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Resumo Semiologia Pediátrica

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1 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
AULA 1: Anamnese em Pediatria 
ANAMNESE 
 Recordação, história clínica do paciente, conjunto de informações obtidas pelo médico por meio de 
entrevista esquematizada 
 Descrita por hipócritas 
 Individual e intransferível (presencial) 
 Leva à hipótese diagnóstica em cerca de 70 a 80% dos casos 
 Ambiente tranquilo 
 Boa relação médico-paciente (chamar pelo nome ou apelido) 
 Apresentação (jaleco) 
 Posição do médico (não ficar de braços cruzados, sorrir e ser receptivo) 
 Atitudes: 
o Ativa 
o Passiva 
o Mista 
o Cuidado para não tangenciar as perguntas 
IDENTIFICAÇÃO: 
 Nome, idade, sexo, raça, religião 
 Data e local de nascimento, apelido 
 Nome dos pais, local de trabalho, escolaridade 
 Data da entrevista 
 Fonte de encaminhamento 
 Fonte da anamnese e fidedignidade (quem é, profissão, idade, grau de escolaridade) 
QUEIXA PRINCIPAL: 
 Aquela que levou o paciente a procurar assistência médica 
 Expressa de modo sumario 
 Termos usados pelo doente 
 Exemplo: “dor nas costas há três dias” 
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: 
 Ampliação da queixa principal 
 Ordem cronológica 
 Sintomas que se relacionam com a queixa principal 
 Etapa mais importante da anamnese 
o Início do sintoma 
o Fatores desencadeantes 
o Duração 
o Intensidade 
 Periodicidade 
 Fatores acompanhantes ou condições clínicas associadas 
 Fatores de melhora ou piora 
 Períodos de semelhança e dissemelhança ou de acalmia 
 
2 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
 Repercussão em outros sistemas, nas condições psicológicas do paciente e na sua vida como um 
todo 
 Tratamentos já realizados e seus resultados → Início, circunstâncias, sintomas associados, 
tratamento. Descrever o sintoma em localização, qualidade, intensidade, tempo de início/ duração/ 
frequência, fatores que agravam e aliviam 
 Exames laboratoriais 
 Ausência de certos sintomas 
 Preocupações 
ANTECEDENTES PESSOAIS: 
 Antecedentes perinatais: 
o Pré-natal: saúde materna, ganho de peso, sangramentos, medicamentos usados, doenças 
específicas, duração, aceitação da gestação pelos pais 
o Perinatal: tipo de parto, período de expulsão, analgesia, complicações, peso ao nascer 
o Neonatal: ressuscitação, apgar, Capurro (idade gestacional pelo exame físico), intercorrências 
 
 História alimentar: 
o Amamentação 
o Alimentos complementar 
o Aceitação e dificuldades 
o Diário dietético 
 
 Antecedentes de crescimento e desenvolvimento 
o Percentil da curva de crescimento 
o Idade que atingiu os marcos do desenvolvimento (sorriso social, sustentou a cabeça, sentou-se 
sem apoio, andou, falou, continência fecal e urinária, correr, escadas, copo, talheres, vestir-se, 
rendimento escolar) 
o Caracteres sexuais secundários 
 
 Hábitos 
o Sono – padrão, horários, onde e com quem 
o Vida escolar 
o Sexualidade 
o Personalidade 
o Disciplina 
 
 Antecedentes mórbidos 
o Doenças, hospitalizações, cirurgias 
o patologias crônicas e medicações 
o uso de hemoderivados 
 
 Alergias 
 
 Imunizações 
o Teste de triagem 
o Calendário Vacinal 
 
 Antecedentes familiares: 
o Educação, emprego, saúde, renda 
 
3 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o Habitação, saneamento básico, tipo de fogão, piso 
 
 Revisão de sistemas: 
o Investigação de órgãos e aparelhos 
✓ Geral 
✓ Pele 
✓ Cabeça 
✓ Olhos 
✓ Ouvido 
✓ Nariz e seios paranasais 
✓ Boca e garganta 
✓ Pescoço 
✓ Respiratório 
✓ Cardíaco 
✓ Gastrointestinal 
✓ Urinário 
✓ Gênito-reprodutor 
✓ Vascular 
✓ Músculo esquelético 
✓ Neurológico 
ATITUDE DO MÉDICO: 
 Análise pelos pais e pela criança 
 Linguagem, vestimentas, postura 
 Preocupação com o paciente 
 Uso de expressões abertas 
 Avaliar relação entre pais e filhos 
 Identificar expectativas 
 
