Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Auditoria das Demonstrações Contábeis 1ª edição 2018 Auditoria das Demonstrações Contábeis 6 3 Unidade 6 Programas de auditoria: ativo, passivo e patrimônio líquido Para iniciar seus estudos Você está iniciando o estudo da sexta unidade da disciplina Auditoria das Demonstrações Contábeis. Nela, aprenderemos um pouco mais sobre os programas de auditoria, conhecendo o que são, quais seus objetivos, sua importância e como são aplicados sobre as contas patrimoniais, que constituem os grupos do ativo, passivo e patrimônio líquido. Vamos lá? Objetivos de Aprendizagem • Conhecer os programas de auditoria relativos ao ativo, ao passivo e ao patrimônio líquido. 4 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... 6.1 Programas de auditoria O programa de auditoria é uma ferramenta na qual são apresentados todos os passos a serem seguidos em uma auditoria e direcionados a um fim específico. Ele deve apresentar todas as informações disponíveis e necessárias para o desenvolvimento dos trabalhos e pode, ao decorrer da auditoria, ser complementado caso o auditor ou a equipe de trabalho percebam essa necessidade. Assim, deve conter, principalmente: • objetivos da realização da auditoria na área específica (por exemplo, o objetivo da realização da auditoria nas contas do ativo); • a extensão e profundidade da auditoria; • quais as áreas de controles internos da empresa que precisam ser revisadas; • os procedimentos que serão adotados; • o tempo que levará a auditoria da área específica; • a equipe de trabalho designada para os trabalhos. Os procedimentos de auditoria são técnicas utilizadas pela auditoria para obter evidências adequadas para fundamentar sua opinião. Eles são: inspeção, observação, confirmação externa, recálculo, re-execução, indagação e procedimentos analíticos (CONSELHO FEDE- RAL DE CONTABILIDADE, 2016b). Glossário O programa deve estar de acordo com o que foi estabelecido no planejamento de auditoria e, para ser elaborado, deverá levar em conta o objetivo da auditoria e as características da empresa que está sendo auditada. A auditoria independente tem seus esforços orientados para a verificação das demonstrações contábeis. Por- tanto, nesta unidade, nosso foco está na elaboração de programas para uma demonstração contábil bem espe- cífica: o balanço patrimonial (Quadro 6.1). Quadro 6.1: Modelo de balanço patrimonial ATIVO PASSIVO Ativo circulante Ativo não circulante Passivo circulante Passivo não circulante Patrimônio líquido TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO Fonte: Elaborado pela autora (2018). 5 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem por objetivo apresentar a posição financeira e patrimonial de uma empresa em um dado período. Para tanto, elenca os recursos e compromissos da empresa por meio de três elementos básicos: ativo, passivo e patrimônio líquido (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2009). A seguir, vamos explorar os programas de auditoria do ativo, do passivo e do patrimônio líquido, que são os gru- pos representativos dessa demonstração. 6.2 Programas de auditoria para as contas do ativo Um ativo é todo recurso controlado pela entidade, que tenha sido resultado de um evento passado e sobre o qual se esperam benefícios econômicos futuros para a entidade (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2011). Dinheiros em espécie, produtos para revenda, veículos, materiais etc. são exemplos de itens que perten- cem ao ativo de uma empresa. Os programas de auditoria para as contas do ativo buscam verificar: • se os controles internos da empresa são satisfatórios quanto aos itens desse grupo; • se o bem, de fato, existe materialmente, em qual quantidade e qual a sua mensuração adequada; • a propriedade e as autorizações de manipulação do bem. O escopo desse tipo de programa reside nas contas que têm maior risco de distorção relevante de acordo com a atividade prestada pela empresa e na avaliação que a auditoria realizou sobre o sistema de controle interno. Distorção relevante é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de um item apresentado em comparação ao exigido normativamente e que tem impacto na situação econômico-financeira da empresa. Ela pode originar-se de erro ou fraude (CONSE- LHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2016a). Glossário Como sabemos, o ativo é composto por diferentes grupos de contas. No Quadro 6.2, estão elencadas algumas, as quais, habitualmente, estão presentes na maioria das empresas, sendo elas: disponibilidades, contas a receber e suas consequentes estimativas de não recebimento, estoques, contas a receber a longo prazo, investimentos, ativos imobilizados e suas respectivas depreciações e ativos intangíveis. 