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Paula Tavolaro Cadeias Produtivas em Medicina Veterinária 03 Sumário CAPÍTULO 4 – Cadeias Produtivas em Medicina Veterinária ................................................... 05 4.1 As cadeias Produtivas da Piscicultura, Carcinicultura e Apicultura ................................... 05 05 1 Introdução Prezado aluno, bem-vindo à disciplina de Cadeias Produtivas na Medicina Veterinária. Nesta Unidade 4, vamos discutir assuntos pertinentes às Cadeias produtivas da apicultura (mel, própolis, geleia real, pólen), carcinicultura (camarão) e piscicultura, que são atualmente de grande importância econômica para o Agronegócio brasileiro. 4.1 As cadeias Produtivas da Piscicultura, Carcinicultura e Apicultura 4.1.1 Cadeia Produtiva da Piscicultura O Brasil se consolida a cada ano como um grande produtor de pescado. Como podemos observar na Figura 1, a cadeia produtiva do pescado brasileiro é bastante extensa, envolvendo muitos atores que vão desde os fornecedores de insumos até os consumidores finais. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o pescado é uma das mais importantes e saudáveis proteínas de origem animal a serem consumidas pelo homem. Apesar do crescimento observado nas últimas décadas, a produção de pescados brasileira, se comparada com ao crescimento da avicultura e suinocultura, é muito insuficiente. A produção de pescados se divide em pesca extrativista e aquicultura (criação em ambiente controlado). Segundo a FAO (2016), em 2014 a produção mundial de pescado atingiu a marca de 167 milhões de toneladas, com 73,8 milhões de toneladas provenientes da aquicultura. Na América do Sul, o Chile registrou uma produção de 1,2 milhão de toneladas (sendo o sétimo maior produtor do mundo), seguido pelo Brasil, com 561 mil toneladas (ocupando a 13a posição no ranking geral dos maiores produtores de pescado). Ainda de acordo com a FAO (2016), espera-se que no ano de 2050 a população mundial seja de 9 bilhões de pessoas, e para alimentar tantas pessoas se faz necessária a elevação nos volumes produzidos de carnes na ordem de aproximadamente mais 200 milhões de toneladas, com isso passaríamos a produzir no mundo algo em torno de mais de 470 milhões de toneladas, distribuídas nas carnes de frangos, suínos, bovinos, mas também na produção de pescados. Nesse cenário, espera-se um reposicionamento do Brasil como um dos principais produtores de pescados, junto com a China e os Estados Unidos. Capítulo 4Cadeias Produtivas em Medicina Veterinária 06 Gestão de pessoas Laureate International Universities Figura 1 Cadeia produtiva de piscicultura brasileira. Fonte: Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais (GIA). Observamos na Figura 1 o tamanho da cadeia do pescado no Brasil e destacamos a importância do licenciamento ambiental junto aos órgãos fiscalizadores. Destaca-se que ainda hoje muitas pisciculturas não possuem licença de funcionamento, o que gera risco de dano ambiental. Podemos observar ainda na Figura 1 que a cadeia da piscicultura engloba setores como pesquisa e desenvolvimento, indústrias processadoras, fábricas de rações, contribuindo muito para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Segundo o Banco Mundial (2013), cerca de mais de 60% dos peixes para o consumo humano virão da aquicultura até 2030, nesse contexto a FAO acredita que o Brasil desempenhará um importante papel de protagonista na produção de organismos aquáticos com uma produção esperada da ordem de mais de 20 milhões de toneladas por ano. Com condições ambientais para atingir essa expectativa, destaca-se que o Brasil possui cerca de 12% de toda a água doce do planeta e uma costa de mais de 8,5 mil quilômetros, com clima e relevo amplamente favoráveis para a criação de organismos aquáticos e uma grande biodiversidade tanto nos rios quanto nos mares, bem como uma das maiores produções de grão que servem como base para a alimentação dos organismos aquícolas. 07 Figura 2 Mercado de pescados em 2017. Fonte: Seafood Brasil. Podemos observar na Figura 2, que a pesca predatória ainda responde por aproximadamente mais de 53,4% do total produzido em 2016, o que evidencia a importância de estimular a produção em ambiente controlado. O volume exportado se manteve praticamente inalterado, estando desde 2015 em 59,9 mil toneladas, bem como o consumo tanto de produtos vindos da pesca (9,7 kg/hab) como da aquicultura (10,9 kg/hab), gerando 20,6 kg/hab ano, com um crescimento projetado de pouco mais de 1,7%. Grande parte do mercado brasileiro é abastecida pelo salmão produzido no Chile, tendo em vista que o Brasil não pode produzir essa espécie devido a características zootécnicas. Devemos cada vez mais estimular a produção e o consumo de espécies nativas como o pirarucu e o pintado para elevar a demanda por pescado. 