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3 Dengue, Chikungunya e Zika

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Dengue, Chikungunya e Zika 
Profa. Ms. Alessandra Bezerra
ARBOVIROSE 
As arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti têm se constituído em um dos principais problemas de saúde pública no mundo
Possui uma sazonalidade marcada, coincidente com épocas quentes e chuvosas no Brasil
A dengue é a arbovirose urbana de maior relevância nas Américas. 
Estima-se que 3 bilhões de pessoas estejam sob o risco de contrair a doença e que ocorram, anualmente, 390 milhões de infecções e 20 mil mortes. 
4 sorotipos distintos
DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4
2 linhagens do vírus: africana e asiática
4 genótipos: Oeste Africano, Leste-Centro-Sul Africano, Asiático e Oceano Índico 
Aedes aegypti
Dengue
1981-1982
Vírus dengue (DENV)
Chikungunya
2014
Vírus Chikungunya (CHIKV)
Zika 
2015
Vírus Zika (ZIKV)
 O surgimento de pacientes com manifestações neurológicas e história prévia de infecção viral tem sido registrado em estados com circulação de ZIKV. 
 Principais manifestações neurológicas em pacientes infectados incluem:
A epidemia de Zika afetou gravemente o Nordeste do Brasil e evidenciou a associação entre a infecção pelo ZIKV durante a gravidez e o risco de malformações congênitas (microcefalias) 
Até então não haviam sido descritas em outros países onde houvera surto da doença.	
 Essa arbovirose eventualmente pode levar a óbito. 
Mielite
Síndrome de Guillain-Barré 
Meningoencefalite
Encefalite
O cenário epidemiológico do Brasil, caracterizado pela circulação simultânea dos 4 sorotipos do vírus dengue e dosvírus Chikungunya e Zika, constitui-se em um grande desafio tanto	para a assistência quanto para a vigilância, em suas ações de identificação de casos suspeitos, no diagnóstico precoce e no desencadeamento das ações de prevenção e controle. 
As arbovirose urbanas por compartilharem diversos sinais clínicos semelhantes, a dificuldade da suspeita inicial pelo profissional de saúde pode, em algum grau, dificultar a adoção de manejo clínico adequado e, consequentemente, predispor à ocorrência de formas graves, levando eventualmente a óbitos. 
Agentes etiológicos 
Os vírus dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV) são arbovírus
Vetores
Os insetos vetores de dengue, Chikungunya e Zika no Brasil são mosquitos da família Culicidae, pertencentes ao gênero Aedes, do subgênero Stegomyia. 
A espécie Aedes aegypti é a única comprovadamente responsável pela transmissão dessas arboviroses no Brasil, e também pode ser transmissora do vírus da febre amarela em áreas urbanas. 
Além dessas 3 formas de transmissão, estudos apontam que o ZIKV pode ser transmitido por via sexual de uma pessoa infectada (sintomática ou não) para seus parceiros, durante meses após a infecção inicial.
Modo de transmissão
Vetorial
Picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas
Vertical (gestante-feto)
Dengue
Chikungunya
Zika
Transfusional
Raro
Pode ocorrer em caso de gestantes virêmicas, muitas vezes provocando infeção neonatal grave. 
É rara, ocorrendo antes da 22a semana de gestação
Pode ocorrer em diferentes IG e resultar em amplo espectro de malformações no feto, incluindo aborto
Período de incubação e transmissibilidade 
Processo de transmissão compreende:
Período de incubação intrínseco (PII) que ocorre no ser humano
Período de incubação extrínseco que acontece no vetor
Vírus dengue (DENV)
PII pode variar de 4 a 10 dias. 
Período de viremia: geralmente se inicia 1 dia antes do aparecimento da febre. Pode perdurar por até o 5º dia da doença. 
Vírus Chikungunya (CHIKV)
PII pode variar de 1 a 12 dias
Período de viremia: geralmente inicia-se 2 dias antes do aparecimento dos sintomas. Pode perdurar por até 10 dias. 
Vírus Zika (ZIKV)
PII varia de 2 a 7 dias, em média.
Período de viremia se estende até o 5º dia do início dos sintomas. 
Dengue (DENV)
A suscetibilidade ao vírus da dengue (DENV) no indivíduo é universal; uma vez que haja infecção, a imunidade adquirida é permanente para um mesmo sorotipo. 
