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UNIVERSIDADE PAULISTA SABRINA CORRÊA MAZARINI RA 1975201 NIPPON EXPRESS DO BRASIL PIM VIII JAGUARIÚNA 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA SABRINA CORRÊA MAZARINI RA 1975201 NIPPON EXPRESS DO BRASIL PIM VIII Projeto Integrado Multidisciplinar VIII para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Mauro Trubbianelli JAGUARIÚNA 2020 RESUMO O presente Projeto Integrado Multidisciplinar VIII (PIM VIII) foi realizado na empresa Nippon Express do Brasil, atuante no ramo de prestação de serviços logísticos, localizada na cidade de Jaguariúna / SP e vem discorrer sobre as disciplinas Técnicas de negociação, Planejamento estratégico e Sistemas para operações de recursos humanos e tem o intuito de demonstrar de forma clara e em linguagem de fácil alcance, o funcionamento da empresa objeto da pesquisa aplicando-se o conhecimento adquirido no transcorrer do curso de graduação tecnológica em gestão de recursos humanos. Especificamente tem o objetivo de evidenciar como o estudo das disciplinas aqui abordadas pode melhorar o funcionamento da empresa, citando como os dados levantados podem ser aplicados na melhoria da gestão da empresa referida, utilizando-se como metodologia de pesquisa a pesquisa qualitativa com levantamento de dados colhidos na própria empresa e com ampla pesquisa bibliográfica específica, fazendo se então o cruzamento das informações para se alcançar o objetivo. No tópico técnicas de negociação serão demonstrados o tipo de negociador encontrado na empresa e o modo de negociação realizado pela companhia, demonstrando inclusive como se deu uma negociação com os trabalhadores, ao mesmo tempo em que sobre o tema planejamento estratégico evidenciaremos como a empresa aproveita o planejamento com visão no gerenciamento estratégico do negócio, administrando e negociando, mas sempre levando em consideração a existência de um planejamento preliminar e consistente. Finalizando com o tópico sistema para operações de recursos humanos, expor-se-á como a unidade pesquisada realiza a rotina dos serviços do departamento de pessoal, a administração de recursos humanos, demonstrando como se faz a folha de pagamento, demonstrando tipos de contratos realizados na empresa, além de verificar se todo o procedimento está amparado na legislação vigente. Ao final da leitura do presente projeto, espera-se ter sido específico e conciso, tentando alcançar a coesão entre as opiniões do autor e do leitor. Palavras-chave: planejamento – negociação – sistemas – estratégia. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 05 2. TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO ............................................................................. 07 2.1 Negociação Coletiva de Trabalho ……................................................................. 08 2.2 Tipo de Negociador Evidenciado na Empresa ……............................................. 09 2.3 Negociação Realizada ……………....................................................................... 10 2.3.1 Comunicação não verbal na negociação ……………........................................ 11 2.3.2 Negociação X Ética ………………………..….………......................................... 16 2.4 Administração de Conflitos na Empresa ……....................................................... 12 2.5 Técnicas de Negociação Propostas ……............................................................. 14 3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...................................................................... 16 3.1 Estratégia Adotada pela Empresa ….................................................................... 17 3.2 Formulação e Implantação da Estratégia ............................................................. 17 3.2.1 Atividades de apoio ………................................................................................ 18 4. SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS............................ 19 4.1 Setor de Recursos Humanos ……………………….............................................. 20 4.2 Rotinas do Departamento de Recursos Humanos ............................................... 21 4.2.1 Controle da frequência dos funcionários …………............................................ 21 4.2.2 Lista mensal da remuneração paga aos trabalhadores ………......................... 21 4.2.3 Admissão de funcionários ………….................................................................. 22 4.2.4 Apoio em processo demissional ………………….............................................. 22 4.2.5 Orientação sobre dúvidas/benefícios ……………….......................................... 23 4.2.6 Realização de relatórios …………………...………............................................ 23 4.3 Tipos de Contrato Trabalhista na Empresa .......................................................... 23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 25 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 27 1. INTRODUÇÃO Fundada em 1872, a Nippon Express tornou-se uma empresa semi-estatal em 1937, mas em 1950 voltou a ser uma companhia privada. Em 1954, iniciou o serviço de transporte aéreo e turismo e, em 1962, instalou-se nos Estados Unidos, sendo a sua primeira base fora do país de origem. Dois anos depois, iniciou a operação de transporte marítimo utilizando contêineres de três toneladas. Nessa mesma época começou a expandir a operação para a Ásia e Oceania, abrindo escritórios de representação em Hong Kong, Taipei e Sydney. Em 1966, foram iniciadas as operações europeias, com abertura de três escritórios de representação - Dusseldorf, Amsterdam e Roma. No Brasil, a multinacional chegou ao final da década de 70, sendo a primeira operação da companhia na América do Sul. Desde sua instalação no País, em 1979, a Nippon Express conta com uma extensa carteira de clientes dos mais variados setores da economia. Dispõe