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4ºAula
Escola e Sociologia
 da Educação
Vamos conhecer alguns aspectos que caracterizam a 
escola e a Sociologia da Educação? Além disso, trataremos 
da relação entre a escola e a comunidade. Abordaremos os 
aspectos gerais da educação no Brasil, tanto a urbana quanto 
à rural.
Se ao final desta aula tiverem alguma dúvida ou 
questionamentos, vocês poderão saná-los por meio da 
ferramenta “fórum”, lá é o espaço para dúvidas e discussões. 
Vamos aprofundar conhecimentos! 
Bons estudos!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
24Sociologia da Educação
1 - A escola como um grupo social instituído
2 - O estudo sociológico da Escola
3 - A educação brasileira no século XX
4 - Sociologia da Educação
5 - A situação atual da educação no Brasil
Seções de estudo
1 - A escola como um grupo social 
instituído
2 - O estudo sociológico da Escola 
Vimos em Sociologia Geral que a escola, “do ponto de 
vista sociológico, pode ser considerada como um grupo social 
e instituição”. Segundo Oliveira (1996) ela é: considerada uma 
reunião de indivíduos (alunos, professores e funcionários) 
com objetivos comuns e em contínua interação, a escola é um 
grupo social que transmite cultura. 
Além disso: “A escola pode também ser vista como uma 
instituição, ou seja, um conjunto de normas e procedimentos 
padronizados do indivíduo e a transmissão de determinados 
aspectos da cultura” Oliveira (1996).
Reconhecendo a escola como um grupo social instituído, 
Oliveira (2000) afirma que a educação como processo, tem 
como um grupo especializado na transmissão cultural, que é 
o grupo educativo, a escola.
Enquanto o conteúdo culturalmente elaborado era 
muito restrito, não havia a necessidade de uma instituição ou 
organização especializada para transmiti-lo de geração para 
geração. Os demais grupos sociais como a família, Igreja, 
clube, Estado etc., realizavam e ainda até hoje realizam o que 
chamamos de educação assistemática, tendo essa finalidade.
A partir do momento em que os conhecimentos foram 
ampliando e tornando-se mais robustos e complexos, a 
sociedade começou a exigir pessoas com treinamentos 
específicos para a transmissão de conhecimentos. Sendo 
assim, surgiu o que chamamos de escolas, cujo objetivo é a 
realização da educação sistemática.
conservadora, a escola passou a ocupar lugar 
de importância no processo de organização 
das sociedades desenvolvidas, nas quais a 
constituem indicadores de atraso. Toda 
sociedade possui grupos encarregados de 
satisfação das necessidades dos indivíduos, 
nos vários campos da atividade humana. A 
medida que o número de especializações 
vai aumentando, a sociedade vai delegando 
poderes aos grupos instituídos, com a 
emergentes (OLIVEIRA, 2000, p. 105).
Esse grupo para atender as necessidades de sua sociedade, 
precisa antes de tudo, ser organizado, possuindo normas, 
valores e padrões específicos de sua função e de acordo com as 
características dessa mesma sociedade.
Nas palavras de Oliveira, (2000, p. 106), a escola possui 
algumas características:
o objetivo de transmitir a herança cultural da 
 é um grupo de cooperação, constituído de 
uma maioria de jovens e uma minoria de adultos, 
representando, respectivamente, o corpo 
 é um grupo instituído porque é instalado por 
outros grupos que são mais ou menos alheios à 
intimidade de seu processo educativo. 
Quem geralmente funda e faz a manutenção de uma 
escola são os governos, a Igreja ou instituições privadas. De 
certa forma, as escolas expressam o modo de pensar e de 
sentir, e refletem os interesses de grupos mais poderosos. 
