Buscar

PROTIFOLIO PEDAGOGIA 1º SEMESTRE - Desafio e Possibilidades da Igualdade de Gênero no Espaço Escolar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA - LICENCIATURA
katciane magda de sousa resende
trabalho interdisciplinar INDIVIDUAL 1º semestre/2019
Desafio e Possibilidades da Igualdade de
 Gênero no Espaço Escolar 
 
Igarapé
2019
katciane magda de sousa resende
trabalho interdisciplinar INDIVIDUAL 1º semestre/2019
Desafio e Possibilidades da Igualdade de
 Gênero no Espaço Escolar 
 
 
Produção e texto apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR - , no curso de Licenciatura em Pedagogia para requisito parcial para obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Pscologia da Educação e da Aprendizagem; Ética Politica e Cidadania; Politicas Publicas da Educação Básica; Metodologia Cientifica; Educação e Diversidade; Práticas Pedagógicas Gestão da Aprendizagem; Educação a Distancia.
.
Profs. Mayra Campos Frâncica dos Santos; José Adir Lins Machado; Natália Gomes dos Santos; Regina Celia Adamuz; Natalia Germano Gejao Diaz; Renata de Souza Franca Bastos de Almeida; Lilian Amaral da Silva Souza.
· 
· 
· 
Igarapé
2019
 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO	5
2.1 DESIGUALDADE DE GÊNERO	5
2.2 A CONSTRUÇÃO DOS PAPÉIS DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR	6
2.3 A INFLUÊNCIA PEDAGÓGICA PARA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES	7
2.4 AS RELAÇÕES DE GÊNERO DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR 	8
3 CONCLUSÃO	12
4 REFERÊNCIAS	13
1 introdução 	 
As questões de gênero possibilita compreender as formas de desigualdade e exclusão social e educacional, que não apenas repercutem na escola, mas nela são reproduzidas. Esta compreensão auxilia-nos a refletir sobre os significados de masculinos e femininos presentes em nossa sociedade, como se desenvolvem as relações entre homens e mulheres, e como se desenvolvem as questões de poder estabelecidas nestas relações. 
Partindo desta perspectiva entendo que na rede educacional é possível constatar que as relações de gênero, embora nem sempre contempladas nos currículos das escolas e nos cursos de formação de professores como objeto de discussão e análise estão presentes no dia-a-dia das escolas, tanto na relação professor e aluno, como aluno e aluno e também na prática educativa do professor.
Observando as constantes discriminações e violências simbólicas no espaço da escola referente às questões de gênero. Neste sentido, as reflexões aqui empreendidas, consideram que as questões de gênero como qualquer conhecimento, organizado e fundamentado culturalmente, é uma prática social, nela estão inseridos valores e significados atribuídos aos indivíduos e à sociedade que a constroem e que dela se ocupam, afirmando a necessidade de sua exploração no contexto educativo. 
Durante algum tempo as organizações escolares vêm sofrendo várias mudanças e são essas mudanças que dependem do comportamento, das decisões, da cultura, das iniciativas e atitudes de cada membro que a compõem o espaço escolar para trabalhar esta questão de generos, vários fatores também contribuem para essas mudanças, como fatores tecnológicos, políticos, demográficos.
Veremos neste trabalho algumas informaçoes para que desafio e possibilidades da igualdade de gênero no espaço sejam respeitadods e cumprido pos todos envolvidos.
2 desenvolvimento 
2.1. DESIGUALDADE DE GÊNERO
 	
 	 Para o entendimento da desigualdade de gênero, é fundamental entendermos sua genética e sua manutenção na sociedade. Desde bem cedo as famílias faz esta divisão dos valores, poder, comportamentos, até mesmo nas cores e brinquedos das crianças. Desde a infância começa e ensinar o menino exibir seu sexo, gostar dele, ostentá-lo orgulhosamente, como vemos em muitas famílias. Já as meninas sempre o contrário; obriga-se a esconder seu sexo, não ter uma relação afetiva com sua identidade difícil de medir e alcançar significa ter meninos e meninas desfrutando das mesmas vantagens em termos de acesso e tratamento educacionais. 