 
4 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
AULA 2: Exame físico em Pediatria 
AVALIAÇÃO DO ASPECTO GERAL: 
• Começa quando pai e mãe entram no consultório, as vezes na salsa de espera 
• Bom, regular, ruim estado geral → na inspeção (olhar) 
• Dicotomia: chance de morte ou não chance de morte 
EXAME DA CRIANÇA – ASPECTO GERAL 
• Observa-se o aspecto geral da criança ao chegar: 
o Nível de consciência (corado ou descorado) 
o Condições de higiene (analisar nível socioeconômico) 
o Ativo ou hipoativo 
o Atitude 
o Marcha 
o Biotipo 
o Fala 
o Psiquismo 
SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA 
• Peculiaridades 
o Varia de acordo com a idade 
o Conversar com a criança antes e durante o exame 
o Sinais vitais inicialmente → choro altera os sinais 
o Iniciamos no colo da mãe 
o Ouvido e garganta no final 
• Sinais vitais: 
o Temperatura com termômetro digital → axilar, auricular e retal 
o Frequência cardíaca no início 
o Pulso → até 8 anos pulso braquial e pulso carotídeo após 8 anos 
o Frequência respiratória 
o Pressão arterial 
• Medidas antropométricas: 
o Peso 
✓ Até 16 kg deitado (RN) 
✓ Acima de 16 kg em pé (adultos) 
o Estatura e comprimento 
✓ Comprimento: menores de 2 anos → deitada 
✓ Estatura: maiores de 2 anos → em pé 
o Perímetro cefálico 
✓ Até os 2 anos 
✓ Fita métrica 
✓ Deve passar pela glabela e pelo occipício 
✓ Sem abranger as orelhas 
o Perímetro torácico 
o Perímetro abdominal 
 
 
5 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
EXAME DA CRIANÇA 
• INSPEÇÃO 
• PALPAÇÃO 
• PERCUSSÃO 
• AUSCULTA 
AVALIAÇÃO DE ÓRGÃOS E SISTEMAS 
• Sistema reticulo endotelial → proteção 
AVALIAÇÃO DAS CADEIAS GANGLIONARES 
• localização 
• tamanho 
• consistência 
• mobilidade 
• coalescência 
• sensibilidade dolorosa 
o Pré-auricular → protege olho, região temporoparietal 
o Retroauricular ou auricular posterior 
o Cervical anterior → amigdalas, faringe 
o Submandibular → proteção dos dentes 
o Supraclavicular → doenças malignas 
o Inguinal 
o Poplíteo 
AVALIAÇÃO DA CABEÇA 
• Inspeção 
• Palpação 
• Examinar da generalidade para a especificidade 
 
• Cefalo-hematoma: 
✓ hemorragia subperiósteo 
✓ limita-se a um dos ossos do crânio e a sutura 
✓ reabsorção → icterícia (só existe necessidade de dosar 
bilirrubina em caso de icterícia no nível de abdômen) ou calo 
ósseo 
✓ hematoma epidural 
 
 
 
• Bossa serosa ou caput succedaneum: 
✓ edema de couro cabeludo 
✓ transpõe as linhas das suturas 
✓ pode estar presente ao nascimento 
✓ conduta expectante 
 
 
6 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
CABEÇA – PERÍMETRO CEFÁLICO 
• Média: 33 a 35 cm 
• Aferido e acompanhado até os 2 anos 
• Palpar fontanela anterior: sutura metópica → fechamento entre 9 a 18 meses 
• Palpar fontanela posterior: sutura lambdoidea → fechamento entre 2 a 3 meses (quando se 
encontra aberta além dos 2-3 meses → hipotireoidismo) 
• Crescimento: 
✓ 1º trimestre → 2 cm/mês 
✓ 2º trimestre → 1 cm/mês 
✓ 3º trimestre → 0,5 cm/mês 
 
• Plagiocefalia: 
 
✓ posição do feto na barriga 
✓ fusão unilateral prematura das 
suturas coronal e lambdoide 
✓ fetos grandes 
✓ gestações múltiplas 
✓ dormir sempre na mesma posição 
✓ posição dorsal → braquicefalia 
postural 
✓ torcicolo congênito → fibrose, 
tratamento com fisioterapia 
• Craniossinostose 
 
✓ fechamento precoce de sutura sagital 
✓ fontanela anterior fechada 
✓ hiperexcitabilidade associada a cardiopatias, hérnia inguinal, 
deformidade óssea 
 
 
 
 
 
 
• Microcefalia → zikavírus 
• Macrocefalia → líquido cefalorraquidiano 
AVALIAÇÃO DA FACE 
• Simetria: 
o Aparência sindrômica: implantação das orelhas, distância entre os olhos, tamanho do 
queixo, nariz e língua 
AVALIAÇÃO DO PESCOÇO 
• Torcicolo congênito: fibrose no interior do músculo esternocleidomastóideo, encurtamento do 
músculo e contratura muscular 
• Etiologia desconhecida 
 
7 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Assimetria de face/crânio 
• Movimento reduzido da cabeça 
• Posição forçada para dormir• Usa menos o braço do lado afetado 
• Estrabismo 
• Conduta: Referir para o serviço de maior complexidade para avaliação 
• Geralmente ocorre em gestação com oligodrâminio 
AVALIAÇÃO DOS OLHOS 
• Esotropia: para dentro 
• Exotropia: para fora 
• Hipotropia: para baixo 
• Hipertropia: para cima 
• Estrabismo: fisiológico → até 1 mês, acompanhar 
até 5 meses 
• Nistasmo: olho balanceando, problemas 
neurologicos, STORCHS 
• Obstrução do canal lacrimal: normalmente 
unilateral, conjuntiva não inflamada. Condutas: 
massagem no ducto naso-lacrimal 3 a 4 vezes ao dia 
até 1 ano e/ou sondagem terapêutica das vias 
lacrimais 
 