A imunidade cruzada (heteróloga) persiste temporariamente no indivíduo, ou seja, quando induzida por um sorotipo, é apenas parcialmente protetora contra outros sorotipos e desaparece rapidamente. 
A infecção primária ocorre em pessoas não previamente expostas a qualquer um dos sorotipos do vírus dengue.
Surgem os anticorpos IgM, que se elevam rapidamente, sendo detectáveis a partir do 6° dia. 
Indivíduos que tiveram infecção prévia por outro sorotipo de dengue
Títulos de anticorpos IgG elevam-se rapidamente
Aumento mais tardio e menos marcado de anticorpos IgM
Suscetibilidade e imunidade 
Chikungunya (CHIKV)
Acredita-se que a imunidade desenvolvida para o vírus Chikungunya (CHIKV) seja duradoura e protetora contra novas infecções, ainda que produzida por diferentes genótipos desse vírus. 
Zika (ZIKV).
As evidências científicas disponíveis até o momento não permitem assegurar o tempo de duração da	imunidade conferida pela infecção natural do vírus Zika (ZIKV).
Suscetibilidade e imunidade 
Vigilância em Saúde
Notificar e investigar oportunamente os casos suspeitos de dengue, Chikungunya e Zika, para acompanhar, de forma contínua, a evolução temporal desses agravos, e detectar efetivamente mudanças no padrão de ocorrência, surtos e epidemias
Realizar análises epidemiológicas descritivas dos casos, em função de variáveis relacionadas a pessoa, tempo e espaço; 
Integrar as informações de vigilância de casos, vigilância entomológica e vigilância laboratorial; 
Promover a integração entre as áreas de controle vetorial, assistência e demais entes que atuam na prevenção e controle das arboviroses, visando à adoção de medidas pertinentes capazes de controlar e/ou impedir a transmissão, quando possível, e de reduzir a magnitude, a gravidade e a mortalidade dessas doenças.
Ações e atividades:
Realizar monitoramento para detecção oportuna da circulação viral de dengue, Chikungunya e Zika, incluindo alerta para possíveis mudanças no padrão de circulação desses arbovírus.
Construir, manter, alimentar e retroalimentar sistemas de informações, visando ao acompanhamento dessas arboviroses e à construção de indicadores epidemiológicos, para orientar ações, avaliar efetividade dos programas de prevenção e controle, assim como apoiar estudos e pesquisas voltadas ao aprimoramento da vigilância e do controle.
Monitorar a ocorrência de casos graves de dengue, Chikungunya e Zika, assim como as manifestações atípicas de Chikungunya e a cronicidade da doença, a ocorrência de Zika em gestantes e casos de manifestações neurológicas possivelmente relacionados à infecção prévia por esses arbovírus. 
Contribuir para a redução da magnitude, por meio da identificação oportuna de áreas com maior número de casos, visando orientar ações integradas de prevenção, controle e organização da assistência. 
Investigar oportunamente os óbitos suspeitos ou confirmados, mediante identificação de seus possíveis determinantes e definição de estratégias para aprimoramento da assistência aos casos, evitando a ocorrência de novos óbitos. 
Fornecer indicadores epidemiológicos e entomológicos que apoiem o desenvolvimento das ações de controle dessas arboviroses.
Dengue
 Arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, incluindo o Brasil, sendo uma importante suspeita em pacientes que apresentam quadro febril agudo. 
Doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves.
Em geral debilitante e autolimitada
Maioria dos pacientes apresenta evolução clínica benigna e se recupera
Uma parte pode evoluir para formas graves, inclusive óbitos
Manifestações clínicas
As infecções por dengue podem ser assintomáticas ou sintomáticas. 
Fases clínicas: 
Febril
Crítica
Recuperação
Febril
Febre (acima de 38ºC) - início abrupto e com duração de 2 a 7 dias, associada a cefaleia, astenia, mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. 
Anorexia, náuseas,vômitos e diarreia
Lesão exantemática (face, tronco e membros, regiões palmares e plantares) – com ou sem prurido
Crítica
Tem início com o declínio da febre - entre o 3° e o 7° dia do início da doença 
Marca o início da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o choque, por extravasamento plasmático. 