08 Gestão de pessoas Laureate International Universities Figura 3 Participação dos principais produtores mundiais de pescado em 2017. Fonte: Cna (Confederação Nacional da Agricultura). A produção mundial de pescado continua crescendo em ritmo compatível com o crescimento populacional graças à aquicultura, que já responde hoje, praticamente, pela metade de todo o pescado consumido no mundo. A China ocupa o 1º lugar no ranking de maiores produtores de pescados (Figura 3). Observamos que o Brasil ocupa a 18a colocação, atrás da Indonésia, com cerca de 6,9%, e da Índia (5,5%) e de outros grandes produtores como Japão, Filipinas e Estados Unidos, evidenciando a necessidades do investimento em sistemas produtivos brasileiros. A atividade pesqueira brasileira gera um PIB nacional de R$ 5 bilhões, mobiliza 800 mil profissionais e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos. A meta do Ministério da Pesca e Aquicultura é incentivar a produção nacional para que, em 2030, o Brasil alcance a expectativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e se torne um dos maiores produtores do mundo, com 20 milhões de toneladas de pescado por ano. Hoje, o país ocupa a 17ª posição no ranking mundial na produção de pescados em cativeiro (1º Anuário Brasileiro de Pesca e Aquicultura, 2014). Ainda de acordo com o anuário, o Brasil conta com 3 mil espécies de peixes, dos quais um grande número com potencial para utilização dentro da piscicultura como dourado, jaú, matrinxã, piau, pintado, pirarucu e jundiá. A participação das espécies nativas na piscicultura fica abaixo dos 20%, enquanto na Ásia, onde está concentrada a maior produção mundial de peixes, cerca de 95% dos cultivos estão baseados em espécies nativas daquele continente (1º Anuário Brasileiro de Pesca e Aquicultura, 2014). 09 Figura 4 Balanço Brasil: pescado e frutos do mar em 2015. Fonte: Feed&Food. Observamos na Figura 4 que o consumo de pescados e frutos do mar ainda supera e muito a produção e a importação dessas fontes de proteína no Brasil, evidenciando a mudança no padrão de consumo dos brasileiros. A produção brasileira deverá aumentar mais de 39,8% entre 2015 e 2025, segundo as projeções da Feed&Food, corroborando com os dados publicados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela OMS. Observamos ainda na Figura 4 que os volumes importados deverão continuar crescendo em aproximadamente 47% no período estudado, fortalecendo a necessidade de implementar sistemas produtivos mais eficientes, que possam permitir a redução nesses valores e com isso fortalecer a aquicultura brasileira. Figura 5 Importação de pescados pelo Brasil em 2014. Fonte: Folha UOL. 10 Gestão de pessoas Laureate International Universities Destacamos que somente no ano de 2014 as importações de pescado, efetuadas pelo mercado brasileiro, cresceram aproximadamente 15%, destacando a importância para se atentar para essa cadeia produtiva, buscando fortalecertodos os elos da referida cadeia, desde o setor produtivo até o consumidor final (Figura 5). Nos últimos anos a captura de peixes se estabilizou em cerca de 90 milhões de toneladas por ano. A aquicultura evidencia um crescimento sustentado com cerca de aproximadamente 74 milhões de toneladas. Figura 6 Consumo total de proteínas animais selecionadas na dieta humana mundial em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Fonte: Feed&Food. Observamos na Figura 6 que o pescado é o principal fornecedor de proteína animal nos países desenvolvidos, com mais de 35,4% de participação na dieta, corroborando para evidenciar a importância dessa proteína para o ser humano. De acordo com o 1º Anuário Brasileiro de Pesca e Aquicultura (2014), os pescados: • Possuem todos os aminoácidos essenciais, que auxiliam na formação das proteínas, resultando no crescimento e na manutenção de um corpo saudável; • Possuem em sua composição 20% de proteína de ótima qualidade, rica em aminoácidos não essenciais; • Apresentam carne com baixo teor de gordura, sendo que o tipo predominante é a poli- insaturada (ômega 3 e ômega 6), sendo o ômega 3, de acordo com estudos, um importante anti-inflamatório que auxilia na redução do risco de doenças cardiovasculares; • Possuem ótimas doses de vitaminas A, D, E, e do complexo B, além de niacina e ácido pantotênico, iodo, sódio, magnésio, manganês, ferro e potássio; • Possuem quatro vezes mais cálcio que os outros tipos de carne; 11 • Reduzem o risco de Alzheimer; segundo pesquisas, mulheres grávidas que consomem mais peixes durante o período de gestação tendem a ter crianças mais sociáveis, devido ao ômega 3; • Auxiliam na concentração e memória; • Melhoram a qualidade do sono. A produção de pescados se divide entre a pesca predatória e a aquicultura. O Brasil tem potencial para se destacar em ambas as atividades, porém convém destacar a importância de se priorizar a produção em