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SEMINARIO DE PATOLOGIA DE SISTEMAS ENFERMAGEM

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CENTRO UNIVESITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
PROFESSORA: LARISSA GASPAR 
 
IDAIANA SOUSA DE ARAUJO 
ELIZA ALEXANDRA XAVIER FERREIRA 
SAMARA SILVA RODRIGUES FIGUEREDO 
REGIANY DA SILVA BARATA 
LEANDRO SANCHES DE ABREU 
PAULA FURO CUIMAR 
VALDILEIA CAETANO KABA MUNDURUKU 
PRISCILA TATIANE SALLES ANJOS 
 KEYLLA HIPÓLITO OLIVEIRA SILVA 
VÂNIA XISTO DE CARVALHO 
 
 
PATOLOGIAS DOS SISTEMAS 
 
- INSUFICIENCIA CARDIACA DIREITO E ESQUERDO 
- DOENÇA CARDIACA CORONARIANA 
- ANGINA PECTORIS 
- HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA (HAS) 
 
 
MARITUBA 2020 
 
 
2 
 
Sumário 
 
1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITO E ESQUERDO ............................................. 4 
1.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 4 
1.2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CORAÇÃO............................................................ 5 
1.3 CAUSAS ................................................................................................................. 6 
1.4 FISIOPATOLOGIA .................................................................................................. 6 
1.5 SINTOMAS ............................................................................................................. 7 
1.6 SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA .................................... 8 
1.7 SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA .......................................... 9 
1.8 FATORES DE RISCO ............................................................................................. 9 
1.9 DIAGNÓSTICO ..................................................................................................... 10 
1.10 TRATAMENTO ................................................................................................... 10 
1.10.1 Alternativa de Tratamento ............................................................................ 11 
2 DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) ......................................................... 11 
2.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 11 
2.2 SINTOMAS ........................................................................................................... 12 
2.3 TRATAMENTO ..................................................................................................... 14 
2.4 FATORES DE RISCO ........................................................................................... 15 
3 ANGINA ................................................................................................................... 15 
3.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 15 
3.2 CAUSAS ............................................................................................................... 16 
3.3 PRINCIPAIS SINTOMAS ...................................................................................... 16 
3.4 PREVENÇÃO ....................................................................................................... 17 
3.5 DIAGNÓSTICO ..................................................................................................... 17 
3.6 TRATAMENTO ..................................................................................................... 18 
4 A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) ................................................... 18 
4.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 18 
4.2 FATORES DE RISCO PARA HAS ........................................................................ 19 
4.3 PREVENÇÃO PRIMÁRIA DA HAS ....................................................................... 19 
4.4 DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DA HAS ...................................................... 19 
4.4.1 Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de risco ................................. 20 
4.4.2 Avaliação Laboratorial Básica ..................................................................... 21 
4.5 FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ADICIONAIS NOS PACIENTES COM 
HAS ............................................................................................................................ 22 
4.6 CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS À HIPERTENSÃO ................................. 23 
4.7 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO E ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
 ................................................................................................................................... 23 
3 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITO E ESQUERDO 
1.1 DEFINIÇÃO 
 Insuficiência cardíaca é um distúrbio em que o coração não consegue 
suprir as necessidades do corpo, causando redução do fluxo sanguíneo, refluxo 
(congestão) de sangue nas veias e nos pulmões e/ou outras alterações que 
podem debilitar ou enrijecer ainda mais o coração. A insuficiência cardíaca pode 
ocorrer quando o coração não consegue bombear sangue (sistólica) ou encher-
se de sangue (diastólica) adequadamente. fig 1. 
Fig 1: Insuficiência cardíaca 
 
FONTE: HOSPITAL ISRAELITA A. EINSTEIN 
 
 Insuficiência cardíaca é causada por qualquer condição que machuque ou 
enfraqueça o coração, reduzindo sua habilidade de bombear sangue de forma 
eficiente, como ataques do coração, pressão alta, doença da artéria coronária 
ou infecção. 
 Inicialmente, o coração tenta compensar a perda de débito cardíaco, 
desenvolvendo sua massa muscular, ampliando-se e bombeando mais rápido. 
Também podem acontecer mudanças no sistema circulatório, pois o corpo se 
ajusta a perda de débito cardíaco. 
5 
 
 Por exemplo, os vasos sanguíneos podem se estreitar para aumentar a 
pressão sanguínea ou o sangue pode ser desviado de tecidos ou órgãos menos 
essenciais, como os rins, para que o corpo tente compensar a redução da força 
cardíaca. 
 Com o passar do tempo, essa sobrecarga leva a mudanças no próprio 
músculo cardíaco (conhecida como remodelamento), causando seu 
endurecimento e posteriormente reduzindo ainda mais sua capacidade de 
bombear sangue de forma eficiente levando ao agravamento da insuficiência 
cardíaca. À medida em que o coração se esforça cada vez mais para suprir a 
demanda do corpo por sangue e oxigênio, sinais ou sintomas característicos de 
insuficiência cardíaca começam a aparecer. 
 