de base nos principais pontos estratégicos do Brasil, como Manaus, São Paulo, Campinas, Jaguariúna, Guarulhos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Santos, com o objetivo de garantir maior cobertura e eficiência por meio de um trabalho competente e de qualidade. Conhecida no Japão como NITTSU, a Nippon Express é uma das líderes mundiais em transporte e logística, com uma experiência acumulada em mais de um século de existência. Como no Japão, a companhia conta com uma grande história de sucesso internacional. Possui unidades em 42 países, espalhadas por 267 cidades diferentes e 678 localidades, atuando em distribuição, armazenagem e em transporte de cargas aéreas, marítimas e terrestres. No início do século XXI, a Nippon Express deu início a um novo plano de gerenciamento do grupo, com ênfase na expansão global e ampliação do uso da tecnologia da informação. Seu objetivo é aperfeiçoar ainda mais os serviços dentro da nova era de logística. O presente projeto integrado multidisciplinar (PIM VIII) destina-se a apresentar a filial de Jaguariúna, Nippon Express do Brasil, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº 51.595.908/0001-26, empresa atuante na área de logística. Há em seu quadro funcional 37 funcionários efetivos das mais diferentes áreas, e apenas, 1 prestador de serviço, todos devidamente inseridos em um ambiente que preza pela higiene e segurança no trabalho. No tópico técnicas de negociação demonstrar-se-á o estilo de negociação que a empresa apresenta, fazendo uma descrição sucinta do modo verificado e apresentando-se um novo modelo de negociadora gerenciar tal atividade na empresa, demonstrando como a empresa age durante conflitos nas negociações, buscando apresentar o melhor estilo a ser empreendido pela empresa, além de salientar a importância da comunicação, afinal é por ela que todos compartilham informações entre si, fazendo com que seja uma atividade essencial para a vida em sociedade (SIGNIFICADOS, 2014), inclusive demonstrando como a comunicação não verbal pode interferir em uma negociação, ao mesmo tempo participando a empresa de que seu estilo de negociação precisaria ser revisto conforme se demonstrará na pesquisa. No tema planejamento estratégico serão descritos análises e conceitos dos processos de gerenciamento, dando uma dimensão de como a empresa faz sua gestão estratégica, descrevendo e analisando com conceitos que vão desde o planejamento à implantação da idealização do projeto estratégico apresentado pela empresa, demonstrando conceitos e fases de implantação do planejamento estratégico, além da missão, visão e valores organizacionais, arrematando com a importância da estratégia, além de suas características e tipos. (MORAES, 2012). Concluindo a pesquisa do projeto levantando dados sobre a disciplina Sistemas para operações de recursos humanos, evidenciar-se a atuação do departamento de recursos humanos da empresa, apresentando rotina pertinente ao serviço, e se todo o procedimento é feito calçado na legislação vigente. Toda a pesquisa procura entrelaçar o conhecimento teórico adquirido ao longo do bimestre e aplicá-lo de forma prática no funcionamento da empresa, tentando assim harmonizar e aprimorar o funcionamento da empresa objeto de estudo desta pesquisa e que serve para empreendimentos de qualquer segmento. 2. TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO Neste capítulo fá um levantamento sucinto do que vem a ser negociação e as técnicas empregadas para uma transação efetivamente satisfatória para ambas as partes envolvidas no contexto. Pretendendo inserir a empresa objeto de estudo no contexto do tema abordado, vale salientar a importância da negociação, pois a mesma se refere ao “uso da informação e do poder, com o fim de influenciar o comportamento dentro de uma “rede de tensão”. (MELLO apud COHEN, 1980, p. 14, grifo do autor). Ainda segundo Mello (2014) conforme definido, a informação passa a ser trabalhada e tem uma função estratégica na negociação, visto que é notório que o modo mais comum de se conquistar as pessoas se dá através invariavelmente da comunicação. Devido à empresa estudada neste projeto de pesquisa ser uma empresa considerada de pequeno porte, pode se utilizar a classificação de Martinelli (2002) para definir o tipo de negociador que a empresa apresenta para negociações com fornecedores ou consumidores do serviço oferecido, sendo definido como “extrovertido movido por estímulos internos”. [...] responde preferencialmente aos estímulos internos e o faz agindo sobre o ambiente no qual esta inserido. Extrovertidos costumam conduzir as negociações, especialmente, quando os oponentes são introvertidos. Costumam fornecer mais facilmente os sinais a respeito de suas posições, oferecendo vantagens a outra parte. Seus estímulos internos também poderão ser conhecidos mais facilmente, já que representam o combustível que os move na negociação. (MARTINELLI, 2002, p.32). Quando se trata de negociação com clientes, tal afirmação se confirma considerando-se que toda negociação é feito pelo diretor-presidente da empresa, que é o proprietário de fato da companhia, portanto o mesmo faz as negociações pertinentes às tomadas de decisões baseando-se em como o mercado externo está reagindo (estímulos externos), declarando sempre sua posição em relação à negociação, dando em troca á outra parte algum tipo de vantagem, seja financeiro em relação à negociação como desconto no valor do serviço prestado, seja em um maior número de exames médicos trabalhistas por um preço mais acessível. É claro não se pode deixar de salientar que quanto às negociações também se incluem neste quesito as negociações trabalhistas, ocorridas dentro da própria empresa em relação aos trabalhadores, visto que a empresa preza por participar e manter acordos coletivos realizados entre os representantes dos trabalhadores e os empregadores, porém sempre com alguma barganha, mas sempre procurando o que seja melhor dentro do possível para ambas as partes. 