Os sinais de alarme sinalizam o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito.
O choque pode levar ao óbito em um intervalo de 12 a 24 horas ou à recuperação rápida (após terapia antichoque apropriada). 
O comprometimento grave de órgãos pode causar complicações, como hepatites, encefalites ou miocardites e/ou sangramento abundante, e ocorrer sem extravasamento de plasma ou choque óbvios. 
Sinais de choque:
Pulso rápido e fraco
Hipotensão arterial
Pressão	arterial convergente	
Extremidades frias
Enchimento capilar lento
Pele úmida e pegajosa
Oligúria
Manifestações neurológicas (agitação, convulsões e irritabilidade) 
Recuperação
Após as 24-48 horas da fase crítica, quando uma reabsorção gradual do fluido que havia extravasado para o compartimento extravascular se dá
Melhora do estado geral do paciente, retorno progressivo do apetite, redução de sintomas gastrointestinais, estabilização do estado hemodinâmico e melhora do débito urinário 
Alguns pacientes podem apresentar um exantema, acompanhado ou não de prurido generalizado.
Bradicardia e mudanças no eletrocardiograma são comuns durante esse estágio
Fatores de risco individuais podem determinar a gravidade da doença, a exemplo da idade, da etnia e de doenças associadas, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos. 
Crianças mais novas podem ser menos competentes que os adultos para compensar o extravasamento capilar e, consequentemente, possuem maior risco de evoluir para o choque.
Quanto mais vezes se tiver dengue, maior o risco de complicações 
Exames
Exames específicos 
Exames inespecíficos 
Hematócrito
Contagem de plaquetas
Dosagem de albumina
Exames
 A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus da dengue faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego de métodos sorológicos
Anticorpo da classe IgM e anticorpos IgG 
Isolamento: é o método mais específico para determinação do sorotipo responsável pela infecção. 
 Coleta de sangue de preferência no 3º ou 4ª dia do início dos sintomas. 
 Após o término dos sintomas não se deve coletar sangue para isolamento viral. 
 Sorologia: os testes sorológicos complementam o isolamento do vírus e a coleta de amostra de sangue deverá ser feita após o 6º dia do início da doença.
Em quem realizar e qual a interpretação da Prova do Laço? 
 Em pacientes com suspeita clínica de dengue que não apresentem sinais clínicos de sangramento
 Deverá ser repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa
 Pode reforçar a hipótese de dengue e aponta para uma necessidade de maior atenção ao paciente. 
É importante ressaltar que a prova do laço não confirma e nem exclui o diagnóstico de dengue. 
Como realizar a Prova do Laço? 
• Medir a pressão arterial. 
• Insuflar novamente o manguito até o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima. 
• Manter o manguito insuflado por 5 minutos em adultos e 3 minutos em crianças. 
• Soltar o ar do manguito, retirá-lo do braço do paciente e procurar por petéquias no antebraço, abaixo da prega do cotovelo. 
• Escolher o local de maior concentração de petéquias e marcar um quadrado com 2,5 cm de lado. 
• Contar o número de petéquias dentro do quadrado. 
• Considerar positiva quando houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças.
Tratamento
 Baseia-se principalmente na reposição volêmica adequada, levando-se em consideração o estadiamento da doença segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.
 É importante reconhecer precocemente os sinais de extravasamento plasmático, para correção rápida com infusão de fluidos. 
1. A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Sobre os aspectos clínicos da doença em crianças, analise as afirmativas abaixo.
I A doença pode ser assintomática ou apresentar-se como uma síndrome febril clássica viral ou com sinais e sintomas inespecíficos: adinamia, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.
II O início da doença pode passar despercebido e o quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica. Geralmente, o agravamento é mais súbito do que ocorre no adulto.
III A doença não apresenta distinção em relação ao quadro clínico em adultos, porém , os casos sintomáticos em crianças evoluem mais rapidamente para as formas graves.
IV Todos os casos suspeitos de dengue em crianças devem ser classificados como graves e, portanto, devem ser tratadas em ambiente hospitalar.
Estão corretas as afirmativas
A) III e IV.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e IV.