ambientes controlados, reduzindo o impacto ambiental e favorecendo a preservação das populações marinhas. Observamos na Figura 7 que a região de maior produção de pescado é o Centro Oeste, com aproximadamente 26,8% do total, seguido pelas regiões Norte e Nordeste, 18,6% e 19,5% respectivamente. Essas regiões são grandes produtoras de peixes em função de características edafoclimáticas, principalmente pelas altas temperaturas e oferta de água de qualidade para a aquicultura. Observa-se ainda que Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo respondem por mais de 40% da produção brasileira. Destacamos que nesses estados existe toda a infraestrutura para a produção e para o processamento, bem como grandes centros consumidores. Figura 7 Produção brasileira de pescados por região em 2015. Fonte: Revista Globo Rural. De acordo com a Embrapa (2017), as espécies mais produzidas no país são: tambaqui, pirarucu, tilápia, pacu, pintado e carpa. Na produção em água doce, os animais são produzidos em tanques escavados ou mesmo em tanques-rede, com sistema de recirculação de água ou com entrada contínua. Observamos na Figura 8 que o crescimento na tilapicultura (38% do volume total produzido) brasileira nem de perto se aproxima do setor das cadeias produtivas de carnes tradicionais, porém evidencia o potencial produtivo e o interesse de empresas do setor agropecuário brasileiro. 12 Gestão de pessoas Laureate International Universities Figura 8 Espécies mais produzidas no Brasil em 2016. Fonte: Conexão Tocantins. O Tambaqui, espécie nativa dos rios brasileiros, e que vem ganhando espaço na mesa dos consumidores, é a segunda espécie mais produzida no Brasil (Figura 8). Com aproximadamente 24% do volume total produzido, evidencia o potencial para a exploração de espécies nativas da fauna brasileira, e, principalmente, que o paladar do consumidor está aberto também para peixes de água doce. A consolidação da tilapicultura como uma atividade comercial no Brasil fez com que o país aumentasse sua produção de pouco mais de 12 mil toneladas, em 1995, para 219 mil toneladas, em 2015 (FAO, 2016). Se considerarmos o potencial brasileiro para aquicultura (em função do amplo território e condições edafoclimáticas, além do volume de água doce, entre outros), o Brasil não se consolidou como grande produtor mundial de pescados. A cadeia produtiva da tilápia fez com que o país fosse elevado para o quarto maior produtor mundial de tilápias, respondendo por aproximadamente 4% da produção mundial (mais de 5 milhões de toneladas) em 2014 (FAO, 2016). 13 Figura 9 Consumo de peixes per capita no Brasil em 2015. Fonte: Revista Globo Rural. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda-se o consumo de, no mínimo, 12 kg de peixe por habitante por ano. Podemos observar na Figura 9 que os brasileiros estão acima do recomendado; em 2013 foram consumidos cerca de 14,5 kg por habitante, porém se compararmos o consumo médio mundial, ainda estamos bem abaixo. Ainda de acordo com a Figura 9, destaca-se que o consumo no Brasil foi elevado em função de fatores como a popularização da culinária japonesa, à base de peixe, no mercado nacional; a elevação do poder aquisitivo da população e a busca por uma alimentação mais saudável. Outro aspecto a ser abordado diz respeito à crescente exportação de filé de tilápia, que atinge o mercado americano. Dados do Ministério da Indústria e Comércio (MDIC) mostram que o Brasil não exportava filés de tilápias. Em 2012, ocorreu o primeiro registro de exportação da aquicultura brasileira de filés frescos e resfriados de tilápia, que alcançou 11 toneladas e um faturamento bruto de US$ 80.103,00. A exportação dos filés oscilou entre 51 e 61 toneladas nos dois anos seguintes e, em 2015, atingiu 131 toneladas, com faturamento bruto de US$ 1.041.084,00. Podemos observar na Figura 10 que o Brasil ainda depende de pescados vindos de fora; as importações brasileiras cresceram assustadoramente no período estudado, entre 2003 e 2013 o crescimento nos valores pagos foi da ordem de aproximadamente 539% (cerca de U$ 528 milhões), certamente esse pescado poderia ter sido produzido no território nacional, caso existissem condições para que isso ocorresse. Com relação ao volume, as importações cresceram no mesmo período mais de 164% (aproximadamente 123,5 mil toneladas), principalmente de pescado vindo do Chile (Salmão) e da Argentina (Merluza), bem como de pescados vindos da China (Panga), principalmente pelo baixo preço. 