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Clínica de Grandes Animais – Bovinos Distocias em Vacas o Introdução – Parto: ▪ Fisiológico: PROCESSO FISIOLÓGICO PELO QUAL O ÚTERO PRENHE ELIMINA O FETO E SEUS ENVOLTÓRIOS DO ORGANISMO MATERNO. ▪ Distócico: Quando o animal necessita de uma interferência externa para estar expulsando o feto do útero. DEFINIDA COMO A DIFICULDADE DE NASCER OU A INABILIDADE MATERNA DE EXPELIR OS FETOS PELO CANAL DO PARTO SEM ASSISTÊNCIA. ▪ Origem do parto: O próprio feto é que dá origem ao parto • bezerro grande → se torna mais exigente em relação aos seus suprimentos, como nutrientes e Oxigênio → a mãe não consegue suprir, então o animal começa a entrar em uma fase de “estresse” → ocorre a liberação do cortisol fetal → Cortisol fetal age sobre os cotilédones (Estrutura da placenta) promovendo o descolamento da placenta → Trabalho de parto e expulsão do feto. ▪ Quando que isto não ocorre? • Quando o feto não possui o sistema nervoso completamente desenvolvido (animais prematuros, alteração genética, parto gemelar...) sem ter a capacidade de produzir este cortisol. o Semiologia: ▪ Identificação/Resenha: • INCLUA REFERÊNCIAS DEFINITIVAS o ESPÉCIE ANIMAL: Pequenos ruminantes apresentam menos distocias do que vacas o RAÇA: Vacas leiteiras possuem maiores chances de terem partos distócicos o NOME, NÚMERO: Para auxiliar na identificação o IDADE: Novilhas possuem uma chance maior de terem partos distócicos. o PESO o USO/PRODUÇÃO: Se for uma vaca leiteira que produz muito diariamente, ela pode ter algum déficit no momento do parto, pois mobiliza muitas reservas de cálcio para a produção de leite e acaba faltando no momento da contração. ▪ Histórico/Anamnese: • DO REBANHO AO INDIVÍDUO: Avaliar o rebanho como todo, auxilia identificar se é uma doença de um indivíduo ou algo generalizado, causado por um erro de manejo. o Exemplo: Uma fazenda que realiza inseminação e utiliza o sêmen de um touro muito grande (comparado ao tamanho das vacas), pode ocasionar vários partos distócicos dentro de uma única propriedade. • DADOS SOBRE ÚLTIMO PARTO E REPRODUÇÃO • DADOS DE MANEJO (NUTRICIONAIS): Lembrar que a dieta durante o pré parto e pós-parto possuem diferenças importantes. Antes do parto o animal come muito menos e pode acabar tendo um déficit nutricional. ▪ Exame Físico Geral: • HÁBITOS E ATITUDES • FUNÇÕES VITAIS • AVALIAÇÃO DE MUCOSAS E LINFONODOS • Animais com seu estado geral ruim, não são indicados para Cesariana. ▪ Exame Físico Específico Externo: • SINAIS DO PARTO o ABDOMEN: Abaulamento ventral e lateral; com manobra de balotamento é possível sentir o feto ou vê-lo mexer. o PELVE: Distendida/ Relaxada, garupa mais abaixada, ligamentos da pelve estão relaxados com um espaçamento maior entre os ossos da pelve (ação dos hormônios relaxina e prostaglandina) o GLÂNDULA MAMÁRIA: Pode haver gotejamento de colostro devidos aos altos níveis de ocitocina que está circulante no momento parto. o VULVA E PERÍNEO: Aumento de volume, algumas vezes podem ocorrer edema, relaxamento e dilatação dessas estruturas. ▪ Exame Físico Específico Interno: • PALPAÇÃO o Palpação de via retal e via vaginal (lembrando que retal é primeiro e que entre as palpações será necessário a troca de luva e realizar assepsia do braço): ▪ VIAS FETAIS DURA E MOLE (DILATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO): • A via fetal dura que deverá ser palpada é a própria pelve da vaca (estruturas da garupa). • A porção mole seria basicamente