6 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Quadro 6.2: Ativo ATIVO Ativo circulante Disponibilidades Contas a receber (-) Perdas estimadas Estoques Ativo não circulante Realizável a longo prazo Investimentos Imobilizado (-) Depreciações Intangível TOTAL DO ATIVO Fonte: Elaborado pela autora (2018). Dentre todas essas contas especificadas, a que possui maior risco de distorção relevante é a conta disponibilida- des. Vamos descobrir o porquê? As disponibilidades constituem: “[…] dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas opera- ções da empresa e para os quais não haja restrição para uso imediato” (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2009, p. 49). Ou seja, são todos aqueles recursos disponíveis no momento. Por terem essa característica de disponibilidade, no entanto, é que se tornam os ativos com maior risco de desacordo com a realidade, seja por fraude, seja por erro. Sendo esta a conta com maior risco de distorção, o programa de auditoria das disponibilidades deve ser plane- jado cautelosamente, utilizando o auditor de todo seu conhecimento técnico e científico para empregar proce- dimentos adequados que tenham extensão o suficiente para cobrir todos os registros. Vamos verificar o que seria contemplado em um programa de auditoria de disponibilidades? 7 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Quadro 6.3: Modelo de programa de auditoria de disponibildades PROGRAMA DE AUDITORIA DE DISPONIBILIDADES Item verificado Disponibilidades. Objetivo da auditoria Verificar se os valores evidenciados no balanço patrimonial e na demonstração dos fluxos de caixa espelham com fidedignidade os valores transacionados pela empresa no período. Extensão Controles internos, conciliações, confirmações diretas, operações incomuns, contagem de valores, exame posterior, operações subsequentes, “corte” na data da contagem, numerário de pessoal interno e saldos contábeis. Profundidade Todas as transações realizadas. Controles internos a revisar Rotinas dos setores financeiro, administrativo e contábil. Procedimentos adotados Observação, indagação, confirmação externa, recálculo e procedimentos analíticos. Tempo de auditoria Três meses. Equipe designada Quatro auditores com qualificação técnica e experiência com indústrias do agronegócio, que é a área de atuação da empresa. Fonte: Elaborado pela autora (2018). O modelo evidenciado no Quadro 6.3 deverá ser atualizado com anotações referentes a quem executou as tare- fas e quando foram realizadas, além de outros registros importantes do auditor. Entretanto, o importante a ser analisado no Quadro 6.3 é a estrutura que deve ter um programa de auditoria. A extensão da auditoria apresentada baseou-se nas orientações de Franco e Marra (2001), que destacam aqueles como os principais aspectos que devem ser evidenciados em um programa de auditoria das dispo- nibilidades. A seguir, vamos compreender no que consistem essas verificaçõese quais são os procedimentos indicados para uma delas. • Controles internos: se os controles internos estiverem sendo aplicados corretamente, as chances de erros ou fraudes são menores. Portanto, a verificação dos controles internos é o primeiro passo a ser evi- denciado em um programa de auditoria. São exemplos de procedimentos utilizados em verificações de controles internos a observação e a indagação. • Conciliações: as conciliações consistem na validação da composição do saldo de cada uma das contas de disponibilidade evidenciadas no balanço patrimonial. O procedimento mais frequentemente utilizado pelos auditores para realização de conciliações é o recálculo. • Confirmações diretas: o auditor deve aplicar o procedimento de confirmação externa a fim de verificar se os registros de disponibilidades são evidenciados nas contas, por exemplo, bancárias da empresa. 8 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... • Operações incomuns: observação das operações incomuns são aquelas que se distanciam das rotinas da empresa. Por exemplo: o auditor está realizando uma auditoria em uma indústria do agronegócio, mas observa uma grande movimentação em investimentos em maquinário comercial – situação não observada em outros momentos. Ele deve concentrar seus olhares sobre essas operações a fim de verificar se estão adequadas. Trouxemos um exemplo de uma agroindústria, mostrando um tipo de operação que seria, habitualmente, incomum em uma empresa desse tipo. Você saberia identificar outras ope- rações incomuns em uma agroindústria? E em outros tipos de empresa? • Contagem dos valores: este trabalho consiste na contagem, sem aviso prévio, dos valores existentes em caixa em uma data próxima ao encerramento do exercício e da publicação das demonstrações. Franco e Marra (2001) orientam que, quando houver