1.2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO CORAÇÃO 
 O coração é um órgão muscular que bombeia sangue através do sistema 
circulatório (o sistema de transporte de sangue, composto pelo coração, artérias, 
capilares e veias) para todas as partes do corpo Fig. 2. 
Fig. 2: Anatomia do coração 
 
FONTE: Shah, (2017) 
 O coração é dividido em quatro câmaras. As duas câmaras superiores, 
átrios, estão unidas às duas câmaras inferiores, os ventrículos. Uma partição 
6 
 
interna separa o átrio e o ventrículo esquerdos, do átrio e ventrículo direitos. Os 
átrios recebem o sangue, que retorna da circulação ao coração, passando, 
então, para os ventrículos - as bombas do coração. A bomba ventricular direita 
manda o sangue do coração para os pulmões, enquanto a esquerda, manda o 
sangue para o resto dos tecidos e órgãos. 
 A parede do músculo ventricular esquerdo é mais grossa que a do direito, 
pois bombear sangue para os pulmões é relativamente mais fácil do que 
bombear por todo o corpo. O sangue circula pelas câmaras do coração em uma 
sequência específica. O ventrículo direito bombeia o sangue do coração para os 
pulmões, onde recebe oxigênio. Ele volta dos pulmões para o átrio esquerdo e 
deste para o ventrículo esquerdo, que bombeia o sangue parao sistema 
circulatório que abastece todo o corpo. O sangue volta para o coração pelo átrio 
direito. 
 As válvulas unidirecionais entre as câmaras mantêm a direção do sangue. 
Essas válvulas têm abas, chamadas de cúspides, que abrem-se quando o 
sangue é bombeado por elas, e fecham-se para impedir seu retorno. 
 Os sons do coração são produzidos quando as válvulas atrioventriculares, 
seguidas pelas válvulas semilunares, se fecham. O ciclo do sangue pelo coração 
ocorre em duas fases: diástole, o período de tempo em que os ventrículos estão 
relaxados, permitindo que o sangue chegue a eles dos átrios; e sístole, o período 
de tempo em que os ventrículos se contraem e ejetam o sangue para a aorta e 
artéria pulmonar. Essas fases constituem um ciclo cardíaco ou batimento 
cardíaco. 
1.3 CAUSAS 
 A insuficiência cardíaca pode ocorrer por várias razões. Causas comuns 
de insuficiência cardíaca incluem: Doença arterial coronariana; Ataque cardíaco 
anterior (infarto do miocárdio); Pressão alta (hipertensão); Valvulopatias; Doença 
cardíaca congênita (condição desde o nascimento); Cardiomiopatia (coração 
aumentado); Endocardite; Miocardite (infecção do coração); Diabetes. 
1.4 FISIOPATOLOGIA 
 Na insuficiência cardíaca, o coração pode não suprir os tecidos com a 
quantidade adequada de sangue para as necessidades metabólicas; a elevação 
7 
 
relacionada ao coração da pressão venosa pulmonar ou sistêmica pode resultar 
na congestão de órgãos. Essa condição pode decorrer das alterações da função 
sistólica, diastólica ou, geralmente, de ambas. Embora uma anormalidade 
primária possa ser uma mudança na função do cardiomiócito, há também 
mudanças na rotação de colágeno da matriz extracelular. Os defeitos cardíacos 
estruturais (p. ex., congênitos, desordens valvares), anormalidades rítmicas 
(incluindo alta IC persistente) e altas demandas metabólicas (p. ex., decorrente 
de tireotoxicoses) também podem causar IC. 
1.5 SINTOMAS 
 Sintomas de insuficiência cardíaca não são sempre óbvios. Algumas 
pessoas em fases muito iniciais da insuficiência cardíaca podem não ter sintoma 
algum. Outras podem ignorar os sintomas como cansaço ou falta de ar, 
considerando sinais de envelhecimento Fig 3. 
Fig. 3: Sintomas da Insuficiência Esquerda e Direita 
 
 FONTE: Shah, (2017) 
 Às vezes, no entanto, os sintomas de insuficiência cardíaca são mais 
evidentes. Por causa da incapacidade do coração de bombear sangue de forma 
eficiente e fornecer a seus órgãos (como os rins e o cérebro), você pode 
experimentar uma série de sintomas, incluindo: Falta de ar; Inchaço dos pés e 
pernas; Falta de energia, sensação de cansaço; Dificuldade de dormir à noite 
devido a problemas respiratórios; Abdômen inchado ou mole, perda de apetite; 
8 
 
