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Fisiologia da medula

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09/03/20 
1 
 
Fisiologia da Medula 
Vias Motoras 
Há uma via motora somática que envolve o músculo 
esquelético em que controle é voluntário (neurônio sensorial – 
gânglio da raiz dorsal – neurônio associativo ou interneurônio – 
neurônio motor somático).* 
Há uma via motora visceral que envolve as vísceras 
(órgãos), porém este controle é involuntário. As vísceras são 
também influenciadas por um neurônio motor superior proveniente 
do tronco encefálico (neurônio sensorial – gânglio da raiz dorsal – 
neurônio associativo ou interneurônio– neurônio pré-ganglionar – 
gânglio autonômico – neurônio pós-ganglionar).* 
Homúnculo de Penfield 
Homúnculo significa homem pequeno e consiste na 
representação de áreas específicas do corpo nos córtex motor (giro 
pré-central) e sensorial (giro pós-central) do encéfalo. 
Os dois giros no qual estão representados o homúnculo 
são assim denominados devido a presença de um sulco que os 
separa, o sulco central. Assim, o giro localizado anteriormente ao 
sulco é denominado de giro pré-central e o giro localizado 
posteriormente ao sulco é denominado de giro pós- central. 
No giro pré-central ou motor há neurônios motores que 
descem pela medula. No giro pós-central ou sensorial há a 
presença de neurônios sensoriais onde qualquer informação 
sensorial de ordem somática apresenta como destino este giro. 
Ambos os giros apresentam a representação do 
homúnculo que indica a localização de neurônios que inervam 
determinadas partes do corpo. O tamanho da representação da 
parte do corpo no homúnculo estabelece a densidade de neurônios 
destinadas para cada uma dessas regiões, pois estas necessitam 
de uma maior sensibilidade como, por exemplo, mãos, pés e face. 
A organização do homúnculo de Penfield apresenta uma 
grande plasticidade, ou seja, capacidade de sofrer alterações/ 
modificações. Ex.: dor do membro fantasma – indivíduo perdeu 
um membro do corpo, porém durante muito tempo continua a ter 
sensações de dor, calor apesar de não ter mais o membro. Seus 
neurônios órfãos (sem estimulação periférica) são estimulados por 
outros neurônios próximos levando a percepção de sensações 
relacionadas ao membro perdido. 
Trato Córtico-espinal 
Todas as fibras motoras (neurônio motor superior) do trato 
córtico-espinal decussam, entretatanto 80% decussam nas 
pirâmides do bulbo (trato córtico-espinal lateral) e 20% na medula 
(trato córtico-espinal anterior). 
As fibras do trato córtico-espinal provenientes do córtex 
motor descem e 80% delas decussam nas pirâmides localizada no 
bulbo. Posteriormente, essas fibras ao alcançarem a medula 
descem pelo funículo lateral da medula (substância branca) dando 
origem ao Trato córtico-espinal lateral. À medida que desce pela 
medula, o trato vai alternando de tamanho (reduz o calibre), pois os 
neurônios irão se direcionando para os seus destinos de inervação. 
Os outros 20% das fibras do trato saem do córtex, passam 
pelo bulbo e descem homolateralmente pelo funículo anterior da 
medula passando pela fissura mediana anterior onde cruzam dando 
origem ao Trato córtico-espinal anterior ou ventral. Este trato 
está localizado à nível cervical. 
Assim, o controle motor é 100% contralateral devido à 
decussação de suas fibras. Dessa forma, o córtex motor direito 
controla a o lado esquerdo (musculatura e órgãos) e vice-versa. 
Há outros tipos de tratos motores, porém o principal trato 
do controle motor é o Trato córtico-espinal (anterior e lateral). 
o Córtex motor superior  neurônio motor superior neurônio 
motor inferior  músculo (Sistema Nervoso Motor Somático). 
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Contato neurônio motor inferior e músculo 
No músculo esquelético podemos encontrar diferentes 
tipos de fibras musculares: vermelhas (pequenas) e brancas 
(calibrosas). As fibras vermelhas são inervadas por um tipo de 
neurônio enquanto as fibras brancas são inervadas por outro tipo. 
Cada uma das fibras musculares brancas apresenta 
comunicação com ramificações de um neurônio. Da mesma forma 
acontece com as fibras musculares vermelhas, onde cada uma 
apresenta comunicação com ramificações de um neurônio. 
O conjunto do neurônio motor inferior e as fibras 
musculares inervadas por este neurônio é denominado de unidade 
motora*. Uma unidade motora sempre terá um único tipo de fibra 
muscular (ou branca ou vermelha). 
 