14 Gestão de pessoas Laureate International Universities Figura 10 Importação de pescados pelo Brasil em 2016. Fonte: Seafood Brasil. A invasão dos peixes asiáticos criou um impasse entre produtores nacionais e importadores. Para os produtores, o preço extremamente baixo dos pescados seria reflexo da baixa qualidade do produto, que já chega industrializado e entra no Brasil pagando um imposto mínimo se comparado à carga tributária brasileira. Em matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo (2014), “o responsável pela cadeia de Aquicultura e Pesca da Emater, Luiz Danilo Muehlmann, diz que é impossível competir em preço com os peixes asiáticos. O custo de produção da tilápia, por exemplo, oscila entre R$ 2,80 e R$ 3, mas o aproveitamento é baixo. São necessários três quilos de peixe para produzir um quilo de filé. ‘Na conta final, somando custos e encargos, a tilápia não chega ao mercado por menos de R$ 20 o quilo”. Enquanto isso, o panga e a polaca do Alasca congelados são encontrados nos supermercados por menos de R$ 10 o quilo. “A competição é desigual’, diz Monteiro”. 15 Gargalos da cadeia do pescado brasileiro • Clandestinidade: talvez o maior problema a ser enfrentado não só pela cadeia do pescado, mas também de todas as proteínas animais, a venda de pescados sem a devida fiscalização coloca em risco todaa população, pois esta pode estar consumindo alimento contaminado, além de causar enorme prejuízo para o governo em relação a tributos que deixam de ser arrecadados. • Licença ambiental: como dito anteriormente, a maior parte dos produtores é pequena ou média, o que gera dificuldades em se manter enquanto empresa produtora, os órgãos ambientais estabeleceram normas para que o pescado possa ser produzido sem colocar em risco o meio ambiente. Porém, como é comum no Brasil, a burocracia emperra inúmeros processos de licença ambiental, mantendo a maior parte dos piscicultores na clandestinidade. Deve-se atentar para que o processo permita a legalização de todos os produtores, permitindo, assim, maior controle produtivo. • Contaminação por salmonela: é muito comum a contaminação por salmonela, bactéria muito comum nos ambientes, e só se encontra nos alimentos em função de manuseio incorreto dos pescados ou, mesmo, de produtos elaborados a partir dessa fonte de proteína. • Impostos: a tributação brasileira é demasiadamente pesada sobre todas as proteínas animais, não seria diferente com o pescado. Quando comparamos os custos produtivos para a produção de pescados no Brasil, com os valores pagos pelo quilo do pescado importado, na maioria das vezes o peixe importado chega às prateleiras brasileiras pelo mesmo preço que o custo de produção imposto ao piscicultor; verifica-se a necessidade de adequar tal carga tributária. Baseado nos dados apresentados, é possível estimar forte potencial de crescimento para a cadeia do pescado no Brasil. Estima-se que o mercado brasileiro de peixe crescerá cerca de 42% e a produção aproximadamente 40% nos próximos dez anos. A aquicultura, que em 2015 representava 45% da produção mundial, deverá evoluir para mais de 58% no ano de 2025. É possível inferir ainda que mesmo com todo esse crescimento projetado, o consumo per capita de peixes no Brasil, que atualmente é de 12 kg hab/ano, ainda é baixo se comparado com o de países desenvolvidos (cerca de 21 kg hab/ano), evidenciando o grande potencial para elevar tanto a produção quanto o consumo de pescados e produtos elaborados a partir dessa fonte de proteína, porém é de suma importância haja maior aproximação entre pesquisa e industrialização, assim como campanhas de conscientização junto aos consumidores, buscando esclarecer como o peixe é produzido e, com isso, estimular um maior consumo de pescados oriundos de sistemas controlados. 4.1.2 Cadeia Produtiva da Carcinicultura A indústria do pescado no Brasil vem ampliando sua produção a cada ano em função de inúmeras razões, dentre elas destacamos a mudança nos sistemas de produção que foram tecnificados e a mudança do padrão de consumidores brasileiros, buscando alimentos mais saudáveis e com baixos teores de gordura saturada, como os encontrados nas carnes vermelhas. Com 8,5 mil km de costa marítima, que abrange uma zona econômica exclusiva de 4,3 milhões de km2, com 12% do total da reserva de água doce do planeta e mais 2 milhões de hectares de terras alagadas, além de clima favorável, o grande potencial do Brasil para a produção de pescado ainda não foi realizado, principalmente no que se refere à aquicultura marinha e de água doce e, à pesca oceânica. O valor gerado pelo setor pesqueiro do Brasil no seu nível primário representa apenas 0,4% do PIB nacional (ROCHA, 2018). 16 Gestão de pessoas Laureate International Universities Figura 11 Evolução da produção mundial de aquicultura x captura em 2015. Fonte: FAO. Observa-se na Figura 11 que a produção mundial de organismos aquáticos (aquicultura), desde a década de 1980, supera a pesca predatória, porém, os volumes capturados ainda representam aproximadamente 50% do consumo total produzido, gerando pressão nas populações marinhas. No ano de 2014, a produção mundial superou a marca dos 170 milhões de toneladas. Destacamos que os volumes capturados estão praticamente estagnados, quando na realidade o que se esperava com a aquicultura era que esses volumes pudessem diminuir, fato ainda não constatado. Figura 12 Cadeia produtiva da carcinicultura. Fonte: Shest. 