2.1 Negociação Coletiva de Trabalho Quanto à associação fazer as negociações apesar de muitos empregadores e sindicatos patronais contestarem tal conduta, Bernardes (1991) versa de forma bastante esclarecedora: [...] não vemos como impedir que a associação negocie coletivamente em favor de seus próprios associados, porque a negociação coletiva, repito, não é direito do sindicato mas de trabalhadores: tanto o sindicato, quanto a associação,podem negociar,aquele em nome de todos, esta em nome de seus associados. (BERNARDES, 1991, p. 76). Como ficou ratificado pelo autor, as associações podem perfeitamente fazer negociações coletivas de trabalho, mesmo com a relutância de sindicatos patronais ou empregadores, e isso efetivamente é realizado na empresa objeto de pesquisa deste estudo, visto que “não é viável, constitucionalmente, a negociação direta, pelos próprios empregados, referida pelo preceito celetista”. (DELGADO, 2001, p. 120). Foi verificado que sempre que há que se negociarem renovações de contratos e atualizações salariais as negociações são tensas e pôde se detectar vários conflitos de interesse, pois normalmente a empresa usa do “poder” para influenciar as partes opostas envolvidas na negociação. 2.2 Tipo de Negociador Evidenciado na Empresa Especificamente na empresa estudada, em relação à negociação com os trabalhadores, foi detectado na companhia o estilo de negociador descrito por Mello (2014) como estilo restritivo: O estilo restritivo é uma combinação entre os impulsos de controle e desconsideração. Esse estilo retrata os negociadores que agem segundo os seus interesses, combinando o seu poder de controle com a desconsideração pelo outro; não são cooperativos e esperam que os outros ajam de acordo com o seu próprio interesse. O único resultado aceitável para o negociador do estilo restritivo é a vitória. (MELLO, 2014, p. 123). Tal conceito pôde ser detectado porque o proprietário da empresa é considerado autoritário na questão salarial, visto que o sistema de administração utilizado na empresa é o autocrático, correspondente em similaridade na negociação com o estilo restritivo onde não há atenção às necessidades no caso do funcionário e há a imposição de como “as coisas devem andar”, relatando que paga a média salarial da região, porém sem negociar vantagens com os funcionários. O estilo encontrado de negociação pela empresa demonstra “autoritarismo” por parte do empregador e que deste modo sempre que há negociações, elas sempre são tensas, visto que o negociador da empresa acredita que deva impor seu estilo, o que demonstra que o mesmo apresenta “[...] espírito corporativo nas negociações, visando apenas a vantagem pessoal.” (SANTOS, 2013, n.p.). 2.3 Negociação Realizada Durante a realização do presente projeto, houve uma reunião entre o empregador e os funcionários da empresa representados pela associação dos trabalhadores. Tal reunião deu-se com o intuito de os funcionários entrarem em um acordo salarial visto que os mesmos alegavam o não pagamento do adicional noturno à equipe do terceiro turno, na unidade e para os funcionários que ficavam em regime de hora extra só era realizado o pagamento da hora-extra referente ao acionamento do empregado quando necessário na unidade. No escritório da empresa durante a reunião os funcionários mostraram-se tensos, introspectivos, demonstrando através de comunicação não verbal a tensão que sentiame isso para quem vai negociar não é adequado, pois “um negociador consciente é capaz de perceber se está sendo recebido de maneira positiva ou negativa, se está causando interesse ou não, além de possíveis sinais de frustração da outra parte”. (ACUFF, 1993, p. 62). Por parte da empresa, como já pontuado, o negociador com o estilo restritivo dava mostras de estar percebendo a introspecção dos trabalhadores, porém o representante da associação usou de argumentos legais conclusivos. Ainda mantendo a linha de amparo legal das reivindicações o negociador da associação dos trabalhadores alegou o devido pagamento de adicional noturno para os profissionais que ficavam no período noturno na empresa, pois segundo a CLT "o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna". O negociador da empresa percebendo que a legislação amparava as solicitações reivindicadas dos trabalhadores, ambas as partes fecharam acordo. Ao final da negociação, considerando que “negociação importa em acordo e, assim pressupõe a existência de afinidades, uma base comum de interesses que aproxime e leve as pessoas a conversarem” (MATOS, 1989, p. 240). Foi fechado acordo entre os trabalhadores e patrão ficando acertado o pagamento do adicional noturno. 2.3.1 Comunicação não verbal na negociação A comunicação não verbal seria relevante em uma negociação? Como a interpretação de sinais pode ajudar um negociador? O método de se estabelecer uma relação entre as partes nem sempre é contratual, mas sim, muitas vezes, uma relação administrativa e, ainda que alguns aspectos das condições de emprego sejam semelhantes para todas as categorias de trabalhadores, independentemente do setor no qual trabalham, pelo menos o início e o término da relação geralmente possuem características distintas. (OIT, 2011, p. 4). Para Portella (2014) a comunicação não-verbal é de extrema relevância na ação de se negociar, visto que nos comunicamos não exclusivamente com as palavras, mas com todo o nosso corpo, com gestos, olhar, postura ou expressão facial, o que torna a porcentagem de comunicação não-verbal na transmissão de qualquer mensagem bastante elevada. Logo, segundo conceito do autor citado anteriormente percebe-se que o negociador que não sabe decodificar mensagens não-verbais, está perdendo 2/3 do que é comunicado, pois além de perder parte significativa da comunicação, não aproveita oportunidades importantes de bons negócios, ao passo que sabendo se decodificar tais mensagens não verbais implicará em maior poder de negociar mais eficazmente, facilitando assim o ato de negociar. (CUADRADO, 2013). 