todo o resto: Cérvix, Vagina e Vulva • Antes mesmo do animal começar com as contrações, estas vias já devem estar dilatadas. • Se não estiver dilatado no momento do parto, não adianta administrar hormônios para tentar promover esta dilatação (perda de tempo). • O grau de lubrificação não é um parâmetro imprescindível (menor dos problemas – facilmente contornado). ▪ CARACTERÍSTICAS DOS ANEXOS FETAIS: • Avaliação dos líquidos e tecidos da placenta, pode indicar infecções por exemplo. • Importante avaliar, pois o tratamento varia conforme a presença ou não de infecções ou outras anormalidades mais graves; • Realizar Cesariana em animais com alto grau de infecção → Alta chance de SEPSE. ▪ CONDIÇÕES DO FETO (TAMANHO, VIABILIDADE, ESTÁTICA FETAL, MALFORMAÇÕES): • Exemplo: Em caso de animais muito grandes ou com deformidades, não é indicado realizar manobras obstétricas, pois existe uma grande chance de prolapso vaginal. Se estiver morto retira os fragmentos do bezerro. • É possível analisar o tamanho do cinturão escapular do bezerro, comparando com o tamanho do canal do parto. Se o animal for muito grande, já é possível determinar neste momento a conduta a ser tomada (Cesariana). Distocia- Discussão focada no Feto ▪ Causas Fetais: • TAMANHO DO FETO: o Quanto maior o feto, maiores são as chances de distocias o Como já foi citado, as vezes os animais são gerados de inseminação, transferência de embrião etc. Porém, os progenitores são maiores do que a vaca que está gestando. • MALFORMAÇÕES: o Dicephalus, Diprosopus, Acondroplasia, Hidrocefalia, Esquitossoma Reflexo • ALTERAÇÕES DE ESTÁTICA FETAL o Principal causa de distocias o RELAÇÃO DO FETO COM A PELVE MATERNA OU PELA DEFINIÇÃO DE APRESENTAÇÃO, POSIÇÃO E ATITUDE o Revisão de Estática Fetal: ▪ Qual é a posição normal em que o feto deve estar no momento do parto (EUTÓCICA)? • Apresentação: o Longitudinal (quer dizer que ele está assim “ ") o Anterior (quer dizer que as patinhas estão perto da “saída”) • Posição (RELAÇÃO DO FETO COM A VACA): o Cervico-Sacral (quer dizer que a porção cervical da coluna do feto está virada para a porção sacral da coluna da vaca) • Atitude: o Estendidos (classificando que cabeça e membros estão estendidos – “parece que o bichinho vai mergulhar”) Longitudinal Anterior Cervico-Sacral Estendido o Tratamento – Correção das Distocias: ▪ Para corrigir Problemas de Apresentação: • Manobras Obstétricas: o VERSÃO: ▪ Empurra os membros posteriores e traciona os anteriores. ▪ CONSISTE EM ALTERAR A APRESENTAÇÃO DO FETO PARA LONGITUDINAL ANTERIOR (CEFÁLICA) OU LONGITUDINAL POSTERIOR (PODÁLICA) ▪ Manobra difícil de ser realizada, pois o alcance se torna complicado dependendo da apresentação do animal. ▪ Utilizar em problemas de apresentação como: ▪ Para corrigir Problemas de Posição: • Manobras Obstétricas: o ROTAÇÃO: ▪ PRODUZIR NO FETO UM GIRO SOBRE O SEU EIXO LONGITUDINAL COM O INTUITO DE CORRIGIR DISTOCIAS DE POSIÇÃO. ▪ Para corrigir problemas como: ▪ Para corrigir Problemas de Atitude: • Nesta classificação, apenas cita o que está alterado, não é preciso descrever quando está eutócico (apenas cita que está estendido). • A classificação só é realizada com base naquilo que é possível palpar (até o cinturão escapular do feto aproximadamente - ombros) • Manobras Obstétricas: o EXTENSÃO: ▪ ESTENDER ATITUDES FLEXIONADAS DE MEMBROS, CABEÇA E PESCOÇO. Como se estivesse vendo a vaca de cima Como se estivesse vendo a vaca de lado Como se estivesse vendo a vaca de lado Tranversoventral