17 Podemos observar na Figura 12 a cadeia produtiva da carcinicultura brasileira. Destacamos a importância de o Ambiente Institucional estabelecer linhas de crédito mais acessíveis que permitam a implementação de melhorias produtivas como a construção de tanques e sistemas de tratamento de resíduos que impeçam a contaminação ambiental, bem como o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o setor. A cadeia produtiva do camarão (Figura 12) envolve cuidados que vão desde a produção de pós-larvas melhoradas geneticamente, passando por fases de recria e engorda em tanques escavados com sistema de aeração (permitindo, assim, maiores taxas de lotação), até o processamento em unidades inspecionadas com consequente venda para mercados consumidores mais exigentes e, com isso, agregação de valor no produto ofertado. Podemos observar na Tabela 1 que os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte respondem por mais de 85% da produção nacional de camarões desde o ano de 2015. Esses dois estados se destacam no cenário nacional em função de características edafoclimáticas e produtivas, concentrando praticamente todos os elos da cadeia produtiva, com exceção do mercado consumidor, que na maioria dos casos se encontra nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, no mercado nacional e; Estados Unidos e Europa, no mercado internacional. Sem dúvida, há chances do Brasil se tornar líder mundial na produção e na exportação de camarões marinhos cultivados, agregando valor ao produto brasileiro, tendo em vista que os valores pagos pelos insumos vegetais utilizados na confecção das rações são bem menores do que os valores pagos pela tonelada do camarão produzido a partir desses insumos. Tabela 1 Produção brasileira de camarões cultivados por estado Fonte: Associação brasileira de criadores de camarões (ABCC). 18 Gestão de pessoas Laureate International Universities A carcinicultura é uma das atividades comerciais que mais crescem no Nordeste brasileiro. No início da década de 1990, a produção desse crustáceo era baseada quase que exclusivamente na pesca extrativista, porém, na última década, em função da implementação de técnicas produtivas e do melhoramento genético, ocorreu um crescimento vertiginoso no número de fazendas produtoras que se instalaram basicamente em regiões de manguezais e nas margens dos rios nordestinos. Atualmente, a criação de camarões responde por mais de 99% das exportações de camarões brasileiras, corroborando para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Camarões (ABCC) – Tabela 1, pode, em 2018, ultrapassar cerca de 80.000 mil toneladas. Figura 13 Carcinicultura marinha brasileira em 2016. Fonte: Diário do Nordeste. Podemos observar na Figura 13 os dados referentes à carcinicultura marinha brasileira; esses números evidenciam a importância dessa cadeia produtiva para o PIB brasileiro. Atualmente, o setor possui mais de 2.500 fazendas produtoras (ocupando 25.000 ha), dados apontam ainda para uma produção anual de mais de 76.000 toneladas em 2015. Outro aspecto importante observado na Figura 13 diz respeito ao número de fábricas de rações, que são 10 unidades, localizadas em todo o território nacional. Destaca-se, ainda, a capacidade instalada de beneficiamento de aproximadamente 30 unidades, processando mais de 34.000 toneladas. 19 Tabela 2 Brasil: exportação de camarões em 2015 Fonte: Seafood Brasil. O camarão brasileiro está sendo exportado para países como Bélgica, Espanha e França, porém o maior comprador do camarão exportado pelo Brasil é o Japão, seguido pela Holanda, juntos compraram mais de 79% do volume exportado em 2015.Gargalos Carcinicultura • Desequilíbrio ambiental: a construção de canais e obras de engenharia no ecossistema do mangue causam diversos impactos ambientais ao ecossistema local como, por exemplo, impedimentos e/ou desvios do fluxo dos mares, alterações na drenagem e características físico-químicas do substrato, entre outros (OLIVEIRA E MATTOS, 2007). • Contaminação de rios e mares: o aporte de nutrientes descartados diretamente no ambiente, sem tratamento prévio, oriundos do acúmulo de restos de alimentos, fezes e fragmentos de animais nos fundos dos tanques, pode causar deterioração das águas dos corpos receptores e/ou sua eutrofização e a sedimentação decorrentes da disposição dos efluentes levam à modificação do habitat, potencialmente provocando a perda da fauna, sobretudo de organismos bentônicos. • Tipo de cultivo: cultivos mais extensivos tendem a apresentar controle menor, o que gera maior risco para o meio ambiente. Destaca-se a necessidade de elaborar práticas produtivas