mais de um caixa, o programa deve prever a contagem dos valores em momento simultâneo a fim de que não sejam possíveis quaisquer manipulações oriundas de informações sobre o procedimento realizado. Os procedimentos analíticos e de re-execução são os prin- cipais adotados pelos auditores para a contagem dos valores. • Exame posterior: consiste na verificação das rotinas da empresa imediatamente após a realização das contagens dos valores. Geralmente, utiliza-se a observação e até alguns procedimentos analíticos para realização do exame posterior. • Operações subsequentes: logo após a contagem dos valores, deve ser realizada a análise das operações subsequentes da empresa, que dizem respeito à conferência dos extratos bancários em período subse- quente próximo ao da realização da contagem dos valores. Esse tipo de estratégia permite que o auditor verifique “[…] quaisquer evidências que possam ter influenciado, ou distorcido, a contagem e verificação de valores” (FRANCO; MARRA, 2001, p. 377). • “Corte” na data da contagem: é uma estratégia que tem o intuito de abordar somente aquilo que diz respeito à auditoria, ou seja, é uma descontinuidade das operações da empresa para que sejam levanta- dos apenas os dados que se relacionam ao período que está sendo auditado. Figura 6.1: Corte na data da contagem Legenda: A figura mostra uma seta com moedas sendo sustentadas por ela, simbolizando o corte na data da contagem como estratégia prevista no programa de auditoria das disponibilidades. Fonte: Plataforma Deduca (2018). 9 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... • Numerários de pessoal interno: devem ser verificadas se as atividades da empresa estão sendo tran- sacionadas apenas com disponibilidades da empresa, observando o princípio da entidade. Caso sejam encontrados cheques ou outros numerários de pessoal interno, como, por exemplo, transações em car- tões de crédito pessoais, deve-se realizar uma análise extensiva a fim de procurar e esclarecer indícios de erros ou fraudes. O procedimento mais indicado para essa análise é a indagação. • Saldos contábeis: consiste na verificação entre disponibilidades existentes em confronto com a escritu- ração contábil (FRANCO; MARRA, 2001). Se esses dez itens forem bem executados, o programa de auditoria será capaz de averiguar se os dados evi- denciados refletem a realidade da empresa, não somente no que diz respeito ao cumprimento da legislação na efetuação dos registros, mas se tudo que está registrado há razão de registro e, mais ainda, se tudo o que deveria estar registrado foi assim feito, ou seja, há uma auditoria com extensão e profundidade adequadas para as disponibilidades. Sabemos que as contas bancárias compõem as disponibilidades; portanto, no exemplo a seguir, podemos veri- ficar a auditoria de uma conta de disponibilidades na prática. Após procedimentos de auditoria, o auditor res- ponsável pela análise das transações com o banco com o qual a Cia Alfa mantém conta corrente, realizou as seguintes anotações: • os cheques n. 15.505, 15.498 e 15.497 e o depósito de R$ 12.500, incluídos no extrato do banco e no mês de dezembro, foram localizados no razão analítico no mês de novembro; • o depósito efetuado em 03/12/20X0 no valor de R$ 8.000, referente a recebimentos de clientes (contas a receber), não foi registrado no razão analítico; • o cheque no 15.512 foi cancelado; entretanto, foi registrado indevidamente pela Cia Alfa como paga- mento de salários (conta salários a pagar); • o depósito efetuado em 31/12/20X0 no valor de R$ 13.500 foi contabilizado indevidamente no razão analítico nessa data, já que este representa recebimento de clientes (contas a receber) efetuados em janeiro de 20X1 e efetivamente depositados no banco em 05/01/20X1; • os cheques n. 15.519 e 15.521 (competência Dezembro/20X0) foram localizados no extrato bancário do mês de janeiro de 20X1; • o empréstimo de R$ 50.000 creditado pelo banco em 02/12/20X0 não foi registrado no razão analítico; • em 31/12/20X0, o banco debitou juros de $ 1.500 (referentes ao empréstimo de $ 50.000); entretanto, a Cia Alfa já os tinha provisionado na contabilidade (registrado no passivo), estando já considerado no saldo inicial do razão analítico. 10 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Observe, a seguir, o extrato bancário e a razão analítico da empresa. Tabela 6.1: Extrato bancário Data Histórico Débito Crédito Saldo 30/11/20x0 01/12/20x0 02/12/20X0 20/12/20x0 04/12/20x0 28/12/20x0 29/12/20x0 31/12/20x0 Saldo transportado Cheque n. 15.507 Cheque n. 15.508 Cheque n. 15.497 Depósito Depósito Cheque n. 15.498 Cheque n. 15.505 Empréstimo Cheque n. 15.509 Cheque n. 15.510 Depóstio Cheque n. 15.511 Depósito Depósito Cheque n. 15.513 Cheque n. 15.514 Depósito Juros Cheque n. 15.515 Cheque n. 15.516 Cheque n. 15.518 Cheque n. 15.520 2.500 3.500 3.000 1.000 6.000 4.500 4.000 2.000 5.000 5.500 1.500 1.500 2.500 6.000 6.500 15.500 12.500 50.000 8.000 15.000 13.000 13.500 138.000 135.500 132.000 129.000 144.500 157.000 156.000 150.000 200.000 195.500 191.500 199.500 197.500 212.500 225.500 220.500 215.000 228.500 227.000 225.500 223.000 217.000 210.500 Fonte: Elaborado pela autora (2018). 