O trabalho de reprodução esteve garantido, até época recente, por três instâncias principais, a Família, a Igreja e a Escola, que, objetivamente orquestradas, tinham em comum o fato de agirem sobre as estruturas inconscientes. É, sem dúvida, à família que cabe o papel principal na reprodução da dominação e da visão masculinas; é na família que se impõe a experiência precoce da divisão sexual do trabalho e da representação legítima dessa divisão, garantida pelo direito e inscrita
na linguagem. Quanto à Igreja, marcada pelo antifeminismo profundo [...] ela inculca explicitamente uma moral familiarista, completamente dominada pelos valores patriarcais e principalmente pelo dogma da inata inferioridade das mulheres [...] Por fim, a Escola, mesmo quando já liberta da tutela da Igreja, continua a transmitir os pressupostos da representação patriarcal [...] e sobretudo, talvez, os que estão inscritos em suas próprias estruturas hierárquicas, todas sexualmente conotadas, entre as diferentes [...] faculdades, entre as disciplinas [...] entre as especialidades, isto é, entre as maneiras de ser e as maneiras de ver, de se ver, de se
representarem as próprias aptidões e inclinações. (BOURDIEU, 1977, p. 103-104)
Atingir igualdade de gênero em educação implica: igualdade de oportunidades, igualdade no processo de aprendizagem e igualdade de resultados dentro e fora da escola – mercado de trabalho, embora este não faça parte diretamente do campo educacional, mas é marcado pelos efeitos educacionais. 
2.2. A CONSTRUÇÃO DOS PAPÉIS DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR
 	
O processo de constituição de gênero não tão natural. Nosso corpo é uma poderosa forma simbólica. O que comemos, como nos vestimos os rituais diários através dos quais cuidamos do corpo, as relações interpessoais não implica no que somos. As transformações que a cultura opera de forma global e na vida cotidiana relacionam-se à construção de nossas identidades sociais, entre elas, identidades sexuais, de gênero e de geração.
 A identidade se constitui através das representações. O que sentimos, com relação à nossa identidade, refere-se às diferentes identificações que vivemos num tempo histórico, o que nos coloca em determinadas posições de sujeito. Identificados com o mundo das novas tecnologias e o predomínio da imagem, os jovens constroem e organizam seus modos de ser e seus valores expressam a diversidade cultural de nosso tempo. 
O corpo não é apenas um texto da cultura e sim um lugar prático direto de controle social. De forma banal, através das maneiras à mesa e dos hábitos de higiene, de rotinas, normas e práticas aparentemente triviais, convertidas em atividades automáticas e habituais, a cultura “se faz corpo”. 
O corpo inteligível abrange nossas representações científicas, filosóficas e estéticas sobre o corpo – nossa concepção cultural do corpo, que inclui normas de beleza, modelos de saúde e assim por diante. Mas as mesmas representações podem também ser vistas como um conjunto de regras e regulamentos práticos, através dos quais o corpo vivo é “treinado, moldado, obedece e responde”, tornando-se, em resumo, um corpo “útil”, socialmente adaptado.(FOCAULT apud BORDO, 1997, p. 33).
Em outras épocas maridos detinha poder de vida e morte sobre sua esposa e seus filhos. Hoje tal poder, não mais existe porem há alguns homens que continuam maltratando suas parceiras e filhos. 
Conclui que a violência é um fenômeno extremamente complexo, com raízes profundas nas relações de poder baseadas no gênero, na sexualidade, na auto identidade e nas instituições sociais e que em muitas sociedades, o direito (masculino) a dominar a mulher é considerado a essência da masculinidade. 
Neste sentido, a crescente consciência quanto às enormes diferenças atribuídas à sexualidade de homens e mulheres, nos ajuda a desvendar as relações íntimas entre a tradição de pensamento dualista mais geral na sociedade ocidental e as ideologias de gênero, onde ideias sobre masculino/feminino são refletidas também nos conceitos de cultura,natureza, razão, emoção, sujeito, objeto, mente, corpo, etc.