• Leucocoria 
 
• Retinoblastoma: tumor maligno da retina 
• Teste do olhinho: olho vermelho (normal) e olho amarelo (leucoria) 
• Ptose 
 
• Conjuntivite: viral (limpeza), bacteriana (purulenta) e alérgica 
(prurido, hiperemia sem secreção) 
• Hordéolo: processo infeccioso por estafilococos aureus que causa 
abcesso, dor e hiperemia, tratar com antibioticoterapia 
 
 
 
 
 
 
 
8 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Calasio: obstrução do ducto da glândula sebácea do folículo 
piloso, não infeccioso, recorrente, tumefação da pálpebra, 
secundária obstrução e discreta hiperemia 
AVALIAÇÃO DO OUVIDO 
• Observar a implantação do pavilhão auricular 
• CRIANÇA PEQUENA: lóbulo da orelha para baixo e para traz 
• CRIANÇA ESCOLAR: parte superior da orelha para cima e para traz 
• Na otoscopia a partir de 4 meses só consigo enxergar os ossículos do martelo 
• Implantação baixa: trissomia do 13 e 18 ou síndrome de down (trissomia do 21) 
• Presença de apêndices: associada a anormalidade no sistema 
renal 
• Mastoidite: inflamação do mastoide, complicação da otite 
média aguda 
• Resposta ao som: 
✓ Lactentes menores de 6 meses testar o reflexo cócleo 
palpebral para avaliar a audição → piscar os olhos 
✓ Lactentes a partir de 6 meses são capazes de localizar a 
fonte sonora 
AVALIAÇÃO DO NARIZ 
• Pequeno, estreito e aplanado 
• Discreta secreção serosa 
• RN RESPIRA PELO NARIZ → limpar as narinas com espirros 
• Seios maxilares e etmoidais presentes no RN 
• Seio esfenoidal – aos 5 anos de idade 
• Seio frontal – 7 anos de idade 
• Não existe sinusite em crianças menores de 4 anos 
• Inspeção com fonte luminosa 
• Averiguar: secreção e coloração das mucosas → HIPEREMIA (processo inflamatório agudo), 
PÁLIDA (úmida – alergia) e EDEMACIADA (rinite crônica) 
• Hipertrofia de adenóide quando a mãe suspeitar que a criança ronca 
AVALIAÇÃO DA CAVIDADE ORAL 
• Freio do lábio superior é espesso 
• Língua projetada para fora 
• Freio estreito curto – conecta a língua ao assoalho da boca 
• Presença de dentes neonatais e natais 
• Reflexo do céu palatino 
• Prognatismo: mandíbula curta 
• Trismo: contratura dolorosa dos músculos mandibulares 
• Fissura labial: mutação do gene MTHFR 
• Macroglossia: língua larga (síndrome de down) 
• Microglossia: língua curta 
• Glossoptose: queda da língua 
 
 
9 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
AVALIAÇÃO DAS TONSILAS 
• Hipertrofia sem sinais flogísticos → associado aumento das tonsilas até 5 anos 
• Maioria das infecções em crianças menores de 5 anos é viral 
 
AVALIAÇÃO DO TÓRAX 
Inspeção: 
• Simetria 
• Expansão 
• Abaulamento 
• Formato do tórax → cilíndrico 
• Ao nascer → PC é maior que PT até 2 cm, após 2 ou 3 meses esses valores se invertem 
• Diâmetro anteroposterior e laterais são iguais 
• Perímetro 30 a 33 cm → menor 2 cm que o PC 
• Costelas flexíveis, apêndice xifoide visível 
• Hipertrofia mamaria ambos os sexos → secreção por transferência de hormônios maternos 
• Mamilos supranumerários → retirados antes da puberdade 
Ausculta: 
 
CORAÇÃO: 
• Focos da ausculta cardíaca: 
✓ PULMONAR: 2º espaço intercostal esquerdo – próximo ao esterno 
✓ AÓRTICO: 2º espaço intercostal direito – junto ao esterno 
✓ TRICÚSPIDE: na parte baixa do esterno, junto à linha paraesternal esquerda 
 
10 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ MITRAL OU APICAL: 4º/5º espaço intercostal esquerdo – distante do esterno / linha 
hemiclavicular 
 
• SOPRO: é auscultado entre a inspiração e expiração, qualquer sopro deve-se fazer radiografia e 
eletrocardiograma 
 
EXAME DO ABDOME 
• Palpar todos os quadrantes; 
• Iniciar com a palpação superficial; 
• Aprofundar gradativamente a palpação 
Inspeção: 
• Inspecionar o contorno abdominal 
• Abdome proeminente é normal até a puberdade 
• Hérnia Umbilical: comum em lactentes → avaliar o saco herniário 
• CONDUTA: EXPECTANTE (normalmente até 2 anos) 
Palpação das lojas renais: 
• Manobra obrigatória nos RN 
• Os rins são mais fácies de serem palpados em neonatos – prematuros 
• Quando palpados pensar em hidronefrose, tumor de Wilms 
• CONDUTA: encaminhar a criança 
Inspeção do coto umbilical: 
• Cai em torno de 7 - 10 dias 
• Ferida se epiteliza em torno de 12 a 15 dias e está totalmente seco 
• Adquire a forma característica (2 ARTÉRIAS E 1 VEIA) 
 
