APS TEORIA DAS DECISÃO

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Aluna: Isabela Alves Dias Brito Cerqueira 
Professor: Luciana Buck 
Disciplina: Teoria da decisão e simulações em negócios 
Data : 29/10/2020 
 
Atividade Prática Supervisionada 
Análise do Filme: “Doze homens e uma sentença” 
1. Fazer uma resenha analisando como é possível perceber no filme o conceito da 
racionalidade limitada no processo de decisão. 
 
No início do filme, o juiz estabelece as condições para que seja feita a decisão de 
veredito, como culpado ou inocente, a qual deve ser unânime. Se o réu for julgado culpado, é 
aplicada a pena de morte. Os doze jurados são os responsáveis pela tomada de decisão, o 
objetivo é definir o réu como culpado ou inocente. Já recolhidos na sala do júri é realizada uma 
votação preliminar, onde os jurados votam quem acredita que o jovem é culpado ou inocente. 
Essa votação é realizada seguindo o procedimento padrão, sem debater qualquer aspecto do 
caso, apenas após os jurados ouvir todos as testemunhas, mas ainda não tiveram nenhum debate 
entre eles, é realizado assim a fim de conhecer a o entendimento prévio de cada um e do grupo. 
 
A votação surpreendeu os jurados, pois apenas um votou na inocência do réu. O 
resultado dessa votação preliminar mostra a racionalidade limitada na tomada de decisão, pois 
ela não é completamente racional, já que o indivíduo decisor não possui acesso a informações 
completas, e tem capacidade limitada de adquirir, processar e organizar conhecimento. Isto 
configura a racionalidade limitada, na qual o ser humano consegue ser racional até certo ponto, 
dentro de suas limitações e as limitações do seu ambiente, e precisa assim avaliar as alternativas 
disponíveis para tomar a melhor decisão possível, com conhecimento incompleto. O indivíduo 
tende a ir de encontro a solução que será mais rápida, consequentemente, aquela já foi 
empregada anteriormente em algum momento, levando a uma acomodação ao invés da procura 
de outras possíveis soluções, não atendendo aos critérios que levam ao detalhamento e tamanho 
das alternativas disponíveis. Desta forma as soluções escolhidas são apenas agradáveis, e não 
uma solução com alto nível de desempenho. 
 
Ao final do filme os jurados decidem pela inocência do acusado podemos concluir que 
a análise as provas e fatos mudaram a opinião das jurados, sendo o indivíduo incapaz de tomar 
decisões de maneira completamente racional, suas ações se veem afetadas pelos fatores 
mencionados, motivações hedônicas e a disponibilidade de informação acaba determinando o 
rumo de suas escolhas. Tanto fatores internos como externos exercem pressão, e alteram 
decisões. O ser humano tem a capacidade ilimitada de receber informações e analisar cursos 
de ação, porém, esta capacidade se limita na hora de selecionar as melhores opções. 
 
2. Apontar, de acordo com o filme, os fatores que limitam a racionalidade e como eles agem 
no processo decisório. 
 
O jurado que votou na inocência do réu apresenta aos demais onze membros do júri a 
necessidade de se avaliar cada uma das provas apresentadas pela promotoria, os depoimentos 
prestados pelas testemunhas , objetos e circunstâncias ligadas à cena do crime, ao ambiente 
próximo e interligado à esta cena, além de detalhes mínimos e específicos, particulares e 
individuais, ligados às próprias testemunhas. Durante essas cenas de análises dos fatos observa-
se que as informações antes obtidas como certas, podem variar de acordo com que são 
analisadas. E no decorrer do debate, os jurados começam mudar posicionamento inicial. 
Assim percebem que cada um julga de forma diferente o mesmo fato, o mesmo dado, 
mesma prova, depoimento, circunstância anteriormente analisados, na sala de audiência. Sendo 
a racionalidade humana limitada, o processo decisório é afetado por diversos fatores, que 
influenciam e alteram as escolhas de indivíduos e grupos. Estes fatores incluem motivações 
pessoais e profissionais, necessidades, valores, experiências, percepção individual, cognição, 
o ambiente - que restringe as opções disponíveis para escolha - e aspectos sociais, e podem ter 
foco em interesses pessoais ou de uma sociedade em comum.