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1 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI AULA 1: Anamnese em Pediatria ANAMNESE Recordação, história clínica do paciente, conjunto de informações obtidas pelo médico por meio de entrevista esquematizada Descrita por hipócritas Individual e intransferível (presencial) Leva à hipótese diagnóstica em cerca de 70 a 80% dos casos Ambiente tranquilo Boa relação médico-paciente (chamar pelo nome ou apelido) Apresentação (jaleco) Posição do médico (não ficar de braços cruzados, sorrir e ser receptivo) Atitudes: o Ativa o Passiva o Mista o Cuidado para não tangenciar as perguntas IDENTIFICAÇÃO: Nome, idade, sexo, raça, religião Data e local de nascimento, apelido Nome dos pais, local de trabalho, escolaridade Data da entrevista Fonte de encaminhamento Fonte da anamnese e fidedignidade (quem é, profissão, idade, grau de escolaridade) QUEIXA PRINCIPAL: Aquela que levou o paciente a procurar assistência médica Expressa de modo sumario Termos usados pelo doente Exemplo: “dor nas costas há três dias” HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Ampliação da queixa principal Ordem cronológica Sintomas que se relacionam com a queixa principal Etapa mais importante da anamnese o Início do sintoma o Fatores desencadeantes o Duração o Intensidade Periodicidade Fatores acompanhantes ou condições clínicas associadas Fatores de melhora ou piora Períodos de semelhança e dissemelhança ou de acalmia 2 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Repercussão em outros sistemas, nas condições psicológicas do paciente e na sua vida como um todo Tratamentos já realizados e seus resultados → Início, circunstâncias, sintomas associados, tratamento. Descrever o sintoma em localização, qualidade, intensidade, tempo de início/ duração/ frequência, fatores que agravam e aliviam Exames laboratoriais Ausência de certos sintomas Preocupações ANTECEDENTES PESSOAIS: Antecedentes perinatais: o Pré-natal: saúde materna, ganho de peso, sangramentos, medicamentos usados, doenças específicas, duração, aceitação da gestação pelos pais o Perinatal: tipo de parto, período de expulsão, analgesia, complicações, peso ao nascer o Neonatal: ressuscitação, apgar, Capurro (idade gestacional pelo exame físico), intercorrências História alimentar: o Amamentação o Alimentos complementar o Aceitação e dificuldades o Diário dietético Antecedentes de crescimento e desenvolvimento o Percentil da curva de crescimento o Idade que atingiu os marcos do desenvolvimento (sorriso social, sustentou a cabeça, sentou-se sem apoio, andou, falou, continência fecal e urinária, correr, escadas, copo, talheres, vestir-se, rendimento escolar) o Caracteres sexuais secundários Hábitos o Sono – padrão, horários, onde e com quem o Vida escolar o Sexualidade o Personalidade o Disciplina Antecedentes mórbidos o Doenças, hospitalizações, cirurgias o patologias crônicas e medicações o uso de hemoderivados Alergias Imunizações o Teste de triagem o Calendário Vacinal Antecedentes familiares: o Educação, emprego, saúde, renda 3 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o Habitação, saneamento básico, tipo de fogão, piso Revisão de sistemas: o Investigação de órgãos e aparelhos ✓ Geral ✓ Pele ✓ Cabeça ✓ Olhos ✓ Ouvido ✓ Nariz e seios paranasais ✓ Boca e garganta ✓ Pescoço ✓ Respiratório ✓ Cardíaco ✓ Gastrointestinal ✓ Urinário ✓ Gênito-reprodutor ✓ Vascular ✓ Músculo esquelético ✓ Neurológico ATITUDE DO MÉDICO: Análise pelos pais e pela criança Linguagem, vestimentas, postura Preocupação com o paciente Uso de expressões abertas Avaliar relação entre pais e filhos Identificar expectativas 4 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI AULA 2: Exame físico em Pediatria AVALIAÇÃO DO ASPECTO GERAL: • Começa quando pai e mãe entram no consultório, as vezes na salsa de espera • Bom, regular, ruim estado geral → na inspeção (olhar) • Dicotomia: chance de morte ou não chance de morte EXAME DA CRIANÇA – ASPECTO GERAL • Observa-se o aspecto geral da criança ao chegar: o Nível de consciência (corado ou descorado) o Condições de higiene (analisar nível socioeconômico) o Ativo ou hipoativo o Atitude o Marcha o Biotipo o Fala o Psiquismo SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA • Peculiaridades o Varia de acordo com a idade o Conversar com a criança antes e durante o exame o Sinais vitais inicialmente → choro altera os sinais o Iniciamos no colo da mãe o Ouvido e garganta no final • Sinais vitais: o Temperatura com termômetro digital → axilar, auricular e retal o Frequência cardíaca no início o Pulso → até 8 anos pulso braquial e pulso carotídeo após 8 anos o Frequência respiratória o Pressão arterial • Medidas antropométricas: o Peso ✓ Até 16 kg deitado (RN) ✓ Acima de 16 kg em pé (adultos) o Estatura e comprimento ✓ Comprimento: menores de 2 anos → deitada ✓ Estatura: maiores de 2 anos → em pé o Perímetro cefálico ✓ Até os 2 anos ✓ Fita métrica ✓ Deve passar pela glabela e pelo occipício ✓ Sem abranger as orelhas o Perímetro torácico o Perímetro abdominal 5 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI EXAME DA CRIANÇA • INSPEÇÃO • PALPAÇÃO • PERCUSSÃO • AUSCULTA AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS • Sistema reticulo endotelial → proteção AVALIAÇÃO DAS CADEIAS GANGLIONARES • localização • tamanho • consistência • mobilidade • coalescência • sensibilidade dolorosa o Pré-auricular → protege olho, região temporoparietal o Retroauricular ou auricular posterior o Cervical anterior → amigdalas, faringe o Submandibular → proteção dos dentes o Supraclavicular → doenças malignas o Inguinal o Poplíteo AVALIAÇÃO DA CABEÇA • Inspeção • Palpação • Examinar da generalidade para a especificidade • Cefalo-hematoma: ✓ hemorragia subperiósteo ✓ limita-se a um dos ossos do crânio e a sutura ✓ reabsorção → icterícia (só existe necessidade de dosar bilirrubina em caso de icterícia no nível de abdômen) ou calo ósseo ✓ hematoma epidural • Bossa serosa ou caput succedaneum: ✓ edema de couro cabeludo ✓ transpõe as linhas das suturas ✓ pode estar presente ao nascimento ✓ conduta expectante 6 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI CABEÇA – PERÍMETRO CEFÁLICO • Média: 33 a 35 cm • Aferido e acompanhado até os 2 anos • Palpar fontanela anterior: sutura metópica → fechamento entre 9 a 18 meses • Palpar fontanela posterior: sutura lambdoidea → fechamento entre 2 a 3 meses (quando se encontra aberta além dos 2-3 meses → hipotireoidismo) • Crescimento: ✓ 1º trimestre → 2 cm/mês ✓ 2º trimestre → 1 cm/mês ✓ 3º trimestre → 0,5 cm/mês • Plagiocefalia: ✓ posição do feto na barriga ✓ fusão unilateral prematura das suturas coronal e lambdoide ✓ fetos grandes ✓ gestações múltiplas ✓ dormir sempre na mesma posição ✓ posição dorsal → braquicefalia postural ✓ torcicolo congênito → fibrose, tratamento com fisioterapia • Craniossinostose ✓ fechamento precoce de sutura sagital ✓ fontanela anterior fechada ✓ hiperexcitabilidade associada a cardiopatias, hérnia inguinal, deformidade óssea • Microcefalia → zikavírus • Macrocefalia → líquido cefalorraquidiano AVALIAÇÃO DA FACE • Simetria: o Aparência sindrômica: implantação das orelhas, distância entre os olhos, tamanho do queixo, nariz e língua AVALIAÇÃO DO PESCOÇO • Torcicolo congênito: fibrose no interior do músculo esternocleidomastóideo, encurtamento do músculo e contratura muscular • Etiologia desconhecida 7 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Assimetria de face/crânio • Movimento reduzido da cabeça • Posição forçada para dormir• Usa menos o braço do lado afetado • Estrabismo • Conduta: Referir para o serviço de maior complexidade para avaliação • Geralmente ocorre em gestação com oligodrâminio AVALIAÇÃO DOS OLHOS • Esotropia: para dentro • Exotropia: para fora • Hipotropia: para baixo • Hipertropia: para cima • Estrabismo: fisiológico → até 1 mês, acompanhar até 5 meses • Nistasmo: olho balanceando, problemas neurologicos, STORCHS • Obstrução do canal lacrimal: normalmente unilateral, conjuntiva não inflamada. Condutas: massagem no ducto naso-lacrimal 3 a 4 vezes ao dia até 1 ano e/ou sondagem terapêutica das vias lacrimais • Leucocoria • Retinoblastoma: tumor maligno da retina • Teste do olhinho: olho vermelho (normal) e olho amarelo (leucoria) • Ptose • Conjuntivite: viral (limpeza), bacteriana (purulenta) e alérgica (prurido, hiperemia sem secreção) • Hordéolo: processo infeccioso por estafilococos aureus que causa abcesso, dor e hiperemia, tratar com antibioticoterapia 8 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Calasio: obstrução do ducto da glândula sebácea do folículo piloso, não infeccioso, recorrente, tumefação da pálpebra, secundária obstrução e discreta hiperemia AVALIAÇÃO DO OUVIDO • Observar a implantação do pavilhão auricular • CRIANÇA PEQUENA: lóbulo da orelha para baixo e para traz • CRIANÇA ESCOLAR: parte superior da orelha para cima e para traz • Na otoscopia a partir de 4 meses só consigo enxergar os ossículos do martelo • Implantação baixa: trissomia do 13 e 18 ou síndrome de down (trissomia do 21) • Presença de apêndices: associada a anormalidade no sistema renal • Mastoidite: inflamação do mastoide, complicação da otite média aguda • Resposta ao som: ✓ Lactentes menores de 6 meses testar o reflexo cócleo palpebral para avaliar a audição → piscar os olhos ✓ Lactentes a partir de 6 meses são capazes de localizar a fonte sonora AVALIAÇÃO DO NARIZ • Pequeno, estreito e aplanado • Discreta secreção serosa • RN RESPIRA PELO NARIZ → limpar as narinas com espirros • Seios maxilares e etmoidais presentes no RN • Seio esfenoidal – aos 5 anos de idade • Seio frontal – 7 anos de idade • Não existe sinusite em crianças menores de 4 anos • Inspeção com fonte luminosa • Averiguar: secreção e coloração das mucosas → HIPEREMIA (processo inflamatório agudo), PÁLIDA (úmida – alergia) e EDEMACIADA (rinite crônica) • Hipertrofia de adenóide quando a mãe suspeitar que a criança ronca AVALIAÇÃO DA CAVIDADE ORAL • Freio do lábio superior é espesso • Língua projetada para fora • Freio estreito curto – conecta a língua ao assoalho da boca • Presença de dentes neonatais e natais • Reflexo do céu palatino • Prognatismo: mandíbula curta • Trismo: contratura dolorosa dos músculos mandibulares • Fissura labial: mutação do gene MTHFR • Macroglossia: língua larga (síndrome de down) • Microglossia: língua curta • Glossoptose: queda da língua 9 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI AVALIAÇÃO DAS TONSILAS • Hipertrofia sem sinais flogísticos → associado aumento das tonsilas até 5 anos • Maioria das infecções em crianças menores de 5 anos é viral AVALIAÇÃO DO TÓRAX Inspeção: • Simetria • Expansão • Abaulamento • Formato do tórax → cilíndrico • Ao nascer → PC é maior que PT até 2 cm, após 2 ou 3 meses esses valores se invertem • Diâmetro anteroposterior e laterais são iguais • Perímetro 30 a 33 cm → menor 2 cm que o PC • Costelas flexíveis, apêndice xifoide visível • Hipertrofia mamaria ambos os sexos → secreção por transferência de hormônios maternos • Mamilos supranumerários → retirados antes da puberdade Ausculta: CORAÇÃO: • Focos da ausculta cardíaca: ✓ PULMONAR: 2º espaço intercostal esquerdo – próximo ao esterno ✓ AÓRTICO: 2º espaço intercostal direito – junto ao esterno ✓ TRICÚSPIDE: na parte baixa do esterno, junto à linha paraesternal esquerda 10 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ MITRAL OU APICAL: 4º/5º espaço intercostal esquerdo – distante do esterno / linha hemiclavicular • SOPRO: é auscultado entre a inspiração e expiração, qualquer sopro deve-se fazer radiografia e eletrocardiograma EXAME DO ABDOME • Palpar todos os quadrantes; • Iniciar com a palpação superficial; • Aprofundar gradativamente a palpação Inspeção: • Inspecionar o contorno abdominal • Abdome proeminente é normal até a puberdade • Hérnia Umbilical: comum em lactentes → avaliar o saco herniário • CONDUTA: EXPECTANTE (normalmente até 2 anos) Palpação das lojas renais: • Manobra obrigatória nos RN • Os rins são mais fácies de serem palpados em neonatos – prematuros • Quando palpados pensar em hidronefrose, tumor de Wilms • CONDUTA: encaminhar a criança Inspeção do coto umbilical: • Cai em torno de 7 - 10 dias • Ferida se epiteliza em torno de 12 a 15 dias e está totalmente seco • Adquire a forma característica (2 ARTÉRIAS E 1 VEIA) 11 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Granuloma umbilical: formação avermelhada brilhante, situada na fossa umbilical com secreção serosa • Onfalite: Cursa com hiperemia, edema, calor e/ou secreção fétida • Hiperemia pode ser restrita a cicatriz umbilical ou se estender ao abdome Palpação do fígado: • Vindo do hipocôndrio direito, vagarosamente com a ponta do dedo indicador. • O fígado é palpável de 1 A 3 CM É NORMAL EM LACTENTES • Fígado e baço palpáveis → solicitar hemograma para ver presença de atipia linfocitária. Palpação do baço: Deve ser delicada Realizada no quadrante superior esquerdo Palpado durante a inspiração Apenas 5 A 10% das crianças normais tem baço palpável Deve ser feita com extremo cuidado pelo risco de ruptura AVALIAÇÃO DA GENITÁLIA MASCULINA Bolsa escrotal → grande, edemaciada, pendular Pele enrugada Pele pigmentada restante do corpo Hidrocele: persistente por 6 a 12 meses, é o acúmulo de líquidos na túnica que envolve os testículos, pode ser hidrocele comunicante (esvazia para dentro da cavidade abdominal quando deitado) ou hidrocele não- comunicante Meato urinário → linha média ponta da glande 12 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Glande recoberta pelo prepúcio Presença de ESMEGMA EREÇÃO é frequente no RN Fimose: Inspeção do prepúcio e glande, jato urinário fino e partido → infecção urinária Ectopia testicular: testículo fora da bolsa escrotal ou do canal inguinal, pode estar localizado em qualquer tecido adjacentes (períneo, coxa, pênis), precisa ser detectado precocemente e encaminhado. Criptorquidia: ausência de testículo na bolsa escrotal, ele pode estar em qualquer lugar do trajeto de migração, os testículos podem descer até 1 ano e a cirurgia deve ser feita até os 2 anos (risco de malignização do tecido testicular) Hérnia inguinal: estrangulamento → dor → tumefação não redutível AVALIAÇÃO DA GENITÁLIA FEMININA Clitóris aumentado, pequenos lábios bem formados Hímen pode estar edemaciado (ação do estrógeno) Sangramento e secreção (normal no início da vida) Hímen imperfurado: lesão obstrutiva comum, pode ser diagnosticada no nascimento (intróito saliente devido ao mucocolpo). Diagnóstico retardado (muco será reabsorvido), a criança permanecerá assintomática até a menarca (hímen protuberante e um grande hematocolpo) 13 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Sinequia vulvar ou coalescência pequenos lábios: resulta da aderência dos pequenos lábios, determinada da combinação entre vulvite leve e hipoestrogenismo Conduta: Aplicação de estrógeno tópico sob prescrição médica (Premarin creme – 1 x ao dia à noite/durante 15 dias, para por 30 dias e repete mais 15 dias). Após o tratamento usar pomada de vaselina, fazer uma barreira mecânicaentre os pequenos lábios, pode ocorrer sinais de puberdade precoce, devido ao uso de estrógeno. EXTREMIDADES Inspeção dos dedos (polidactilia, sindactilia) Pesquisar o bom estado das articulações coxofemorais Reflexo de Ortolani e Barlow: Aparelho locomotor: membros (deformidades, assimetrias, tônus) e coluna vertebral (simetria, desvios, postura) AVALIAÇÃO DO ÂNUS Fazer a avaliação com exame de inspeção e palpação 14 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Aula 3: Exame neurológico da criança DESENVOLVIMENTO – EVOLUÇÃO ➢ Desenvolvimento marcado nos 2 primeiros anos de vida ➢ Motor, adaptativo, pessoal-social e linguagem ➢ Mielinização e sinaptogenese → cranial para caudal ➢ Lactentes até pré-escolar DESENVOLVIMENTO MOTOR ➢ Movimentos grosseiros do bebê = reflexos primitivos involuntários → movimentos elaborados, coordenados e intencionais, processo cefalocaudal e proximal-distal MARCOS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR ➢ Neonatal: o Prona: postura semifletida, vira a cabeça lateralmente, cabeça pende à suspensão do tronco o Supina: postura fletida e levemente rígida o Reflexos primitivos: moro, cervical assimétrico, marcha, preensão palmoplantar • Reflexo de marcha: segura pelos braços, inclina para frente e por reflexo faz a marcha • Reflexo cervical assimétrico: virar a cabeça e estender os membros do mesmo lado; flete do lado oposto • Reflexo de moro: simulação de queda • Reflexão plantar e palmar: fecham os dedos ➢ 1 mês: o Prona: pernas mais estendidas, cabeça alinha momentaneamente à suspensão ventral o Supina: reflexo tônico cervical assimétrico ➢ 2 meses: o Prona: levanta a cabeça rapidamente, a cabeça sustenta-se na linha do corpo à suspensão ventral o Supina: reflexo tônico cervical assimétrico ➢ 3 meses: o Prona: levanta a cabeça e o tronco com os braços estendidos, na suspensão ventral a cabeça fica acima da linha do corpo o Supina: reflexo tônico cervical assimétrico, acena para um brinquedo, traz a mão a linha média o Sentado: a cabeça cai para trás ao ser puxado para sentar-se, a cabeça balança o Criança começa a se descobrir ➢ 4 meses: o Desaparecimento do reflexo tônico cervical assimétrico o Segura firma a cabeça quando sentado o Mãos na linha média, alcança objetos e os leva à boca o De pé empurra o corpo com as pernas ➢ 5 meses: rola ➢ 6 meses: senta-se com apoio, começa a introdução do alimento ➢ 7 meses: senta-se na posição de tripé ➢ 9 meses: senta-se sem apoio com o tronco ereto 15 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ➢ 10 meses: engatinha, deambula segurado nos moveis ➢ 12 meses: levanta-se sozinho, anda com apoio ➢ 15 meses: anda sozinho, sobe escadas ➢ 18 meses: corre rigidamente, sobe em cadeiras ➢ 24 meses: corre bem, sobe e desce escadas um passo de cada vez, escala moveis ➢ 30 meses: sobe escadas alternando os pés ➢ 3 anos: anda de triciclo, fica momentaneamente sobre um pé ➢ 4 anos: pula em um pé só, usa tesoura para recortar ➢ 5 anos: pula com os dois pés CONDUTA ADAPTATIVA / MOTOR FINO ➢ Neonatal: fixa a face humana, movimentos de olhos de boneca ➢ 1 mês: segue um objeto em movimento ➢ 4 meses: vê um brinquedo, mas não se movimenta para pegá-lo ➢ 7 meses: vê grandes objetos e inclina-se para pegá-lo, transfere objetos de uma mão para outra ➢ 10 meses: pega objetos com o movimento de pinça ➢ 15 meses: faz torre de 3 cubos, desenha uma linha ➢ 18 meses: faz torre de 4 cubos, desenha rabiscos ➢ 24 meses: faz torre de 7 cubos, desenha rabiscos circulares ➢ 30 meses: faz torre de 9 cubos, desenha traços horizontais e verticais ➢ 3 anos: faz torre de 10 cubos, desenha uma cruz e um círculo completo ➢ 4 anos: desenha uma figura humana com cabeça e 2 a 4 partes do corpo ➢ 5 anos: desenha um triangulo CONDUTA PESSOAL-SOCIAL ➢ Depende do temperamento da criança e do ambiente ➢ Neonatal: preferência pela face humana ➢ 1 mês: esboça um sorriso, movimenta o corpo em reação a voz ou contato ➢ 2 meses: sorriso social, arrulhos quando escuta uma voz ➢ 3 meses: escuta música ➢ 4 meses: ri alto, gargalhadas, mostra descontentamento ➢ 7 meses: prefere a mãe, medo da separação com a mãe, observa-se ao espelho ➢ 10 meses: olha quando chamado pelo nome, brinca de esconde-esconde, da tchau ➢ 12 meses: brinca com bola ➢ 15 meses: aponta objetos, abraça os pais ➢ 18 meses: come sozinho, busca ajuda, queixa-se quando tem as fraldas sujas, beijas os pais o O diagnóstico diferencial de autismo é feito preferencialmente por volta de 1 ano e meio podendo ser confundido com falta de estímulo da criança ➢ 24 meses: ajuda a despir-se, ouve e presta atenção a histórias ➢ 3 anos: brinca em paralelo com outras crianças, ajuda a vestir-se, lava as mãos ➢ 4 anos: brinca com várias crianças, controle esfincteriano ➢ 5 anos: veste-se e despe-se, pergunta o porquê das coisas CONDUTA DE LINGUAGEM ➢ 2 meses: arrolhos ➢ 3 meses: vocalização ➢ 7 meses: falação com vogais → aaaaaaaaa, eeeeeeee ➢ 10 meses: falação com consoantes → mmmmmm, ddddddddd 16 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ➢ 12 meses: fala até duas palavras → mama, papa, vovó ➢ 15 meses: atende a comandos simples, nomeia objetos ➢ 18 meses: fala até 10 palavras, identifica partes do corpo ➢ 24 meses: forma frases ➢ 30 meses: refere-se a si mesmo por eu, sabe o nome completo ➢ 3 anos: sabe a idade, conta até 3 ➢ 4 anos: conta uma pequena história, conta até 4 ➢ 5 anos: conhece 4 cores, conta até 10 ➢ 6, 7 anos: capacidade de raciocínio, contas, alfabetização 17 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Aula 4: Exame Físico do Recém-Nascido PRIMEIRO EXAME FÍSICO o Inicia na sala de parto • Anomalias ou assimetrias → comunicar os pais • Mecônio (cor alterada do líquido amniótico) → asfixia intraútero • Passagem de sonda: narina e gástrica nº8 ou 10 → atresia de esôfago (é feito exame prévio no pré-natal normalmente) ou de coanos (cianótico) → não é exame de rotina • Conteúdo gástrico acima de 20-30 ml → obstrução intestinal • Peso, comprimento e PC (PT que é 2 a 3 cm menor que PC) CONTAGEM DE APGAR o Uso: avaliar condições de nascimento o Sinais: FC, RESPIRAÇÃO, TONUS, IRRITABILIDADE REFLEXA e COR o Contagem: 0 a 2 para cada critério o APGAR < 7 no 5º minuto = depressão do SNC o APGAR < 4 no 5º minuto = depressão grave o Não decide momento de reanimação POSIÇÃO RN PÉLVICO POSTURA DO RN – INSPEÇÃO o A termo: semiflexão dos membros superiores e inferiores o Prematuro: ausência de semifleão dos membros o Nanismo: cabeça desproporcional aos membros ESCORE DE APGAR CLASSIFICAÇÃO DO RN o Tempo de gestação: • prematuro → IG < 37 semanas • a termo → IG de 37 a 42 semanas • pós-termo → IG > 42 semanas o Idade gestacional: 18 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Capurro → apenas características físicas, não avalia prematuros (menos de 28 semanas), realizado antes de 24 horas de vida • New Ballard Score → características físicas e neurológicas, avalia a partir de 20 semanas, realizado até 96 horas de vida, mais demorada e necessita de treinamento CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL o Associa IG com PN o Usa curva de Lubchenco/Alexander o 3 categorias: • AIG → adequado para idade gestacional: PN entre p10 e p90 • PIG → pequeno para idade gestacional: PN < p10 • GIG → grande para idade gestacional: PN > p90 ANTROPOMETRIA o Peso: • Perda de peso fisiológica → 10% nos primeiros dias • Recupera até 15 dias de vida o Comprimento: • Perímetro cefálico (PC) → microcefalia (OMS) • Meninos igual/maior que 31,9 cm • Meninas igual/maior que 31,5 cm • Perímetro torácico (PT) → 2 a 3 cm menor que PC PELE o COR → cianose, acrocianose, icterícia, palidez, pletórica o VÉRNIX CASEOSA→ presente > de 36 semanas o TEXTURA → prematuro (fina, lisa) e a termo (grossa, descamativa) o DESCAMAÇÃO → em RN a termo e pós termo, sinal de maturidade o ERITEMA TÓXICO → reação eosinofílica, placas vermelhas pelo corpo o PIGMENTAÇÃO → manchas nas nádegas o NEVUS → pigmentados melânicos (hereditário), na coluna pode estar associado à espinha bífida oculta o MANCHAS → manchas mongólicas, roxas (racial) o HEMANGIOMAS → planos ou cavernosos, localizados próximos aos olhos FÂNEROS o LANUGO → penugem do RN o CABELOAS → implantação, textura, distribuição o UNHAS → enchimento do leito ungueal o HIRSUTISMO → excesso anormal de pelos CRÂNIO o FORMA → variada pela posição intraútero (vaginal: achatado e cesáreo: arredondado) o DIMENSÕES → microcefalia, macrocefalia, hidrocefalia 19 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o SUTURAS → cavalgamentos, disjunção o SALIÊNCIAS → bossa serossanguínea (Caput succedaneum), céfalohematoma externo, mielo/meningocele o Fontanelas: • Tamanho, e tensão • Anterior: 1 a 4 cm • Posterior: 0,5 cm • Fechamento entre 4 a 26 semanas o Acompanhar o aumento do PC FÁCIES o SINDRÔMICA → micrognatia, orelhas o ASSIMETRIA → paralisia do nervo facial, má posição o FORMA → filho de mãe diabética o MÁSCARA EQUIMÁTICA → apenas na pele (cordão umbilical apertado) OLHOS o Abertura da fenda palpebral o Escleróticas → cor o Córnea → brilho, transparência, tamanho (megalocórnea diferente de glaucoma congênito) o Leucocoria → ausência de reflexo vermelho (catarata congênita, retinoblastoma) o Pálpebras → ptose, epicanto, obliquidade de eixo o Pupilas → localização, simetria, reação a luz NARIZ o Malformações → associadas ao lábio leporino o Base → achatada, larga em síndromes o Millium facial → hiperplasia da glândula sebácea o Batimento de asas do nariz → disfunção respiratória BOCA/FARINGE o LÁBIOS → leporino o PÁLATO → duro, mole – lábio leporino, fenda palatina, pérola de Ebstein, monilíase oral o LÍNGUA → macroglossia, glossoptose e rânula o GENGIVAS → cistos, dentes extranumerários inferiores o PAREDE POSTERIOR DA FARINGE o EPIGLOTE ORELHAS o PAVILHÃO AURICULAR → forma, implantação o OTOSCOPIA → permeabilidade do conduto, MT REGIÃO CERVICAL o PESCOÇO o CLAVÍCULA → fratura 20 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o TORCICOLO CONGÊNITO TÓRAX o INSPEÇÃO • Forma → assimetrias, abaulamento, retrações • Tipo respiratório → abdominal • FR → média 44 mrpm, contar durante 1 minuto (é comum RN ter respiração periódica) o AUSCULTA • Pulmonar → ausculta simétrica • Cardíaca → ritmo, bulhas, sopros, FC (130 bpm) • +/- 30 PULSOS o Radial o Femoral o Pedioso o Avaliar amplitude → femoral e pedioso ausentes com radial amplo pensar em ? aorta ABDOME o INSPEÇÃO • Forma → globoso, escavado (hérnia diafragmática), distensão • Coto umbilical → 2 artérias e 1 veia • Onfalocele congênita • Gastroquise • Granuloma umbilical o PERCUSSÃO • Som → timpânico • Timpanismo aumentado → pneumoperitônio, obstrução, aerofagia • Macicez → massa no abdome GENITÁLIA o Masculino • URETRA → hipospádia e epispádia • FIMOSE • TESTÍCULOS → retrateis, criptorquida, hidrocele (transiluminação), hérnia inguinal o Feminino • PEQUENOS E GANDES LÁBIOS → hipertrofiados normalmente • CLITORIS → desenvolvido normalmente • SECREÇÃO → sangue e secreção nos primeiros dias normalmente devido aos hormônios • HÍMEM → hidrocolpos ANUS E REGIÃO SACROCCÍGEA o ANUS → imperfuração ou fístulas o REGIÃO SACROCCÍGEA → meningocele, mielomeningocele, seio pilonidal e teratomas 21 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI MUSCULOS E ARTICULAÇÕES o RN → hipertônico o QUADRIL → testar mobilidade • SINAL DE ORTOLANI → rotação • SINAL DE BARLOW → lateralização do membro o MEMBROS → dedos e artelhos EXAME NEUROLÓGICO o SENSÓRIO → alerta, irritado, letárgico o POSIÇÃO E ATITUDE → de acordo com o tipo de parto o MOVIMENTOS → sem ritmo, tremores finos são fisiológicos o TREMORES GROSSEIROS → investigar o TÔNUS → RN normal (hipertônico) e prematuro (hipotônico) o REFLEXOS TRANSITÓRIOS • Moro → desaparece aos 3 - 4 meses, diminuído ou ausente = lesão no SNC, assimétrico = paralisia do braquial ou sífilis • Preensão palmar → desaparece entre 4 e 6 meses • Preensão plantar → até os 6 meses • Fuga a asfixia → RN tenta sair de uma asfixia • Sucção → desaparece aos 3 meses em vigília e aos 6 meses no sono o REFLEXOS PRÓPRIOS • Fossadura → pontos cardeais • Marcha reflexa → desaparece no 2º mês • Cutâneo plantar → até 1 ano em extensão dos dedos com estímulo na sola do pé (Sinal de Babisnki se continuar em extensão após 1 ano = patológico) • Reptação ou propulsão → encostar a mão na sola do pé 22 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Aula 5 – Aleitamento Materno ALEITAMENTO EXCLUSIVO MATERNO • SOMENTE LM EM SEIO MATERNO / EXTRAÍDO • AUSÊNCIA DE OUTRO LÍQUIDO • EXCEÇÃO: gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE • LM COMO FONTE PREDOMINANTE • ÁGUA • BEBIDAS À BASE DE ÁGUA • SUCOS DE FRUTAS • FLUIDOS RITUAIS ALEITAMENTO MATERNO COMPLEMENTADO • LM + • OUTROS ALIMENTOS: ✓ SÓLIDOS ✓ SEMI-SÓLIDOS ALEITAMENTO MATERNO MSITO OU PARCIAL • QUANDO A CRIANÇA RECEBE LEITE MATERNO E OUTROS TIPOS DE LEITE DUCTOS DE LEITE • A função dos ductos é o transporte, não o armazenamento do leite. • Os ductos de leite principais na base do mamilo: são superficiais - bifurcam perto do mamilo - facilmente comprimem e fecham. TECIDO GLANDULAR • O tecido glandular é onde se faz a de produção de leite. • O leite da mama é sintetizado por células epiteliais secretoras (lactocytes) e são encontradas alinhando os alvéolos. • Os alvéolos são agrupados para formar lóbulos. Os