Seguem outras características:
indivíduos para o trabalho e inculca-lhes 
uma certa ideologia que os faz aceitar a sua 
situação de classe social, funciona como um 
mecanismo de reforço do modo de produção 
capitalista, porque, por um lado, reproduz as 
forças produtivas e, por outro, as relações de 
de classes, é um aparelho do Estado que tem 
por principal função manter a unidade, a coesão 
de uma dada formação social, consagrando a 
dominação da classe existente. 
escola como instituição social deve ser, antes 
de experiência didática, uma forma exemplar de 
sociedade (OLIVEIRA 2000, p. 107).
Dentro desta perspectiva liberal temos que entender que 
a escola não deve ser somente um lugar em que os meninos e 
meninas vão lá para “adquirirem” conhecimentos e habilidades 
para usarem no futuro, mas sim, um grupo vivo e com atitudes. 
A comunidade escolar ideal é aquela em que todos têm as 
mesmas oportunidades para aprenderem, onde a educação 
provém de um conceito político e filosófico de que a educação 
é um direito de todos e não um privilégio de poucos.
Para Vieira (1994, p. 106-107), a reflexão sobre o 
estudo sociológico da escola necessariamente faria com 
que buscássemos informações de estudos realizados pelos 
sociólogos que se preocuparam com a educação dentro de um 
contexto social. 
25
3 - A educação brasileira no século XX 
No último de seus livros póstumos, Introdução à Sociologia 
da Educação, o sociólogo húngaro Karl Mannheim (1893-1947) 
aponta algumas funções da escola:
1- A primeira, expor certos fatos considerados 
importantes.
2 - [...] a segunda função principal da escola 
é estimular certas atitudes julgadas úteis na 
realização da tarefa da aprendizagem e também 
valiosas para a criança em sua vida presente e 
futura como pessoa.
3 - A terceira função principal consiste, 
naturalmente, em ajudar a prepara o aluno, por 
certo número de maneiras, para uma carreira 
ulterior.
4 - A escola também tem funções indiretas, 
a primeira das quais é utilizar os anos de 
de “treinar” e preparar para a vida adulta.
5 - Em consequência disto, a subordinação 
das crianças lhes prolonga a dependência 
econômica e tende assim a conservá-las jovens.
6 - A terceira função indireta da escola é 
estimular as pessoas a acreditarem que a 
educação deve ser equiparada às instituições que 
proporcionam instrução formal de uma espécie 
qualquer. Há, pois, uma tendência para pensar 
que a educação é sempre algo ministrado por 
especialistas ou, pelo menos, por pessoas com 
um treinamento apropriado – este é, de fato, o 
conceito restrito da educação.
Considerando essas funções específicas, na concepção de 
Mannheim apud Vieira (1994) pertencer a uma escola é ter uma 
vida escolar, tanto nas salas de aula, quanto fora delas. A escola 
tem uma história, pois por ela passaram pais e filhos ou mães e 
filhas, podemos então afirmar que ela influencia famílias, entre 
outras instituições existentes.
Além desses aspectos, precisamos reconhecer a relação 
existente entre a escola e a comunidade na qual se encontra, 
pois ela não é uma unidade educacional isolada. A escola é um 
grupo de indivíduos em constante interação. Tanto a equipe 
técnica, quanto a administrativa, o corpo docente e discente, 
todos socializam entre si, respeitando as características 
individuais.
A criança ao ser inserida nesse grupo, traz consigo 
um grande número de influências vindas da família e da 
comunidade na qual vive, o que influencia em seu ajustamento 
à escola, sendo um outro mundo.
Mesmo assim, de certa forma esta comunidade define, em 
parte, o papel do professor, isto é, quer interferir e definir o que 
será ensinado e da forma pela qual o professor deve ensinar. 
Temos que entender, que a concepção da comunidade, precisa 
ter limites em relação ao que realiza na escola. 
2.1 - Subcultura Escolar
Conforme dito anteriormente, a escola é um mundo 
dentro de outro mundo, isto é, ela tem um jeito todo especial 
de ser. Uma estrutura e funcionamento peculiares, que podem 
ser considerados como verdadeiras “subculturas”.