B 
2. O Dengue é uma doença infecciosa, na qual o paciente infectado pelo vírus apresenta febre aguda que pode evoluir de forma benigna ou grave. Sobre essa doença, analise as proposições abaixo:
I. Consiste em um Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae.
II. Possui três sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3; todos estes já presentes na vacina lançada no mercado privado para Dengue.
III. Os vetores são os mosquitos do gênero Aedes.
IV. O paciente pode evoluir para instabilidade hemodinâmica, com taquisfigmia e choque.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) Somente as proposições I, II e III estão corretas.
B) Somente as proposições I, III e IV estão corretas.
C) Somente as proposições II e III estão corretas.
D) Somente as proposições II e III estão corretas
B 
3. Os sintomas da dengue hemorrágica são semelhantes aos da dengue clássica, porém a dengue hemorrágica é muito mais grave por causa das alterações da coagulação sanguínea. Pequenos vasos podem sangrar na pele e nos órgãos internos, surgindo hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas. Como o leito dos capilares se dilata, a pressão arterial pode diminuir dando origem a tontura, queda, choque e, em alguns casos, morte. Sobre a classificação de risco e o manejo do paciente com dengue, assinale a alternativa que apresenta apenas os sinais de alarme do quadro clínico da dengue hemorrágica.
A) Aumento repentino do hematócrito, queda abrupta de plaquetas, desconforto respiratório, diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia.
B) Hipotensão postural e / ou lipotimia, hepatomegalia dolorosa, exantema, aumento repentino do hematócrito.
C) Sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e / ou melena), dor retro-orbitária, dor abdominal intensa e contínua, desconforto respiratório.
D) Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, diminuição da diurese e cefaleia intensa.
A 
4. Com relação à dengue, é CORRETO afirmar:
A) A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo desde formas inaparentes até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Entre esses quadros, destacam-se a ocorrência de febre hemorrágica da dengue, a insuficiência renal, as manifestações do sistema nervoso, a endometrite, as hemorragias graves e o choque.
B) A prova do laço, durante o exame físico, deverá ser realizada obrigatoriamente somente nos casos suspeitos de dengue hemorrágica.
C) A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-se como uma síndrome afebril com sinais e sintomas inespecíficos: apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.
D) Na dengue, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC) de início abrupto,associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido.
D 
Chikungunya
No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus Chikungunya (CHIKV) é o Aedes aegypti.
As infecções por Chikungunya possuem altas taxas de ataque
Número importante de indivíduos acometidos por Chikungunya apresenta manifestações clínicas. 
Alguns pacientes podem apresentar casos atípicos e graves da doença, que podem evoluir para óbito com ou sem outras doenças associadas, sendo considerado óbito por Chikungunya.	
Febril ou aguda
Duração de 5 a 14 dias
Pós-aguda
Tem um curso de até 3 meses
Crônica
Sintomas persistirem por mais de 3 meses
Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo persistir por anos. 
Fases da doença 
Manifestações clínicas
Fase aguda 
Febre alta de início súbito (>38,5ºC) – curta duração 
A queda de temperatura não é associada à piora dos sintomas, como na dengue. 
Intensa poliartralgia (90% dos pacientes), podendo estar acompanhada de edemas
Dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite não purulenta, faringite, náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite. 
As manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes nas crianças. 
Geralmente acompanhada de exantema, cefaleia, mialgia e fadiga, com duração variável. 
Caso os sintomas persistam por mais de 3 meses após o início da doença, estará instalada a fase crônica.
Fase pós-aguda 
A febre desaparece, mas existem relatos de recorrência. 
Pode haver melhora da artralgia persistência ou agravamento 
O comprometimento articular costuma ser acompanhado por edema de intensidade variável.
Podemos ainda encontrar astenia, recorrência do prurido generalizado e exantema maculopapular, além do surgimento de lesões purpúricas. 
Alguns pacientes podem desenvolver doença vascular periférica, fadiga, alopécia e sintomas depressivos. 
Fase crônica
Persistência ou recorrência dos sinais e sintomas, principalmente dor articular, musculoesquelética e neuropática, sendo esta última muito frequente nessa fase. 
A prevalência da fase crônica é bastante variável, podendo atingir mais de 50% pacientes. 
Fatores de risco para cronificação: idade acima de 45 anos, artropatia preexistente e maior intensidade do quadro na fase aguda. 