11 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Tabela 6.2: Razão analítico Data Histórico Débito Crédito Saldo 30/11/20x0 01/12/20x0 02/12/20X0 03/12/20x0 28/12/20x0 29/12/20x0 31/12/20x0 Saldo transportado Cheque n. 15.507 Cheque n. 15.508 Depósito Cheque n. 15.509 Cheque n. 15.510 Cheque n. 15.511 Cheque n. 15.512 Depósito Depósito Cheque n. 15.513 Cheque n. 15.514 Depósito Depósito Cheque n. 15.515 Cheque n. 15.516 Cheque n. 15.518 Cheque n. 15.519 Cheque n. 15.520 Cheque n. 15.521 15.500 15.000 13.000 13.500 14.000 2.500 3.500 4.500 4.000 2.00 1.500 5.000 5.500 1.500 2.500 6.000 6.500 7.000 7.500 140.500 138.000 134.500 150.000 145.500141.500 139.500 138.000 153.000 166.000 161.000 155.500 169.000 183.000 181.500 179.000 173.000 166.500 159.500 152.000 Fonte: Elaborada pela autora (2018). 12 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... A partir da conciliação bancária, temos: Tabela 6.3: Demonstrativo das correções N. Valor Extrato Razão Analítico Saldos em 31/12/20x0 210.500 152.000 Cheque não apresentado no extrato 15.519 6.500 Cheque não apresentado no extrato 15.521 7.500 -14.000 Depósito não registrado no razão analítico 8.000 Cheque n. 15.512 cancelado e não registrado no razão analítico 1.500 Empréstimo não registrado no razão analítico 50.000 Depósito registrado indevidamente no razão analítico -13.500 Juros não contabilizados no razão analítico -1.500 Saldos ajustados 196.500 196.500 Fonte: Elaborada pela autora (2018). Assim, a partir de um adequado programa de auditoria, foi possível que o auditor acompanhasse todas as transações relacionadas ao caixa e fosse capaz de apontar correções que foram percebidas durante o processo de auditoria. Esse foi um extensivo exemplo sobre um programa de auditoria do ativo com foco nas dis- ponibilidades. Entretanto, outras contas ativas devem ser analisadas em uma auditoria e, portanto, precisam ter programas de auditoria bem delimitados. As contas a receber e suas estimativas de perda também são focos recorrentes em programas de auditoria espe- cíficos. Isso porque, muitas vezes, as empresas utilizam-se das estimativas de recuperabilidade de valores para mascarar ou fraudar o patrimônio. As contas a receber, que podem estar ou no ativo circulante ou ativo não circulante, englobam todos os direitos que uma empresa tem a receber e que está em posse de terceiros. Algumas atividades, como o comércio, por exemplo, são mais propícias a evidenciar maiores valores com perdas estimadas com créditos de liquidação duvi- dosa; entretanto, todos os tipos e tamanhos de empresa são sujeitos a essa despesa. 13 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Outra conta que deve receber especial atenção das auditorias são os estoques. Muitas vezes, nessas contas, estão envolvidos grandes problemas da empresa. Existem muitas organizações nas quais são elaborados programas de auditoria específicos para estoques, a fim de verificar, principalmente, se os valores evidenciados nas demonstra- ções contábeis têm substância física. Para tanto, são utilizados procedimentos de inspeção física, de recálculo, e até procedimentos analíticos. Um adequado programa de auditoria específico para estoques deve evidenciar a revisão dos controles internos dessa área, pois é preciso ter a certeza de que os sistemas de autorização e aprovação de estoques e as segrega- ções de tarefas estão sendo realizados conforme previsto. O que o auditor deve observar ao planejar um programa de auditoria para as contas a receber é se o que está evi- denciado nas demonstrações corresponde às operações realizadas pela empresa e se os valores estimados para perdas estão de acordo com os limites legais e de acordo com o aplicado pela empresa em outros períodos e por demais empresas do mesmo tamanho e segmento. Vamos realizar, de forma prática, uma auditoria em contas do ativo não circulante? Utilizemos a empresa Alfa S/A como exemplo. A Alfa S/A adquiriu móveis e utensílios no valor de R$ 5.000.000, no dia 01 de julho de 20x0, para sua administração central. Esses bens têm vida útil de 10 anos. A empresa evi- denciou, em suas demonstrações, um registro, referente a 20x0, de R$ 248.000,00 de depreciação acumulada. A partir do exposto, uma auditoria organiza-se para verificar se o valor registrado a título de depreciação acumu- lada condiz com os parâmetros evidenciados pela empresa por meio de suas notas explicativas. Vamos calcular? Valor dos bens: R$ 5.000.000 Percentual de depreciação anual: 10% Para o ano de x0, a depreciação publicada pela empresa deverá ser de: a. R$ 250.000,00 b. R$ 500.000,00 c. R$ 750.000,00 d. R$ 1.000.000,00 A resposta certa é a letra “A”, R$ 250.000,00, referente aos meses de julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. 