lóbulos são então agrupados em lobos. • 65 % do tecido glandular está localizado num raio de 30 mm da base do mamilo. ANATOMIA DA MAMA • O TAMANHO DA MAMA ANTES DA GRAVIDEZ NÃO TEM RELAÇÃO COM A PRODUÇÃO DE LEITE • O importante é o tecido glandular FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO • Gestação: estrógeno e progesterona → preparam a mama • Produção do leite: Prolactina secretada pela hipófise anterior → presente na circulação 30min após a mamada, mais secretada a noite, não passar de 4 horas entre uma mamada e outra 23 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Ejeção do leite: Ocitocina secretada pela hipófise posterior PRODUÇÃO DO LEITE FATORES QUE INTERFEREM NA PRODUÇÃO E DESCIDA DO LEITE • Drogas • Liberação da ocitocina COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO • FATORES PROTETORES P/ INFECÇÃO ✓ Anticorpo → IgA secretora: sua concentração é maior no colostro e no leite da mãe do prematuro ✓ Células (Leucócitos) – macrófagos (90% - fagócitos p.ex. S aureus, E. Coli, C. albicans), polimorfonucleares, linfócitos ✓ Fator bífido - estimulam formação de lactobacilus e bifidobacterias ✓ Lactoferrina - bactericida e bacteriostática MODIFICAÇÃO NA COMPOSIÇÃO • COLOSTRO ✓ Primeiros 4 dias ✓ Caroteno → coloração amarelada ✓ Vitaminas lipossolúveis (E, A, K) + proteínas 24 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ Anticorpos e leucócitos ✓ Menor quantidade (2- 20ml) ✓ Ação laxativa → elimina o mecôneo ✓ Como se fosse a primeira vacina → defesa da mãe para o filho • LEITE MADURO ✓ Composição muda durante a mamada ✓ 1 ou 2 semanas ✓ + “AGUADO” ✓ Leite do início: + lactose, vitaminas, sais minerais, água → mata sede ✓ Leite do final: + gordura → engorda ✓ Volume 700-900ml/dia ✓ Leite materno previne a obesidade AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA AMAMENTAÇÃO • Atributos essenciais:✓ Posicionamento adequado ➢ Escott,1989: qualquer posição que seja confortável para a mãe/bebê, possibilite manter o bebê centralizado com a mama, suficiente extração e deglutição do leite e, que respire livremente. ➢ BOA POSIÇÃO = boa pega → reduz a tração do mamilo/aréola → mantém mamilo e aréola na boca do bebê ✓ Pega ➢ Característica mais frequentemente associada à efetividade da AM ➢ Escott; Jenks,1991; Jensen,1994: É o posicionamento da boca da criança, língua e lábios em relação a mama, mamilo e aréola formando um selo entre a boca da criança e a mama proporcionando adequada sucção ao seio. ✓ Sucção efetiva ➢ Pré-requisito para uma alimentação oral eficiente ➢ Colocação da língua sobre a gengiva inferior → Ponta do mamilo na junção do palato duro/mole + movimento de ondulação da língua do bebê de sua ponta para trás. ➢ CAUSAS DE SUCÇÃO INCORRETA: ▪ Mamilo plano ou invertido ▪ Inexperiência – fracasso anterior ▪ Má posição – bebê/mãe ▪ Mama muito cheia ou ingurgitada Uso de chupetas/mamadeiras precocemente → prefere o que é oferecido com + frequência ✓ Extração de leite 25 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI FORMATOS DE MAMILO • MAMILO PSEUDO INVERTIDO → O mamilo não é saliente e que quando a aréola é comprimida não retrai. É protraível e flexível. • MAMILO INVERTIDO → O mamilo que não é saliente, a aréola é comprimida e retrai. Não é protraível nem flexível. MAMILOS INVERTIDOS/PLANOS • Dificultam AM mas não impossibilitam • Necessitam de mais ajuda e paciência • Planos: apenas com a sucção do Bebê • Mostrar à mãe manobras que podem ajudar a aumentar o mamilo antes das mamadas, como simples estímulo (toque) do mamilo, compressas frias nos mamilos e sucção com bomba manual ou seringa de 10 mL ou 20 mL adaptada (cortada para eliminar a saída estreita e com o êmbolo inserido na extremidade cortada). CUIDADOS COM AS MAMAS • Não limpar as mamas antes ou depois de cada mamada • Higiene apenas no banho diário • Não usar cremes e pomadas pois facilitam o aparecimento de fissuras MAMAS DOLOROSAS • DOR → queixa mais comum na AM • Causas: ✓ Má técnica (+ comum) ✓ Ingurgitamento mamário ✓ Fissura mamária ✓ Mastite ✓ Candidíase mamilar CONSEQUÊNCIAS DA MÁ TÉCNICA • Ingurgitamento mamário (mama empedrada) ✓ Três mecanismos fisiológicos: ➢ Aumento da vascularização e congestão – resposta fisiológica à retirada da placenta ➢ Acúmulo de leite materno ➢ Edema secundário à obstrução da drenagem linfática ✓ Aumento súbito – doloroso das mamas ✓ Ocorre 2-10 dias após o parto ✓ + comum em primíparas ✓ Febre e mal-estar ✓ Mamas pesadas, quentes, brilhantes, vermelhas, endurecidas, bilateral ✓ Leite não “escorre” ✓ Como evitar/tratar: ➢ Iniciar precocemente a amamentação ➢ Maior frequência das mamadas ➢ Ordenha manual 26 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ➢ Mamas firmes e elevadas ➢ Repouso ➢ Analgésicos e anti-inflamatórios (paracetamol – ibuprofeno) ➢ APOIO • Fissuras mamárias ✓ Rachaduras → lesões superficiais (epiderme) ✓ Fissuras → quando alcançam a derme ✓ Primeiros dias de lactação ✓ Causa principal → erro de técnica na sucção ✓ Prevenção → Corrigir técnica ✓ Mudar posição das mamadas ✓ Mamilos secos → não usar cremes/pomadas/sabonetes adstringentes ✓ Leite ordenhado após as mamadas ✓ Evitar ingurgitamento ✓ Interromper as mamadas com técnica correta → com a mão higienizada, colocar o dedo entre a boca do bebê e o mamilo, para que ele abra a boca e interrompa a sucção. ✓ Não usar intermediários • Fissura mamilar por cândida ✓ Fissura resistente ao tratamento ✓ Dor prolongada – ardência ✓ Pele mamilar → vermelha e brilhante ou apenas irritada ou fina com descamação ✓ Placa esbranquiçada nos mamilos → rara ✓ Ausência de monilíase oral na criança não afasta a hipótese diagnóstica ✓ Tratamento tópico da mama e cavidade oral do bebê ✓ Lavagem das mãos antes e após mamadas, após troca de fraldas ✓ Evitar absorventes no peito • Mastite puerperal/Lactacional ✓ Processo inflamatório agudo – origem infecciosa ✓ Maior incidência - 2ª e a 3ª semana pós-parto ✓ Etiopatogenia: ingurgitamento e fissura (porta de entrada) ✓ Germes: Staphylococcus aureus (95%) - E.coli ✓ Clínica: Geralmente unilateral, vermelha, quente, dolorida, edemacida ✓ Compromete o estado geral → febre, calafrios e tremores ✓ Tratamento: ➢ Amamentar: iniciar pelo lado não afetado - esvaziamento completo ➢ Repouso ➢ Antibióticos (cefalexina, amoxicilina, dicloxacilina) 14 dias ➢ Analgésicos (ibuprofeno) ➢ ESVAZIAMENTO COMPLETO DA MAMA • Abcesso mamário ✓ Complicação grave da mastite ✓ Coleção purulenta, encapsulada ✓ Primeiras 6 semanas (+ comum Staphylococcus aureus) ✓ Geralmente unilateral 27 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ Diagnóstico clínico: Dor intensa, febre, mal-estar, calafrios, palpação com flutuação no local ✓ Tratamento: drenagem + antibióticos + sintomáticos ✓ Manter AM na mama sadia e conforme localização na afetada ✓ Esvaziar para manter produção • Fenômeno de Raynaund ✓ Isquemia intermitente causada por vasoespasmo, usualmente ocorre nos dedos das mãos e dos pés e pode acometer os mamilos. ✓ Ocorre em resposta à exposição ao frio, compressão anormal do mamilo na boca da criança ou trauma mamilar importante. ✓ Sintomas: Palidez dos mamilos e dor importante antes, durante ou depois das mamadas (+ comum) → mamilo pálido + dor em fisgada e “queimação” pode ser confundida com candidíase mamilar ✓ MANEJO: ➢ Deve-se buscar identificar e tratar a causa básica ➢ Melhorar a técnica de amamentação (pega) ➢ Compressas mornas ajudam a aliviar a dor ➢ Analgésico e anti-inflamatório (ibuprofeno) ➢ Evitar uso de drogas vasoconstritoras (cafeína e nicotina) • Bloqueio de ductos lactíferos ✓ Leite produzido numa determinada área da mama, não é drenado adequadamente ✓ Mama não está sendo esvaziada adequadamente → amamentação infrequente ✓ Criança não está conseguindo remover o leite da mama de maneira eficiente ✓ Existe pressão local em uma área → sutiã̃ muito apertado ✓ Uso de cremes nos mamilos, obstruindo os poros de saída do leite ✓ SINTOMAS: ➢ Nódulos localizados, sensíveis e dolorosos, acompanhados de dor, vermelhidão e calor na área envolvida ➢ Febre não faz parte do quadro clínico ➢ Às vezes está associada a um pequeno ponto branco na ponta do mamilo, que pode ser muito doloroso durante as mamadas. ✓ PREVENÇÃO: ➢ Técnica correta ➢ mamadas frequentes ➢ uso de sutiã̃ que não bloqueie a drenagem do leite ➢ restrição ao uso de cremes nos mamilos ✓ MANEJO: ➢ Variar as posições para amamentar, oferecendo primeiramente a mama afetada, com o queixo do bebê direcionado para a área afetada, o que facilita a retirada do leite do local ➢ Calor local e massagens suaves na região atingida, na direção do mamilo, antes e durante as mamadas ➢ Ordenha manual ou com bomba de extração caso acriança não esteja conseguindo esvaziá-la ➢ Remoção do ponto esbranquiçado, esfregando-o com uma toalha ou utilizando uma agulha esterilizada 28 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI Aula 6: alimentação da criança no 1º ano de idade 1. Complementação alimentar 2. Suplementação alimentar ALIMENTAÇÃO: • Seio materno → exclusivo até os 6 meses • Após 6 meses → alimentos complementares + seio materno até os 2 anos ou mais • Alimentos complementares estimulam → mastigação, deglutição, digestão e excreção ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: • FRUTAS – etapa 1: ✓ Da estação ✓ Observar preferencias e recusas ✓ Sem adição de outros elementos ✓ Raspadas ou esmagadas ✓ Uma refeição em horário estabelecido que pode substituir uma mamada ✓ Observar