2.3.2 Negociação x Ética Lucena (2009, n.p.), afirma que para se ser um bom negociador as principais características seriam: • Ser um bom ouvinte; • Desenvolver um espírito negocial; • Planejar; • Mirar alto; • Ser paciente; • Visar à satisfação; • Ter cuidado com a primeira oferta; • Ser ético; • Trocar as concessões; e • Ser empático. Destarte, ao inverso verificou-se conforme demonstrado no quadro 1 onde podemos ver as táticas aplicadas pelo negociador que opta pelo estilo restritivo. Quadro 1 – Táticas aplicadas pelo negociador restritivo Rebaixar o oponente • O negociador é o líder na negociação. • O negociador restritivo faz descrições negativas e desconexas sobre o oponente com o objetivo de enfraquecê-lo. Tática irrevogável • O negociador faz valer o seu poder, normalmente financeiro ou hierárquico. • O objetivo é intimidar o oponente. Tática do choque • O propósito do choque é desestabilizar o oponente. Tática da reunião • Quando o negociador restritivo aceita participar de uma reunião, ele dá a ideia de que foi generoso e agora lhe devem algo em troca. Fonte: Adaptado de Martinelli e Almeida (1998) Tal atitude demonstrou que a empresa encontra-se fora dos padrões da moderna forma de administrar, criando assim dificuldades tanto para a empresa quanto para os empregados, visto que o negociador da empresa demonstra claramente a falta de interesse em debater sobre escolhas que tragam benefícios para ambos os lados, determinando desta forma um favoritismo unilateral. 2.4 Administração de Conflitos na Empresa Araújo e Leão (apud Nascimento, 2002), descrevem os conflitos dividindo-os em duas áreas distintas, conforme quadro 2: Quadro 2 – Áreas de conflito Conflito social Vivemos em uma sociedade evoluída do ponto de vista social e tecnológico, mas bastante precária em termos de capacidade para negociações Conflitos tradicionais São aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo a solidariedade Fonte: Adaptado de Nascimento, 2002, p. 51 Robins (2005) descreve que o conflito é natural em qualquer grupo, isso sem indicar que seja bom ou ruim, e quase sempre é possível que o mesmo venha a ser um fator positivo na consignação do comportamento de determinado grupo. O que foi percebido na pesquisa é que durante as negociações entre associação de trabalhadores e patrão foi o tipo de conflito descrito como conflito manifesto, pois “[...] já atingiu ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização”. (NASCIMENTO, 2002, p. 51). Acreditando que se deveria ter maior bom senso por parte do negociador da empresa pesquisada, visto que o modelo de negociação que é utilizado é bastante ultrapassado, afinal Chaves (apud Gushiken, 1985) afirmam que “o importante é não acirrar os conflitos a ponto de inviabilizar a negociação [...]”, acredita-se que a empresa deveria sim, pensar em empregados como patrimônio da empresa, afinal são eles quem passarão o que se chama de “primeira impressão” que a empresa almeja passar para alcançar melhor colocação no mercado, afinal funcionários descontentes tendem a trabalhar com menos propensão a render bom resultados (ALMEIDA, 2003). Do ponto de vista legal a associação que negocia com a entidade patronal cabe demonstrar que qualquer empregado “sem acordo ou convenção coletiva têm direito a reajuste salarial” (BRASIL, 2011, n.p.), pois o que se faz importante na negociação de conflitos é delinear técnicas mediante as quais se torne possível trilhar um caminho para a negociação com situações consideradas “conflituosas”. (URY, 2000). Seria viável uma prévia negociação tanto por parte da entidade patronal levando em conta os novos métodos de administração pregados por estudiosos do assunto. A administração de conflitos faz parte integrante da atividade de RH e dos gerentes de linha. Torna-se importante conhecer as condições antecedentes dos conflitos, o processo de conflito para administrá-los adequadamente através de estilos. Os efeitos do conflito podem ser construtivos ou destrutivos, dependendo como são administrados. (CHIAVENATO, 2008, p. 467). Porém o que se percebeu foi que para o empregador, no caso da pesquisa, ficou valendo realmente a imposição, visto que o mesmo aproveitou-se da sua situação de superioridade determinando que os acordos embora feitos, nem sempre são cumpridos, ficando os empregados com a obrigação de “trabalharem para manterem seus empregos ou fatalmente serão substituídos.” (QUEIROZ, 2013, n.p.). 2.5 Técnicas de Negociação Propostas Acreditando que a empresa deveria passar por uma reformulação no sentido das técnicas utilizadas nas negociações, principalmente no que tange às causas trabalhistas, sugere-se um novo modelo de negociação para se empreender na empresa, que deveria ser modificado através cursos de aperfeiçoamento nas técnicas existentes para negociações, incluindo participar de tais cursos funcionários do setor de recursos humanos, diretoria e principalmente o diretor-presidente da companhia.Para a empresa pesquisada neste projeto integrado multidisciplinar acreditando ser o melhor para o empreendimento apresenta-se como proposta de negociação a negociação cooperativa, visto que: [...] também denominada de colaborativa, é aquela em que as partes lançam mão de meios análogos e pacíficos para resolverem suas pendências. As partes aqui procuram satisfazer os seus interesses por meio de soluções que visem ganhos mútuos, ou seja, procuram estabelecer soluções do tipo ganha/ganha ou ainda justa e satisfatória para todos os envolvidos. (PORTALEDUCAÇÃO...2013). Este modelo de técnica de negociação se mostrou efetivamente mais adequado dentro do que se propõe o presente projeto de pesquisa, visto que na negociação em que as partes envolvidas visam