11 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Granuloma umbilical: formação avermelhada brilhante, situada na fossa umbilical com 
secreção serosa 
 
• Onfalite: Cursa com hiperemia, edema, calor e/ou secreção fétida 
• Hiperemia pode ser restrita a cicatriz umbilical ou se estender ao abdome 
 
Palpação do fígado: 
• Vindo do hipocôndrio direito, vagarosamente com a ponta do dedo indicador. 
• O fígado é palpável de 1 A 3 CM É NORMAL EM LACTENTES 
• Fígado e baço palpáveis → solicitar hemograma para ver presença de atipia linfocitária. 
Palpação do baço: 
 Deve ser delicada 
 Realizada no quadrante superior esquerdo 
 Palpado durante a inspiração 
 Apenas 5 A 10% das crianças normais tem baço palpável 
 Deve ser feita com extremo cuidado pelo risco de ruptura 
AVALIAÇÃO DA GENITÁLIA MASCULINA 
 Bolsa escrotal → grande, edemaciada, pendular 
 Pele enrugada 
 Pele pigmentada restante do corpo 
 Hidrocele: persistente por 6 a 12 meses, é o acúmulo 
de líquidos na túnica que envolve os testículos, pode 
ser hidrocele comunicante (esvazia para dentro da 
cavidade abdominal quando deitado) ou hidrocele não-
comunicante 
 Meato urinário → linha média ponta da glande 
 
12 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
 Glande recoberta pelo prepúcio 
 Presença de ESMEGMA 
 EREÇÃO é frequente no RN 
 Fimose: Inspeção do prepúcio e glande, jato urinário fino e 
partido → infecção urinária 
 Ectopia testicular: testículo fora da bolsa escrotal ou do canal 
inguinal, pode estar localizado em qualquer tecido adjacentes 
(períneo, coxa, pênis), precisa ser detectado precocemente e 
encaminhado. 
 
 Criptorquidia: ausência de testículo na bolsa escrotal, 
ele pode estar em qualquer lugar do trajeto de 
migração, os testículos podem descer até 1 ano e a 
cirurgia deve ser feita até os 2 anos (risco de 
malignização do tecido testicular) 
 Hérnia inguinal: estrangulamento → dor → tumefação 
não redutível 
 
AVALIAÇÃO DA GENITÁLIA FEMININA 
 Clitóris aumentado, pequenos lábios bem formados 
 Hímen pode estar edemaciado (ação do estrógeno) 
 Sangramento e secreção (normal no início da vida) 
 
 Hímen imperfurado: lesão obstrutiva comum, pode 
ser diagnosticada no nascimento (intróito saliente 
devido ao mucocolpo). Diagnóstico retardado 
(muco será reabsorvido), a criança permanecerá 
assintomática até a menarca (hímen protuberante 
e um grande hematocolpo) 
 
13 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
 
 Sinequia vulvar ou coalescência pequenos lábios: resulta da 
aderência dos pequenos lábios, determinada da combinação entre 
vulvite leve e hipoestrogenismo 
 Conduta: Aplicação de estrógeno tópico sob prescrição 
médica (Premarin creme – 1 x 
ao dia à noite/durante 15 
dias, para por 30 dias e 
repete mais 15 dias). Após o 
tratamento usar pomada de 
vaselina, fazer uma barreira 
mecânicaentre os pequenos 
lábios, pode ocorrer sinais de puberdade precoce, devido 
ao uso de estrógeno. 
 
EXTREMIDADES 
 Inspeção dos dedos (polidactilia, sindactilia) 
 Pesquisar o bom estado das articulações coxofemorais 
 Reflexo de Ortolani e Barlow: 
 
 
 
 
 
 Aparelho locomotor: membros (deformidades, 
assimetrias, tônus) e coluna vertebral (simetria, 
desvios, postura) 
 