Tosse com muco "espumoso" ou catarro; Aumento da micção durante a noite; 
Confusão; Memória prejudicada. 
 1.6 SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA 
 Insuficiência cardíaca pode afetar o lado esquerdo, o direito ou ambos. O 
ventrículo esquerdo é o mais forte das duas bombas cardíacas. Insuficiência 
cardíaca do lado esquerdo é mais comum e pode causar, na sequência, a 
insuficiência do lado direito. 
 Há dois tipos de insuficiência cardíaca do lado esquerdo: insuficiência 
sistólica e insuficiência diastólica. 
 A insuficiência cardíaca sistólica: ocorre quando as contrações da parede 
do músculo do ventrículo esquerdo não funcionam corretamente, 
comprometendo o bombeamento. Isso faz com que fração de ejeção 
fique abaixo da faixa normal e, com o tempo, o ventrículo se alargue. 
 Insuficiência cardíaca diastólica: ocorre quando a parede do ventrículo 
esquerdo não é capaz de descontrair normalmente, porque o músculo se 
tornou rígido. Quando isso acontece, o coração não se enche 
adequadamente, apesar da fração de ejeção geralmente permanecer 
dentro da faixa normal, o volume sistólico é reduzido. Independentemente 
do tipo de disfunção, a insuficiência cardíaca do lado esquerdo torna o 
coração incapaz de bombear sangue suficiente na circulação para 
atender as demandas do corpo e o aumento da pressão dentro do 
coração causa retorno do sangue para a circulação pulmonar, produzindo 
congestão nos pulmões. 
 A insuficiência cardíaca esquerda provoca acúmulo de líquido nos 
pulmões e, consequentemente, falta de ar. Inicialmente, a falta de ar só ocorre 
durante o esforço, mas, à medida que a insuficiência cardíaca avança, a falta de 
ar passa a ocorrer com menor esforço e, por fim, até mesmo em repouso. 
 Pessoas com insuficiência cardíaca esquerda grave podem sentir falta de 
ar quando deitadas (um quadro clínico chamado ortopneia), uma vez que a 
gravidade faz com que mais líquido entre nos pulmões. Essas pessoas muitas 
vezes acordam ofegantes ou com chiado ao respirar (um quadro clínico chamado 
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dispneia paroxística noturna). Quando se sentam, parte do líquido é drenada 
para a parte inferior dos pulmões, o que facilita a respiração. 
 Pessoas com insuficiência cardíaca esquerda sentem-se cansadas e 
debilitadas durante atividades físicas porque seus músculos não estão 
recebendo sangue suficiente. 
1.7 SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA 
 Insuficiência cardíaca do lado direito, normalmente ocorre devido à 
insuficiência cardíaca do lado esquerdo. Quando o lado esquerdo do coração 
não funciona adequadamente, a pressão aumenta no lado direito. Com o passar 
do tempo isso causa danos e enfraquece o lado direito, que também perde poder 
de bombeamento. Isto acarreta retorno de sangue para o sistema circulatório 
que supre o resto do corpo, tendo como resultado a retenção de fluidos (edema) 
nos membros (principalmente, pernas, tornozelos e pés), interior do abdômen e 
ao redor do fígado. 
 O principal sintoma de insuficiência cardíaca direita é o acúmulo de 
líquidos que causa inchaço (edema) nos pés, tornozelos, pernas, região lombar, 
fígado e abdômen. 
 Os locais onde o líquido se acumula dependem da quantidade de líquido 
excedente e dos efeitos da gravidade. Quando a pessoa está em pé, o líquido 
se acumula nas pernas e nos pés. Quando a pessoa está deitada, o líquido 
acumula-se, geralmente, na região lombar. Se a quantidade de líquido 
excedente for grande, ele também se acumula no abdômen. 
 O acúmulo de líquido no fígado ou no estômago pode provocar náuseas 
e perda de apetite. A insuficiência cardíaca direita grave pode resultar em perda 
de peso e de massa muscular. Esse quadro clínico é denominado caquexia 
cardíaca. 
1.8 FATORES DE RISCO 
 Algumas pessoas tem maior probabilidade que outras de desenvolver 
insuficiência cardíaca. Ninguém pode prever com certeza quem irá desenvolvê-
la. Estar ciente dos fatores de risco e ver um médico para tratamento precoce 
são boas estratégias para o controle da insuficiência cardíaca. Fatores de risco 
10 
 