Assim, a escola apontada como uma instituição que reproduz as diferenças sociais, impondo valores e padrões culturais discriminatórios, precisa assumir seu papel de agente de mudança, deixando de lado práticas pedagógicas que silenciam as desigualdades e corroboram a discriminação diluída no cotidiano escolar, sob pena de trair seus princípios básicos de igualdade.
2.3. A INFLUÊNCIA PEDAGÓGICA PARA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES
Prestar atenção às questões relativas de gênero e sexualidade, assim como desejar construir a igualdade, envolve lançar mão de novas concepções e de novos recursos de trabalho; considerar elementos que até agora foram silenciados na realidade escolar, como os corpos dos sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, sua sexualidade, seus desejos e sentimentos. 
Para considerar tais aspectos há de se realizar investimentos pessoais e ter “disposição” para saber como nos constituímos em atores sociais, professoras e professores, mães e pais, filhas e filhos, trabalhadoras e trabalhadores, mulheres e homens. 
Entender as relações entre os sexos é muito importante quando se pensa em educação, quando trabalhamos nessa área, reconstruímos a cultura, os valores, os símbolos nas novas gerações, transmitindo ou recriando as hierarquias, as diferentes importâncias atribuídas socialmente àquilo que é associado ao masculino e ao feminino. 
A escola é como espaço de construção da igualdade, na qual homens e mulheres possam expressar os seus corpos e expressar-se com os seus corpos; possam usar a imaginação e a criatividade, exercitando-se nas múltiplas e diferentes relações e experiências que poderão ter em um campo de gênero masculino ou feminino. Os educadores devem estar conscientes e entender o poder e influência de seu comportamento e atitudes, assim como o que ensinam e de como ensinam. Um dos pontos fundamentais na educação das crianças é problematizar e desconstruir o sexíssimo, a heteronormatividade e outros tipos de preconceito, pois eles começam dentro de casa e podem ser reforçados, dentro da própria escola, que deveria ser um lugar de acolhimento, além de sua função de ampliar os conhecimentos dos alunos e alunas e também dos professores. 
Enfim, acreditam-se que há a necessidade de trilhar um caminho, no sentido de buscar compreender o porquê dos posicionamentos históricos, culturais, sociais, políticos e educacionais dos indivíduos atuantes em determinado contexto histórico reflete nos dias atuais.
2.4. AS RELAÇÕES DE GÊNERO DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR
A escola é um marco fundamental para a construção da identidade de gênero, considerando que através dela há reprodução dos valores das classes dominantes. Buscar compreender como os valores influenciam nas desigualdades de gênero dentro do ambiente escolar. As construções sociais atribuídas às mulheres, desde cedo é moldado. Sendo assim, a partir das construções dentro do espaço familiar, os jovens levam os seus valores para dentro do ambiente escolar, porém estes são hostilizados, e de modo simbólico, podemos considerar que a escola confirma com as representações, construídas socialmente, do que é “ser” mulher.
Entre as diversas propostas teóricas, encontra-se aquela que demonstra como as relações patriarcais definem os papeis sociais de homens e mulheres, submetendo as últimas ao plano da família e cuidado dos filhos.
Embora cada vez mais essa temática já tenha espaço, ainda existe grande necessidade de estudá-la, pois, no cenário nacional, podemos notar a crescente violência contra as mulheres, tanto física quanto simbólica. 
São esses fatores que contribuem para instigar o estudo sobre as relações de “gênero”, pois, embora se tenha uma ampla produção bibliográfica, as mulheres continuam em situação de desvantagens nos diversos campos da vida social. Os conceitos de ação pedagógica, violência simbólica e habitus, serão utilizados para elucidar a questão das relações de gênero no ambiente escolar.
As relações simbólicas são simultaneamente autônomas e dependentes das relações de força, portanto, toda ação pedagógica pode ser considerada como uma violência simbólica, pois é dirigida por um poder arbitrário. Podemos destacar o conceito de ação pedagógica: é exercida pelos membros educados de um grupo social, e depende das relações de forças presentes na estrutura social da sociedade, reproduzindo a mesma estrutura.