AVALIAÇÃO DO ÂNUS 
 Fazer a avaliação com exame de inspeção e 
palpação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
Aula 3: Exame neurológico da criança 
DESENVOLVIMENTO – EVOLUÇÃO 
➢ Desenvolvimento marcado nos 2 primeiros anos de vida 
➢ Motor, adaptativo, pessoal-social e linguagem 
➢ Mielinização e sinaptogenese → cranial para caudal 
➢ Lactentes até pré-escolar 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
➢ Movimentos grosseiros do bebê = reflexos primitivos involuntários → movimentos elaborados, 
coordenados e intencionais, processo cefalocaudal e proximal-distal 
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR 
➢ Neonatal: 
o Prona: postura semifletida, vira a cabeça lateralmente, cabeça pende à suspensão do 
tronco 
o Supina: postura fletida e levemente rígida 
o Reflexos primitivos: moro, cervical assimétrico, marcha, preensão palmoplantar 
• Reflexo de marcha: segura pelos braços, inclina para frente e por reflexo faz a 
marcha 
• Reflexo cervical assimétrico: virar a cabeça e estender os membros do mesmo 
lado; flete do lado oposto 
• Reflexo de moro: simulação de queda 
• Reflexão plantar e palmar: fecham os dedos 
➢ 1 mês: 
o Prona: pernas mais estendidas, cabeça alinha momentaneamente à suspensão ventral 
o Supina: reflexo tônico cervical assimétrico 
➢ 2 meses: 
o Prona: levanta a cabeça rapidamente, a cabeça sustenta-se na linha do corpo à 
suspensão ventral 
o Supina: reflexo tônico cervical assimétrico 
➢ 3 meses: 
o Prona: levanta a cabeça e o tronco com os braços estendidos, na suspensão ventral a 
cabeça fica acima da linha do corpo 
o Supina: reflexo tônico cervical assimétrico, acena para um brinquedo, traz a mão a 
linha média 
o Sentado: a cabeça cai para trás ao ser puxado para sentar-se, a cabeça balança 
o Criança começa a se descobrir 
➢ 4 meses: 
o Desaparecimento do reflexo tônico cervical assimétrico 
o Segura firma a cabeça quando sentado 
o Mãos na linha média, alcança objetos e os leva à boca 
o De pé empurra o corpo com as pernas 
➢ 5 meses: rola 
➢ 6 meses: senta-se com apoio, começa a introdução do alimento 
➢ 7 meses: senta-se na posição de tripé 
➢ 9 meses: senta-se sem apoio com o tronco ereto 
 
15 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
➢ 10 meses: engatinha, deambula segurado nos moveis 
➢ 12 meses: levanta-se sozinho, anda com apoio 
➢ 15 meses: anda sozinho, sobe escadas 
➢ 18 meses: corre rigidamente, sobe em cadeiras 
➢ 24 meses: corre bem, sobe e desce escadas um passo de cada vez, escala moveis 
➢ 30 meses: sobe escadas alternando os pés 
➢ 3 anos: anda de triciclo, fica momentaneamente sobre um pé 
➢ 4 anos: pula em um pé só, usa tesoura para recortar 
➢ 5 anos: pula com os dois pés 
CONDUTA ADAPTATIVA / MOTOR FINO 
➢ Neonatal: fixa a face humana, movimentos de olhos de boneca 
➢ 1 mês: segue um objeto em movimento 
➢ 4 meses: vê um brinquedo, mas não se movimenta para pegá-lo 
➢ 7 meses: vê grandes objetos e inclina-se para pegá-lo, transfere objetos de uma mão para outra 
➢ 10 meses: pega objetos com o movimento de pinça 
➢ 15 meses: faz torre de 3 cubos, desenha uma linha 
➢ 18 meses: faz torre de 4 cubos, desenha rabiscos 
➢ 24 meses: faz torre de 7 cubos, desenha rabiscos circulares 
➢ 30 meses: faz torre de 9 cubos, desenha traços horizontais e verticais 
➢ 3 anos: faz torre de 10 cubos, desenha uma cruz e um círculo completo 
➢ 4 anos: desenha uma figura humana com cabeça e 2 a 4 partes do corpo 
➢ 5 anos: desenha um triangulo 
CONDUTA PESSOAL-SOCIAL 
➢ Depende do temperamento da criança e do ambiente 
➢ Neonatal: preferência pela face humana 
➢ 1 mês: esboça um sorriso, movimenta o corpo em reação a voz ou contato 
➢ 2 meses: sorriso social, arrulhos quando escuta uma voz 
➢ 3 meses: escuta música 
➢ 4 meses: ri alto, gargalhadas, mostra descontentamento 
➢ 7 meses: prefere a mãe, medo da separação com a mãe, observa-se ao espelho 
➢ 10 meses: olha quando chamado pelo nome, brinca de esconde-esconde, da tchau 
➢ 12 meses: brinca com bola 
➢ 15 meses: aponta objetos, abraça os pais 
➢ 18 meses: come sozinho, busca ajuda, queixa-se quando tem as fraldas sujas, beijas os pais 
o O diagnóstico diferencial de autismo é feito preferencialmente por volta de 1 ano e meio podendo 
ser confundido com falta de estímulo da criança 
➢ 24 meses: ajuda a despir-se, ouve e presta atenção a histórias 
➢ 3 anos: brinca em paralelo com outras crianças, ajuda a vestir-se, lava as mãos 
➢ 4 anos: brinca com várias crianças, controle esfincteriano 
➢ 5 anos: veste-se e despe-se, pergunta o porquê das coisas 
CONDUTA DE LINGUAGEM 
➢ 2 meses: arrolhos 
➢ 3 meses: vocalização 
➢ 7 meses: falação com vogais → aaaaaaaaa, eeeeeeee 
➢ 10 meses: falação com consoantes → mmmmmm, ddddddddd 
 
16 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
➢ 12 meses: fala até duas palavras → mama, papa, vovó 
➢ 15 meses: atende a comandos simples, nomeia objetos 
➢ 18 meses: fala até 10 palavras, identifica partes do corpo 
➢ 24 meses: forma frases 
➢ 30 meses: refere-se a si mesmo por eu, sabe o nome completo 
➢ 3 anos: sabe a idade, conta até 3 
➢ 4 anos: conta uma pequena história, conta até 4 
➢ 5 anos: conhece 4 cores, conta até 10 
➢ 6, 7 anos: capacidade de raciocínio, contas, alfabetização 
 