variações regionais✓ Utilizar polpas da fruta → sucos não substituem as polpas → 120 ml/dia ✓ Indústrias de alimentos infantis oferecem esse produto • CEREAIS: arroz, aveia, milho, trigo, macarrão • TUBERCULOS: batata, aipim, mandioquinha • LEGUMINOSAS: feijão, lentilha, ervilha, soja • LEGUMES: cenoura, moranga, beringela, chuchu • VERDURAS: folhas verdes, espinafre, acelga, alface • PROTEINA DE ORIGEM ANIMAL: carne triturada (purê), peixe, frango, ovo, vísceras como fígado → fonte de zinco e ferro • DIETAS VEGETARIANAS: complementar com vitamina B12, ferro e zinco ALIMENTAÇÃO À CRIANÇA NÃO AMAMENTADA AO SEIO MATERNO: • Leite integral de vaca ou cabra → inadequados no 1º ano de idade • Fórmulas infantis → utilizando proteína do leite de vaca ✓ NAN Pro, NAN Supreme, Nestogeno ✓ Aptamil, Milupa ✓ Enfamil ✓ Similac • Alimentos a base de cereais → não soa fórmulas lácteas ✓ Mucilon ✓ Milnutri Cereais LEITE DE VACA INTEGRAL: • Gorduras inadequadas (principal fonte energética na dieta do lactente) ✓ Absorção de vitaminas lipossolúveis + mielinização do SNC ✓ Até 50% da energia do LH → 98% é TG → 9 kcal/g • Carboidrato insuficiente (lactose = açúcar do leite 29 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ 40% do aporte calórico do LH x 20% no LV • Proteína elevada ✓ LH (1,3 a 1,6g/100 kcal) - LV (>5g/100 kcal) ✓ Nível mínimo recomendado (NMR) quando não há leite materno: 1,8 ✓ Relação proteínas do soro/caseína é de 20/80 → inadequada • Relação Ca/P (macrominerais) inadequada → sódio em altas taxas • Vitaminas → baixos níveis de vitamina D (C e E) • Ferro → pouca quantidade x biodisponibilidade muito baixa ✓ Ferro do LH é 5x mais biodisponível que o LV, devido a lactoferrina FÓRMULAS INFANTIS: • Redução de gordura saturada e acréscimo de óleos vegetais → ácidos graxos essenciais • Carboidratos → lactose pura ou com polímeros de glicose • Proteínas → teor mais adequado (2,3g/100 kcal) • Relação proteínas do soro/caseína → 60/40 ou 50/50 • Minerais → teores próximos aos do LH • Relação Ca/P adequada • Vitaminas e oligoelementos (ferro e zinco) atendem as necessidades habituais da criança FÓRMULAS INFANTIS E OUTROS COMPONENTES: • Nucleotídeos que são estruturas do DNA e RNA ✓ Essenciais ao metabolismo celular → biossínteses ✓ Recuperação rápida da mucosa intestinal lesada • Ácidos graxos essenciais (AGE) → fornecidos pela gordura ✓ Desenvolvimento do encéfalo ✓ Síntese de fosfolipideos da membrana celular ✓ Síntese de prostaglandinas e leucotrienos • AGE → poli-saturados (ácido linoleico e ácido linolênico) ✓ ARA – ácido aracdônico → forfolipídeos das membranas celulares ✓ DHA – acido docosaexaenoico → acuidade visual e desenvolvimento psicomotor • Prebióticos ✓ Carboidratos não digeríveis que estimulam o crescimento e atividade de bactérias que alteram a microbiota • Probióticos ✓ Microrganismos vivos que alteram a microbiota do TGI produzindo efeitos benéficos ✓ Suspensos pela ANVISA desde 2013 SITUAÇÕES ESPECIAIS: • Prematuridade acentuada (RNPMBPN) → peso inferior a 1500g • RNPBPN → peso inferior a 2500g • RNPEBPN → peso inferior a 1000g • Alergia à proteína do leite • Intolerância à lactose → primaria (deficiência de lactase) e pós-diarreia (permanece um tempo intolerante a lactose) • Prematuridade - RNPMBPN: ✓ De preferência LM acrescido de fortificante do leite humano → FM85 a 5% - 100 ml de leite materno + 5g de fortificante 30 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ Pré NAN ou Aptamil Pré → em caso de falta de leite humano • História familiar de atopia → asma, rinite alérgica, urticaria, dermatite atópica: ✓ Fórmulas com proteína parcialmente hidrolisada (hipoalergênico = HA)→ diminuem o desencadeamento de dermatite atópica e rinite ✓ NAN HA, NAN Supreme, Aptamil HÁ • APLV - Alergia a proteína do leite de vaca → fórmulas com proteínas extensamente hidrolisadas: ✓ Com manifestação TGI → Alfaré, Pregomin Pepti ✓ Sem manifestação TGI → Althéra, Aptamil Pepti ✓ 30 a 40% dos portadores de APLV reagem também à soja → reação cruzada ✓ Situação em que há mediação celular (alergia mediada por células T) ✓ Em caso de mediação humoral não ocorre reação cruzada (alergia mediada por IgE) ✓ APLV - fórmula elementar de aminoácidos → Alfamino e Neocate, quando as fórmulas com proteínas extensamente hidrolisadas não são suficientes • Intolerância à lactose: ✓ Primária → deficiência hereditária de lactase ▪ Fórmulas a base de soja → restrição: ação estrogênica das isoflavonas ▪ NAN SOY e Aptamil soja ✓ Secundária → transitória e mais frequente, ocorre pós diarreia ▪ Fórmulas lácteas sem lactose ▪ NAN SL e Aptamil SL SITUAÇÕES COMUNS E FREQUENTES: • Cólicas do lactente ou constipação ✓ NAN Comfor ✓ Aptamil Active • RGE – refluxo gastroesofágico ✓ Fórmulas anti regurgitação → NAN AR e Aptamil AR • Leite integral adaptado à faixa etária de 1 a 5 anos ✓ Leite ninho fases 1+ e 3+ ✓ Neslac e Neslac Comfor ✓ Milnutri leite em pó ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR VITAMINAS → maioria não é sintetizada pelo organismo: • Vitamina D → pré-hormônio (secosteroide) ✓ VIT D2 (ergocalciferol) → derivada de plantas e fungos ✓ VIT D3 (colecalciferol) → sintetizada na pele a partir do 7-DHC por ação dos raios UVB ✓ Cofator responsável pela mineralização óssea (incorporação de Ca) ✓ Síntese endógena a partir da exposição à luz solar ✓ Carência é a principal forma de raquitismo ✓ Outras ações: modulação de risco → cardiopatias, neoplasias, diabetes tipo 1, asma, obesidade ✓ Necessidade de sol a partir da 1ª semana de vida ✓ 30 min/semana → 10 minutos 3x usando somente fralda ✓ 2horas/semana → 40 minutos 3x mãos e cabeça expostas ✓ Proveniente de fonte alimentar → menos que 10% das necessidades diárias 31 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ Suplemento → 400 UI/dia na da 1ª semana até 1 ano e 600 UI/dia de 1 ano até 2 anos de idade (AD Til, DePura Kids, Vitamina D3, DeSol, Apsen, Addera D3 e Protovit) ✓ 2014 → suplementar todas as crianças independente da idade e do regime alimentar FERRO • Indispensável à síntese de hemoglobina • Carência é a principal causa de anemia • Reserva ao nascimento: ✓ RN a termo, hígido (até 3 a 4 meses) ✓ Prematuro e PIG (pequeno para idade gestacional – desnutridos no útero) sem reserva adequada. • Fonte alimentar: ✓ Forma HEME → boa disponibilidade (carnes e vísceras) ✓ Forma NÃO-HEME → baixa disponibilidade (leguminosas como feijão e verduras como folhas verde escuras) • Iniciar suplementação a partir dos 3 meses para todos os nascidos a termo e adequados para idade gestacional (AIG), independente do leite consumido • Lactente a termo/AIG → de 3 aos 18 meses 1mg/kg/dia • PMT> 1500g/PIG → 2 mg/kg/dia de 1 mês ao 1º ano e 1 mg/kg/dia de 1 ano aos 2 anos • Índices hematiméticos baixos entre os 3 e 6 meses de idade → é necessário melhorar os índices com suplementação de ferro aos 3 meses e clampeamento tardio do coto umbilical → 1 a 3 minutos pós-nascimento 32 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI AULA 7: Imunizações “Com exceção da água potável, nenhuma outra modalidade, nem mesmo os antibióticos, teve tão grande impacto da redução da mortalidade e no crescimento da população” Imunização → prevenção de doenças e tratamento terapêutico → induzir imunidade natural ou artificial, tanto pelo uso de vacinas ou toxóide (ativa), quanto pelo uso de anticorpos (passiva) Vacinação → tipo de imunidade natural ativa → administração de qualquer vacina ou toxóide para a prevenção de doenças → vivo: imunização por mais tempo – morto: imunização por menos tempo. IMUNIZAÇÃO PASSIVA: ➢ Proteção contra doenças infecciosas através da circulação de ANTICORPOS feitos em outro organismo, ou seja, é transmitida de UM ORGANISMO PARA OUTRO. ➢ A PROTEÇÃO É TEMPORÁRIA. •Mãe – filho (Transmissão de anticorpos transplacentários maternos classe IGG) • Leite materno como anticorpo natural até o 6º mês de vida. ➢ Em uma emergência, um tipo específico de antitoxina, pode ser usado para conferir imunidade passiva. • Antitoxina botulínica trivalente é usada na presença do botulismo • IMUNOGLOBULINA HUMANA – SOROS IMUNIZAÇÃO ATIVA ➢ Melhor exemplo: VACINA - atua estimulando a imunidade específica (linfócitos e anticorpos). ➢ Proteção produzida pelo SISTEMA IMUNE, pois estimula o próprio organismo a produzir anticorpos humorais (do sangue) contra um antígeno. ➢ A imunidade ativa é MUITO SUPERIOR a passiva, pois a atividade imunológica dura mais (quase que permanente) e é rapidamente estimulada até altos níveis pela reexposição ao mesmo antígeno ou a antígenos muito semelhantes. ➢ Produz uma imunidade e memória imunológica semelhante à infecção natural, mas com MENOS RISCOS que a riscos da doença. FONTES DE IMUNIZAÇÃO PASSIVA ➢ Praticamente todo produto derivado sanguíneo, variando suas concentrações. ➢ Anticorpos humanos (homólogos) de pool de doadores (imunoglobulina) – Imunoglobulina hiperimune humana. ➢ Anticorpos monoclonais: • Derivados de um único tipo, ou clone, de células produtoras de anticorpos • Proteção do lactente jovem contra o vírus sincicial respiratório ➢ Soro hiperimune heterólogo (antitoxinas). 