a satisfação bilateral sempre há ganho, não só corporativos e patronais mas também do lado associativo funcional, ou se havendo sindicatos, o que faz o modelo de negociação bastante sugestivo e eficiente modificando na empresa os tipos de transações feitas e a forma como estas são negociadas. (SOBRAL, CARVALHAL e ALMEIDA, 2012). O padrão proposto para se assumir como modelo de negociação para a empresa objeto de pesquisa deste estudo, fica mais claro de se perceber conforme demonstrado na figura 1, em que se nota que se utilizando o conceito do triângulo do diálogo social a base indica a troca de informações, tendo como ápice e maior parte do triângulo a negociação, ganhando assim todas as partes envolvidas, ou em se tendo que haver alguma perda, ela invariavelmente seja negociada, havendo cessão bilateral. Figura 1 – Triângulo do diálogo social Fonte: OIT apud. J. Ishikawa, 2011, p. 19 Assim sendo, é relevante afirmar que as relações ou negociações devem ser estabelecidas se determinando o início e o término das condições propostas com agendamentos periódicos para eventuais revisões. O método de se estabelecer uma relação entre as partes nem sempre é contratual, mas sim, muitas vezes, uma relação administrativa e, ainda que alguns aspectos das condições de emprego sejam semelhantes para todas as categorias de trabalhadores, independentemente do setor no qual trabalham pelo menos o início e o término da relação geralmente possuem características distintas. (OIT, 2011, p. 4). Percebeu-se, portanto, que a empresa estudada neste projeto necessita de uma revisão imediata do conceito e método utilizado em suas técnicas de negociações patronais, afinal “a negociação é o processo de comunicação com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes idéias e necessidade”. (LUCENA apud ACUFF, 1993, p. 21). Ao final do capítulo, acredita-se que a empresa com alguns “ajustes”, principalmente na lida com a equipe de funcionários, trabalhe dentro do proposto, desde que se considere aperfeiçoar as técnicas de negociação aplicadas na empresa. 3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Zago (apud TAVARES, 2000) afirma que o planejamento das empresas, em sua primeira fase, era tão somente um planejamento financeiro no qual o principal instrumento de controle e operacionalização de gestão era o orçamento. Ideia que hoje se mostra ultrapassada, visto que nos dias atuais o gestor deve antever, conhecer as necessidades do consumidor do bem ou serviço que sua empresa oferece. Para Moraes (2012), planejamento estratégico é conhecer se desejamos que a nossa corporação torne-se uma empresa que antecipadamente saiba o tipo de necessidade que ela supre ou complementa para o indivíduo e que tipo de anseio tal produto pode instigar nessa pessoa. O planejamento estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de interação com o ambiente. A direção engloba os seguintes itens: âmbito de atuação, macropolíticas, políticas funcionais, filosofia de atuação, macroestratégia, estratégias funcionais, macro-objetivos, objetivos funcionais (KOTLER,1975, p. 65). Hoje com a velocidade em que ocorrem as modificações no ambiente, os gestores de empreendimentos compreenderam que a relevância está no entendimento dos fatos que o mercado demonstra, sendo tal juízo “ser a chave do sucesso empresarial”. (ZAGO, op. cit.). O presente estudo vem demonstrar que a instituição pesquisada se enquadra de forma adequada na proposta apontada no tópico planejamento estratégico, visto que o seu empreendedor apresenta uma visão coerente sobre o assunto e possui informações privilegiadas, vindas de uma rede de informações e pesquisas que omesmo consolidou com o passar dos tempos, dado que a finalidade da missão está diretamente ligada ao nível de conhecimento do ambiente de mercado e de negócios, “por isso a missão deve ser atualizada conforme novos conhecimentos sejam desenvolvidos a respeito do contexto dos negócios, do ambiente competitivo e da própria organização e seus recursos”. (CHIAVENATO e SAPIRO apud CHILD, 1977, p. 169). Levando-se em consideração o conceito apontado por Rezende (2008), que diz que a informação é um recurso essencial e necessário para o planejamento estratégico da organização, sendo muito difícil, se não impossível, elaborar, gerir e programar o projeto, a empresa se mostrou bastante eficaz neste item. Destarte, pode se afirmar que o gestor para realizar alguma tomada de decisão, estuda exaustivamente a situação, levando em consideração o momento do mercado, as negociações realizadas anteriormente, reformulando-as quando necessário expandindo assim a empresa a um patamar imediatamente superior, visto que vem dando certo, pois o empreendimento inicialmente segundo o proprietário era: “apenas um consultório médico, tendo adquirido hoje status de clínica médica, com exames diversos, internações e especialização em medicina e saúde ocupacional”. 3.1 Estratégia Adotada pela Empresa A estratégia adotada pela empresa pesquisada é a estratégia de crescimento, visto que constantemente se buscam chances de desenvolvimento oriundas de circunstâncias favoráveis, tendo o intuito de constante crescimento, aproveitando as oportunidades e lacunas encontradas no mercado, em razão de que no ramo de atividade da empresa em questão sempre surgem novas empresas que necessitam dos serviços prestados pela Nippon Express do Brasil. Considerando o conjugado de ações e atividades com metas a serem alcançadas, utilizando-se de recursos e disponibilização de tempo para sua prática a empresa estudada sempre aponta e especifica metas e indicadores que demonstram o desempenho alcançado o que se pretende alcançar. A empresa estudada demonstrou procurar a estratégia do crescimento “Por clientes” – onde as estratégias de crescimento da empresa são ampliar seu nicho de mercado oferecendo produtos / serviços que alcance e agrade aos clientes de diferentes ramos de atividade, assim a empresa não muda seu foco de clientes, continuando o mesmo, só ampliará a base de clientes. (EDMUNDO, 2013). 