6.3 Programas de auditoria para as contas do passivo O passivo, como vimos anteriormente, é um dos grupos do balanço patrimonial. Nele, estão evidenciadas contas como fornecedores de mercadorias ou serviços, financiamentos de mercadorias ou moedas, registro de dívidas e obrigações etc. 14 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Quadro 6.4: Passivo PASSIVO Passivo circulante Fornecedores Financiamentos Salários e encargos sociais Impostos Passivo não circulante Fornecedores Financiamentos TOTAL DO PASSIVO Fonte: Elaborado pela autora (2018). De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (2011), o passivo é uma obrigação presente da enti- dade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capa- zes de gerar benefícios econômicos. Franco e Marra (2001, p. 437) relatam que o programa de auditoria para as contas do passivo “[…] compreende todo o passivo exigível da empresa, independentemente do prazo de vencimento das obrigações”. Os principais objetivos, nesse caso, consistem em analisar, em linhas gerais, a exatidão dos lançamentos realizados e a classi- ficação das contas. Além disso, busca-se verificar: • se os controles internos da empresa são satisfatórios quanto aos itens do passivo; • se há razoabilidade no registro e na avaliação da obrigação evidenciada nas demonstrações contábeis; • se todos os elementos que compõem o passivo foram registrados. Com base nisso, podem ser realizados programas específicos para contas com maior risco de distorção relevante (assim como é realizado no ativo), de acordo com a atividade prestada pela empresa e a avaliação que a auditoria realizou sobre o sistema de controle interno. No passivo, os principais problemas encontrados relacionam-se, principalmente, às subavaliações das contas, à ocultação de valores e também às classificações inadequadas entre curto e longo prazo. Curto e longo prazo são referências para classificação das contas no balanço patrimonial da empresa. As contas de curto prazo são aquelas que se encerram até o final do exercício social seguinte ao qual foram criadas, enquanto as de longo prazo são as que excedem esse prazo. Glossário 15 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... A subavaliação consiste no registro de uma obrigação com um valor inferior ao real, mascarando a situação da empresa no que diz respeito às suas dívidas. A ocultação dos valores, que corresponde ao não registro de valores que deveriam ser evidenciados, pode estar relacionada tanto a fins gerenciais (expectativa de melhor análise das contas) quanto a fiscais. Um usuário da informação contábil, ao analisar um passivo com valores subavaliados, tende a achar que a saúde financeira da empresa é melhor do que a verdadeira e pode tomar decisões de investimentos, por exemplo, moti- vado por informações erradas. A classificação de passivos que têm características de curto prazo em obrigações de longo prazo é realizada para alterar o coeficiente de liquidez da empresa, que consiste na ideia de capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações. Portanto, é necessária uma apurada verificação das contas do passivo a fim de garantir que os saldos apresentados no balanço patrimonial sejam o reflexo das obrigações da empresa naquele momento do tempo. Vamos verificar exemplos de programas de auditoria para contas do passivo? Quadro 6.5: Modelo de programa de auditoria de fornecedores PROGRAMA DE AUDITORIA DE FORNECEDORES Item verificado Fornecedores. Objetivo da auditoria Verificar se os valores evidenciados no balanço patrimonial espelham com fidedignidade os valores transacionadospela empresa com fornecedores no período. Extensão Controles internos, notas fiscais, confirmações diretas, saldos contábeis. Profundidade Amostragem. Controles internos a revisar Rotinas de compra de produtos para revenda. Rotinas de vendas de produtos, caso necessário. Procedimentos adotados Observação, indagação, confirmação externa, recálculo, inspeção e procedimentos analíticos. Tempo de auditoria Dois meses. Equipe designada Três auditores com qualificação técnica e experiência com empresas comerciais, que é a área de atuação da empresa. Fonte: Elaborado pela autora (2018). Além dessas informações apresentadas no Quadro 6.5, lembre-se que o programa deverá ser atualizado com anotações referentes a quem executou as tarefas e quando estas foram realizadas, e também outros registros importantes do auditor. A extensão da auditoria, nesse caso, seria a verificação dos controles internos, das notas fiscais entrada de produ- tos e, caso necessário, de saída de mercadorias; as confirmações diretas; e a análise dos saldos contábeis. 