 
17 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
Aula 4: Exame Físico do Recém-Nascido 
PRIMEIRO EXAME FÍSICO 
o Inicia na sala de parto 
• Anomalias ou assimetrias → comunicar os pais 
• Mecônio (cor alterada do líquido amniótico) → asfixia intraútero 
• Passagem de sonda: narina e gástrica nº8 ou 10 → atresia de esôfago (é feito exame prévio 
no pré-natal normalmente) ou de coanos (cianótico) → não é exame de rotina 
• Conteúdo gástrico acima de 20-30 ml → obstrução intestinal 
• Peso, comprimento e PC (PT que é 2 a 3 cm menor que PC) 
CONTAGEM DE APGAR 
o Uso: avaliar condições de nascimento 
o Sinais: FC, RESPIRAÇÃO, TONUS, IRRITABILIDADE REFLEXA e COR 
o Contagem: 0 a 2 para cada critério 
o APGAR < 7 no 5º minuto = depressão do SNC 
o APGAR < 4 no 5º minuto = depressão grave 
o Não decide momento de reanimação 
POSIÇÃO RN PÉLVICO 
POSTURA DO RN – INSPEÇÃO 
o A termo: semiflexão dos membros superiores e 
inferiores 
o Prematuro: ausência de semifleão dos membros 
o Nanismo: cabeça desproporcional aos membros 
 
ESCORE DE APGAR 
CLASSIFICAÇÃO DO RN 
o Tempo de gestação: 
• prematuro → IG < 37 semanas 
• a termo → IG de 37 a 42 semanas 
• pós-termo → IG > 42 semanas 
o Idade gestacional: 
 
18 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Capurro → apenas características físicas, não avalia prematuros (menos de 28 
semanas), realizado antes de 24 horas de vida 
• New Ballard Score → características físicas e neurológicas, avalia a partir de 20 
semanas, realizado até 96 horas de vida, mais demorada e necessita de treinamento 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
o Associa IG com PN 
o Usa curva de Lubchenco/Alexander 
o 3 categorias: 
• AIG → adequado para idade gestacional: PN entre p10 e p90 
• PIG → pequeno para idade gestacional: PN < p10 
• GIG → grande para idade gestacional: PN > p90 
ANTROPOMETRIA 
o Peso: 
• Perda de peso fisiológica → 10% nos primeiros dias 
• Recupera até 15 dias de vida 
o Comprimento: 
• Perímetro cefálico (PC) → microcefalia (OMS) 
• Meninos igual/maior que 31,9 cm 
• Meninas igual/maior que 31,5 cm 
• Perímetro torácico (PT) → 2 a 3 cm menor que PC 
PELE 
o COR → cianose, acrocianose, icterícia, palidez, pletórica 
o VÉRNIX CASEOSA→ presente > de 36 semanas 
o TEXTURA → prematuro (fina, lisa) e a termo (grossa, descamativa) 
o DESCAMAÇÃO → em RN a termo e pós termo, sinal de maturidade 
o ERITEMA TÓXICO → reação eosinofílica, placas vermelhas pelo corpo 
o PIGMENTAÇÃO → manchas nas nádegas 
o NEVUS → pigmentados melânicos (hereditário), na coluna pode estar associado à espinha 
bífida oculta 
o MANCHAS → manchas mongólicas, roxas (racial) 
o HEMANGIOMAS → planos ou cavernosos, localizados próximos aos olhos 
FÂNEROS 
o LANUGO → penugem do RN 
o CABELOAS → implantação, textura, distribuição 
o UNHAS → enchimento do leito ungueal 
o HIRSUTISMO → excesso anormal de pelos 
CRÂNIO 
o FORMA → variada pela posição intraútero (vaginal: achatado e cesáreo: arredondado) 
o DIMENSÕES → microcefalia, macrocefalia, hidrocefalia 
 
19 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o SUTURAS → cavalgamentos, disjunção 
o SALIÊNCIAS → bossa serossanguínea (Caput 
succedaneum), céfalohematoma externo, 
mielo/meningocele 
o Fontanelas: 
• Tamanho, e tensão 
• Anterior: 1 a 4 cm 
• Posterior: 0,5 cm 
• Fechamento entre 4 a 26 semanas 
o Acompanhar o aumento do PC 
FÁCIES 
o SINDRÔMICA → micrognatia, orelhas 
o ASSIMETRIA → paralisia do nervo facial, má posição 
o FORMA → filho de mãe diabética 
o MÁSCARA EQUIMÁTICA → apenas na pele (cordão umbilical apertado) 
OLHOS 
o Abertura da fenda palpebral 
o Escleróticas → cor 
o Córnea → brilho, transparência, tamanho (megalocórnea diferente de glaucoma congênito) 
o Leucocoria → ausência de reflexo vermelho (catarata congênita, retinoblastoma) 
o Pálpebras → ptose, epicanto, obliquidade de eixo 
o Pupilas → localização, simetria, reação a luz 
NARIZ 
o Malformações → associadas ao lábio leporino 
o Base → achatada, larga em síndromes 
o Millium facial → hiperplasia da glândula sebácea 
o Batimento de asas do nariz → disfunção respiratória 
BOCA/FARINGE 
o LÁBIOS → leporino 
o PÁLATO → duro, mole – lábio leporino, fenda palatina, pérola de Ebstein, monilíase oral 
o LÍNGUA → macroglossia, glossoptose e rânula 
o GENGIVAS → cistos, dentes extranumerários inferiores 
o PAREDE POSTERIOR DA FARINGE 
o EPIGLOTE 
ORELHAS 
o PAVILHÃO AURICULAR → forma, implantação 
o OTOSCOPIA → permeabilidade do conduto, MT 
REGIÃO CERVICAL 
o PESCOÇO 
o CLAVÍCULA → fratura 
 