 
Caso haja um rompimento de uma ramificação de um 
neurônio de uma unidade motora, podem ocorrer: 
1. Uma outra ramificação de sua mesma unidade motora pode 
inervar esta fibra; 
2. Esta fibra pode ser adota por uma ramificação de outra 
unidade motora, desta forma, passa a agir conforme a nova 
inervação como, por exemplo, quando uma ramificação de 
uma unidade motora de fibras musculares brancas passa a 
inervar uma fibra muscular vermelha, essa fibra se modifica e 
passa a agir como uma fibra muscular branca. 
As unidades motoras podem apresentar tamanhos 
diferenciados em relação a quantidade de fibras musculares 
inervadas. Dependendo da quantidade, as fibras irão apresentar 
diferenças no seu controle em que a precisão/apuração do 
movimento será maior nas unidades motores com menores 
quantidades de fibras muscalres inervadas (unidade motora 
pequena). Já as unidades motoras maiores apresentam precisão 
mais precária do movimento. 
Dessa forma, quanto maior a quantidade de fibras 
musculares inervadas em uma unidade motora menor será a 
precisão do movimento e quanto menor a quantidade maior será a 
precisão. 
o Princípio do tamanho: ao realizar um movimento são 
recrutadas em primeiro lugar as unidades motoras pequenas, 
por este motivo quanto menor a carga aplicada maior a 
precisão. 
Neurônios Motores 
Há dois tipos de neurônios motores: 
1. Neurônio motor alfa: forma as unidades motoras se 
direcionando para as fibras musculares chamadas de fibras 
extrafusais (fora do fuso muscular). É graças a este tipo de 
neurônio que as fibras musculares se contraem, pois toda vez 
que for ativado resulta na contração das fibras extrafusais. 
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2. Neurônio motor gama: é responsável por inervar as fibras 
intrafusais, ou seja, localizadas no interior do fuso muscular. 
Quando o músculo contrai (fibras extrafusais), as fibras do 
fuso (intrafusais) localizadas no interior muscular reduzem de 
comprimento, ou seja, encurtam. Informações sobre o 
“comprimento muscular” são transmitidas por uma fibra sensorial 
até a medula indicando que tamanho as fibras intrafusais estão com 
tamanho reduzido. Portanto, essa informação ativa o neurônio 
motor gama levando ao ajuste do tamanho do fuso. O fuso deve ser 
ajustado para que possa ser possível a percepção da posição do 
corpo e do comprimento muscular. 
 
Órgão tendinoso de Golgi (OTG): via sensorial comum 
que ativa o sistema nervoso quando há “tensão muscular” avisando 
que há carga na periferia. É considerada uma via protetora 
neuromuscular que se for hiper estimulada leva a ativação de um 
interneurônio inibitório provocando a inibição do neurônio alfa 
consequentemente impedindo a contração do músculo (músculo 
permanece relaxado). 
 
 A tensão muscular é percebida pelo OTG, mas se esta 
tensão for muito intensa gera um circuito medular é ativado para 
que ocorra a inativação do neurônio alfa levando ao relaxamento do 
músculo. 
Porém, este processo pode ser superado através da 
“motivação” onde a ação do neurônio motor superior é se sobressai 
à ação do OTG provocando a contração muscular mesmo que em 
altas tensões como em casos de perigo, pânico.

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