Para ver essa peculiaridade, é só observarmos a 
característica do estilo de vida de um indivíduo dentro da 
escola. É totalmente diferente da que ele leva na vida em geral. 
Sendo assim, vejamos o que na opinião dos sociólogos seria a 
Subcultura Escolar: 
Caracteriza-se por ter uma subcultura própria, 
isto é, um sistemade conduta diretamente 
todos cumpram, sejam professores, alunos 
ou serventes, enquanto permanecem na 
escola. A cultura escolar se diferencia 
claramente da cultura da comunidade a 
que serve, porém a magnitude da diferença 
varia consideravelmente de um caso a outro 
(OLIVEIRA, 2000, p. 118 - 119).
A escola precisa ser uma parte útil dentro da sociedade, 
que ajude ao bom andamento da mesma, nunca uma estrutura 
pesada que emperra ainda mais o andamento das coisas.
Como a escola faz parte de uma comunidade e é 
formada também por essa comunidade, ela deve atender às 
necessidades da comunidade e para isso, ela deve ser mais 
participativa na vida dessa comunidade. Principalmente ainda, 
se considerarmos aquelas comunidades mais isoladas.
É importante dizer que cabe à escola ações que cultivem 
atitudes e interesses para as questões comunitárias. Para 
isso, o educador deverá iniciar desde os pequeninhos um 
relacionamento com o meio social que o cerca. Iniciando 
com as realidades mais próximas, para que na medida em que 
eles vão crescendo, vão se interessando para realidades mais 
distantes.
No início deste século, a situação da educação brasileira, 
quanto ao conteúdo, consistia ainda em uma educação 
aristocrática, com um ensino essencialmente acadêmico, 
livresco e intelectualista. Não havia um plano nacional 
de educação que traçasse diretrizes gerais para o ensino e 
conferisse ao sistema escolar uma estrutura unitária.
Com efeito, apesar da pregação, a que não faltou 
eloquência e brilho, a República não logrou ampliar 
consideravelmente as oportunidades educativas. A situação 
após a Primeira Guerra Mundial apresentava-se deficiente 
quanto ao ensino primário e, em relação ao ensino médio, 
poucas oportunidades ofereciam à ascensão social. O sistema 
era adequado à estagnação social necessária à manutenção dos 
privilégios existentes.
Só nas décadas de 1920 e 1930 é que começou a surgir 
uma cultura autenticamente nacional. O Manifesto dos 
Pioneiros de 1932 foi um marco importante na evolução da 
educação para tornar-se mais autenticamente brasileira. Ele 
propunha uma concepção democrática de educação, com 
26Sociologia da Educação
implantação, na sociedade, da educação universal, isto é, onde 
a educação fosse direito de todos. 
Entretanto, qualquer mudança significativa no sistema 
educativo depende necessariamente de uma mudança 
em todo o sistema sociocultural, especialmente na rígida 
estrutura de classes. A distância que permanece entre os ideais 
democráticos de educação e a realidade elitista, aristocratizante 
e discriminatória que a educação assume no cotidiano das 
escolas é muito grande. Uma sociedade baseada na divisão 
de classes sociais resultantes da exploração econômica não é 
uma sociedade democrática. Para se constituir uma educação 
que seja democrática e colocá-la a serviço de uma sociedade 
que também o seja, é preciso primeiramente democratizar a 
estrutura social, o que certamente levará à democratização da 
educação.
A partir de 1930 começou uma tendência à 
democratização escolar no Brasil, considerando dois aspectos: 
a expansão das matrículas e a eliminação das desigualdades 
formais estabelecidas pela escola. Lentamente foi ocorrendo 
uma ampliação das oportunidades de acesso à escola.
