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Casos Concretos 1_Trabalho II

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DIREITO DO TRABALHO II – CCJ0234 
Título 
Caso Concreto 1 
 
Descrição 
 
CASO CONCRETO: CESPE (ADAPTADO À REFORMA TRABALHISTA) 
 
Considere a situação hipotética na qual um obreiro com vínculo laboral de dez meses 
percebeu o piso remuneratório legal. Referido obreiro tinha jornada semanal de vinte e 
uma horas, com intervalo legal para tal jornada, e folga aos finais de semana. Acerca do 
exposto e de acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o 
Tribunal Superior do Trabalho (TST), julgue os itens subsecutivos. 
 
Independentemente da quantidade de horas laboradas na semana, o obreiro terá direito a 
trinta dias de férias após doze meses de labor. 
 
Resposta: 
 
Se este obreiro laborasse por doze meses, de fato teria direito a 30 
dias de férias, caso não houvesse faltado ao serviço por mais de cinco 
vezes, nos termos do artigo 130 da CLT: 
 
Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de 
trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais 
de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 
(quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 
(vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 
32 (trinta e duas) faltas. 
 
O obreiro em questão trabalha em tempo parcial, que nos termos do artigo 
58 da CLT: 
 
Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja 
duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de 
horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não 
exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de 
acréscimo de até seis horas suplementares semanais. 
 
Para esses empregados a tempo parcial, até a reforma trabalhista, a CLT 
 
 
DIREITO DO TRABALHO II – CCJ0234 
previa regra diferenciada quanto à duração das férias, havendo períodos 
distintos de acordo com a carga horária deles. 
Após a reforma trabalhista, foi revogado o art. 130-A da CLT, de modo que 
a duração das férias dos empregados a tempo parcial segue a mesma regra dos 
demais empregados celetistas: 
 
CLT, art. 58-A, § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas 
pelo disposto no art. 130 desta Consolidação [mesmas regras do 
trabalhador em regime normal]. 
 
 
QUESTAO OBJETIVA: CESPE 
 
Acerca das férias, assinale a opção correta. 
 
a) A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno deve ser calculada 
com base no salário-base devido ao empregado na época da reclamação, ou, se for o caso, 
na época da extinção do contrato. 
 
b) O abono de férias, instituto que equivale ao terço constitucional de férias, é direito 
irrenunciável pelo empregado e independe de concordância do empregador. 
 
c) Por serem do empregador os riscos do empreendimento, ocorrendo rescisão do 
contrato de trabalho por falência do empregador, são devidas ao empregado férias 
proporcionais, ainda que tenha trabalhado na empresa menos de um ano. 
 
d) As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para 
efeito de duração de férias; para o cálculo da gratificação natalina, sim. 
 
e) O empregado perde o direito a férias caso goze de licença não remunerada por período 
de até trinta dias. 
 
Resposta: Letra C

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