3.2 Formulação e Implantação da Estratégia Toda formulação e implantação da estratégia adotada pela empresa objeto de estudo deste projeto de pesquisa é embasado no conceito descrito por Zago (apud OLIVEIRA, 1995), sendo: I. Decidir no presente pensando nas implicações futuras, incluindo-se então até mesmo as negociações salariais, com vista no impacto financeiro no orçamento da empresa (1); II. A inter-relação que visam alcançar os objetivos previamente estabelecidos (1), demonstrando que mesmo com tensão nas negociações salariais, a empresa deve convencer seus funcionários e fornecedores que os serviços prestados serão de “primeira”; III. Levar em consideração que o planejamento é mais importante que o seu produto final, ou seja, ele deve ser feito pela empresa e não para a empresa(1), ou seja, o gestor planeja e executa dentro de um cronograma pré- estabelecido, remetendo queos serviços oferecidos pela companhia há que se preocupar com a satisfação do consumidor final do serviço executado. A empresa pesquisada neste projeto utiliza finalmente dentro do planejamento e gerenciamento estratégico as atividades de apoio descritas a seguir como suporte e aporte para manutenção de suas atividades dentro do proposto e programado. 3.2.1 Atividades de apoio • Gestão de recursos humanos: atividades de recrutamento, treinamento, seleção; • Infra-estrutura: envolve atividades gerenciais e de logística; • Produção: profissionais que executam os serviços oferecidos; • Marketing e vendas: departamento que executa a promoção e fecha contratos, relaciona-se antecipadamente com o público-alvo; • Distribuição: responsável pela organização dos sistemas diversos da empresa; • Recursos humanos: setor responsável pelo gerenciamento de pessoal; • Finanças: departamento responsável pelo gerenciamento das atividades financeiras do empreendimento. Pontuando o capítulo, no planejamento estratégico a empresa foco da pesquisa demonstrou estar em consonância com o proposto dentro da análise, pois “a estratégia corporativa explicita como a empresa utilizará os seus recursos e suas capacidades para construir e sustentar as vantagens competitivas que influenciarão de forma favorável as decisões de compra dos clientes”. (FAHEY, 1999, p. 15). 4. SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS Segundo Chiavenato (2008), a gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformações nestes últimos anos. A visão que se tem hoje da área é totalmente diferente de sua tradicional configuração, quando recebia o nome de Administração de Recursos Humanos (ARH). Segundo Mariano (2011) [...] além de promover e entender o papel do capital intelectual em quaisquer tipo de organização empresarial, evidencia‑se o alto custo de algumas rotinas para a gestão financeira, levando a empresa a gastos desnecessários caso tais rotinas sejam executadas de forma indevida ou até mesmo sem um planejamento adequado. Assim, o gestor de Recursos Humanos, como outros gestores da empresa (financeiro, administrativo, contábil etc.) passa também a participar da obtenção do resultado da empresa, uma vez que, conhecendo os gastos oriundos de suas rotinas, poderá planejá-los de forma satisfatória. (MARIANO, 2011, p. 9). Evidenciado que o custo proveniente com a gestão de recursos humanos impacta diretamente na gestão financeira de qualquer empresa, o presente capítulo vem, portanto, fechar o projeto de pesquisa ora apresentado, complementando os tópicos anteriores, incluindo-o dentro da importância aportada às técnicas de negociação e planejamento estratégico. A empresa pesquisada neste projeto possui um departamento de administração de recursos humanos, que procura fazer muito mais do que só a folha de pagamento e ser o que antes era chamado tão somente de departamento de pessoal, a empresa procura capacitar seus colaboradores antes mesmo da introdução dos mesmos no mercado para representar a empresa em questão. Para fins de conhecimento explicitaremos a rotina interna do departamento pessoal, demonstrando tipos de contratos, e normas pertinentes à seleção, admissão, permanência e desligamento da companhia. 4.1 Setor de Recursos Humanos Na empresa existe o chamado setor de recursos humanos, ambiente que “[...] é responsável por melhorar o resultado da empresa, através do recurso “pessoas”. Ou seja, fazer com que os acionistas e a sociedade tenham suas necessidades atendidas, através do conhecimento, do trabalho e da atitude das pessoas de uma empresa”. (GRUBER, 2010, n.p.). Porém o que o referido setor responsável por tais atividades apresenta mesmo são atividades inerentes ao do departamento pessoal, um ramo do setor de recursos humanos que “tem por objetivo efetivar todos os registros legais e necessários para a administração burocrática exigida pelas práticas administrativas e pelas legislações que regem a relação „capital e trabalho‟” (MARRAS ,2002, p. 189), enquanto administração de Recursos Humanos segundo Knapik (2006, p. 41) possui uma “[...] gestão mais dinâmica e focada no desenvolvimento e na motivação das pessoas. Preocupa-se com os interesses dos colaboradores”. Os procedimentos são descritos no quadro 3 e detalhados no próximo tópico: Quadro 3 – Rotinas trabalhistas; práticas do departamento pessoal Admissão de empregados Contratos de trabalho Vigência do contrato Rescisão contratual Exame médico admissional; Registro de empregados: Valetransporte; Outros benefícios Modalidades de contrato; Prazo indetermina do e determinado , a tempo parcial; Contrato de estágio Remuneração e salários; Jornada de trabalho; DSR/RSR; Direito de Férias; Gratificação de natal Aviso prévio; Exame médico demissional; TRCT; Homologação; Prazos p/ pgto da rescisão e verbas; Indenização adicional; Descontos permitidos; Fonte: Valor RH – Consultoria e Treinamento, 2014. Destarte fica compreensível que realmente a empresa apresenta departamento pessoal, visto que o setor de recursos humanos não preza pelo desenvolvimento das carreiras de seus colaboradores. 