intensivas, que elevariam a produtividade média da carcinicultura, otimizando as localidades onde se criam os camarões e reduzindo a necessidade de utilização de terras, impactando positivamente o sistema. • Localização e construção tanques: em várias regiões, as florestas de manguezais são frequentemente derrubadas e ocupadas para a implantação de fazendas de criação de camarão devido à ampla disponibilidade de água de qualidade apropriada para o cultivo e ao baixo valor de mercado. De acordo com Ribeiro et al. (2014), com a aprovação do novo Código Florestal, esse problema pode ser ainda mais agravado. Um dos pontos mais controversos do novo Código é o fato de que algumas áreas de Preservação Permanente (APPs) tiveram suas restrições de uso alteradas. As áreas de apicuns, ou seja, planícies de maré associadas ao ecossistema do mangue, e salgado, por exemplo, foram liberadas para o cultivo de camarões (Lei n.° 12.651, de 25 de maio de 2012). 20 Gestão de pessoas Laureate International Universities • Beneficiamento e industrialização: a escala produtiva e a periodicidade na oferta de camarões ainda são dois problemas que dificultam a instalação de unidades processadoras em regiões fora do nordeste brasileiro, dificultando, com isso, o desenvolvimento dessa atividade em outros estados. • Problemas sanitários: necessidades de laboratórios especializados que possam estudar de maneira adequada as principais enfermidades que acometem os camarões, bem como estabelecer protocolos para avaliação da qualidade da água que entra e que sai dos sistemas produtivos, reduzindo os riscos de doenças que possam acometer os animais no criatório, bem como os que se encontram nos rios e mares que recebem a água vinda de criatórios. A carcinicultura brasileira se desenvolveu nas últimas décadas, principalmente no que tange a programas de qualidade, boas práticas de produção e processamento, bem como programas de biosseguridade, com o intuito de preservação ambiental e dos animais cultivados em sistemas intensivos. A utilização de tecnologias desenvolvidas a partir de pesquisas objetivando reduzir os impactos produtivos não resolve, por si só, os problemas existentes na carcinicultura, faz-se necessária a implementação em conjunto com boas práticas de gestão produtiva incluindo respeito aos biomas marinhos, principalmente às áreas de preservação ambiental, como os manguezais, criando e implementando políticas setoriais mais eficientes. 4.1.3 Cadeia Produtiva da Apicultura A apicultura desempenha papel importante no quadro socioeconômico mundial, sendo uma das poucas atividades que atende aos requisitos do tripé da sustentabilidade (econômico, social e ecológico), gerando renda para os pequenos produtores familiares, permitindo, com isso, a fixação do pequeno produtor no campo e o ambiental, porque as abelhas ajudam na polinização das flores e, com isso, permitindo a conservação de espécies de plantas nativas e cultivadas também. A apicultura brasileira envolve, aproximadamente, mais de 350 mil pessoas, segundo Bachmann & Associados (2007), sendo a maioria pequenos e micro produtores rurais, o que permite enquadrá-la como uma atividade de grande impacto social, gerando renda e fixação do homem ao campo. O setor apícola vem registrando crescimento na produção e na exportação de mel e derivados. Em 2016, o setor faturou mais de R$ 470 milhões, e exportou, naquele ano, mais de 24 mil toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pode-se observar na Figura 14 que a cadeia produtiva do mel é relativamente simples, porém com particularidades que devem ser analisadas. Mesmo essa cadeia sendo formada por pequenos produtores, destaca-se a importância do melhoramento genético aplicado à apicultura. Atualmente, existe o comércio de abelhas rainhas melhoradas geneticamente, contribuindo para a elevação da produtividade média dos enxames, com a introdução de rainhas mais prolíficas. 21 Figura 14 Cadeia Produtiva do Mel. Fonte: Apacame. Outro aspecto importante a se destacar na Figura 14 diz respeito à produção de outros produtos vindos da apicultura como pólen, geleia real, própolis, cera e, mais recentemente, a apitoxina. Inicialmente, a produção de abelhas tinha como objetivo a produção de mel, mas os demais produtos da apicultura assumiram um papel importante, o que ampliou a receita com a produção apícola. NÃO DEIXE DE VER... Para conhecer um pouco mais sobre a cadeia produtiva do mel, acesse o link a seguir! http://repiica.iica.int/DOCS/B0587P/B0587P.PDF. Figura 15 Valor pago pelo quilo do mel no Brasil em 2016. Fonte: AliceWeb. Observa-se na Figura 15 o valor pago pelo quilo do mel aos produtores. Notamos que os valores pagos evoluíram nos últimos quatro anos, apresentando um crescimento da ordem de 33,47%, evidenciando que a oferta ainda está aquém da demanda. É importante destacar que o preço