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Resumo cap 2 livro hibridização dos tecidos duros nakabayashi

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Marina Michels Dotto - Acadêmica de Odontologia UFSM 
 
Resumo do livro  
Hibridização dos Tecidos Dentais Duros 
Dentística I 
2018/02 
 
Capítulo 02: Propriedades da Dentina 
 
1. Composição Química 
 
Dentina é um composto biológico de uma matriz de colágeno preenchida com cristalitos de apatita, 
ca++ deficientes e ricos em carbonato. Composição química: 50% mineral, 20% água e 30% matriz 
orgânica. Dentro dos ​túbulos dentinários há uma fração significativa de água​​. O conteúdo de 
água na dentina é menor na dentina superficial. Na dentina profunda há maior quantidade de dentina 
intertubular rica em colágeno. ​A quantidade de dentina peritubular hipermineralizada aumenta 
na mesma proporção que a quantidade de dentina intertubular diminui e deixa a média do 
conteúdo mineral bem parecido na dentina superficial e profunda.​​ Há menos colágeno na 
superficial, pois há túbulos menos largos. 
 
2. Propriedades Mecânicas 
 
> Resistência à Fadiga: ​​Dentes são estruturas relativamente fortes, entretanto podem sofrer 
microfraturas. A dentina é menos friável do que o esmalte, mas é mais resistente ao desgaste. A 
dentina apresenta menor dureza em relação ao esmalte. A dentina não apresenta o mesmo 
mecanismo de reparação do osso, porém as microdeformações induzem os ​odontoblastos​​ presentes 
no tecido da polpa a produzirem ​dentina reacionária​​. Esse processo reforça o dente parcialmente. 
 
> Microdureza: ​​Dentina em regiões superficiais apresenta mais dureza do as de regiões profundas. 
 
> Elasticidade: ​​A dentina​ mineralizada é relativamente rígida ​​e tem uma resistência máxima de 
230 a 370 MPa (compressiva) ou 45 a 138 MPa (cisalhamento) que varia com a profundidade 
dentinária. Depois do condicionamento ácido, a fase mineral da superfície dentinária e algumas 
proteínas não-colagenosas são solubilizadas e parte dessas proteínas são extraídas, expondo as fibras 
colágenas da matriz da dentina desmineralizada. Isso produz uma mudança nas propriedades físicas 
da dentina. 
A matriz da dentina desmineralizada fica muito macia e elástica.​​ Seu módulo de elasticidade é 
de 5 MPa, 1000 vezes menor do que a dentina mineralizada. Implicação clínica desta baixa dureza é a 
facilidade em desmoronar a rede de fibras colágenas quando secas com ar. 
 
3. Natureza Clínica da Permeabilidade dos Túbulos e da Matriz Dentinária Intertubular 
Desmineraliza 
 
A permeabilidade dos substratos para a adesão dos monômeros nos substratos são fatores essenciais 
para a hibridização de resinas. Brocas produzem lama dentinária, que reduz a permeabilidade da 
resina intertubular e tubular. 
 
Permeabilidade ​​é a facilidade que uma substância se move dentro ou através de uma barreira de 
difusão. 2 tipos: primeiro, ​o movimento do fluido dentro dos túbulos dentinários é responsável 
pela sensibilidade ou dor. 
 
E segundo, a difusão de monômero na dentina intertubular desmineralizada entre os túbulos, 
conhecido como ​permeabilidade dentinária intertubular​​. Para haver a formação da camada 
híbrida, a dentina deve intertubular deve ser desmineralizada (expondo as fibras c da matriz) e criar 
trajetórias de difusão para infiltração dos monômeros. Essas fibras estão separadas por um espaço de 
15 a 20mm de largura, que antes eram ocupados por cristais de apatita. Depois que a superfície é 
condicionada com ácido e enxaguada com água, estes espaços ficam cheios de água em 
aproximadamente 15 a 30 nanom de extensão.​ É através desses espaços que os monômeros 
adesivos têm que se difundir e infiltrar a matriz dentinária desmineralizada. 
 