O campo em que estamos lidando, teoricamente, é fundamental focar que a eficácia do trabalho pedagógico é sempre muito menor nas classes mais baixas, isto porque a cultura dominante tende a considerar a cultura dominada como algo ilegítimo, ou seja, considera-se a escolaridade obrigatória como o reconhecimento legítimo da cultura dominante pela dominada.
Outro ponto importante é a inserção das mulheres no cenário brasileiro, no que tange a questão educacional. Antes a educação da mulher era considerada como não necessária e vista com descaso. Nos valores que estavam ligados a este imaginário predominavam a ideia de que a mulher era responsável pelos trabalhos domésticos.
É fundamental focar, é que a eficácia do trabalho pedagógico é sempre muito menor nas classes mais baixas, isto porque a cultura dominante tende a considerar a cultura dominada como algo ilegítimo. Eles consideram a escolaridade obrigatória como o reconhecimento legítimo da cultura dominante pela dominada. O trabalho pedagógico que exerce uma influência irreversível, que consiste ele em primário que é transmitido pela família, onde produz os hábitos ou características de classe trabalho pedagógico secundário, que é exercido pela escola. Carismática foca nas emoções, o líder estimula sentimentos e o grupo acaba se envolvendo em uma relação de amizade, assim facilitando as tarefas e criando um ambiente prazeroso.
A ação pedagógica reproduz a cultura dominante, reproduzindo também as relações de poder de um determinado grupo social. O ensino encarnado na ação pedagógica tende a assegurar o monopólio da violência simbólica legítima. Assim, toda a ação pedagógica deverá ser considerada como violência simbólica, na medida em que impõe e inculca arbítrios culturais de um modo, também ele, arbitrário. É importante referir que a ação pedagógica se exerce sempre numa relação de comunicação (BOURDIEU & PASSERON apud ROSENDO, 2009, p.05).
Assim, podemos afirmar que a ação pedagógica, é também exercida pelas famílias ou por qualquer outro agente que esteja dentro da estrutura social, e que a reprodução da cultura dominante, reflete nas relações de poder. Podemos considerar a ação pedagógica como a expressão máxima da violência simbólica, que visa impor significações, selecionando umas e excluindo outras. 
Toda a ação pedagógica produz uma autoridade pedagógica, operação pela qual concretiza a sua verdade objetiva de exercício de violência. Sem autoridade pedagógica não é possível levar-se a cabo a ação pedagógica, pois estas detêm o direito de imposição legítima de significações. As representações de legitimidade da ação pedagógica variaram ao longo da história.
Logo a educação é um instrumento fundamental para haver continuidade histórica, tendendo a ser uma pura reprodutora de arbítrios culturais pela mediação do hábito. (...) O trabalho pedagógico é considerado muito eficaz porque é capaz de perpetuar mais duravelmente uma atitude do que qualquer coerção política pode afirmar que os hábitos é o princípio gerador e unificador da prática e aplicação a vários domínios. E para isto o trabalho pedagógico pela imposição de hábitos, reproduz a integração moral da sociedade. 
Não podemos deixar de pensar as identidades de gênero sem pensar os modelos familiares que os jovens estão inseridos. Partimos assim, em primeiro momento do parâmetro da família patriarcal, que é construído, sobretudo, pela revelação do modo como se davam as relações entre brancos e negros sob a autoridade do senhor branco proprietário e chefe de família. Outro tema relevante no enredo patriarcaldedica-se a localizar a mulher no conjunto de papéis hierarquicamente posicionados para os atores da trama cotidiana entre a casa e fora dela.
Por assim dizer logo, a mulher continua sendo considerada subalterna ao longo dos séculos, fato explicado, muitas vezes, pela condição de reprodutora como causa da inferioridade em que a mulher se encontra, ou até mesmo seu destino, como ser complementar do homem.