de insuficiência cardíaca incluem: Pressão alta (hipertensão); Ataque cardíaco 
(infarto do miocárdio); Válvulas cardíacas anormais; Aumento do coração 
(cardiomiopatia); Histórico familiar de doença cardíaca; Diabetes 
1.9 DIAGNÓSTICO 
 Os médicos usam uma ou mais medidas físicas para avaliar o 
funcionamento do seu coração. Entre elas, têm-se: o débito ou gasto cardíaco, 
que é o volume de sangue que o coração bombeia para o sistema circulatório 
em um minuto; volume sistólico, que é o volume de sangue bombeado pelo 
ventrículo esquerdo em um batimento cardíaco; e a fração de ejeção, que é a 
fração de sangue bombeada para fora do coração pelos ventrículos em cada 
batimento cardíaco. Em um adulto saudável, os intervalos normais são: para 
débito cardíaco 4 l/minuto a 8 l/minuto, para o volume sistólico entre 55 ml e 100 
ml, e a para a fração de ejeção de 55% a 70%. 
 O diagnóstico é clínico, fundamentado por exames de Imaginologia. 
Apenas o médico pode dizer se o paciente é positivo para a síndrome de 
disfunção ventricular. No diagnóstico clínico, o médico revisará:o histórico 
médico, incluindo doenças passadas e atuais, histórico familiar e estilo de vida. 
Como parte do exame físico, o médico irá verificar o coração, pulmões, abdômen 
e pernas para ver se os sinais de insuficiência cardíaca estão presentes. 
 Para descartar ou confirmar o diagnóstico de insuficiência cardíaca, o 
médico poderá prescrever um ou vários destes testes de diagnóstico: 
Ecocardiograma; Eletrocardiograma (ECG); Radiografia de tórax; Teste de 
esforço. Ressonância Magnética cardíaca, é útil para avaliar a causa da doença 
miocárdica e para detectar fibrose miocárdica focal e difusa. Amiloidose 
cardíaca, sarcoidose, hemocromatose e miocardite são causas da IC que podem 
ser detectadas ou suspeitadas pelos achados de RM cardíaca. 
1.10 TRATAMENTO 
 O tratamento da insuficiência cardíaca exige diversas medidas gerais, 
além do tratamento dos distúrbios que possam causá-la, alterações no estilo de 
vida e o uso de medicamentos para insuficiência cardíaca. 
 Muitos tipos de medicamentos são utilizados para tratar a insuficiência 
cardíaca. O médico pode prescrever inibidores ECA, betabloqueadores, 
11 
 
anticoagulantes e diuréticos, entre outros. Em geral, uma combinação de 
medicamentos para o coração é normalmente usada. 
 Se a insuficiência cardíaca é causada ou agravada por uma válvula fraca, 
o médico pode considerar cirurgia cardíaca para reparar ou substituir a válvula. 
Se a insuficiência cardíaca for grave e irreversível, a cirurgia de transplante de 
coração pode ser considerada. 
1.10.1 ALTERNATIVA DE TRATAMENTO 
 A terapia de ressincronização cardíaca, em algumas pessoas com 
insuficiência cardíaca, as câmaras inferiores do coração não batem ao mesmo 
tempo, forçando o coração a trabalhar mais. Estas pessoas podem se beneficiar 
da terapia de ressincronização cardíaca (TRC), que é um dispositivo implantável 
de coração, como um marca-passo. 
 A TRC é uma opção de tratamento clinicamente provada para alguns 
indivíduos com insuficiência cardíaca. Ele envia pequenos pulsos elétricos a 
ambas as câmaras inferiores do seu coração para ajudá-las a baterem em um 
padrão mais sincronizado. Isso pode melhorar a capacidade do coração para 
bombear o sangue e o oxigênio para o corpo. 
 
2 DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA (DAC) 
2.1 DEFINIÇÃO 
 A doença arterial coronariana (DAC) é o resultado da obstrução das 
artérias coronárias os vasos sanguíneos que irrigam o músculo do coração. O 
conjunto de artérias coronárias constitui a circulação coronária. As artérias 
coronárias podem ser obstruídas por placas de gordura que vão se depositando 
em seu interior. Esse processo é denominado aterosclerose Fig 4. 
Fig.4: DAC DANOS NOS PRINCIPAIS VASOS SANGUINEOS DO CORAÇÃO 
12 
 