16 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Controles internos: vimos que a verificação dos controles internos é o primeiro passo a ser evidenciado em um programa de auditoria, pois, se eles estiverem funcionando de acordo com a previsão da gerência, as chances de erros e fraudes nas relações com fornecedores são menores. Para verificar os controles internos, pode-se utilizar procedimentos como observação e indagação. Figura 6.2: Corte na data da contagem Legenda: A figura mostra um funcionário com uma prancheta na mão em frente a um estoque de pro- dutos, simbolizando o procedimento de inspeção realizado na verificação de notas fiscais. Fonte: Plataforma Deduca (2018). • Notas fiscais de entrada: devem-se conferir as notas fiscais de entrada a fim de verificar se os valores registrados nas contas de fornecedores condizem com os valores recebidos pela empresa. Além disso, deve-se fazer a verificação dos produtos confrontando documentos fiscais com os itens em estoque. Nesse tipo de averiguação, podem ser confrontadas as contas de impostos para ver se foram recuperados e/ou recolhidos os devidos valores. Portanto, pode-se usar, para essa análise, procedimentos de inspeção recálculo, e analíticos. • Confirmações diretas: para confirmar se os valores registrados na conta fornecedores existem, o auditor aplica procedimentos de confirmação externa. • Saldos contábeis: consiste na verificação entre os produtos em estoque em confronto com o que foi escriturado no razão contábil. Outro exemplo de conta passiva sobre a qual pode ser realizado um programa específico é a conta salários a pagar. Seu objetivo reside na verificação dos valores lançados, se obedecem à legislação e se são apresentados por seus valores líquidos. A partir disso, pode ser necessária a verificação de contas e lançamentos relacionados a encargos a recolher decorrentes desses salários. A extensão desse programa pode, por exemplo, contemplar análise de saldos con- tábeis e confirmações diretas, nas quais o auditor faz procedimentos analíticos, apresentando relações entre quantidade de funcionários da empresa e os valores devidos nas contas de salários. Caso o volume de operações com fornecedores seja muito grande, é possível escolher a utilização de amostra- gem para delimitar a profundidade dos trabalhos, conforme exposto no Quadro 6.5. A equipe técnica designada para os trabalhos deve ter habilidades e competências para a utilização dessa técnica. Assim, o tempo para a auditoria é reduzido sem que a qualidade do serviço seja impactada. 17 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... É importante que você saiba que nossos estudos estão orientados com programas específicos para que você possa visualizar com bastante acuidade como os programas devem ser elaborados; entretanto, eles podem ser específicos ou um pouco mais abrangentes. Por exemplo, pode-se elaborar um programa de auditoria que pla- neje verificar todas as contas do passivo não circulante da empresa. Observe que um adequado programa de auditoria possibilita que diferentes auditores execu- tem suas funções ao mesmo tempo, proporcionando maior eficiência na prestação do serviço. 6.4 Programas de auditoria para as contas do patrimônio líquido Dado que o patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade, se deduzidos todos os seus passivos (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2011), seria imaginável que, após auditadas as contas do ativo e passivo, automaticamente ele também estaria auditado, correto? Entretanto, embora o patrimônio líquido seja definido como um valor residual, ele é composto por diferentes subclassificações, as quais precisam ser auditadas para verificar sua consonância às normas. A auditoria realizada sobre as contas do patrimônio líquido tem grande relevância, pois é possível observar os impactos patrimoniais de tudo que foi realizado na empresa durante um período. Quadro 6.6: Patrimônio líquido Patrimônio líquido Capital Social Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros Lucros retidos Total do passivo + Patrimônio líquido Fonte: Elaborado pela autora (2018). 