Outras manifestações: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite, tenossinovite, distúrbios do sono, alterações da memória, deficit de atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão. 
Alguns descrevem o tempo de duração dessa fase por mais de 6 anos, sendo que, no Brasil, existem pacientes em acompanhamento por Chikungunya crônica há mais de 4 anos.
Formas atípicas e graves de Chikungunya em áreas com circulação de CHIKV, podem ocorrer casos da doença com manifestações atípicas, caracterizadas pelo surgimento de manifestações clínicas menos frequentes. Um caso atípico é considerado grave quando requer hospitalização.
As manifestações atípicas e doenças associadas listadas anteriormente estão relacionadas ao maior risco de evolução para o óbito. 
As formas graves da infecção pelo CHIKV acometem, com maior frequência:
Pacientes com doenças associadas (DM, HAS, asma, cardiopatia, alcoolismo, doenças reumatológicas, anemia falciforme, talassemia)
Crianças menores de 2 anos
Pacientes com idade acima de 65 anos
Aqueles que estão em uso de alguns fármacos.	
Exames
Exames específicos 
Exames inespecíficos 
Leucopenia	
Trombocitopenia
Proteína C-reativa encontram-se geralmente elevadas
Elevação discreta das enzimas hepáticas, da creatinina e da creatinofosfoquinase (CPK). 
As interpretações possíveis para os resultados laboratoriais de pesquisa de anticorpos IgM/IgG são listadas a seguir: 
1) Sorologia IgM reagente para chikungunya: confirma infecção recente por Chikungunya
2) Sorologia IgM não reagente para Chikungunya: descarta infecção recente por Chikungunya e direciona o diagnóstico para confirmação de infecção recente por dengue e Zika (IgM). 
3) Sorologia IgM não reagente para dengue, não reagente para Zika e não reagente para Chikungunya (fase aguda): descarta infecção recente por dengue e por Zika e direciona o diagnóstico para confirmação de infecção por Chikungunya (IgM) em uma 2ª amostra. 
3.1) Sorologia IgM reagente para Chikungunya na 2a amostra: confirma infecção recente por Chikungunya e encerra investigação laboratorial; 
3.2) Sorologia IgM não reagente para Chikungunya na 2a amostra: descarta a infecção por CHIKV. 
4) Sorologia IgG reagente para chikungunya: indica exposição prévia com CHIKV. 
Tratamento
Até o momento, não há tratamento antiviral específico para Chikungunya – Analgesia e suporte 
É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes. 
Os anti-inflamatórios não esteroides e os corticosteroides não devem ser utilizados na fase aguda da doença. 
O ácido acetilsalicílico também é contraindicado na fase aguda, pelo risco de síndrome de Reye e de sangramento. 
Recomenda-se tratamento não farmacológico, concomitante ao tratamento farmacológico
É importante o acompanhamento diário das gestantes com suspeita de Chikungunya (fase aguda), pelo risco de sofrimento fetal - Todos os RN cujas mães tiveram sintomas iniciados em até 7 dias antes do parto devem ser mantidos internados para observação, pelo período de até 7 dias, acompanhados da mãe.
5. A febre de Chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), um Alphavirus transmitido por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Ae. aegypti e o Ae. albopictus os principais vetores. Sobre essa doença, considere as afirmações abaixo.
I Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus. Portanto, o tratamento sintomático é o indicado.
II Na fase aguda da doença, os sintomas aparecem de forma brusca e compreendem febre alta e artralgia, predominantemente nas extremidades e nas grandes articulações, podendo estar associados à cefaleia, mialgia e exantema máculo papular.
III Os sintomas da doença costumam persistir por 7 a 10 dias, com predominância de dores nas articulações que podem durar somente durante o período de viremia, ocorrendo a diminuição e o desaparecimento desse sintoma no final da fase aguda da doença.
IV As mães infectadas pelo CHIKV, no período perinatal, não transmitem o vírus ao recém-nascido por via vertical.
Estão corretas apenas as afirmações
A) I, III e IV.
B) I e II.
C) II, III e IV.
D) II e IV.
B 
6. O profissional de saúde que presta atendimento ao paciente com Chikungunya deve estar atento aos sinais de gravidade e critérios de hospitalização, que são, dentre outros,
A) hipotensão arterial, dor torácica e sangramentos de mucosas.