 
FONTE: HOSPITAL ISRAELITA A. EINSTEIN 
 Denomina-se isquemia miocárdica a má irrigação do músculo 
cardíaco decorrente de obstrução da circulação coronária. A isquemia 
miocárdica que ocorre durante um episódio de angina é temporária: um estado 
em que a irrigação do músculo cardíaco não é suficiente para suprir suas 
necessidades para a intensidade de trabalho que realiza. 
 A isquemia cessa com a suspensão da atividade física que desencadeou 
a angina e retorna a um patamar de atividade cardíaca mais baixa ou com uso 
de nitroglicerina sublingual, que dilata as artérias coronárias e diminui o trabalho 
cardíaco. 
2.2 SINTOMAS 
 Os seguintes fatores caracterizam a dor no peito e, de acordo com suas 
características, sugerem qual a origem da dor: tipo e localização da dor, 
irradiação da dor para outras regiões do corpo, intensidade, duração, fatores 
desencadeantes e de melhora e piora da dor. 
 A dor no peito, secundária à isquemia miocárdica, tipicamente se 
manifesta com as seguintes características (ressaltando que, em cada indivíduo, 
a angina se manifesta sem necessariamente apresentar as características 
típicas em sua totalidade): dor em aperto, opressão, pressão, peso ou 
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queimação, localizada abaixo do osso esterno (no meio do tórax, entre as 
costelas). 
 Contudo, a dor pode se localizar em qualquer porção do tórax, mais 
frequentemente no meio ou do lado esquerdo, e ainda nos ombros, braços, 
pescoço, mandíbula, dentes, nas costas (entre as duas escapulas) e até, menos 
freqüente, na porção superior do abdome. Geralmente se inicia na porção 
anterior do tórax, pode se irradiar para os ombros, braços, pescoço, mandíbula, 
dentes e costas. 
 Fatores desencadeantes da dor: esforço físico (mais comum) ou 
emoção. No entanto, o fato de a dor não ser desencadeada por esforço 
físico ou emoção não descarta que ela seja de origem cardíaca. 
 Fatores de melhora da dor: a crise de angina se alivia com o repouso 
(quando desencadeada por esforço físico) ou com o uso de vasodilatador 
sublingual. 
 A persistência da dor por mais que 10 a 15 minutos pode significar que a 
crise de angina seja mais grave, ou mesmo tratar-se de um infarto agudo do 
miocárdio, que representa um estado de oclusão total de uma das artérias. A dor 
do infarto, ao contrário da angina, costuma ser mais intensa e não cede após 
alguns minutos, nem com repouso nem com uso de medicamento, e requer 
atendimento médico o mais breve possível. 
 Fatores de piora da dor: a dor de origem cardíaca está relacionada a 
esforço físico ou emoções. Dor que piora com a movimentação do tórax 
ou dos braços, com a respiração ou com a alimentação torna menos 
provável (porém não necessariamente descarta) a dor ser de origem 
cardíaca e sugere, com maior probabilidade, origem osteomuscular, 
pulmonar ou digestiva, respectivamente. É bom lembrar que nem sempre 
a dor de origem cardíaca tem sua manifestação da forma mais típica. Na 
dúvida, consulte sempre seu médico. O fato de descartar o diagnóstico de 
angina é tão importante quanto o de definir seu diagnóstico, numa 
primeira instância. 
 Intensidade da dor: Leve a moderada. Dores muito intensas, 
especialmente se não cederem após 10 a 15 minutos podem representar 
14 
 
outra origem para o quadro (como infarto ou ruptura da aorta) ou origem 
não-cardiovascular. Não perca tempo: procure orientação médica nesses 
casos. 
 Duração da dor: Costuma durar poucos minutos (geralmente de 5 a 10 
minutos e nunca mais de 30 minutos) e cede com a suspensão do evento 
desencadeador ou com o uso de medicação. 
 Fatores associados que acompanham a dor: A angina pode ser 
acompanhada de falta de ar, suor frio e náuseas. A ausência desses 
sintomas não significa que a dor não seja de origem cardíaca. 
 
2.3 TRATAMENTO 
 O tratamento da doença arterial coronária envolve três possíveis 
abordagens. Dependendo de cada caso, o médico definirá a melhor conduta a 
ser seguida. 
 Tratamento medicamentoso, consiste no uso de remédios para diminuir a 
possibilidade de isquemia miocárdica. Os remédios usados para este fim dilatam 
os vasos sangüíneos e aumentam o fluxo de sangue ao coração, diminuindo o 
trabalho cardíaco de tal maneira que o fluxo de sangue diminuído pela obstrução 
coronária seja suficiente para suprir as necessidades do coração. 
 A aspirina, geralmente utilizada em doses baixas (apresentação infantil, 
por exemplo), “afina o sangue”, ou seja, diminui a possibilidade de ocorrer a 
formação de coágulos na circulação coronária, que podem entupir as artérias e 
até levar ao infarto. 
 Os medicamentos a base de nitroglicerina e os bloqueadores de cálcio 
são vasodilatadores coronarianos, ao passo que os da classe denominada 
“betabloqueadores” diminuem o trabalho cardíaco. 
 Angioplastia coronária, a angioplastia é realizada por meio da introdução 
de um cateter especial em uma artéria do braço ou da perna – e consiste na 
dilatação de uma obstrução coronária. Esse cateter possui um balão na sua 
ponta, que esmaga a placa de aterosclerose ao ser insuflado. 
15 
 