A própria sociedade determina o que é masculino e o que é feminino, através de suas instituições, da cultura, do sistema educacional, da divisão sexual e social do trabalho, etc. As relações desiguais de gênero é que levam a mulher à subalternidade.
A escola é produtora de diferenças, distinções e desigualdades. A escola que a sociedade ocidental moderna herdou separa adultos de crianças, ricos de pobres e meninos de meninas. Herdamos, e agora, de muitas maneiras, mantemos uma importante instância de fabricação de meninos e meninas, homens e mulheres. O trabalho de conformação que tem início na família encontra eco e reforço na escola, a qual ensina maneiras próprias de se movimentar, de se comportar, de se expressar e, até mesmo, maneiras de preferir, assim, podemos considerar que os padrões tradicionais e polarizados acerca do masculino e do feminino e, consequentemente, acerca de mulheres, meninos, meninas e homens estão presentes em nossa sociedade e, portanto, encontram-se ainda em ação na escola. 
3 CONCLUSÃO 
 Podemos pensar as construções sociais e de identidade de gênero, ligada a construções simbólicas. Entretanto, em que medida a escola contribui com isso. A escola é reprodutora das desigualdades sociais, sendo então a imposição do habitus reproduzindo os valores simbólicos impostos pelas classes dominantes, pois estas tendem a achar a cultura dominada e suas manifestações como algo ilegítimo.
Ressaltaram-se também as categorias classificatórias de gênero e sexo, e que compreender colabora para diferenciar o que é biológico e o que são construções sociais, entendendo por gênero as determinações que cada cultura faz as atribuições de papeis sociais pelo sexo e se constroem de forma relacional.
.
As pesquisas em torno das questões de gênero contribuíram para o avanço das lutas de mulheres e também do feminismo como um todo, buscando não só a igualdade de gênero, mas também o devido reconhecimento, desta maneira, é esperado que este trabalho também contribuísse de alguma forma dentro do meio acadêmico e fora também.
Assim, cabe a escola – corpo docente e administrativo – trabalhar desde os primeiros anos iniciais com os alunos sobre a temática “gênero”, e tudo que engloba ele, como desigualdade, violência, preconceito, etc. .
. 
REFERÊNCIAS
LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernardo Fonseca; ESCOURA, Michele. Entre o azul e o cor – de – rosa: normas de gênero. In. _____(orgs.) Diferentes, não Desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo : Editora Reviravolta, 2016.
SOUZA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Marele Eliane. Gênero e Políticas na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênro e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014
AUAD, D. Formação de Professoras, Relações de Gênero e Sexualidade: Um Caminho para a Construção da Igualdade. Centro Acadêmico Professor Paulo Freire. Disponível em: <http://cappf.org.br> Acesso em: 06 Set. 2010.
CASAGRANDE, L. S. Relações de Gênero e Educação: Um Convite à Reflexão. In: Gênero e Diversidade Sexual no Ambiente Escolar. Refletindo Gênero na Escola. A Importância de Repensar Conceitos e Preconceitos. Secretaria de Educação Continuada. Ministério da
Educação. Curitiba, 2008.
FELIPE, J. Proposta Pedagógica. In: Educação para a Igualdade de Gênero. TV Escola. Salto para o Futuro. Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Educação. Proposta Pedagógica. Ano XVIII – Boletim, 26 – Nov. 2008.
JAKIMIU, V. C. L. Violência Simbólica nas Relações de Gênero: Caminhos para Promover uma Educação Emancipatória. In: BONA JÚNIOR, A. (Org.) Sexualidade em Questão.
LOURO, G. L. Gênero, Sexualidade e Educação: Uma perspectiva pós- estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
JAKIMIU, Vanessa Campos de Lara - A Cosntrução do Papeis de Gênero no Ambiente Escolar e suas Implicacoes na Cosntrução da Identidades Masculinas e Femininas. In. I Seminário Inrternacionail de Representações Sociais Subjetividades e Educação , Pontificia Uniiversidade Católica do Paraná – Curitiba, 07 e10 de novembro de 2011

Continue navegando