20 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o TORCICOLO CONGÊNITO 
TÓRAX 
o INSPEÇÃO 
• Forma → assimetrias, abaulamento, retrações 
• Tipo respiratório → abdominal 
• FR → média 44 mrpm, contar durante 1 minuto (é comum RN ter respiração periódica) 
o AUSCULTA 
• Pulmonar → ausculta simétrica 
• Cardíaca → ritmo, bulhas, sopros, FC (130 bpm) 
• +/- 30 
PULSOS 
o Radial 
o Femoral 
o Pedioso 
o Avaliar amplitude → femoral e pedioso ausentes com radial amplo pensar em ? aorta 
ABDOME 
o INSPEÇÃO 
• Forma → globoso, escavado (hérnia diafragmática), distensão 
• Coto umbilical → 2 artérias e 1 veia 
• Onfalocele congênita 
• Gastroquise 
• Granuloma umbilical 
o PERCUSSÃO 
• Som → timpânico 
• Timpanismo aumentado → pneumoperitônio, obstrução, aerofagia 
• Macicez → massa no abdome 
GENITÁLIA 
o Masculino 
• URETRA → hipospádia e epispádia 
• FIMOSE 
• TESTÍCULOS → retrateis, criptorquida, hidrocele (transiluminação), hérnia inguinal 
o Feminino 
• PEQUENOS E GANDES LÁBIOS → hipertrofiados normalmente 
• CLITORIS → desenvolvido normalmente 
• SECREÇÃO → sangue e secreção nos primeiros dias normalmente devido aos 
hormônios 
• HÍMEM → hidrocolpos 
ANUS E REGIÃO SACROCCÍGEA 
o ANUS → imperfuração ou fístulas 
o REGIÃO SACROCCÍGEA → meningocele, mielomeningocele, seio pilonidal e teratomas 
 
21 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
MUSCULOS E ARTICULAÇÕES 
o RN → hipertônico 
o QUADRIL → testar mobilidade 
• SINAL DE ORTOLANI → rotação 
• SINAL DE BARLOW → lateralização do membro 
o MEMBROS → dedos e artelhos 
 
EXAME NEUROLÓGICO 
o SENSÓRIO → alerta, irritado, letárgico 
o POSIÇÃO E ATITUDE → de acordo com o tipo de parto 
o MOVIMENTOS → sem ritmo, tremores finos são fisiológicos 
o TREMORES GROSSEIROS → investigar 
o TÔNUS → RN normal (hipertônico) e prematuro (hipotônico) 
o REFLEXOS TRANSITÓRIOS 
• Moro → desaparece aos 3 - 4 meses, diminuído ou ausente = lesão no SNC, 
assimétrico = paralisia do braquial ou sífilis 
• Preensão palmar → desaparece entre 4 e 6 meses 
• Preensão plantar → até os 6 meses 
• Fuga a asfixia → RN tenta sair de uma asfixia 
• Sucção → desaparece aos 3 meses em vigília e aos 6 meses no sono 
o REFLEXOS PRÓPRIOS 
• Fossadura → pontos cardeais 
• Marcha reflexa → desaparece no 2º mês 
• Cutâneo plantar → até 1 ano em extensão dos dedos com estímulo na sola do pé 
(Sinal de Babisnki se continuar em extensão após 1 ano = patológico) 
• Reptação ou propulsão → encostar a mão na sola do pé 
 
 
 
 
22 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
Aula 5 – Aleitamento Materno 
ALEITAMENTO EXCLUSIVO MATERNO 
• SOMENTE LM EM SEIO MATERNO / EXTRAÍDO 
• AUSÊNCIA DE OUTRO LÍQUIDO 
• EXCEÇÃO: gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais 
ou medicamentos. 
ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE 
• LM COMO FONTE PREDOMINANTE 
• ÁGUA 
• BEBIDAS À BASE DE ÁGUA 
• SUCOS DE FRUTAS 
• FLUIDOS RITUAIS 
ALEITAMENTO MATERNO COMPLEMENTADO 
• LM + 
• OUTROS ALIMENTOS: 
✓ SÓLIDOS 
✓ SEMI-SÓLIDOS 
ALEITAMENTO MATERNO MSITO OU PARCIAL 
• QUANDO A CRIANÇA RECEBE LEITE MATERNO E OUTROS TIPOS DE LEITE 
DUCTOS DE LEITE 
• A função dos ductos é o transporte, não o armazenamento do leite. 
• Os ductos de leite principais na base do mamilo: são superficiais - bifurcam perto do mamilo - 
facilmente comprimem e fecham. 
TECIDO GLANDULAR 
• O tecido glandular é onde se faz a de produção de leite. 
• O leite da mama é sintetizado por células epiteliais secretoras (lactocytes) e são encontradas 
alinhando os alvéolos. 
• Os alvéolos são agrupados para formar lóbulos. Os lóbulos são então agrupados em lobos. 
• 65 % do tecido glandular está localizado num raio de 30 mm da base do mamilo. 
ANATOMIA DA MAMA 
• O TAMANHO DA MAMA ANTES DA GRAVIDEZ NÃO TEM RELAÇÃO COM A PRODUÇÃO DE LEITE 
• O importante é o tecido glandular 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
• Gestação: estrógeno e progesterona → preparam a mama 
• Produção do leite: Prolactina secretada pela hipófise anterior → presente na circulação 30min 
após a mamada, mais secretada a noite, não passar de 4 horas entre uma mamada e outra 
 