 O “stent” é um dispositivo metálico (semelhante a um “bobe de cabelo”) 
que é implantado no localda obstrução coronária, a fim de manter a artéria 
desobstruída e diminuir a possibilidade de recorrência do problema. 
 O Tratamento cirúrgico, revascularização do miocárdio (conhecida 
popularmente como "ponte de safena"). Essa cirurgia utiliza segmentos das 
veias da perna (veia safena) ou de artérias, mais comumente a artéria mamária 
e da parede torácica (mas podem ser utilizadas outras artérias do braço e até do 
estômago) para unir o trecho sem obstrução ao obstruído, oferecendo, desta 
maneira, uma rota alternativa ao fluxo sangüíneo que não passe pela obstrução 
(daí o termo "ponte"). 
2.4 FATORES DE RISCO 
 Alguns fatores são reconhecidos como sendo de risco para o 
desenvolvimento do processo aterosclerótico e, conseqüentemente, da doença 
coronariana. Entre eles: 
-. Histórico familiar de doença coronariana em idade jovem, 
-. Tabagismo, 
-. Sedentarismo, 
-. Obesidade, 
-. Diabetes, 
-. Hipertensão arterial 
-. Níveis elevados de gorduras no sangue, particularmente o colesterol. 
 
3 ANGINA 
3.1 DEFINIÇÃO 
 Angina de peito (angina pectoris) é a descrição utilizada para caracterizar 
a dor torácica causada pela falta de sangue (isquemia) que acomete o músculo 
cardíaco. A angina é quase sempre relacionada a doenças que causam 
obstrução nas artérias responsáveis por levar sangue ao coração, as coronárias. 
Causas fig 5. 
Fig 5: Dor no Peito 
16 
 
 
FONTE: HOSPITAL ISRAELITA A. EINSTEIN 
3.2 CAUSAS 
 A maior causa de angina é a denominada aterosclerose, ou seja, a 
deposição de placas de gordura dentro dos vasos (coronárias) responsáveis por 
levar sangue ao músculo do coração. Em situações nas quais o entupimento 
atinge mais de 70 % do diâmetro do vaso, o coração, ao ser submetido a uma 
demanda aumentada, como esforço físico ou estresse emocional, tem uma 
oferta de oxigênio insuficiente para aquela demanda, levando à chamada 
isquemia e com isso à angina de peito. 
 A aterosclerose, por sua vez, é multifatorial, sendo principalmente 
relacionada a outras doenças ou fatores de risco, como idade avançada, 
hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, tabagismo, histórico familiar e 
sedentarismo. 
3.3 PRINCIPAIS SINTOMAS 
 A angina se manifesta como uma sensação de dor ou desconforto no 
centro do peito, de localização mal definida, mais comumente descrita como 
aperto, peso, sufocação, queimação ou estrangulamento. 
 Costuma ser desencadeada por esforço físico, estresse emocional ou frio 
intenso e é aliviada com repouso, ocorrendo em crises que duram de cinco a 
quinze minutos. Pode se irradiar para pescoço, braço, ombros, mandíbula ou 
mais raramente para as costas. 
17 
 
 Sintomas como ânsia, náusea, indigestão, suor frio, falta de ar e palidez 
podem acompanhar as crises. Dor de localização muito bem definida (apontada 
com a ponta de um dedo) ou de duração fugaz (alguns segundos apenas) 
geralmente não é angina. 
 Nos casos em que a dor ocorre de maneira intensa, súbita e muito 
prolongada, o indivíduo provavelmente está sofrendo um infarto do miocárdio, 
uma manifestação grave que significa entupimento súbito e total de um vaso do 
coração e demanda atendimento imediato devido ao risco iminente de morte ou 
graves complicações. 
 Em casos mais graves, podem ser feitas intervenções a fim de desobstruir 
as artérias entupidas. Uma delas é a angioplastia, procedimento no qual um 
balão dilata, pelo próprio cateterismo, o vaso com obstrução, sendo colocada 
uma armação de metal (stent) para manter o vaso aberto. Outra alternativa é a 
cirurgia de revascularização do miocárdio, em que enxertos (vasos retirados ou 
desviados do próprio paciente, como a veia safena) são usados para criar novos 
caminhos para o sangue chegar ao músculo cardíaco de maneira adequada, 
desviando da obstrução. 
3.4 PREVENÇÃO 
 A prevenção da angina passa pela adoção de hábitos saudáveis, como 
dieta, exercício e evitar o fumo, além de tratamento precoce dos fatores de risco, 
sobretudo diabetes, pressão alta e colesterol alto. 
3.4 DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico inicialmente é clínico, baseado nos sintomas e fatores de 
risco apresentados pelo paciente, e em seguida alguns exames são utilizados 
para pesquisar a causa e confirmar o diagnóstico. 
 Podem ser utilizados exames de estresse, como o teste ergométrico, em 
que o paciente é submetido a um esforço físico controlado em esteira enquanto 
uma máquina (eletrocardiograma) lê os batimentos cardíacos e detecta sinais de 
isquemia quando o coração atinge um determinado nível de aceleração. 
 Também podem ser usados com o mesmo propósito o ecocardiograma 
de estresse e a cintilografia com medicina nuclear, sendo em determinadas 
18 
 
