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black board contratos 19-10-20 direito da Evicção

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Aluno: Glenilson Stutz
Curso: Direito
Disciplina: Direito Civil III – Contratos
Professor: Luciano Antônio da Rosa
Atividade: Black Board
Após as leituras, elabore uma dissertação sobre o tema “O exercício do direito de evicção”.
Em seu texto, aprecie o exercício do direito de evicção e compare os textos do revogado art.
456 do Código Civil e do Enunciado nº 434 da V Jornada. Além disso, pondere sobre a
interpretação dada pelo Conselho de Justiça Federal, argumentando pela concordância ou
discordância da corrente doutrinária a que se filia o Enunciado nº 434. 
Enunciado 434 “A ausência de denunciação da lide ao alienante, na evicção, não impede o
exercício de pretensão reparatória por meio de via autônoma”.
Artigo 456 do CC de 2002 que foi revogado,” Para poder exercitar o direito que da evicção
lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores,
quando e como lhe determinarem as leis do processo”.
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a
procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de
recursos.
O artigo 456 que foi revogado pelo art. 125 CPC de 2015 deixa claro que para o exercício do
direito de evicção será citado o alienante imediato, e no § 1º O direito regressivo será
exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser
promovida ou não for permitida, em seu § 2° vai mais longe admitindo-se apenas uma única
denunciação sucessiva, não sendo permitido a denunciação per saltum (aquela feita não ao
alienante imediato, mas a qualquer um dos alienantes anteriores), em outras palavras, o 2º
denunciado à lide (denunciado sucessivo) não poderá mais denunciar ninguém.
Ao prever expressamente o exercício da evicção através de ação autônoma, o CPC/15
finalmente consagrou no âmbito legal o entendimento jurisprudencial dominante do STJ e
doutrinário do Enunciado 434 da V Jornada de Direito Civil do CJF, segundo o qual a
denunciação à lide, em quaisquer de suas formas, é sempre FACULTATIVA jamais
obrigatória, contrariamente ao que pregava a literalidade do art. 70 do CPC/73. 
E no enunciado 434:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DESNECESSIDADE DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE AO
ALIENANTE NA AÇÃO EM QUE TERCEIRO REIVINDICA A COISA DO EVICTO.
O exercício do direito oriundo da evicção independe da denunciação da lide ao alienante do
bem na ação em que terceiro reivindique a coisa. O STJ entende que o direito do evicto de
recobrar o preço que pagou pela coisa evicta independe, para ser exercitado, de ele ter
denunciado a lide ao alienante na ação em que terceiro reivindique a coisa. A falta da
denunciação da lide apenas acarretará para o réu a perda da pretensão regressiva,
privando-o da imediata obtenção do título executivo contra o obrigado regressivamente.
Restará ao evicto, ainda, o direito de ajuizar ação autônoma. Precedentes citados: REsp
255.639-SP, Terceira Turma, DJ 11/6/2001, e AgRg no Ag 1.323.028-GO, Quarta Turma,
DJe 25/10/2012. REsp 1.332.112-GO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
21/3/2013.”
“Enunciado 434 das Jornadas de Direito Civil do CJF. Art. 456: A ausência de
denunciação da lide ao alienante, na evicção, não impede o exercício de pretensão
reparatória por meio de via autônoma.”
Com certeza o enunciado 434 veio reafirmar a natureza facultativa da denunciação a lide e a
possibilidade de qualquer das modalidades ser exercida através de ação autônoma de
regresso, inclusive a evicção.
O CPC/15 com sua nova prerrogativa de não admitir a denunciação per saltum na evicção e
limitar a admissão de uma única denunciação sucessiva certamente evitará agregação de
duas ou mais lides, ao invés de uma só, isso faz com que haja um desafogar no judiciário e
garantia do processo legal e duração razoável do processo elencados no
Inciso LXXVIII do Artigo 5° da Constituição Federal de 1988.
Conclui-se que o instituto da denunciação per saltum e das litisdenunciações sucessivas
estão expressamente revogados do direito positivo brasileiro com o CPC/15, que priorizou o
exercício da evicção contra os alienantes MEDIATOS através de ação autônoma,
reservando a intervenção de terceiros através da denunciação à lide apenas ao alienante
IMEDIATO.
BIBLIOGRAFIA:
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Contratos e atos unilaterais. Vol.
3. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Direito Civil: Contratos. Vol. 3. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil Brasileiro. Legislação Federal
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23101698/recurso-especial-resp-1332112-go-2012-
0135223-7-stj/relatorio-e-voto-23101700?ref=juris-tabs
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
http://corpus927.enfam.jus.br/legislacao/cpc-15#art-125
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23101698/recurso-especial-resp-1332112-go-2012-0135223-7-stj/relatorio-e-voto-23101700?ref=juris-tabs
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/23101698/recurso-especial-resp-1332112-go-2012-0135223-7-stj/relatorio-e-voto-23101700?ref=juris-tabs

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