pago aos produtores de mel brasileiro está se elevando, principalmente se for para exportação. Segundo a Associação Paranaense de Apicultores (APA), o mercado europeu está procurando mel orgânico, e o encontra aqui no Brasil, pagando cerca de U$ 5,00 o quilo no mercado atacadista (aproximadamente R$ 17,5 o quilo). Historicamente os 22 Gestão de pessoas Laureate International Universities valores pagos eram de no máximo U$ 2,5 o quilo, ou seja, atualmente o apicultor que produz mel orgânico consegue o dobro pela venda desse produto no mercado europeu. A cada dia aumenta a quantidade de consumidores preocupados com a sua alimentação, o que fortalece a tendência de produção de mel orgânico por produtores brasileiros, especialmente aqueles certificados. É importante destacar que o conhecimento sobre práticas produtivas sustentáveis deve ser estimulado, e os valores cobrados pela certificação devem ser reduzidos, com vistas a estimular novos produtores. Observa-se no Gráfico 1 que os maiores exportadores mundiais de mel são a China e a Argentina, totalizando aproximadamente 40% do total produzido, porém cabe destacar que o mel desses dois países é de qualidade inferior ao produzido aqui no Brasil, enquadrado, atualmente, quase que a totalidade como mel orgânico. Atualmente, o mel exportado para a Alemanha deve obedecer aos regulamentos exigidos pelas autoridades de proteção ao consumidor existentes na União Europeia e, no caso do mel brasileiro, não é necessária uma licença específica para exportar mel para esse país desde 2008. Gráfico 1 Produção mundial de mel em 2015 Fonte: UNcomtrate Como a produção de mel nos países desenvolvidos não consegue atender à demanda interna, esses países detentores de grandes mercados consumidores são os principais importadores mundiais, dentre eles, destacam-se Estados Unidos e Alemanha, que respondem aproximadamente a 50% dovolume total, seguidos por Japão, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Bélgica e Arábia Saudita (UNCOMTRADE, 2013). Podemos observar na Figura 16 que no ano de 2015 ocorreu uma redução no montante exportado de aproximadamente 17% se comparado ao ano de 2014. Acredita-se que a crise 23 na economia brasileira afetou o setor, como também uma redução nas chuvas fez com que as plantas apresentassem floração menor, comprometendo a produtividade média dos enxames. Ainda com relação à Figura 16, é possível observar que mesmo com a queda nos volumes exportados em 2015, este foi o segundo melhor ano das exportações de mel, ficando atrás apenas de 2014, ano em que o Brasil exportou U$ 98,5 milhões. Figura 16 Valores obtidos com a exportação do mel. Fonte: Embarcados Contest. Observamos os valores exportados pelo Brasil (Figura 17) com crescimento da ordem de mais de 43,2% do ano de 2013 para 2014, destacando o potencial produtivo brasileiro. Destaca-se que no ano de 2013 a falta de chuvas comprometeu a produtividade média brasileira, principalmente nos estados de maior produção como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, bem como no Ceará. Porém, na mesma figura, o ano de 2014 foi muito favorável chegando a aproximadamente 23,2 mil toneladas exportadas. Pode-se observar ainda que os países que mais exportam são China (com cerca de 21% do volume total exportado), Argentina (19% do total exportado) e Vietnã, com 124,9 mil ton, 65,2 mil ton e 35,3 mil toneladas, respectivamente. Destaca-se, também, que o Brasil ocupa o 11o lugar no ranking mundial, porém é importante destacar que o mel brasileiro é enquadrado como um dos méis de melhor qualidade e, na maioria das vezes, orgânico. 24 Gestão de pessoas Laureate International Universities Figura 17 Exportações de mel brasileiro e as do estado do Rio Grande do Sul. Fonte: Abemel. O mel deve apresentar as seguintes características para ser classificado como de qualidade: • Inexistência de outros tipos de produtos alimentícios ou qualquer outra substância; • Inexistência de tecidos, aromas ou coloração indesejados; • Não pode estar em estado de fermentação, nem espumar; • Não pode ter sido tratado com produtos químicos ou bioquímicos para influenciar a cristalização; • Não pode conter mais de 21% de água; • Não pode conter teor de metais em quantidades que possam prejudicar a saúde humana; • Não pode conter partículas orgânicas ou inorgânicas como insetos, partes de insetos, larvas ou areias; • Não pode conter microrganismos ou parasitas que possam prejudicar a saúde humana; • Não pode conter substâncias extraídas de microrganismos ou de plantas que possam prejudicar a saúde dos consumidores. 25 O clima e a vasta flora brasileira permitem que o mel seja produzido por todo o território nacional, atribuindo, com isso, características organolépticas e medicinais aos produtos produzidos a partir dessa fonte de proteína animal. Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) brasileiro, o consumo per capita de mel é baixo, por volta de 70g de mel por habitante por ano, se comparado com o consumo dos japoneses e alemães, que se aproximam a 1.000g per capita, o que evidencia o potencial de crescimento para o setor produtivo brasileiro. 4.1.3.1 Desafios da Cadeia Apícola • Insumos: bem como os demais equipamentos, devem ser padronizados e de boa qualidade, sendo de aço inox, evitando, assim, contaminação do mel e atendendo à legislação e às boas práticas de fabricação; • Custo do frete: ainda é muito elevado, tendo em vista que as distâncias a serem percorridas são elevadas e muitas vezes é por meio de transporte rodoviário, encarecendo o processo; • Manejo adequado de abelhas: como a apicultura não é uma das principais culturas a serem adotadas pelos nossos criadores, faltam técnicos especializados e desenvolvimento de práticas produtivas mais eficientes, favorecendo a produtividade média dos enxames brasileiros, bem como investimentos em pesquisa e desenvolvimento para pequenos e médios apicultores; • Integrações com outras culturas: é sabido que as abelhas têm um importante papel na polinização de flores; dados de pesquisa evidenciam que culturas polinizadas por abelhas, em sistema de integração, elevaram, em média, a produtividade acima de 40%, o que favorece tanto para a planta como para as abelhas na produção do mel. • Utilização de outros produtos apícolas: as abelhas são capazes de produzir além do mel, a geleia real, o própolis, a cera, o pólen e, mais recentemente, a apitoxina, produtos com ampla utilização tanto na indústria alimentícia quanto farmacêutica; • Processamento do mel: favorecer, por meio de incentivos, a construção de casas de mel em pequenas associações e cooperativas, o que permitiria a inspeção e o controle de qualidade dos produtos elaborados a partir das abelhas, favorecendo ainda mais as exportações para mercados que pagam melhor; • Logística para atender melhor aos mercados: desenvolver formas mais eficientes de escoar a produção interligando os produtores aos mercados consumidores locais e internacionais; • Classificação mel (orgânico): capacitar técnicos para que possam orientar modelos produtivos orgânicos e, com isso, agregar valor à sua produção; • Acesso a novos mercados: favorecer exportação para novos nichos de mercado como o japonês e outros países do mercado Europeu, que remuneram bem produtos de qualidade. O Brasil apresenta destaque no mercado mundial, comprovado pela evolução na sua participação, com taxas de crescimento expressivas e constantes. Demonstrando sua capacidade em ocupar uma das primeiras posições do ranking dos maiores exportadores do mundo, com um produto de qualidade e sem contaminações. Tendo como consequências positivas as contribuições sociais, ambientais e econômicas para produtores rurais, principalmente aqueles que têm na apicultura uma fonte de renda complementar (PAULA et al., 2015). 26 Gestão de pessoas Laureate International Universities Síntese Nesta unidade, abordamos aspectos da estrutura da cadeia produtiva de peixes, camarões e abelhas, buscando apresentar as vantagens e limitações da produção e consumo de organismos aquícolas (peixe e camarão) e produtos apícolas no Brasil, bem como contrastar seus aspectos relevantes. Didaticamente subdividimos esta unidade em cadeia de produtiva da piscicultura, da carcinicultura e da apicultura, para concentrar as abordagens dentro de cada setor produtivo. Nesta Unidade 4, objetivamos que os alunos consigam analisar os segmentos mercadológicos do pescado, camarão e mel, bem como analisar as vantagens e limitações das referidas cadeias produtivas, destacando os desafios que deverão superar para que se desenvolvam de maneira sólida e contínua no cenário global. E, por fim, que os alunos consigam analisar os impactos regionais e nacionais dessas cadeias, bem como identificar oportunidades de atuação profissional. 27 Referências BANCO MUNDIAL. Fish to 2030: prospects for fisheries and aquaculture. Washington: Banco Mundial, Dec. 2013. EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Pesca e aquicultura. Pal- mas: Embrapa, 2017. Disponível em: <https://www.embrapa.br/tema-pesca-e-aquicultura/>. Acesso em: abr. 2017. FAO – FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. 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Disponível em: <http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revis- tas/80/carcinicultura.asp>. Acesso em: 26 jun. 2018. SANTOS, Paula, M. et al. Dinâmica das Exportações de Mel Natural Brasileiro no período de 2000 a 2011, Rev. Floresta e Ambiente 2015 22(2):231-238. UNITED NATIONS COMMODITY TRADE STATISTICS DATABASE – UNcomtrade. Disponível em: <http://comtrade.un.org/db/default.aspx>. Acesso em: 26 jun. 2018. Bibliográficas
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