Com a Lei 5 692/71 foi instituído o ensino de 1o grau de 
oito anos, igual para todos, e estabelecida uma escola única de 
2o grau. Com essa lei, foi instituído o ensino profissionalizante 
no 2o grau, isto é, todos deveriam, ao concluir o 2o grau, ter 
uma habilitação profissional, o que implicava um ano a mais 
de curso do que os três obrigatórios. 
A Lei 5 692/71 instituiu, assim, a obrigatoriedade da 
educação para o trabalho, independentemente do nível 
econômico e origem social das crianças. O objetivo era formar 
recursos humanos de nível médio e superior capazes de 
promover o desenvolvimento do país. Contudo, na verdade, 
a intenção clara e definida era descongestionar o acesso às 
universidades e encaminhar a maioria dos contingentes da 
faixa etária acima de dezoito anos diretamente para o mercado 
de trabalho. Entretanto, como aos egressos do 2o grau não se 
ofereciam oportunidades condignas no mercado de trabalho, 
eles se viam forçados a buscar no ensino de 3o grau uma via 
de ascensão social e segurança no trabalho.
A proposta da Lei 5 692/71 era como medida de política 
social, positiva, porque visava a reestruturar não somente 
o ensino, mas toda a sociedade brasileira, através de uma 
transformação profunda do mercado de trabalho.
Como essa proposta de profissionalização permaneceu 
no papel durante mais de dez anos, foi alterada pela Lei 7 
044/82. Vários fatores entraram em jogo para assegurar o 
fracasso da Lei 5 692/71. Dentre eles podemos destacar:
- despreparo físico e humano das escolas para assumir 
- falta de instalações de oficina e de professores 
(profissionais) preparados para “profissionalizarem” os 
adolescentes.
A Lei 7 044/82 acabou com a profissionalização 
obrigatória, e cada escola, a partir daí, passou a escolher 
os cursos que ia oferecer aos alunos no 2o grau: ou dar 
uma formação geral para o ingresso no curso superior, 
ou acrescentar à formação geral uma formação específica, 
oferecendo habilitações profissionais, ou, ainda, oferecer as 
duas possibilidades.
Mais recentemente, a Constituição da República Federativa 
do Brasil, promulgada a 5 de outubro de 1988, no seu artigo 
205 estabelece que a educação é direito de todos e dever do 
Estado e da família.
Assim, do ponto de vista legal, a educação brasileira 
evoluiu no sentido de dar igualdade de oportunidade a todos, 
independentemente de sua origem de classe, mas, do ponto de 
vista real, muitos continuam fora da escola ou, então, entram, 
mas são excluídos logo nos primeiros anos.
4 - O estudo sociológico da Escola 
5 - A situação atual da educação no 
Brasil 
Antes de iniciarmos a discussão sobre a educação no 
contexto brasileiro, vejamos o que Oliveira (2000, p. 09 - 10) 
fala sobre a Sociologia da Educação: “A Sociologia da Educação 
é um ramo da Sociologia geral que se ocupa dos fatos sociais 
relacionados com a educação”.
Assim, como Sociologia especial, a Sociologia da 
Educação estuda:
- a educação como processo social global que ocorre em 
- os sistemas escolares, ou seja, o conjunto de uma rede de 
escolas e sua estrutura de sustentação, como partes do sistema 
- o papel do professor.
Entre outros fatos e fenômenos.
Podemos citar fatores diversos de ordem estrutural que 
dificultam e atrasam o desempenho da educação brasileira. 
Dentre eles podemos destacar fatores estruturais e externos 
e fatores internos da própria escola.
Os fatores estruturais e externos que interferem no 
processo educativo nacional são:
1. Econômicos:
d - êxodo rural e rápido aumento da população da periferia 
e - nomadismo caracterizado pela migração na época das 
tarefas agrícolas (plantio e colheita).
27
2. Geossociais:
d - distância da casa à escola.
3. Biológicos:
c - elevada taxa de crescimento demográfico.