Como se estivesse vendo a vaca de cima Tranversodorsal Longitudinal Posterior Verticodorsal Cervico-Pubiana Como se estivesse vendo a vaca de lado Flexão dorsal de cabeça e pescoço FLEXÃO DA ARTIC. CÁRPICA ESQ (a extensão é mais difícil de ser realizada quando é o membro todo estendido pois a manobra é realizada segurando o casco do animal p/ proteger a mãe). FLEXÃO LATERAL DE CABEÇA FLEXÃO VENTRAL DE CABEÇA OU ESTERNAL DE CABEÇA o RETROPULSÃO TRAÇÃO: ▪ Quando a manobra de Extensão não puder ser realizada. ▪ Antes de estender o membro ou a cabeça, empurra os membros de volta para o útero para conseguir manusear melhor o canal do parto. E após isto, estendeo membro/cabeça. ▪ RECOLOCAR O FETO PARA DENTRO DO ÚTERO AFIM DE MELHORAR O ESPAÇO DE MANUSEIO. ▪ Como realizar as trações (cuidados a serem tomados): • UTILIZE O MATERIAL ADEQUADO: o O ideal são as correntes obstétricas o Podem ser utilizados ganchos, na nuca dos animais mortos o Podem ser utilizadas cordas, caso não tenha correntes o CORRENTES E CORDAS NÃO PODEM SER MUITO FINAS (machuca membro do bezerro e ainda pode romper) o MATERIAIS DE FÁCIL ESTERILIZAÇÃO o Utilizar equipamentos de proteção para o veterinário, como luvas • Posicionamento: o POSICIONE CORRENTES E CORDAS SOBRE OSSOS LONGOS o EVITE ARTICULAÇÕES (para evitar luxações e fraturas, o animal passará muito tempo deitado, sem comer e correndo risco de infeccionar o umbigo) o SEMPRE FIXAR E TRACIONAR OS MEMBROS SEPARADAMENTE (pois na hora de tracionar, normalmente alterna os membros) o NÃO TRACIONE OS ENVOLTÓRIOS FETAIS (nunca colocar junto com tecidos placentários, não é possível saber se ainda está colado no útero → Risco de romper o útero) o Se deve proteger casco e focinho, para evitar o risco de lesionar o útero da vaca. • Força de Tração: o FORÇA DE TRAÇÃO DE NO MÁXIMO TRÊS HOMES o A EXTRAÇÃO DEVERÁ ACOMPANHAR AS FORÇAS NATURAIS DE CONTRAÇÃO o DIRECIONE A TRAÇÃO A LINHA DO JARRETE (em direção ao chão – posição parecida com a que o bezerro faz) o JAMAIS UTILIZAR FORÇA ANIMAL OU MECÂNICA o SEMPRE QUE POSSÍVEL O VETERINÁRIO DEVE CONTROLAR O PROCEDIMENTO NÃO PARTICIPANDO DA FORÇA DE TRAÇÃO (o veterinário que sabe a dilatação e a estática do bezerro) o PROTEJA O PERÍNEO COM AS MÃOS ESPALMADAS PARA EVITAR GRANDES LACERAÇÕES • GARANTIR EXAGERADA LUBRIFICAÇÃO DA VIA FETAL o Normalmente vacas que já estão parindo a muito tempo, diminuem a lubrificação Partos Distócicos Com Animais Mortos ▪ INTRODUÇÃO • Manobras Obstétricas+ Tração Forçada: o Condições para ser realizado: ▪ ESTÁTICA FETAL DISTÓCICA, porém que seja possível reverter ▪ MORTO, TAM NORMAL, COM DILATAÇÃO o Cesariana: o Condições para ser realizada: ▪ MORTO RECENTE SEM DILATAÇÃO ▪ GRANDE OU MALFORMAÇÃO VIVO ▪ MANOBRA OBSTÉTRICA IMPOSSÍVEL o Fetotomia: o Condições para ser realizada: ▪ MORTO E GRANDE COM DILATAÇÃO ▪ DISTOCIAS DE IMPOSSÍVEL CORREÇÃO QUE PROVOCOU A MORTE DO ANIMAL o Indução: o Condições para ser realizada: ▪ SEM CONTRAÇÃO E COM DILATAÇÃO o FETOTOMIA o Pode ser realizada independente da apresentação fetal o Como realizar? ▪ Apesar de existirem protocolos indicando uma forma específica de realizar, normalmente é feito intuitivamente. Caso seja possível tracionar e já puxar o animal, não há necessidade do procedimento todo. Pois quanto mais fragmentado o animal, maior será o risco de lesionar/romper o útero da vaca. ▪ É mais indicado que uma Cesariana, pois é menos invasivo. Inclusive em casos em que há risco de contaminação bacteriana, é CONTRAINDICADO