18 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... Destaca-se que, nas empresas de capital aberto, o programa de auditoria para o patrimônio líquido precisa ser planejado de forma que verifique a adequabilidade dos saldos dispostos em dividendos distribuídos e juros sobre o capital próprio a pagar, já que os investidores têm bastante interesse nessas informações e na confiabilidade delas. Empresas de capital aberto são aquelas cujo capital social é composto por ações (frações ideais da empresa) negociadas no mercado. A B3, que é a Bolsa de Valores oficial do Brasil, é o local onde são negociadas essas ações. Glossário O principal objetivo do programa de auditoria do patrimônio líquido consiste na verificação dos registros con- tábeis em observância às disposições societárias e estatutárias. Assim, a extensão da auditoria deve contemplar desde os registros contábeis até os livros, os contratos, as atas e os demais documentos que fazem relação com o patrimônio líquido. Franco e Marra (2001) chamam atenção para os casos nos quais o capital social é integrali- zado em bens imobilizados, pois estes também devem fazer parte da extensão da auditoria. Desta forma, conforme podemos visualizar no Quadro 6.6, um programa de auditoria para o patrimônio líquido tem seu foco na verificação da aplicabilidade das leis societárias e em outras especificidades estatutárias. Como já sabemos, a profundidade da auditoria depende do volume de dados e também da relevância das informações analisadas. Tendo em vista a importância dos dados evidenciados no patrimônio líquido, um exame completo, com a verificação de todos os registros, apesar de trabalhoso, é fortemente indicado. Quadro 6.7: Modelo de programa de auditoria de patrimônio líquido PROGRAMA DE AUDITORIA DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Item verificado Patrimônio líquido. Objetivo da auditoria Verificar se os valores evidenciados no balanço patrimonial estão em consonância com as normas aplicáveis à empresa e se refletem as disposições societárias e estatutárias. Extensão Controles internos, livros societários, contrato social, integralização de capital, bens imobilizados, resultados apurados, distribuição de valores a acionistas. Profundidade Todas as transações realizadas. Controles internos a revisar Rotinas de secretariado e rotinas contábeis. Procedimentos adotados Observação, indagação, confirmação externa, recálculo, inspeção e procedimentos analíticos. 19 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... PROGRAMA DE AUDITORIA DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Tempo de auditoria Quatro meses. Equipe designada Cinco auditorescom qualificação técnica e experiência com empresas comerciais e com leis societárias e estatutárias, além das leis aplicadas à contabilidade. Fonte: Elaborado pela autora (2018). • Controles internos: para a análise dos controles internos, deve-se verificar as práticas da empresa no relacionadas aos documentos e aos registros contábeis e às práticas acionárias. • Livros societários: deve-se verificar os registros efetuados nos diferentes livros da empresa, como o livro de registo de ações ou o livro de atas. Esse tipo de análise busca averiguar se as práticas relacionadas ao patrimônio da empresa foram legalmente e societária ou estatutariamente estabelecidas, se as ações compradas e/ou vendidas foram adequadamente registradas e se foram evidenciadas pelo valor correto. Exemplos de procedimentos utilizados para essa verificação podem ser a inspeção, a indagação e proce- dimentos analíticos. • Contrato social: tal qual a análise dos livros, a verificação do contrato social busca evidenciar se as regras determinadas para a empresa estão sendo praticadas. Podem ser analisados em confronto com o con- trato social os controles internos e outras práticas. Procedimentos como observação, inspeção e indaga- ção são habitualmente utilizados para a auditoria desses documentos. Você sabia que o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) disponibiliza para seus associados um Manual para Trabalhos de Auditoria de Menor Complexidade? Esse manual tem seu foco em firmas de auditoria de pequeno e médio portes (as chamadas FAPMP). Confira mais informações em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/ detNoticia.php?cod=3620>. • Integralização de capital: é importante verificar: i) se o capital já foi totalmente integralizado; e ii) sob qual forma. Essas informações são importantes para que sejam escolhidos os procedimentos adequados para as verificações de valores, saldos e contabilizações. • Bens imobilizados: uma forma sob a qual o capital dos sócios pode ser integralizado é a entrega de bens imobilizados para a empresa. Uma auditoria focada no patrimônio líquido deve realizar procedimentos de inspeção e analíticos a fim de verificar se os itens que deveriam ser integralizados sob forma material de fato existem e se correspondem ao valor subscrito pelos sócios. • Resultados apurados: a auditoria dos resultados busca averiguar se os resultados apresentados pela empresa refletem sua realidade econômico-financeira, e se os