33 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI FALSAS CONTRAINDICAÇÕES A CRENÇA POPULAR leva muita gente a acreditar que a vacina não pode ser tomada em algumas situações, o que é FALSO. As vacinas podem e devem ser tomadas mesmo quando a pessoa (criança, adolescente, adulto ou idoso) estiver: ➢ Com febre* → recomenda não vacinar com febre para não confundir com efeitos adversos ➢ Desnutrida ➢ Com doenças comuns, como resfriados ou outras infecções respiratórias com tosse e coriza ➢ Com diarreia leve ou moderada ➢ Com doenças de pele ➢ Recebendo antibióticos ➢ Com baixo peso ao nascer ou se for prematura (exceto BCG – não aplicar esta vacina em crianças com peso inferior a 2 kg) ➢ Que esteja internada num hospital (exceção POLIO ORAL E ROTAVÍRUS → vírus vivos) ➢ Que tenha história e/ou diagnóstico clínico PREGRESSO de tuberculose, hepatite B, coqueluche, difteria, tétano, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, no que diz respeito à aplicação das respectivas vacinas ➢ Que tenha antecedente familiar de convulsão ➢ Que faça TRATAMENTO SISTÊMICO COM CORTICOSTEROIDES nas seguintes situações → não imunossupressora: • curta duração (inferior a duas semanas), independente da dose • doses baixas ou moderadas, independentemente do tempo • tratamento prolongado, em dias alternados, com corticosteroides de ação curta • doses de manutenção fisiológica Dose imunossupressora: 2 mg/kg/dia por mais que duas semanas ➢ Alergia, exceto as de CARÁTER ANAFILÁTICO, relacionada com os componentes das vacinas CONTRAINDICAÇÕES VERDADEIRAS ➢ Doença febril aguda grave ➢ Doença anafilática a dose prévia ➢ Imunodepressão (vacina de vírus vivo: PVO, MMR e varicela e Bactérias vivas) ➢ Uso de corticoide em doses imunossupressoras (2mg/kg/dia mais 14 dias) ➢ Crianças que desenvolveram encefalopatia até após 7 dias da administração da DPT – difteria, tétano e coqueluche ➢ As vacinas devem ser ADIADAS: 34 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Episódio agudo de doença com evolução febril → acima de 40.5 C por desnaturação proteica • Até 90 dias após o uso de imunossupressores ou 30 dias para uso de corticoides em altas doses • Até 3 semanas até 12 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulina BCG → BACTERIA VIVA ➢ Intradérmica (ID) - Administrar dose única, o mais precocemente possível, preferencialmente nas PRIMEIRAS 12 HORAS após o nascimento, ainda na maternidade. ➢ Crianças com baixo peso: adiar a vacinação até que atinjam 2Kg. ➢ Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias ainda não vacinadas. ➢ Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após 6 meses da administração da vacina, NÃO NECESSITAM MAIS REVACINAÇÃO. ➢ HANSENÍASE: comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma SEGUNDA DOSE PODE SER APLICADA COM INTERVALO MINIMO DE 6 MESES DA PRIMEIRA. ➢ Recém nascidos filhos de mães que utilizam IMUNOSSUPRESSORES NA GESTAÇÃO, podem ADIAR a vacinação. ➢ INDIVÍDUOS EXPOSTOS AO HIV: • Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, SE ASSINTOMÁTICAS E SEM SINAIS DE IMUNODEFICIÊNCIA • Crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após SOROLOGIA NEGATIVA para HIV • A partir DOS 5 ANOS DE IDADE, INDIVÍDUOS PORTADORES DE HIV NÃO DEVEM SER VACINADOS, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores de HIV que são CONTATOS INTRADOMICILIARES de paciente com HANSENÍASE devem ser avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm³ não devem ser vacinados. ➢ Contraindicações: menores de 2 kg e doenças dermatológicas em atividade ➢ Sem reações sistêmicas ➢ 6 – 10 semanas: Nódulo (2ª semana) – úlcera (5ª-6ª semana) – cicatriz (8ª-13ª semana) e 8% com adenite axilar ➢ Efeito adversos: • úlcera maior de 1 cm • não cicatriza em 6 meses • adenite supurada • abscesso perilinfonodal 35 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI PENTAVALENTE Hepatite B: ➢ Ao nascimento: administrar 1 dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, PREFERENCIALMENTE NAS PRIMEIRAS 12 HORAS após o nascimento, ainda na maternidade → monovalente ➢ Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento. ➢ Completar o esquema de vacinação contra hepatite B com a combinada VACINA PENTA (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada), aos 2, 4 e 6 meses de idade → pentavalente ➢ Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos 11 meses e 29 dias: ADMINISTRAR 3 DOSES DA VACINA PENTA (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada), com intervalo de 60 dias entre as doses. ➢ Em recém-nascidos de MÃES PORTADORAS DA HEPATITE B, administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 HORAS, podendo a IMUNOGLOBULINA ser administrada no máximo ATÉ 7 DIAS DE VIDA ➢ Recomendações: Administrar a imunoglobulina humana anti-hepatite B em grupo MUSCULAR DIFERENTE de onde foi administrada a vacina hepatite B, anotando na caderneta de vacinação local de aplicação. ➢ Crianças com peso de nascimento inferior a 2kg ou IG < 33 semanas devem receber, OBRIGATORIAMENTE, além da dose ao nascer, mais 3 doses da vacina (total de 4 doses = 0, 2, 4, 6 meses). ➢ Em circunstâncias excepcionais, pode ser utilizado um esquema de três doses aos 0, 7 e 21 dias (ESQUEMA ACELERADO). Neste caso uma QUARTA DOSE deverá ser administrada, 12 meses após a primeira. DTP: ➢ Contra difteria, tétano e coqueluche; ➢ Células inteiras + toxóide; ➢ Eficaz (70-100%) na prevenção de formas graves; ➢ Japão 1981: 1º vacina Pertussis acelular. ➢ Criança não vacinada para coqueluche, risco de contrair doença 1: 3.000 ➢ Criança vacinada para coqueluche, risco de contrair doença 1: 2.000.000 ➢ Quando possível, aplicar DTPa pelo MENOR RISCO DE REATOGENICIDADE. (SBP) ➢ Contraindicações: • Quadro neurológico em atividade • Apresentado as seguintes manifestações após a aplicação: 36 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI✓ Convulsão até 72 hs após a aplicação → Aplicar DTPa ✓ Síndrome hipotônica hiporresponsiva até 48 hs após a aplicação → Aplicar DTPa ✓ Encefalopatia até 7 dias após a aplicação → Aplicar dT ✓ Reação anafilática → não aplicar vacina → imunização de rebanho ➢ dTpa: • GESTANTES devem receber uma dose da vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a CADA GRAVIDEZ • Objetivo: transferir anticorpos protetores contra coqueluche para o recém nascido • Caso tenham perdido a dose na gestação, poderão fazê-la no puerpério, O MAIS PRECOCEMENTE POSSÍVEL • 6 meses HIB: ➢ Polissacarídeo capsular conjugado ➢ Eficácia: 93-100% ➢ COMPOSIÇÃO: • Polissacarídeo capsular do Hib conjugado com a proteína tetânica • PENTAVALENTE (DPT+Hib+Hep B ou DPaT+Hib+Hep B) ou isolada ➢ Uso e eficácia: • Doença invasiva pelo Hib • Eficácia 93-100% (diminui colonização) ➢ DPaT + Hib + Hep B – uma QUARTA DOSE DEVE SER ADMINISTRADA AOS 15 MESES. POLIOMELITE → ZÉ GOTINHA ➢ Vírus vivo atenuado (sabin – VOP) e inativada (salk – VIP); ➢ PVO: barata, fácil administração, imunidade humoral e intestinal, favorece imunização de não-vacinados; vírus é excretado por 4 a 6 semanas após a vacinação • Administrar o PRIMEIRO REFORÇO aos 15 MESES de idade e o SEGUNDO REFORÇO aos 4 anos de idade. O esquema vacinal está indicado para as crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias. • REPETIR a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar. • Contraindicada em IMUNODEFICIENTES e HOSPITALIZADOS ➢ PVI: não indução de anticorpos protetores, custo mais elevado, pouca imunidade intestinal. • Administrar 3 DOSES, AOS 2, 4 e 6 MESES DE IDADE, com intervalo de 60 dias. Em situação epidemiológica de risco, o intervalo mínimo pode ser de 30 dias entre ela ROTAVÍRUS ➢ COMPOSIÇÃO: Monovalente, cepa atenuada – PNI 37 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ➢ Eficácia: 70% diarreia e 85% diarreia grave ➢ Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. ➢ Contraindicada em IMUNODEFICIENTES e HOSPITALIZADOS ➢ Mãe que na gestação utilizaram IMUNOBIOLÓGICOS, a vacina pode ser contraindicada DIARREIA AGUDA ➢ Vacina para Diarreia? Esquema Vacinal - PNI: ➢ O novo esquema da VORH será: • 1ª dose aos 2 meses de idade (podendo ser administrada com 1 mês e 15 dias a 3 meses e 15 dias) • Manter intervalo mínimo de 4 semanas entre a 1ª e a 2ª dose. • 2ª dose aos 4 meses de idade (podendo ser administrada aos 3 meses e 15 dias à 7 meses e 29 dias) PNEUMO 10, 13 E 23 ➢ PCV-10 (PNI) • Rede pública de saúde • 2, 4 MESES COM REFORÇO AOS 12 MESES ➢ PVC – 13 (Clínicas Privadas) • Crianças saudáveis, com esquema completo, podem receber ATÉ OS 5 ANOS DE IDADE com o intuito de aumentar a proteção para os sorotipos adicionais ➢ Indicações: • PCV-23: (CRIE) • Duas doses com intervalo de dois meses entre elas, a partir dos 2 ANOS. ✓ Doenças crônicas (cardíaca, pulmonar, hepática, DM, alcoolismo) ✓ Asplenia ✓ Imunossupressão (IRC, TX, HIV, Qt) ➢ Dose: • PCV-13 (0,5ml IM) ✓ 2 e 4 meses: 2 doses + reforço ✓ Reforço: preferencialmente 12 meses • PCV-23 (0,5ml IM) ✓ 2 doses (5/5 anos) ➢ Reações adversas → dor local, edema, eritema, febre ➢ Contraindicação: • PCV-13: alergia ao látex 38 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI MENINGO C ➢ Dose: • 0,5ml IM 2 doses (3-5 meses) + reforço (PNI): • Reforço: preferencialmente 12 meses • > 1 – 5 anos: dose única (muito velha – 2016) ✓ Meninos e meninas até 12 e 13 anos (2017 – velha!) ✓ Adolescentes entre 11 anos a 14 anos 11 meses e 29 dias! ➢ Reações adversas: • Dor no local e eritema, febre leve ➢ Contraindicação: • Reação prévia SRC + VARICELA ➢ Caxumba, sarampo e rubéola; ➢ Eficácia: 99%; ➢ VACINA CONTRA SARAMPO FOI ELIMINADA AOS NOVE MESES devido a interrupção da circulação deste vírus no país e adicionada aos 12 meses para compor a tríplice viral ➢ SRC • Dose: ✓ 0,5 ml IM ✓ 1 dose 12 meses + REFORÇO 15 meses (PNI e SBP) ✓ segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade. ✓ INTERVALO MÍNIMO DE 3 MESES ENTRE AS DOSES • Reações adversas (3 a 12 dias da aplicação): ✓ Febre, rash transitório, encefalite, encefalopatia, panencefalite esclerosante subaguda, linfadenopatia transitória, artrites, artralgias, trombocitopenia, neurite periférica, surdez, parotidite, orquite e convulsões febris ✓ Reações alérgicas ao ovo e neomicina • Contraindicação: ✓ Todas para vírus vivo ✓ Anafilaxia com neomicina ✓ Alergia ao ovo: precaução ➢ VARICELA • COMPOSIÇÃO: 39 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ✓ Vírus vivo atenuado ✓ 2 doses: 15 meses + reforço 4-6 anos (PNI) ✓ 2 doses: 12 meses + reforço 15 meses (SBP) ✓ REFORÇO entre 4 e 6 Anos 11 meses e 29 dias (2018) ✓ Previne a varicela ▪ 1 dose: 85-90% ▪ 100% das formas graves ▪ Acima de 12 anos: 78% com 1ª dose, 99% após a 2ª dose • Indicações: ✓ Acima de 1 ano ✓ Exposição pós varicela: até 5 dias, PREFERENCIALMENTE 72 HORAS • VZIG ✓ Pós exposição: 96 horas (4 dias) ▪ Imunodeprimidos ▪ Gestantes ▪ RN de gestante com varicela (5 dias antes ou 2 após) ▪ Prematuros (mãe com varicela? IG ><28 semanas) HEPATITE A ➢ Dose: • 0,5ml -1ml: 1 dose (15 meses – pode ser feita até 5 anos no SUS - PNI) ➢ Reações adversas: • Dor local, cefaléia, febre, fadiga ➢ Contraindicação: • Todas para vírus vivos INFLUENZA → VÍRUS MORTO ➢ Indicada nos meses que antecedem o período de maior prevalência da gripe. ➢ Recomendado dos 6 MESES AOS 5 ANOS E 11 MESES DE IDADE, e após para grupos de maior risco. ➢ Dose: • < 9 anos: 2 doses no primeiro ano (depois 1 dose anual) • > 9 anos: 1 dose anual ➢ Reações adversas: • Febre, mialgia, cefaléia, cansaço em 48 horas ➢ Contraindicação: 40 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Proteína do ovo e neomicina • História de Guillan-Barré ➢ Grupos de risco: • DM • Portadores de doenças crônicas • Idosos • “Baseado em publicações que relatam que crianças menores de 2 anos têm risco igual ou maior quando comparado a idosos e portadores de doenças crônicas.” HPV ➢ Administrar 2 doses da vacina HPV com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda dose (0 e 6). ➢ Não administrar a vacina: • meninas grávidas • reação grave à dose anterior ou a algum componente da vacina. ➢ Meninas entre 9 e 14 anos ➢ Meninos de 11 e 14 anos / Meninos e homens com HIV de 9 a 26 anos → PRESCRIÇÃO MÉDICA NECESSÁRIA ➢ Pessoas que CONVIVEM com HIV deverão receber TRÊS DOSES: a segunda dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira. ➢ Crianças que fizeram a dose ANTES DOS DOIS ANOS, DESEJÁVEL, dose adicional aos 4 anos de idade. FEBRE AMARELA → VÍRUS VIVO ➢ A Febre Amarela urbana está erradicada desde 1942; ➢ A Febre Amarela silvestre é endêmica em certas regiões do país, como o Norte e o Centro- Oeste. ➢ Epidemia no Centro do País ➢ Vacina: VÍRUS VIVO, atenuado, cepa 17 D, cultivados em ovos embrionados de galinha • Via: SC ➢ Indicações: • nas populações de área endêmica, a partir de 6 meses de idade, principalmente na área rural • Administrar 1 dose a partir dos 9 meses de idade • NÃO NECESSITA MAIS DOSE DE REFORÇO 41 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos 10 dias anteriores à data da viagem na primovacinação) • Em menores de 2 anos de idade primovacinados NÃO ADMINISTRAR a vacina febre amarela SIMULTANEAMENTE com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e/ou tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e/ ou varicela • Estabelecer o intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais, que impossibilitem manter o intervalo indicado • Mulheres que estão amamentando bebês MENORES DE 6 MESES (LACTENTES MENORESDE 6 MESES) de idade e para as quais a vacinação não pode ser postergada, o aleitamento deve ser INTERROMPIDO POR 28 DIAS (NO MÍNIMO 10 DIAS), período em que há risco de TRANSMITIR o vírus vacinal pelo leite e contaminar o lactente • A paciente pode fazer a ordenha do leite antes do aplicar a vacina, mantendo congelado por 28 dias • Se imunizados entre 9 meses e 2 anos é desejável que refaça aos 4 anos DENGUE ➢ Esquema de 3 doses (0,6 e 12 meses) • A partir dos 9 anos de idade até os 45 anos de idade ➢ Contraindicada para: • Gestantes • Mulheres que amamentam • Portadores de imunodeficiências 42 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI ANAMNESE o Dados da gestação o Pré-natal, sorologias o Nascimento: peso, asfixia, mecônio, UTI, intubação o História alimentar o Estado nutricional o Tosse x alimentação o Duração das manifestações • Aguda: até 3 semanas • Subaguda: 3 semanas a 3 meses • Crônica: >3 meses • Recorrente: períodos com e sem manifestação • Pré-escolar 6-8 doenças respiratórias/ano o Quando? Como iniciou? → Início súbito? Incidioso? o Onde? o Quais as consequências? o Episódios anteriores? o Familiares com sintomas semelhantes? o História familiar (2 gerações de mãe e pai) o Vômito? Cianose? o Diurno? Noturno? o Medicação? (nome / frequência / resposta…) HISTÓRIA CLÍNICA o História da doença: familiar/paciente em até 2 gerações para trás • Tosse ➢ “chiado no peito” – cansaço - “boca roxa” ➢ “falta de ar” – coriza/rinorréia – obstrução nasal ➢ “para de respirar” – rouquidão – espirros • Febre IDADE DE INÍCIO DAS MANIFESTAÇÕES o 1° mês de idade: • anomalia congênita • doença aguda neonatal o Após período neonatal: • doença adquirida (aguda ou crônica) 43 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI PERÍODO NEONATAL o Laringotraqueomalácia: ESTRIDOR o Prematuridade/doenças grave: APNEIA o Pneumonia: TOSSE, TAQUIPNÉIA, CIANOSE o Doenças próprias do RN (manifestação precoce) - GEMIDO EXPIRATÓRIOS: • doença da membrana hialina (PMT) • taquipnéia transitória do RN • síndrome da aspiração de mecônio o Doenças cardíacas congênitas FATORES AMBIENTAIS/ALERGENOS - ATÓPICOS o Alterações climáticas o Aglomeração - frio/calor – umidade o Tabagismo o Fumaça industrial/ substâncias voláteis o Poeira doméstica (tapetes – cortinas): Dermatophagoides sp o Mofo - manuseio de livros o Pelos e penas de animais o Plantas, flores o Arcondicionado OUTROS APARELHOS - SINAIS E SINTOMAS EXTRAPULMONARES o Manifestações cutâneas o Digestivas: RGE, diarreia e fezes gordurosas o Edema e hepatomegalia: cor pulmonale TRATAMENTOS o Medicação? (nome/frequência/resposta) o Exames realizados o Imunizações TOSSE o Mecanismo de defesa – reflexo o Origem: • VAS (amigdalite, corpo estranho, adenoidite, resfriado, rinites) • laríngea (acompanhada de estridor e rouquidão) • brônquica, broncopulmonares e pleurais • compressão por adenopatia, massa, tumor o Seca ou produtiva o Predomínio de ocorrência (diurna/noturna) o Tosse típica: e.g. “paroxística” ou “coqueluchoide” • característica da coqueluche → até o 3º mês, antes da vacinação completa normailmente • episódios prolongados terminados em guincho inspiratório • emetizante em diversos episódios 44 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI EXAME FÍSICO o Região anterior e laterais: paciente em decúbito dorsal o Posterior: paciente sentada o Comparar os dois hemitórax EXAME FÍSICO: INSPEÇÃO o FORMA DO TÓRAX: • Normal: ➢ redonda em RN ➢ elíptica em lactentes ➢ conformação da idade adulta - após os 7 anos • Atípica / anormal: ➢ tórax em “quilha” ou “peito de pombo” (pectus carinatum) → A deformidade de crescimento progressivo, e pode ou não ser acompanhada de sintomas cardio-respiratórios. São relatadas palpitações, dispnéia e sibilos, que se acentuam com o exercício e desaparecem com a cirurgia, na ausência de doença associada. ➢ tórax ”de sapateiro” (pectus excavatum) ➢ tórax “em sino” (casos mais avançados de raquitismo) ➢ tórax “em barril” (doença pulmonar restritiva crônica grave) o ASSIMETRIAS: • Tórax assimétrico ➢ lactentes prematuros • Rosário raquítico ➢ típico do raquitismo (espessamento da junção ósteo-cartilaginosa) • Abaulamento ➢ derrame pleural volumoso (líquido espaço pleural) ➢ pneumotórax hipertensivo (ar em espaço pleural) • Retração ➢ atelectasia unilateral (colabamento parcial ou total) 45 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o PADRÃO RESPIRATÓRIO: • Lactente: predomina a respiração abdominal • 3° ano: inicia respiração também torácica • Até 7 anos: padrão misto (tóraco-abdominal) • > 7° ano: tipo respiratório torácico do adulto • Respiração periódica: + em PMT, com pausa 5-10 seg, geralmente até 2 meses (pode até os 6 m). Pausas respiratórias de até 20 seg (sem cianose ou bradicardia) sem significado clínico em RN. • Apneia: > 20 seg e/ou é acompanhado de bradicardia ou cianose, + PMT, patologia o FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR) • N° de incursões respiratórias em 1 minuto (irpm) • MODO MAIS PRÁTICO DE AVALIAR FUNÇÃO • Amenta na vigência de hipertermia • RN: 45-55 irpm • Lactente: 25-35 irpm • Pré-escolar: 20-25 irpm • Escolar: 18-20 irpm • Alterações: ➢ Taquipnéia ou polipnéia: da FR • RN: > 60 irpm • Lactente: > 50 irpm • Crianças maiores de 1 ano: > 40 irpm ➢ Hiperpnéia: aumento da amplitude respiratória ➢ Bradipnéia: da FR o ESFORÇO RESPIRATÓRIO: • Principal músculo envolvido na respiração: diafragma, intercostais externos, intercostais internos, toracoespinhais (escalenos, esternocleidomastóideo), grande peitoral • Pode haver queixa de dor de barriga em crianças Tiragem (=retrações) • Utilização de musculatura assessória para respirar • Retrações inspiratórias do tórax ➢ Intercostal ➢ Subcostal ➢ Supra esternal ou furcular ➢ Supra clavicular • BAN, gemido exp • Dispneia: dificuldade com os movimentos respiratórios ➢ inspiratória: fenômeno obstrutivo (estridor, retrações) ➢ expiratória: obstrução à saída de ar (broncoespasmo) ➢ tipo mista: mais frequente → asma o RITMO RESPIRATÓRIO: • Ritmo de Kussmaul: movimentos lentos e profundos → acidose metabólica grave ou sepse 46 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI • Ritmo de Cheyne-Stokes: apneia alternando com hiperpneia → hipertensão intracraniana e ICC • Biot: ciclos respiratórios irregulares, com amplitudes diferentes, interrompido por apneia → dano cerebral grave o REGIÕES EXTRATORÁCICAS: • Permeabilidade das narinas • Avaliar o palato • Pavilhões auriculares • Pele: atopia, xerodermia • Extremidades: baqueteamento digital e/ou cianose PALPAÇÃO o Avaliar: edema, deformidades, linfonodos, posição da traqueia: ➢ Atelectasia (para o lado da lesão) ➢ derrames pleurais volumosos (para o lado contrário) o Iniciar segmento cefálico (cabeça, pescoço), lateral do tórax com ambas as palmas, avalia amplitude o Detectar creptações (fraturas) o FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV): • avalia a sensação vibratória da voz, na parede torácica, com a palma da mão estendida sobre regiões do tórax do paciente sentado falando ”trinta e três”. • Meio + homogêneo facilita propagação do FTV • Meio + heterogêneo, dificulta. • Exemplos: ➢ FTV aumentado: consolidações alveolares (pneumonia) ➢ FTV diminuído (enfisema pulmonar) ou abolido (derrame pleural extenso) PERCUSSÃO o Toques rápidos e fortes o Som se relaciona com a textura da área abaixo percutida o Percutir de leve: faces anterior, posterior e laterais o Normal: som claro timpânico pulmonar 47 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o Se acúmulo de líquido, secreção ou atelectasiano parênquima/pleural → diminuição da sonoridade o Submacicez ou macicez: depende da dimensão e intensidade do processo (consolidação do parênquima, derrame pleural) o Hipersonoridade / timpanismo acentuado: asma, enfisema pulmonar; escapes de ar p/mediastino ou espaço pleural AUSCULTA → NO COLO DA MÃE o Murmúrio vesicular: entrada (inspiração) e saída (expiração) de ar nos alvéolos pulmonares à respiração o MV / ausente: hipoventilação • Secreção ou líquido alveolar ou pleural: pneumonia lobar, atelectasia • Dissecção aérea: pneumatocele, pneumotórax o MV acentuado (expiração forçada): bronquite/asma o RUÍDOS ADVENTÍCIOS - Alterações do murmúrio vesicular normal: • Atrito pleural: “ranger de couro” • Estridor: ➢ ruído eminentemente inspiratório musical ➢ obstrução alta (cordas vocais, laringe) • Ronco de transmissão (+ frequente em crianças): ➢ à inspiração ➢ ausculta altera após choro ou tosse ➢ secreção em VAS (coriza) • Estertor crepitante: ➢ Ouve mais no final da inspiração ➢ ruído de papel seco quando amassado com as mãos ➢ constante/”fixo” ➢ pneumonia lobar ➢ edema pulmonar: ICC • Gemidos: ➢ ruídos determinados por expiração forçada através da glote semiocluída ➢ Organismo tenta manter os alvéolos distendidos na expiração e melhorar as trocas gasosas ➢ Insuficiência respiratória, pneumonia → grave • Sopro tubário: ➢ quando se ouve a passagem de ar pela glote através da parede torácica. ➢ Ocorre em pneumonia lobar • Sibilos: ruídos musicais agudos, ocorrem por constrição ou edema a nível de bronquíolos, podem ocorrer: ➢ Inspiração/expiração → obstrução à saída de ar (broncoespasmo) ➢ Localizado → corpo estranho ou embolia pulmonar ➢ Bilateral → asma COMPLEMENTANDO A SEMIOLOGIA o Radiologia 48 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o Oximetria de pulso (abaixo de 94% - indicação de O2) o Análise dos parâmetros gasométricos o Avaliação do dreno de tórax o Tomografia o Ecografia 49 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI CRESCIMENTO ❖ É o um aumento no tamanho do corpo como um todo ou aumento do tamanho de partes específicas do corpo. ❖ Aumento do número de células (hiperplasia); ❖ Aumento no tamanho das células (hipertrofia); ❖ Aumento nas substâncias intracelulares. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ❖ Crescimento: desenvolvimento físico – pode ser considerado um dos indicadores de saúde mais importantes da criança. ❖ Desenvolvimento: capacidade de realizar tarefas mais complexas ❖ PEDIATRIA: ESTUDA O SER HUMANO EM CRESCIMENTO CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O CRESCIMENTO NA INFÂNCIA FATORES INTRINSECOS + FATORES EXTRINSECOS = Provocam variações de um indivíduo para outro e que tornam único o curso do crescimento de cada criança ❖ INTRÍNSECOS: o Sistema neuroendócrino (hipotálamo hipófise) o Sexo o Herança genética ❖ EXTRÍNSECOS: o DIETA: calorias, proteínas, glicídios, lipídeos, vitaminas, sais, água o AMBIENTE: sócio- econômicas, doenças, pré-natal, influência sobre sistema límbico e hipotálamo o ATIVIDADE FÍSICA: prática esportiva promove avanço na idade óssea em relação a cronológica MENSURAÇÕES COMUMENTE USADAS EM ESTUDOS DE CRESCIMENTO. ❖ Peso ❖ Estatura ❖ Diâmetros esqueléticos ❖ Perímetros de membros ❖ Espessura de dobras cutâneas ❖ Circunferência da Cabeça ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO ➢ Aceita-se que o crescimento é condicionado pela herança genética, mas é fortemente influenciado pelo ambiente, principalmente no que se refere a doenças e desnutrição. ➢ A OMS e MS, preconizam o acompanhamento do crescimento como atividade de rotina na atenção à criança. ➢ MONITORIZAÇÃO: o Medidas sequênciais 50 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o Acompanhar no gráfico o Avaliar peso/idade, altura /idade e peso/altura CRESCIMENTO ❖ Índice peso/ idade: o Índice que mais tem sido utilizado o Grande sensibilidade do peso às variações o Mais sensível para monitorizar < 1 ano ❖ Índice altura / idade e peso/ altura: o Índice altura/idade expressa processo linear de crescimento e seu déficit indica processo de longa duração o A partir dos 6 meses a altura é melhor parâmetro de avaliação crescimento o Índice peso/altura refere-se a harmonia do crescimento, das dimensões corporais, relacionado a fome ou doença grave. ❖ Padrões típicos de crescimento físico: o Crescimento acelerado SNC nos primeiros 3-4 anos de vida o Peso e altura: parâmetros mais importantes. O peso é o mais sensível e a altura mais específica. ❖ Peso o Após o nascimento: diminui cerca de 5-10% (eliminação de urina, mecônio e jejum) o Peso do nascimento: por volta do 10º-14º dia de vida o Dobra o peso do nascimento até o 4-5º mês o Triplica o peso por volta dos 12 meses de vida o Após os 2 anos de vida: ganho de 2kg/ano até os 8 anos o 1 ano: 10 kg - 3 anos: 15 kg – 5 anos: 20 kg ✓ 700g/ mês 3 primeiros meses ✓ 600g/ mês 4-6 mês ✓ 500g/ mês 7-9 mês ✓ 400g/ mês 10-12 mês ❖ Peso ao nascer: o Excelente indicador de saúde materna e neonatal o OMS considera peso ao nascer mais importante determinante isolado das chances de sobrevivência da criança o Baixo peso: peso ao nascer < 2500g o Pequeno para a idade gestacional: (PIG) chance menor de sobrevida que crianças pré-termos ❖ Fórmula do peso de acordo com a idade: o de 1 a 6 anos: peso (kg)= (idade anos x 2) + 8 o de 7 a 12 anos: peso (kg)= (idade anos x 7) – 5 / 2 o Dos 3 aos 11 anos: altura (cm) = (idade – 3) x6 + 95 ou idade (anos) x 6 + 77 ❖ Altura o Rn mede em torno de 50 cm o Primeiros 6 meses: cresce 15 cm o Segundo semestre: cresce 10 cm ✓ Primeiro trimestre: 8cm ✓ Segundo trimestre: 7 cm ✓ Terceiro trimestre: 6 cm ✓ Quarto trimestre: 5 cm DESNUTRIÇÃO INTRA-ÚTERO 51 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI o Final do primeiro ano: cresce metade do nascimento o 4 anos: 1 metro o Entre 2 – 5 anos: 7 cm/ano o Entre 6 – 12 anos: 4- 6 cm/ano ❖ Perímetro cefálico: o Ao nascimento 34-35 cm o 0 a 3 meses: 2cm/mês o 4 a 6 meses: 1cm/mês o 7 a 12 meses: 0,5cm/mês o 1 a 3 anos: 0,25cm/mês o 4 a 6 anos: 1 cm/ano o Deve ser medido da protuberância occipital até a glabela. É um índice confiável para medida do cérebro o Fontanela anterior: fecha entre 9 -18 meses o Fontanela posterior: fecha totalmente após 2 meses ❖ Auxogramas: o São curvas de crescimento que fornecem uma definição estatística da normalidade o Padrão: NCHS (National Center of Healf Statistics) o Trabalha com conceitos de percentis o Percentil 75% peso: peso superior a 75% das crianças do mesmo sexo e idade o NCHS: população de Ohio → Mais magras e mais altas o De acordo com a Inclinação da curva: ✓ Se acompanha o desenho, a criança está indo bem ✓ Se está paralela ao eixo x, a criança está em risco ✓ Se está descendente, a criança está em franco processo de desnutrição ❖ Alvo parental (canal familiar): o Este conceito é muito relevante, pois relaciona a altura da criança à altura dos pais. o Procedimentos: ✓ Deve-se medir a altura do pai e da mãe ✓ Se o avaliado for menino - acrescenta-se 13 cm na média da altura da mãe e do pai ✓ Se for menina - subtrai-se 13 cm o Alvo genético do crescimento: ✓ Meninos: (altura da mãe + altura do pai + 13) / 2 mais ou menos 5 cm ✓ Meninas: (altura da mãe + altura do pai – 13) / 2 mais ou menos 5 cm 52 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI AULA 10: ADOLESCÊNCIA • Período de rápidas modificações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. • Passagem da infância para a vida adulta OMS: ❖ Adolescência: 10 aos 19 anos ❖ Juventude: 15 aos 24 anos o adolescentes jovens: 15 a 19 anos o adultos jovens: 20 a 24 anos; ❖ Estatuto da Criança e Adolescente o lei n° 8069 13/07/90 o período entre 12 e 18 anos ❖ Sociedade Brasileira
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