situações usadas substâncias que provocam estresse no coração nos indivíduos 
que não conseguem se exercitar (estresse farmacológico). 
 Já o exame que confirma definitivamente se a pessoa apresenta 
obstrução nas artérias coronárias é o cateterismo cardíaco. Em alguns casos, 
mais recentemente vem ganhando espaço a tomografia computadorizada das 
artérias coronárias. Esses dois últimos exames têm como desvantagem o uso 
de contraste à base de iodo. 
3.5 TRATAMENTO 
 Além do tratamento dos fatores de risco (controle da pressão e diabetes, 
cessação do tabagismo), existem vários medicamentos capazes de aliviar os 
sintomas e até mesmo reduzir a chance de morte ou infarto nos pacientes com 
angina. 
 Para alívio imediato, são utilizados os nitratos, medicamentos com efeito 
de dilatar os vasos do coração e usados pela via sublingual durante as crises de 
angina. Para impedir o aparecimento das crises, são comumente utilizados os 
betabloqueadores, remédios capazes de reduzir os batimentos cardíacos e 
poupar a energia do coração em situações de alta demanda, com isso 
diminuindo a isquemia. 
4 A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 
4.1 DEFINIÇÃO 
 A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial 
caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). 
Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-
alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, 
com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não 
fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010). 
 A hipertensão está nitidamente associada a várias complicações, como 
acidente vascular encefálico (AVE), doença arterial periférica (DAP), 
insuficiência cardíaca (IC), doença renal crônica (DRC), infarto agudo do 
miocárdio (IAM) e doença arterial coronariana (DAC) 
 
19 
 
4.2 FATORES DE RISCO PARA HAS 
 Os principais fatores de risco para HAS são: 
• Idade principalmente acima de 50 anos; 
• Prevalência parecida entre ambos os sexos, sendo mais comum em homens 
até 50 anos, invertendo esta relação nas décadas subsequentes; 
• Indivíduos não brancos; 
• Excesso de peso; 
• Sedentarismo; 
• Ingesta aumentada de sal e álcool; 
• Fatores socioeconômicos e genéticos. 
 
4.3 PREVENÇÃO PRIMÁRIA DA HAS 
 Medidas não farmacológicas, as principais recomendações não 
medicamentosas para prevenção primária da HAS são: alimentação saudável, 
consumo controlado de sódio e álcool, ingestão de potássio, combate ao 
sedentarismo e ao tabagismo. 
4.4 DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO DA HAS 
• Classificação da Pressão Arterial de acordo com a medida casual no consultório 
(> 18 anos). 
 
 Quando as pressões sistólicas e diastólicas situam-se em categorias 
diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. 
20 
 
 Com a utilização das ferramentas diagnósticas e de classificação 
descritas acima, seguem algumas recomendações de seguimento e 
reavaliações ambulatoriais resumidas abaixo: 
 
* Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do 
paciente. 
** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o 
seguimento recomendadodeve ser definido pelo maior nível de pressão. 
*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores 
de risco maiores, 
Doenças associadas e lesão em órgão-alvo). 
 
4.4.1 Avaliação clínica e laboratorial e estratificação de risco 
• Objetivos da avaliação clínica e laboratorial, é Confirmar o diagnóstico de 
HAS por medida da PA; 
• Identificar fatores de risco para doenças cardiovasculares; 
• Pesquisar presença de outras doenças associadas; 
• Estratificar o risco cardiovascular global; 
• Avaliar indícios do diagnóstico de hipertensão arterial secundária. 
Durante a avaliação clínica deve-se obter história clínica completa com 
especial atenção aos dados relevantes referentes ao tempo e tratamento prévio 
21 
 