uma cesariana (alto risco de sepse). ▪ Porém existe um padrão criado (principalmente em caso de feto enfisematoso que possui acúmulo de gases – aumento de volume): o Avaliação antes do procedimento: ▪ Verifique a viabilidade fetal: • O primeiro passo para realizar tal procedimento, é se certificar de que o animal está realmente morto: o Reflexos: ▪ PALPEBRAL ▪ FLEXOR ▪ ANAL ▪ REAÇÃO DOLOROSA A AGULHA o PULSO UMBILICAL, carótida, membro o US – BATIMENTOS CARDÍACOS o Contraindicações: ▪ PRODUTOS VIVOS ▪ ESTREITAMENTO DE VIA FETAL (quando não há dilatação suficiente) ▪ Com qualquer complicação: • RUPTURA UTERINA • GRAVES LACERAÇÕES VAGINAIS • DOENÇAS GRAVES NA PARTURIENTE o Dicas Importantes: ▪ MANTENHA O ÚTERO E OS BRAÇOS LUBRIFICADOS ▪ AO TÉRMINO DO PROCEDIMENTO LAVE O ÚTERO • Após a fetotomia ficam diversos resíduos (sangue, lubrificante...) • Para lavar: utilizar uma grande quantidade de soro fisiológico aquecido (o soro quente aumenta o relaxamento do musculo) • SIFONAR O CONTEÚDO REMANESCENTE (usar um tubo cheio de líquido – colocar uma ponta no útero e outra abaixada sentido pro chão – o líquido acaba descendo) ▪ PROMOVER COBERTURA DE ANTIBIÓTICOS • O principal para ruminantes é Oxitetraciclina • Podendo associar a um analgésico Flunixin Meglumine Distocia – Discussão Focada na Vaca ▪ Causas Maternas: • Anomalias Uterinas: o O principal problema que pode ocorrer no útero é a Atonia Uterina e esta pode ser: ▪ Primária: • Quando a causa é hormonal • Principalmente deficiência de Ocitocina e Prostaglandina • Difícil tratamento em partos muito prolongados, normalmente acaba sendo encaminhado para Cesariana • A contração desde o início do parto foi deficiente/ausente (confirmar com histórico) ▪ Secundária: • Quando o animal já está em trabalho de parto a muito tempo e entra em Exaustão • Normalmente por ausência de Cálcio (com suplementação a vaca pode responder) • O animal contraiu no início do parto (confirmar com o histórico) o TORÇÕES: ▪ Torções sempre são muito graves, pois a irrigação sanguínea no local é muito intensa. Normalmente, ocasionam consequências sistêmicas (mucosas congestivas, sinais de dor aguda) ▪ Predisposições: Raça PARDO -SUÍÇO; TAM. FETO; TERRENOS ÍNGREMES o PROLAPSOS: ▪ Predisposições: Partos DISTÓCICOS, GEMELARES; PLURÍPARAS – RELAX.LIGAMENTOS PÉLVICOS ▪ Na maior parte dos problemas de prolapso, a cérvix fica fechada e o útero vai para fora com feto dentro. • Anomalias Pélvicas: o DILATAÇÃO INSUFICIENTE: ▪ HORMONAL (o principal hormônio relacionado com o relaxamento pélvico é a RELAXINA) ▪ MÁ NUTRIÇÃO (pode acabar interferindo no funcionamento hormonal) ▪ PRECOCIDADE (problema de manejo) ▪ PELVE JUVENIL (a circunferência pélvica é muito pequena, colocar este animal para reproduzir é um problema de manejo) • Anomalias Cervicais: o Durante a palpação retal é possível sentir os 3 anéis cervicais. o No momento do parto esta palpação permite sentir que eles dilatam. o O problema ocorre quando não há DILATAÇÃO SUFICIENTE: ▪ A dilatação aumenta conforme as horas do parto forem passando. Caso não aumente mensura-se o grau da seguinte maneira: • 1 º GRAU: Só passa CABEÇA E MEMBROS (menos grave, porém, ainda não é o suficiente) • 2 º GRAU: Só passa MEMBROS E MUFLO (nível intermediário, porém também não tem possibilidade de o animal passar) • 3 º GRAU: Só passa 2-3 DEDOS (estado mais grave) o PROLAPSO (pode ocorrer o prolapso de qualquer anel cervical ou de todos) o TUMORES/MASSA (INCOMUM) o DUPLA CÉRVIX (INCOMUM) • Anomalias Vaginais: o DILATAÇÃO INSUFICIENTE o EDEMAS ▪ Comum, pois esta vaca normalmente acaba sendo muito manipulada nas propriedades por pessoas inexperientes ▪ Proveniente principalmente de tração forçada feita de maneira inadequada. Podendo ocasionar lacerações e diminuição do canal do parto. o TUMORES/MASSA (fibroma) o PRECOCIDADE o INFANTILISMO • Anomalias Vulvares: o CICATRIZES/DILATAÇÃO INSUFICIENTE ▪ Animais que normalmente apresentam prolapso recidivante, são tratados por meio da Técnica de sutura BUHNER/CASLIEX. O problema ocorre durante o parto, esta sutura pode romper. ▪ Além disto, estes casos recidivantes, normalmente possuem cicatrização, que promove fibrose e diminuição da elasticidade. o EDEMAS o TUMORES/MASSA (é possível realizar a ressecção do tumor antes do animal entrar em trabalho e parto – porém a sutura pode também provocar o mesmo efeito de cicatrização) o PRECOCIDADE o INFANTILISMO ▪ Tratamento: Como mensurar? Corte da vulva Administrar Cálcio Lavagem/Redução Sutura Ressecção e Manobra Obstétrica Situações mais complicadas • Cesariana o Indicações: ▪ FETOS GRANDES ▪ MONSTRUOSIDADES FETAIS ▪ TORÇÕES UTERINAS GRAVES ▪ DISTOCIAS DE IMPOSSÍVEL CORREÇÃO ▪ PROLAPSO DE VAGINA PRÉ PARTO ▪ DILATAÇÃO INSUFICIENTE DO CANAL DO PARTO o A Técnica cirúrgica será passada apenas em outros semestres,nosso foco será no pós-cirúrgico: o Protocolo pós cirúrgico ▪ Antibiótico (oxitetraciclina) ▪ Antinflamatório (flunixim megluline) ▪ Fluidoterapia (Suplementação de Cálcio – para contração de útero e expulsar placenta) ▪ Limpeza da ferida cirúrgica (com solução a base iodo fraco e repelente) ▪ Prostaglandina (com intervalo de 7 dias – para contração de útero e expulsar placenta) ▪ Tratamento de complicações • Complicações de Distocias o edema de vagina/vulva devido a manobras fetais o prolapsos o laceração de vagina o laceração e ruptura de útero causando aderências, peritonite e morte o ruptura de períneo; fístula reto-vaginal o hemorragia (principalmente por ruptura de útero) o compressão excessiva dos nervos periféricos (por erro de manobra – futuramente pode provocar até dificuldade locomotora por luxação de pelve) o retenção de placenta (muito comum – entrar com protocolo hormonal – tentar tracionar a placenta levemente, mas não forçar) o metrite (inflamação do miométrio, uma das camadas do útero) o mastite o pode provocar infertilidade ou dificuldade para emprenhar (variando de diversos fatores, principalmente de manejo) • Torção Uterina o Diagnóstico: ▪ Sinais clínicos (dor, mucosas congestas) ▪ Inspeção do pregueamento vulvar (alteração do eixo vulvar, inclinação para algum lado) ▪ Palpação retal (para diagnóstico e determinar localização) ▪ Palpação vaginal (tem que ter torção < 180°, maior que isto é mais difícil) ▪ Detectar para qual lado está (direita ou esquerda) e se é pré cervical ou pós o Tratamento: ▪ Balotamento (manobra que “balota” o abdome, empurrando as vísceras do animal, desde que seja uma torção leve) ▪ Correção manual (rotacionar o feto) ▪ Correção com auxílio de barras (rotacionar o feto) ▪ Rolamento (deitar a vaca no chão e tentar “desvirar”) ▪ Laparotomia ou cesariana (casos mais graves >180◦ por exemplo) • Prolapso: o Limpeza com solução fisiológica gelada o Manobra de redução (reduzir manualmente o prolapso para dentro da cavidade abdominal) o E finalizar com Sutura de Buhner (pois estas vacas possuem grandes chances de recidivas) Pós Pré
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