em 
correspondências.
•	 ADAPTADO	–	A,	PARA
 Todo manual deve ser adaptado às novas 
tecnologias.
 o livro foi adaptado para o teatro.
•	 ALHEIO	–	A
 A polícia permanecia alheia aos manifestantes.
•	 ALUSÃO	–	A
 Esse texto é uma alusão aos avanços 
tecnológicos e à engenharia genética.
•	 ANALOGIA	–	COM,	ENTRE
 os rituais do candomblé estabelecem analogia 
com os da igreja católica.
 É evidente a analogia entre o filme e o 
acontecimento real.
•	 APTO	–	A,	PARA
 o candidato encontra-se apto ao cargo de 
supervisor.
 A secretária mostra-se apta para realizar as 
tarefas solicitadas.
•	 CONSTITUÍDO	–	DE,	POR
 o aparelho é constituído de material sintético.
 A diretoria é constituída por sócios fundadores.
•	 IMBUÍDO	–	DE,	EM
 os competidores estavam imbuídos de espírito 
esportivo.
 imbuído em preceitos legais, o advogado 
obteve a liberdade do réu.
•	 PASSÍVEL	–	DE
 Todo ser humano é passível de falhas.
•	 PROPENSO	–	A,	PARA
 o diretor mostra-se propenso a conceder o 
aumento.
 É um político propenso para grandes causas.
•	 VINCULADO	–	A
 Sua empresa é vinculada ao SPC?
emPrego da craSe
A realização da crase é um caso de regência. 
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. o 
grafema que representa a crase é o acento grave. 
A crase ocorre quando o verbo e os nomes 
(substantivo, adjetivo, advérbio) regem a 
preposição a e o termo regido exige a presença 
do artigo a (feminino).
o diretor entregou à secretária os documentos 
para arquivar.
No período citado, o verbo entregar rege a 
preposição a e o substantivo secretária exige o 
artigo a:
o diretor entregou a a secretária os documentos 
para arquivar. 
 prep. artigo
o diretor entregou à secretária os documentos 
para arquivar.
•	 A	crase	ocorre	também	nos	seguintes	casos.
32Unidade 4
1. Com preposição seguida dos pronomes 
demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
 o diretor manteve-se indiferente àquele 
tumulto. 
 a(prep.) + aquele(pron. dem.)
2. Com preposição seguida dos pronomes 
demonstrativos a, as:
 Sua filosofia de vida é semelhante à dos novos 
dirigentes. 
 a(prep.) + a(pron. dem.)
3. Diante de expressões femininas que admitem 
o artigo a.
A secretária usa sapatos à Luís xV.
Nesse caso, subentende-se a expressão 
feminina “à moda de Luís xV”.
4. Diante de locuções femininas (adverbiais, 
prepositivas e conjuntivas):
a) locuções adverbiais
 À tarde, as secretárias prepararam a sala 
para a reunião do dia seguinte.
 As transações comerciais foram realizadas 
às claras.
b) locuções prepositivas (a + palavra feminina 
+ de)
 A nossa firma comprou a do concorrente 
que estava à beira da falência.
c) locuções conjuntivas
 À medida que os participantes chegavam, 
recebiam o crachá de identificação.
Não há crase nos seguintes casos.
1. Antes de masculino:
Saíram a passeio.
referem-se a ele.
2. Antes dos pronomes demonstrativos – esta, 
essa, este, esse, isto, isso:
Que falta a esta folha?
Já vi outra igual a esta.
3. Antes de verbo:
Saíram a resmungar.
Alguém esteve a comentar seu gesto.
4. Antes de pronome indefinido:
Vou apresentá-lo a uma atriz.
Deu a cada criança dois presentes.
Notas – Quando uma é numeral, o a que o 
antecede recebe o sinal da crase:
Chegaram à uma hora da tarde, não às duas.
Também o a é craseado na locução à uma 
correspondente a “à uma só vez”. 
gritaram à uma: basta!
responderam à uma: sim!
5. Antes de pronome pessoal:
 Negaram pousada a ela.
 isso cabe a você, não a mim.
6. Antes das formas de tratamento – Vossa 
Senhoria (V. S.a), Vossa Excelência (V. Ex.a), 
Sua Senhoria (S. S.a), Sua Excelência (S. Ex.a), 
Vossa Eminência (V. Em.a) etc.:
remeto a V. S.a cópias do contrato.
Apresentamos a V. Ex.a o novo projeto.
7. Antes de plural indeterminado:
Não dê esmola a crianças.
Ele não responde a injúrias.
Nota – Se aparecer o artigo as, escrevemos às 
(com acento grave) para

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