B) prurido, dor na articulação e disúria.
C) conjuntivite, hipotermia e icterícia.
D) manchas na pele, dispneia e dispareunia.
A 
Zika
 É uma arbovirose causada pelo vírus Zika (ZIKV), agente etiológico transmitido por fêmeas dos mosquitos do gênero Aedes. 
 Transmissão: 
Vetorial
Sexual
Pós-transfusional 
Vertical (transplacentária)
 Enfermidade aguda 
Gestantes infectadas, mesmo as assintomáticas, podem transmitir o vírus ao feto.
Aborto espontâneo
Óbito fetal 
Malformações congênitas
 Manifestações clínicas brandas e autolimitadas. 
O sintoma que ocasiona a busca pelo serviço de saúde é o exantema pruriginoso. 
 O vírus se mostrou potencialmente teratogênico, estando associado a casos graves de malformações congênitas.
Em outubro de 2015, um aumento atípico no número de casos de microcefalia entre recém-nascidos foi relatado no Brasil, sobretudo na região Nordeste. Posteriormente, estudos e investigações confirmaram a associação da microcefalia com o vírus Zika.	
Diante desse cenário, em novembro de 2015, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), e em fevereiro de 2016, a OMS declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional(ESPII). 
Período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias.
A infecção pelo vírus Zika pode ser assintomática ou sintomática.
Quando sintomática, pode apresentar quadro clínico variável, desde manifestações brandas e autolimitadas até complicações neurológicas e malformações congênitas. 
Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por Zika tornam-se sintomáticos
Manifestações clínicas
 Na maioria das vezes, a doença é autolimitada, durando aproximadamente de 4 a 7 dias
 Manifestações:
Febre baixa (≤38,5ºC) ou ausente
Exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início precoce
Conjuntivite não purulenta
Artralgias (Menos intensa)
Edema periarticular
Cefaleia
Linfonodomegalia
Mialgia. 
O prurido em indivíduos sintomáticos é relevante, podendo afetar suas atividades cotidianas e o sono. 
Embora não se tenha até o momento observado a cronicidade dessa condição, os sintomas articulares em alguns casos podem se estender por até 30 dias de seu início, com um padrão recidivante.
Tratamento
Ainda não existe antiviral disponível para tratamento da infecção pelo vírus Zika.
Até o momento,	existem poucos guias clínicos específicos para o manejo dos casos de Zika.	
Exames específicos 
Para os quadros sintomáticos: 
- repouso relativo, enquanto durar a febre; 
- estímulo à ingestão de líquidos; 
- administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre; 
- não administração de ácido acetilsalicílico; 
- administração de anti-histamínicos; 
- recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em casos de sensação de formigamento de membros ou alterações do nível de consciência;
- ante a queixa de alteração visual, encaminhamento ao oftalmologista para avaliação e tratamento.
7. “O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (26), em Washington, que o governo brasileiro quer acelerar a Fase 3 da vacina contra o vírus Zika, que é a de produção para testes em humanos. Barros conversou com o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Tom Price, sobre a agilização no processo de desenvolvimento do banco de células máster, usado na produção da vacina.”
Em relação ao Zika vírus, analise as afirmativas a seguir.
Inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos são sintomas menos frequentes.
O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor.
Ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios são recomendados no início do tratamento.
Com base na crescente evidência de que o vírus pode ser sexualmente transmissível, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o guia interino de prevenção da transmissão sexual do vírus Zika.
Estão corretas as afirmativa:
A) I, II, III e IV.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I, II e IV, apenas.
D 
8. Os profissionais da assistência à saúde devem ter conhecimentos sobre as diversas patologias, para que possam prestar um atendimento de qualidade e de suporte ao paciente. 
Identificar os sinais e sintomas, além de observar os relatos do paciente, são alguns dos fatores essenciais para que o profissional tenha uma conduta correta. 
Frente a isso, considere o caso a seguir:
Com base nas informações expostas, responda:
a) Nesse caso, deve ser realizado um exame para confirmar a fragilidade capilar? Por que?
b) Que outro exame laboratorial deve ser solicitado para identificar o patógeno?
c) Por qual motivo o exame de IgM da paciente apresentou negatividade?

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