A penetração dos monômeros resinosos nos túbulos para formar prolongamentos de resina na dentina 
intratubular é um exemplo de permeabilidade dentinária intratubular. 
 
4. Difusividade de Monômeros 
 
Assim que os espaços entre as FC da dentina desmineralizada ficam cheios com água, o único 
mecanismo disponível para infiltração de monômeros está na difusão de monômeros nos espaços do 
substrato e ao longo de fibras colágenas. Essa zona é chamada de ​zona de interdifusão de resina. 
 
5. Fatores que Afetam a Interação da Permeabilidade Dentinária e Difusão dos Monômeros 
 
> Rede de Fibras Colágenas: ​​Sobre algumas condições (como alta concentração de água, pH ácido) 
as ​FC podem inchar ligeiramente​​ (aumentando o diâmetro e comprimento) e reduzir a largura do 
espaçamento perifibrilar, dessa forma​ fica mais difícil para os monômeros do primer a sua 
infiltração​​ na rede de FC. Sob outras condições (como secagem com ar, desidratação através de 
solventes orgânicos com miscíveis em água) ​as FC podem encolher​​, dessa forma aumenta a largura 
dos espaços. 
Mudanças nos espaços alteram a permeabilidade da dentina intertubular e podem permitir a 
penetração de menos monômero na matriz dentinária desmineralizada. 
 
Se a rede de FC desmorona (colapsa), o espaço entre as fibras desaparece e fibras adjacentes entram 
em contato íntimo entre si. Na ausência de água ou substâncias que formam pontes de H, os 
peptídeos do colágeno podem formar ​pontes de H intermolecular​​, com os peptídeos do colágeno 
vizinho e​ isso contribui para aumentar o colapso da rede​​, gerando encurtamento das fibras e 
aumento na rigidez. 
Alguns​ monômeros podem quebrar as ligações de ponte de H intermolecular​​, como HEMA, 
4-META, Fenil-P, através da ação da massa, ​amaciando a rede e permitindo que ela expanda 
novamente. 
 
Entretanto,​​ grandes concentrações de ​HEMA​​ podem desidratar a dentina desmineralizada, 
permitindo o desenvolvimento de mais pontes de interpeptídeos de H onde existiam previamente 
pontes de H com água. Logo concentrações altas desse ​primer​​ podem encolher e endurecer o 
colágeno dentinário. 
 
As misturas de comonômenos reexpandem a dentina desmineralizada colapsada mais efetivamente 
que o HEMA sozinho. 
 
> Proteínas Não-Colagenosas: ​​Cerca de 10% do conteúdo protéico da matriz dentinária. São 
moléculas altamente energizadas que unem-se a grandes quantidades de água na dentina 
desmineralizada. 
 
Colágeno + proteínas não-c + GAGs = matriz hidrogel 
 
Matriz hidrogel​​ é uma rede de polímeros hidrofílicos capazes de embebedar grande quantidade de 
H20, e é insolúvel por causa da presença de ligações cruzadas e embricamento molecular. Esses 
hidrogéis podem servir para manter a hidratação do substrato úmido. 
 
> Solubilidade do Primer: ​​Alguns monômeros hidrofílicos, como o HEMA, são extremamente 
solúveis em H20 ou acetona. Se o HEMA pode tomar o lugar da água nos espaços ao redor das FC, 
pode servir a um solvente polimerizável para o monômero adesivo aplicado, consequentemente, 
dando tempo suficiente de difusão. 
 
A condição ideal existe quando há alta permeabilidade do substrato (dentina) e alta difusividade da 
solução (resina do monômero). 
 
> Fluxo de Fluído: ​​Após a aplicação do primer a superfície da dentina deve ficar uniformemente 
brilhosa. Áreas foscas podem identificar que a concentração do monômero nessa região é mais baixa 
do que nas regiões brilhosas adjacentes. Isso tem uma consequência na adesão.

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