4.2 Rotinas do Departamento de Recursos Humanos 4.2.1 Controle da frequência dos funcionários Tendo empregados com atribuições distintas o departamento utiliza como sistema de controle a folha de ponto, que são recolhidos mensalmente pelo encarregado do setor de trabalho, ficando os mesmos com a tarefa de fazer relatórios referentes a pagamento de horas extras, adicionais, abonos e faltas. Cabe ao setor de recursos humanos elaborar a escala de serviço, férias, além é claro de recebimento e apontamentos de atestados médicos e promover atualizações na carteira profissional. 4.2.2 Lista mensal da remuneração paga aos trabalhadores O sistema de pagamento apresentado na empresa é o mensal; [...] estabelecido com base no calendário oficial, sendo apurado no fim de cada mês o valor a ser percebido pelo empregado, considerando mês, para todos os fins, o período de 30 (trinta) dias, não se levando em consideração se este mês tem 28, 29 ou 31 dias. Por envolver o salário dos funcionários, tal tarefa exige muita atenção e responsabilidade. Nessa forma de pagamento de salários, deverá o empregador pagar ao seu empregado até o quinto dia útil do mês seguinte, sendo considerado o sábado como dia útil. (MACEDO e ROCHA, 2005, ps. 25-26). Segundo Marras (2002, p.193)” [...] é um processo contábil de entrada e saída, de crédito e débito, onde por um lado entra a remuneração do [...] e de outro os descontos legais [...] e os descontos eventuais como vale-refeição, vales, faltas e atrasos etc.” A folha de pagamento é informada e fechada de forma manual, fechando-se o sistema individualmente por funcionário, sendo na folha que é apontado e descontado contribuições e impostos sindicais ou associativos e recolhimento previdenciário. 4.2.3 Admissão de funcionários Ao se admitir um funcionário, solicita-se sua documentação pessoal, além da documentação obrigatória, que é a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), ao menos uma foto 3x4 para identificação na sua ficha funcional e comprovante de residência. É de suma importância que, além dos documentos obrigatórios, se solicitem ao empregado outros documentos, acessórios, para a sua total identificação, bem como para o preenchimento do livro ou ficha de Registro de Empregado, tais como: CIC, Certificado de Reservista (para homens com mais de 18 anos), Título Eleitoral (para pessoas com mais de 16 anos), Carteira de Identidade, etc. (COSTA apud MACEDO e ROCHA, 2005, n.p.). Com toda documentação em ordem, aponta-se na CTPS a “data da admissão, remuneração e as condições especiais,se houver [...]”. (BRASIL, 1989, Art. 29). Depois de toda a tramitação concluída, orienta-se o novo contratado sobre data de pagamento, valores, normas e cultura organizacional, folha de ponto, uniforme, utilização de EPI’s e benefícios, encaminhando o colaborador para onde o mesmo cumprirá suas atividades. 4.2.4 Apoio em processo demissional Conforme versado na Carta Magna Artigo 7º, inciso XXI: “aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;”, ou seja, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deverá avisar a outra de sua resolução, com antecedência mínima de 30 dias (MACEDO e ROCHA, op. cit.). Ainda, segundo Marras (2002), após fornecer o aviso prévio ao empregado, verificam-se nos diversos departamentos da empresa eventuais irregularidades ou pendências na situação do empregado, bem como devolução de uniformes, ferramentas, etc. O processo finda com a anotação da rescisão na CTPS e envia uma homologação para o sindicato da categoria ou outro representante e delegacia do trabalho. 4.2.5 Orientação sobre dúvidas/benefícios Orientam-se aos colaboradores eventuais benefícios que os mesmos tenham direito como salário-família, PIS/PASEP, etc. sanando dúvidas sobre assuntos pertinentes. - Benefícios previdenciários e oferecidos pela empresa: - Seguro desemprego; - 13º salário; - Pensão por morte; - Auxílio-acidente; - Salário-família; - Licença-maternidade; - Assistência médica; e - Vale refeição. 4.2.6 Realização de relatórios Os relatórios são para os mais diversos fins, que vão desde meramente estatísticos, a envio para o setor de contabilidade, para as mais diversas verificações, tendo por finalidade “[...] assessorar a implementação da política de gastos com pessoas [...], criando ferramentas estratégicas que fortaleçam a estrutura organizacional do Departamento de Recursos Humanos. (ALVAREZ, 2014, n.p.). Incluem-se nestes relatórios o preenchimento de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), caso haja, conforme determina a legislação vigente. 4.3 Tipos de Contrato Trabalhista na Empresa A modalidade de contrato que a empresa utiliza no seu dia a dia é o Contrato por Prazo Indeterminado, conforme a CLT “Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”, descrito como [...] um contrato comum que não existe período pré-definido, normalmente, quando acaba a vigência do contrato de experiência, não havendo dispensa por parte do empregador, nem o desejo de ser dispensado por parte do empregado, entra-se no período de contrato por tempo indeterminado. (RAMOS, 1998, n.p.) Não dá para perceber se inicialmente há vantagem ou desvantagem para o empregador neste tipo de contrato, visto que “quanto a questão de quais "as vantagens para a empresa em contratar seus funcionários, ao invés de terceirizar os serviços.",[...] não se trata de vantagem ou desvantagem, e sim, o que é ou não permitido por lei, e, conforme mencionado acima, sobre a terceirização vantagens e desvantagens, fica a cargo do empresário a tomada de decisão quanto a contratação de funcionário e/ou terceirização”. (SEBRAE, 2004). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final desta pesquisa fruto do projeto integrado multidisciplinar VIII, pôde se chegar à conclusão que a empresa no que tange à negociação realizada entre a companhia e seus fornecedores / consumidores aplica técnicas com um tom de modernidade, visto que é possível uma negociação aberta quando as alternativas apresentadas envolvem ambas as partes, podendo ou não apresentar interesses conflitantes, envolvendo as peculiaridades individuais (MELLO, 2014). Porém ao mesmo tempo, quando se trata de negociação entre empregado / patrão o negociador apresentando uma postura agressiva / opressiva não deu sinais de, neste ponto, ser tão aberto à negociações. Mesmo assim apresentou conhecimento do assunto, com sua problematização, sabendo interpretar a comunicação não verbal de seu oponente e conhecimento de legislação específica. Desta forma, quanto a este tópico, é correto afirmar que considerando que segundo Mello (ibid.) a busca por objetivos, a habilidade para os relacionamentos humanos e a tomada de decisão são fatores comuns na negociação, o empreendedor demonstrou de que precisa treinar toda sua equipe no quesito técnicas de negociação para não “ficar para trás” em relação às demais empresas que investem em capacitação de seus colaboradores, em qualquer escala de hierarquia. Quanto ao levantamento feito sobre o planejamento estratégico implementado na empresa, a unidade demonstrou estar em conformidade com o que o planejamento se propõe afinal a companhia sabe utilizar seus recursos e suas aptidões para conseguir manter sua competitividade no mercado, influenciando desta forma o consumidor do produto final que a empresa oferece. Ficou evidenciado na pesquisa que para a empresa o planejamento estratégico é uma forma de organizar as ações de uma empresa, grande ou pequena, para que as coisas funcionem da maneira que foi arquitetada, tendo que cada empresa se adequar à sua realidade. (MORAES, 2012). Complementando a presente pesquisa, passaremos a comentar como o tópico sistemas para operações de recursos humanos é aplicado na empresa objeto deste estudo, evidenciando que no que tange à administração de recursos humanos a companhia apresenta realmente é um departamento pessoal, visto que somente se preocupa com a burocracia do DP, não demonstrando se preocupar com a gestão de recursos humanos em si, não capacitando nem se ocupando em gerenciar as carreiras de seus colaboradores, trazendo assim um ponto negativo na questão, o ponto positivo é que são garantidos os direitos e benefícios previstos na legislação e previdência social. Encerra-se então a análise com a impressão de que a empresa objeto deste projeto de pesquisa aqui descrita há que se aperfeiçoar no quesito técnicas de negociação, capacitando sua equipe e desenvolvendo um sistema de negociação em que todos devam se considerar satisfeitos, complementando com a ideia de que quanto ao planejamento estratégico a empresa está confortável pelo que o empreendimento se propõe. De modo geral, aventa-se a possibilidade de a empresa estar de certo modo inserida em um contexto aceitável para uma empresa de seu porte e características, visto que a empresa aqui estudada apresenta bons conceitos quanto às negociações realizadas, se mantendo em um cronograma que é cumprido quanto ao planejamento da instituição, encerrando com um departamento de recursos humanos que apesar de ser na realidade um departamento pessoal, consegue cumprir o papel ao qual se propõe. 6. REFERÊNCIAS CAVALCANTI, Francisco Antonio. Planejamento estratégico participativo: concepção, implementação e controle de estratégias. São Paulo: Editora Senac, 2008. CHAVES, Luciano Athayde. Trabalho, tecnologia e ação sindical: a condição bancária no panorama da acumulação flexível. São Paulo: Annablume, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3ª Edição, Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2008. CHIAVENATO, Ildaberto. SAPIRO, Adão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. COHEN, H. Você pode negociar qualquer coisa. 8ª edição. Record. Rio de Janeiro. 1980. DELGADO, Mauricio Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTr, 2001. FAHEY, L. Gestão estratégica: o desafio empresarial mais importante da atualidade. Rio de Janeiro: Campus, 1999. KNAPIK, J. Gestão de pessoas e talentos. Curitiba: IBPEX, 2006. KOTLER, P. Administração de Marketing, análise, planejamento, implementaçãoe controle. São Paulo: Atlas, 1975. MACEDO, Manoel Carlos dos Santos. ROCHA, Renato Mendonça da. Rotinas aplicadas ao departamento de pessoal das empresas. Porto Alegre: CRC/RS, 2005. MARIANO, Kelly S. Oliveira. Sistema para operações de recursos humanos. São Paulo: Editora Sol, 2011. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 5. ed. São Paulo: Futura, 2002. MARTINELLI, D. P. Negociação empresarial: enfoque sistêmico e visão estratégica. São Paulo: Manole, 2002. MARTINELLI, D. P. ALMEIDA, A. P. Negociação e solução de conflitos: do impasse ao ganha‑ganha através do melhor estilo. São Paulo: Atlas, 1998. MATOS, Francisco Gomes. Negociação gerencial: aprendendo a negociar. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1989. MELLO, Lérida Gherardini Malagueta Marcondes de. Técnicas de negociação. São Paulo: Editora Sol, 2014. MORAES, Renato Bulcão de. Planejamento estratégico. São Paulo: Editora Sol, 2012. NASCIMENTO, Eunice Maria. Administração de Conflitos. IN: Volume V. Coleção Gestão Empresarial. Curitiba: Gazeta do povo, 2002. OIT – Organização Internacional do Trabalho. Manual de negociação coletiva e resolução de conflitos no serviço público. Genebra: Departamento des Actividades Sectoriais, 2011. REZENDE, Denis Alcides. Planejamento estratégico para organizações privadas e públicas: guia prático para elaboração do projeto de plano de negócios. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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