4. Socioculturais:
c - insulamento cultural (isolamento cultural do indivíduo) 
e analfabetismo de retorno (o alfabetizado funcional volta a ser 
analfabeto pela falta de atividades ligadas à leitura e à escrita).
Entre os fatores internos da própria escola, podemos 
destacar:
regiões do país, principalmente nas áreas rurais 
distantes, como também nas áreas periféricas 
das cidades, onde o crescimento da população 
é muito grande.
2 - Elevado índice de evasão escolar.
3 - Elevado índice de reprovação, principalmente 
nas séries iniciais do 1o grau.
4 - Despreparo do corpo docente, constituído, 
em muitas regiões, por professores leigos.
5 - Falta de recursos materiais e didáticos.
6 - Escolas com professor único para as diversas 
séries, que têm aula na mesma sala.
7 - Curta duração diária dos trabalhos escolares 
em escolas onde
funcionam três e até quatro turnos.
8 - Rotina e monotonia do ensino, que resiste 
às mudanças.
9 - Conteúdoprogramático que não leva em 
conta os valores culturais da comunidade.
10 - Baixa remuneração dos professores 
(OLIVEIRA, 2000, p.168 - 169).
Sobre a situação em que se encontra a educação rural 
no Brasil, podemos perceber que a educação rural sofre com 
os mesmos velhos e grandes problemas, sendo ainda um dos 
aspectos mais preocupantes da educação em nosso país.
É só olharmos os dados estatísticos que se referem à 
educação do campo para vermos que, mesmo superficialmente, 
são graves os problemas enfrentados. Existem hoje no país 
poucas escolas na zona rural, e quando têm a infraestrutura 
é precária, são constituídas por uma ou duas salas de aula. É 
o que denominamos salas multisseriadas, que reúne em um 
pequeno ambiente, crianças de idades e séries diferentes. 
É importante lembrarmos que, mesmo com o esforço e 
dedicação do professor, esse tipo de organização, juntamente 
com a falta de preparo, e a falta de material didático, são fatores 
que prejudicam e muito o rendimento dos professores e o 
desempenho dos alunos.
Além disso, a maioria das escolas rurais atende somente 
até o ensino fundamental I, sendo que poucas vão até o ensino 
fundamental II, o que gera uma seleção natural de quem tem 
acesso ao ensino, pois dificulta e muito para o jovem do 
campo em prosseguir com seus estudos.
Podemos observar que mesmo que os pais queiram e as 
crianças também, há uma grande falta de vagas, principalmente 
quando se trata de um nível mais elevado do ensino. Outros 
aspectos é a obrigatoriedade de um calendário escolar que 
não corresponde à realidade local e nem respeita os períodos 
estabelecidos para o plantio e colheita. O que faz com que a 
criança pare de estudar para ajudar os pais na roça nas fases 
de mais trabalho.
O que gera um grande número de alunos evadidos ou 
repetentes. Isso também se deve à grande concentração de 
propriedades para os latifundiários, que utilizam também de 
tecnologias avançadas, provocando um êxodo de pequenos 
agricultores para os centros urbanos. Outro aspecto é o 
surgimento de trabalhadores volantes, isto é, são pessoas 
que mudam com frequência de trabalho, em busca sempre 
de ocupação para o sustento de suas famílias. Seguidos, 
obviamente por seus filhos que abandonam a escola.
Somando todos esses aspectos temos o motivo que 
afugenta o professor habilitado para o ensino nas escolas 
rurais. Ele também vai para a zona urbana a procura de 
condições melhores de trabalho e uma remuneração mais 
digna. Isso se explica a grande quantidade de professores 
leigos nas escolas rurais, sendo que muitos deles nem recebem 
um salário mínimo no final do mês.
Vejamos então que:
Na situação atual, a escola rural continua 
ignorando, quando não desprezando e 
desvalorizando, a cultura da comunidade 
em que se insere. Há necessidade de uma 
maior adequação do currículo e programa 
das escolas rurais às condições de vida da 
comunidade, para que a escola não seja uma 
instituição social alienada do processo cultural 
existente. É interessante que ela seja motivo 
de crescimento da população e da comunidade 
(OLIVEIRA, 2000, p.158).
