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NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 1. INTRODUÇÃO INSUFICIÊNCIA AÓRTICA • INSUFICIÊNCIA = Válvula não faz o seu papel de forma adequada (não consegue se fechar adequadamente) • CRITÉRIOS ESSENCIAIS PARA DIAGNÓSTICO (características) Longos períodos assintomáticos Quando o paciente apresenta sinais e sintomas: ▪ Insuficiência cardíaca – sobrecarga de volume do VE ▪ Angina ▪ PAS e PAD (pressão de pulso) – OBS: diferença cada vez mais exuberante entre PAS e PAD – na estenose aórtica lembrar que essas pressões tendem a alcançar valores próximos ▪ Dilatação de VE e HVE ▪ ECO: Confirma diagnóstico – falha na coaptação das cúspides 2. CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA AÓRTICA • São MÚLTIPLAS – diferente da estenose a insuficiência aórtica tem várias etiologias possíveis (incluindo causas não cardíacas – infecciosas/ reumáticas, etc) • Algumas etiologias importantes: Alterações da valva aórtica Febre reumática – pode acometer qualquer válvula Endocardite – S. aureus Degeneração mixedematosa Alterações do vaso (Artéria aorta) Sífilis Dissecção aórtica Síndrome de Marfan (distúrbio do TC) Espondilite anquilosante Pós carga aumentada HAS grave (doença prolongada) Estenose supravalvar 3. FISIOPATOLOGIA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA • Na diástole a válvula aórtica e a pulmonar se fecham para que o sangue não volte para os ventrículos VÁLVULA INSUFICIENTE → NÃO FECHA ADEQUADAMENTE → REGURGITAÇÃO DE SANGUE PARA VE → SOBRECARGA DE VOLUME VE • Na insuficiência aórtica é possível que o paciente desenvolva um quadro de evolução aguda ou crônica a depender da etiologia associada – #OBS: Lembrar que isso não ocorre na estenose (acometimento/ lesão crônica da válvula) 3.1 FISIOPATOLOGIA CRÔNICA Se instala ao longo de meses/ anos Dilatação VE (sobrecarga de volume)/ HVE Longos períodos assintomáticos até desenvolver ICC (insuficiência cardíaca) 3.2 FISIOPATOLOGIA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA AGUDA Não há tempo para adaptação ventricular EAP – edema agudo de pulmão Ex: paciente com endocardite aguda → destruição da válvula → EAP 4. SINAIS E SINTOMAS INSUFICIÊNCIA AÓRTICA • Paciente assintomático por longos períodos - aparecimento tardio • Sintomas relacionados à ICC: Dispneia aos esforços DPN – dispneia paroxística noturna (típica de ICC) Angina – dilatação dos troncos arteriais Palpitações NATÁLIA GIACOMIN LIMA – MEDICINA UFES 101 4.1 AUSCULTA CARDÍACA Sopro diastólico leve de regurgitação → Logo após B2 → Melhor percebido no 3ºEIC ao longo da borda esternal esquerda → Quanto maior a duração maior a gravidade da IAO 4.2 LISTA DE FENÔMENOS PROPEDÊUTICOS DA IAO Sopro de Austin Flint: sopro em ruflar diastólico no ápice (foco mitral) devido ao jato regurgitante da insuficiência aórtica vibrar o folheto da válvula mitral – DD c/ estenose mitral – na IAO a B1 não é hiperfonética Sinal de Duroziez: sopro diastólico na artéria femoral Sinal de Musset: impulsões da cabeça rítmicas com o pulso arterial Sinal de Muller: pulsação da úvula Sinal de Becker: Pulsação da artéria retiniana Sinal de Quincke: Pulsação do leito ungueal Sinal de Rosenbach: pulsação do fígado Sinal de Gerhard: pulsação do baço Sinal de Hill: PAS poplítea > ou = 60mmHg que a PAS braquial Sinal de Mayne: queda da PAS > ou = 15 mmHg com a elevação do braço Sinal de Traube: som agudo semelhante a pistola na ausculta da arteria femoral 5. EXAMES COMPLEMENTARES • ECG: sobrecarga de VE – sem strain (onda T invertida em V5-V6) • RX TÓRAX: grandes áreas cardíacas – sobrecarga de volume (dilatação VE) • ECO: confirma o diagnostico • CATE: exceção 6. TRATAMENTO CLÍNICO • DIURÉTICOS • VASODILATADORES: lembrar que a prescrição dessas medicações não era adequada na estenose (risco de queda da PA) • PROFILAXIA ENDOCARDITE 7. TRATAMENTO CIRURGICO • Indicado para pacientes sintomáticos • Sintoma mais característico → ICC – CF II/ III/ IV • Válvula biológica (vida útil – ~15 anos) // válvula mecânica (anticoagulação por toda a vida) #OBS: FEVE 25-49% (< 50%) // DDVE > 70mm e DSVE > 50mm – independe da presença ou não de sintomas
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