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CA TESTÍCULO. 1. INTRODUÇÃO. · É o tumor solido que mais acomete pacientes de 15 a 45 anos. · O CA testículo tem baixa mortalidade. 2. FISIOPATOLOGIA. Tumores de células germinativas: · Seminomatosos: 45 a 50% dos TCG. Pode ser clássico, anaplásico e espermatocitico. · Não seminomatosos: 55% dos TCG. Pode ser Carcinoma embrionário, Teratocarcinoma, Teratoma, coriocarcinoma. 3. ETIOLOGIA. · A etiologia da maioria dos tumores não é bem conhecida. · Criptorquidia: testículo fora da bolsa escrotal. As crianças até 1 ano devem ter o testículo na bolsa. O testículo fora da bolsa atrofia e pode causar CA testículo. · Fator genético. · Fatores de risco: História de criptorquidia, história familiar de CA testículo em parentes de 1º grau, tumor contralateral, infertilidade e neoplasia intraepitelial. 4. APRESENTAÇÃO CLÍNICA. · Massa sólida intra-testicular · Indolor · Aumento súbito do testículo. · Endurecido. · O diagnóstico diferencial é de orquiepididimite e torção testicular, no entanto, esses apresentam dor e febre na epididimite. Outros diagnósticos diferenciais são a hérnia, que é redutível, e a hidrocele (está endurecido, mas ao colocar luz é transparente). · Exame físico de ambos os testículos. 5. DIAGNÓSTICO. US testicular: · A US escrotal não precisa doppler, apenas se há suspeita de torção de testículo. · Ultrassonografia testicular: avalia o tipo de lesão. · Seminomas são lesões hipoecóicas bem definidas, sem áreas císticas. · Não- seminomatosos são lesões hiperecóicas não homogêneas com calcificações, áreas císticas, e margens comprometidas. · Microcalcificações e microlitíases testiculares estão associados ao carcinoma in situ e as neoplasias testiculares. · As imagens de US mostram testículo direito com microcalcificações e testículo esquerdo com massa. Marcadores tumorais: · AFP e/ou BHCG estão elevados em torno de 80 a 85% dos tumores germinativos não seminomatosos. Mais usados para diagnóstico. · O DHL é importante na doença metastática e tem valor prognóstico. · Nos tumores germinativos seminomatosos encontramos elevação somente do BHCG. Se houver elevação do AFP em seminomas a associação com NSGCTs deve ser considerada. · Alfafetoproteina: A secreção é restrita a tumores não seminomatosos. No adulto a concentração de referência é de <10 ng/ml. A vida média no sangue é de 4-5 dias. As concentrações acima de 10.000 m UI/ml são vistas exclusivamente em tumores de células germinativas e carcinoma hepatocelular. Pode estar elevada em pacientes com disfunção hepática, hepatite, cirrose e abuso de drogas ou álcool. · BCHG: O aumento dos níveis de beta-HCG pode ser encontrado em qualquer tumor seminomatoso ou não–seminomatoso. A vida média é de 18-36 horas. Altos níveis de beta-HCG podem apresentar dor nos mamilos ou ginecomastia Concentrações acima de 10.000mUI/ml são exclusivas de tumor de células germinativas. Resultados falso positivos podem resultar do uso de maconha (Canabis Sativa) · Desidrogenase lática: Aumento dos níveis refletem a carga tumoral, a taxa de crescimento e a proliferação celular. Níveis elevados em 30 a 80% dos pacientes com seminoma puro e 60% dos pacientes com tumores não- seminomatoso. DHL não é um indicador sensível ou específico de recorrência de doença e, portanto, não é um marcador sorológico útil no pós-tratamento. 6. ESTADIAMENTO. · Após realizar o diagnóstico com US e marcadores tumorais, fazer o estadiamento. · Quando o raio X está alterado, fazer a TC de tórax. 7. TRATAMENTO. Seminomas: · Orquiectomia radical: tratamento do tumor primário do testículo. · Incisão inguinal com ligadura alta do cordão. · Não faz incisão escrotal. · Metástases microscópicas em linfonodos retroperitoniais estão presentes em 15-20% dos estádio I. · Tratamento adjuvante quando tumor>4cm e invasão da rede testis (recorrência de 32%) por ser fator de risco independente. · Não esquecer da criopreservação do esperma. Vigilância ativa: · História e exame físico · AFP e beta-HCG cada 3 meses no primeiro ano, cada 6 meses até 5anos e após 1x por ano. · TC de abdômen e da pelve e RX tórax é recomendada a cada 6 meses. Quimioterapia e radioterapia: · A quimioterapia adjuvante com dois cursos de bleomicina, etoposide e cisplatina (BEP) ou carboplatina como agente único tem sido descrito como opção de tratamento em pacientes com estádio I, com 95% de resposta. · Os seminomas puros são bastante radiossensíveis. · A radioterapia representa a principal forma de tratamento dos linfonodos retroperitoniais nos casos de estádio I. Linfadenectomia retroperitonial primária: · Não é usado rotineiramente. · Fica restrita a doença metastática. · Deve ser realizada na ausência de resposta satisfatória à quimioterapia ou presença de massa residual >3 cm. Não seminomatosos: · Orquiectomia radical – tratamento do tumor primário do testículo. · Incisão inguinal com ligadura alta do cordão. · Não fazer incisão escrotal. · Tratamento por estádios. Não seminoma estagio I: · Observação vigilante (recidiva de 30%), linfadenectomia retroperitonial ou QT. · Depende dos fatores de risco: invasão vascular ou linfática na peça da orquiectomia, presença de >50% de carcinoma embrionário na peça, taxa de proliferação > de 70%. Não seminoma estagio II: · Tratamento da doença linfonodal de pequeno volume com linfadenectomia ou quimioterapia dependerá: Extensão da doença, presença ou ausência de dor lombar · QT com BEP 3 ciclos pois geralmente existe doença sistêmica e a taxa de cura esperada é de 98%. Exame: US escrotal Exames laboratoriais: marcadores tumorais Marcadores tumorais, como BHCG, alfafetoproteína, desidrogenase lática Raio X tórax: Procurar metástases pulmonares Tomografia helicoidal de abdome e pelve: Procurar linfonodos No momento do diagnóstico, a proporção de pacientes com o estádio I,II e III da doença é de 85%, 10% e 5% Taxa de recidiva em 5 anos é de 12%, 16% e 32% em pacientes sem fator de risco. Tumores seminomatosos apresentam comportamento biológico menos agressivo e são sensíveis ao tratamento adjuvante. Após a orquiectomia pode-se indicar a vigilância ativa, radioterapia retroperitonial ou quimioterapia. Os tumores podem ser classificados em 3 categorias: Tumores de células germinativas(TCG): São 95% dos tumores. Seminomas e não seminomas Tumores estromais gonadais Tumores estromais mistos não específicos
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