É preciso um olhar diferenciado, uma atenção especial 
por parte das políticas públicas educacionais para as questões 
do campo. Precisamos mudar essa situação.
Retomando a aula
sobre a educação brasileira.
Vamos, então, recordar:
Vimos que ao longo dos tempos ela foi sendo alterada, 
segundo também as mudanças que ocorriam na sociedade. 
28Sociologia da Educação
Vale a pena
Vale a pena ler
FERREIRA, Roberto Martins. Sociologia da educação. 
São Paulo: Moderna, 1993. 
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia da 
educação. 3. ed. São Paulo: Ática, 2000. 
Para isso vimos a relação do Estado na Educação do Brasil, 
e caracterizamos a educação no século XX. Caracterizamos 
também como está atualmente organizada nossa educação. 
Tudo isso foi possível pela contribuição da Sociologia da 
Educação como uma ciência voltada aos assuntos educacionais 
existentes. Tendo como um grupo social constituída, que é a 
escola.
1 – A Escola Como Um Grupo Social Instituído
Nessa aula, voltamos aos primórdios da criação da escola, 
falamos sobre o surgimento dela, como uma necessidade 
social, pois ela caracteriza-se como um grupo social. E como 
tal, tem seus objetivos e forma característica de ser. Pode-
se perceber que assim como mudam as sociedades, o tipo 
de escola também muda, para refletir e para atender a essa 
sociedade.
2 – O Estudo Sociológico da Escola
Abordamos a escola no aspecto sociológico da mesma, 
pois ela é parte de comunidade e não pode ser considerada 
como uma unidade educacional isolada. Quando a criança 
chega à escola, ela já faz parte de outros grupos sociais e leva 
para a escola um grande número de atitudes, crenças e hábitos 
que influenciam e serão influenciados pela escola. Podemos 
entender então, a escola como um grande repositório de 
certos ideais da cultura dominante da comunidade na qual ela 
está inserida.
3 – A Educação Brasileira no Século XX
Conhecemos os aspectos que caracterizaram a educação 
brasileira no século XX. Vimos as evoluções que ocorreram 
no último século e que nos ajudaram a entender como a 
educação encontra-se nos dias de hoje.
4 – Sociologia da Educação
Resgatamos o objeto de estudo da Sociologia da 
Educação como ciência e qual o papel que ela tem para auxiliar 
nas respostas aos problemas educacionais. Por meio dela é 
possível caracterizarmos a educação de uma sociedade. Hoje, 
podemos entender como está organizada nossa educação 
porque conhecemos como ela foi ontem e as mudanças que 
ela sofreu. 
5 – A Situação Atual da Educação no Brasil
Nessa última seção, identificamos como está a situação 
atual da educação no Brasil, tanto a educação urbana quanto 
a rural. Apresentamos alguns aspectos que distinguem esses 
dois tipos de educação e ainda outros que são semelhantes e 
gerais, mas que juntos caracterizam a educação no Brasil hoje.
VIEIRA, E. Sociologia da educação: reproduzir e 
transformar. São Paulo: FTD, 1994 (Coleção aprender & 
ensinar).
DOLL Jr. William E. Currículo: uma perspectiva pós-
moderna. Trad. Maria Adriana Veronese. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1997. 
Minhas anotações
FERREIRA, Roberto Martins. Sociologia da educação. São 
Paulo: Moderna, 1993.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia da 
educação. 3. ed. São Paulo: Ática, 2000
REIMER, E. A escola está morta. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Francisco Alves, 1983, p. 33.
VIEIRA, E. Sociologia da educação: reproduzir e transformar. 
São Paulo: FTD, 1994 (Coleção aprender & ensinar).
Referências

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