de hipertensão, fatores de risco, indícios de hipertensão secundária e de lesões 
de órgãos-alvo, aspectos socioeconômicos e características do estilo de vida do 
paciente e ao consumo pregresso ou atual de medicamentos ou drogas que 
podem interferir em seu tratamento (anti-inflamatórios, anorexígenos, 
descongestionantes nasais etc.). 
 Além da medida da PA e da frequência cardíaca, o exame físico deve ser 
minucioso, buscando sinais sugestivos de lesões de órgãos-alvo e de 
hipertensão secundária. O exame de fundo de olho deve ser sempre feito ou 
solicitado na primeira avaliação, em especial em pacientes com HAS estágio 3, 
que apresentam diabetes ou lesão em órgãos-alvo. Para avaliação de obesidade 
visceral, recomenda-se a medida da circunferência da cintura (CC), dado que a 
medida da relação cintura-quadril não se mostrou superior 
 Durante a avaliação clínica deve-se obter história clínica completa com 
especial atenção aos dados relevantes referentes ao tempo e tratamento prévio 
de hipertensão, fatores de risco, indícios de hipertensão secundária e de lesões 
de órgãos-alvo, aspectos socioeconômicos e características do estilo de vida do 
paciente e ao consumo pregresso ou atual de medicamentos ou drogas que 
podem interferir em seu tratamento (anti-inflamatórios, anorexígenos, 
descongestionantes nasais etc.). 
4.4.2 Avaliação Laboratorial Básica 
• Avaliação inicial de rotina para o paciente hipertenso: 
• Análise de urina; 
• Potássio plasmático; 
• Creatinina plasmática; 
• Glicemia de jejum; 
• Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos*; 
• Ácido úrico plasmático; 
• Eletrocardiograma convencional. 
22 
 
* O LDL-C é calculado pela fórmula: LDL-C = colesterol total – (HDL-C 
+triglicerídeos/5) 
 
 A avaliação complementar é orientada para detectar lesões clínicas ou 
subclínicas com o objetivo de melhor estratificação do risco cardiovascular. Está 
indicada na presença de elementos indicativos de doença cardiovascular e 
doenças associadas, em pacientes com dois ou mais fatores de risco, e em 
pacientes acima de 40 anos de idade com diabetes. 
 Segue resumo da avaliação complementar: 
• Avaliação complementar para o paciente hipertenso – exames recomendados 
e população indicada: 
 Radiografia de tórax: recomendada para pacientes com suspeita clínica 
de insuficiência cardíaca, quando demais exames não estão disponíveis; 
e para avaliação de acometimento pulmonar e de aorta; 
 Ecocardiograma: hipertensos estágios 1 e 2 sem hipertrofia ventricular 
esquerda ao ECG, mas com dois ou mais fatores de risco; hipertensos 
com suspeita clínica de insuficiência cardíaca; 
 Microalbuminúria: pacientes hipertensos diabéticos, hipertensos com 
síndrome metabólica e hipertensos com dois ou mais fatores de risco; 
 Ultrassom de carótida: pacientes com sopro carotídeo, com sinais de 
doença cerebrovascular, ou com doença aterosclerótica em outros 
territórios; 
 Teste ergométrico: suspeita de doença coronariana estável, diabetes ou 
antecedente familiar para doença coronariana em paciente com pressão 
arterial controlada; 
 Hemoglobina glicada: na impossibilidade de realizar hemoglobina glicada, 
sugere-se a realização do teste oral de tolerância à glicose em pacientes 
com glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL. 
4.5 FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ADICIONAIS NOS 
PACIENTES COM HAS 
• Idade (homem > 55 e mulheres > 65 anos) 
23 
 
• Tabagismo 
• Dislipidemias: triglicérides > 150 mg/dL; 
• LDL colesterol > 100 mg/dL; HDL < 40 mg/dL 
• Diabetes Melito 
• História familiar prematura de doença cardiovascular: 
• Homens < 55 anos e mulheres < 65 anos 
4.6 CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS À HIPERTENSÃO 
• Doença cerebrovascular (AVE, AVEI, AVEH, alteração da função cognitiva) 
• Doença cardíaca (infarto, angina, revascularização coronária, insuficiência 
cardíaca) 
• Doença renal: nefropatia diabética, déficit importante de função (clearance < 60 
ml/min) 
• Retinopatia avançada: hemorragias ou exsudatos, papiledema 
• Doença arterial periférica 
(AVE – acidente vascular encefálico; AVEI – AVE isquêmico; AVEH – AVE 
hemorrágico) 
4.7 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO E ABORDAGEM 
MULTIPROFISSIONAL 
 O tratamento não medicamentoso consiste em seguir as seguintes 
orientações que estarão aprofundadas no texto das Diretrizes de Hipertensão 
Arterial (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010): 
1. Controle de peso 
2. Estilo alimentar (dietas DASH, mediterrânea, vegetariana e outras) 
3. Redução do consumo de sal 
4. Ácidos graxos insaturados (ômega 3) 
5. Consumo de fibras, proteína de soja, oleaginosas, chocolate amargo, 
laticínios, alho, chá e café 
24 
 
6. Moderação no consumo de álcool 
7. Realização constante de atividade física 
8. CPAP e outras formas de tratamento da síndrome da apneia/hipopneia 
obstrutiva do sono 
(SAHOS) 
9. Controle do estresse psicossocial 
10. Cessação do tabagismo 
11. Acompanhamento com equipe multiprofissional – médicos, enfermeiros, 
nutricionistas, 
Fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, professores de educação física 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
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11 – Sérgio. 2011. Disponível 
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