impostos referentes a esses resultados foram devidamente apurados. Recálculo, re-execução e procedimentos analíticos são algumas das téc- nicas indicadas para esse tipo de verificação. ttp://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=3620 ttp://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=3620 20 Auditoria das Demonstrações Contábeis | Unidade 6 - Programas de auditoria: ativo, passivo... • Distribuição de valores a acionistas: esse é um dos itens de maior importância nas empresas de capital aberto, pois os sócios da empresa têm interesse em saber se os valores distribuídos a título de dividendos e juros sobre o capital próprio estão corretos e seguem as disposições legais e societárias. Assim como na auditoria dos resultados do exercício, o recálculo, a re-execução e os procedimentos analíticos são algu- mas das técnicas indicadas para esse tipo de verificação. Além de todo o exposto, vale a pena destacar que a equipe designada para os trabalhos deve ter conhecimento com relação às leis contábeis, leis societárias e outras especificidades estatutárias e, caso não tenha, é preciso buscar auxílio técnico de especialistas. Conclui-se, assim, que um programa de auditoria do patrimônio líquido, quando bem elaborado, é capaz de esclarecer para os sócios a situação financeira da empresa e sua composição de capital. 21 Considerações finais Nesta sexta unidade, estudamos os programas de auditoria relativos às contas patrimoniais, isto é, programas de auditoria do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. Vamos retomar os principais pontos estudados até aqui? • Um programa de auditoria é um instrumento no qual são apre- sentados todos os passos a serem seguidos em uma auditoria e direcionados a um fim específico. • Para atingir seu propósito, um programa deve conter: os objetivos da realização da auditoria na área específica; a extensão e profun- didade da auditoria; a especificação de quais áreas de controles internos da empresa precisam ser revisadas; quais os procedimen- tos que serão adotados; qual o cronograma previsto e a equipe de trabalho que será responsável pela auditoria. • Os programas de auditoria geralmente têm um foco mais espe- cífico que o planejamento e, portanto, são direcionados às áreas próprias de uma empresa. • No ativo, os programas de auditoria buscam verificar se os con- troles internos da empresa são satisfatórios e abrangem os itens ativos da empresa; se os bens evidenciados nas demonstrações existem, estão em condições adequadas para uso e qual a quanti- dade e valor desses bens. • No passivo, por sua vez, um programa deve ser elaborado para que a auditoria seja capaz de confirmar ou não se as obrigações publi- cadas pela empresa correspondem ao passivo real da empresa. • Com um adequado programa de auditoria do patrimônio líquido, o auditor é capaz de esclarecer aos sócios a composição do capital da empresa, verificando se foram aplicadas as disposições e regu- lamentações previstas em todos os registros contábeis. • O foco dos programas de auditoria do ativo, passivo e patrimônio líquido é direcionado às contas que têm maior risco de distorção relevante de acordo com a atividade prestada pela empresa e com a avaliação que a auditoria realizou sobre o sistema de controle interno. Referências 22 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Finan- ceiro. Brasília, DF, 2011. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/ Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80>. Acesso em: 17 maio 2018. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Con- tabilidade Técnica de Auditoria n. 200 – R1 de 2016 – Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 set. 2016a. Disponível em: <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre. aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1)>. Acesso em: 17 maio 2018. ______. Norma Brasileira de Contabilidade Técnica de Auditoria n. 500 – R1 de 2016 – Evidência de auditoria. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 set. 2016b. Disponível em: <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/deta- lhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA500(R1)>. Acesso em: 17 maio 2018. FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 2001. IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; GELBCKE, E. R. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2009. http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80 http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80 http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1) http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA200(R1) http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA500(R1) http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA500(R1)
Compartilhar