23 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Ejeção do leite: Ocitocina secretada pela hipófise posterior 
PRODUÇÃO DO LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA PRODUÇÃO E DESCIDA DO LEITE 
• Drogas 
• Liberação da ocitocina 
 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
• FATORES PROTETORES P/ INFECÇÃO 
✓ Anticorpo → IgA secretora: sua concentração é maior no colostro e no leite da mãe do 
prematuro 
✓ Células (Leucócitos) – macrófagos (90% - fagócitos p.ex. S aureus, E. Coli, C. albicans), 
polimorfonucleares, linfócitos 
✓ Fator bífido - estimulam formação de lactobacilus e bifidobacterias 
✓ Lactoferrina - bactericida e bacteriostática 
MODIFICAÇÃO NA COMPOSIÇÃO 
• COLOSTRO 
✓ Primeiros 4 dias 
✓ Caroteno → coloração amarelada 
✓ Vitaminas lipossolúveis (E, A, K) + proteínas 
 
24 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ Anticorpos e leucócitos 
✓ Menor quantidade (2- 20ml) 
✓ Ação laxativa → elimina o mecôneo 
✓ Como se fosse a primeira vacina → defesa da mãe para o filho 
• LEITE MADURO 
✓ Composição muda durante a mamada 
✓ 1 ou 2 semanas 
✓ + “AGUADO” 
✓ Leite do início: + lactose, vitaminas, sais minerais, água → mata sede 
✓ Leite do final: + gordura → engorda 
✓ Volume 700-900ml/dia 
✓ Leite materno previne a obesidade 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA AMAMENTAÇÃO 
• Atributos essenciais:✓ Posicionamento adequado 
➢ Escott,1989: qualquer posição que seja confortável para a mãe/bebê, 
possibilite manter o bebê centralizado com a mama, suficiente extração e 
deglutição do leite e, que respire livremente. 
➢ BOA POSIÇÃO = boa pega → reduz a tração do mamilo/aréola → mantém 
mamilo e aréola na boca do bebê 
✓ Pega 
➢ Característica mais frequentemente associada à efetividade da AM 
➢ Escott; Jenks,1991; Jensen,1994: É o posicionamento da boca da criança, 
língua e lábios em relação a mama, mamilo e aréola formando um selo entre 
a boca da criança e a mama proporcionando adequada sucção ao seio. 
✓ Sucção efetiva 
➢ Pré-requisito para uma alimentação oral eficiente 
➢ Colocação da língua sobre a gengiva inferior → Ponta do mamilo na junção do 
palato duro/mole + movimento de ondulação da língua do bebê de sua ponta 
para trás. 
➢ CAUSAS DE SUCÇÃO INCORRETA: 
▪ Mamilo plano ou invertido 
▪ Inexperiência – fracasso anterior 
▪ Má posição – bebê/mãe 
▪ Mama muito cheia ou ingurgitada Uso de chupetas/mamadeiras 
precocemente → prefere o que é oferecido com + frequência 
✓ Extração de leite 
 
 
25 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
FORMATOS DE MAMILO 
• MAMILO PSEUDO INVERTIDO → O mamilo não é saliente e que quando a aréola é comprimida 
não retrai. É protraível e flexível. 
• MAMILO INVERTIDO → O mamilo que não é saliente, a aréola é comprimida e retrai. Não é 
protraível nem flexível. 
MAMILOS INVERTIDOS/PLANOS 
• Dificultam AM mas não impossibilitam 
• Necessitam de mais ajuda e paciência 
• Planos: apenas com a sucção do Bebê 
• Mostrar à mãe manobras que podem ajudar a aumentar o mamilo antes das mamadas, como 
simples estímulo (toque) do mamilo, compressas frias nos mamilos e sucção com bomba 
manual ou seringa de 10 mL ou 20 mL adaptada (cortada para eliminar a saída estreita e com o 
êmbolo inserido na extremidade cortada). 
CUIDADOS COM AS MAMAS 
• Não limpar as mamas antes ou depois de cada mamada 
• Higiene apenas no banho diário 
• Não usar cremes e pomadas pois facilitam o aparecimento de fissuras 
MAMAS DOLOROSAS 
• DOR → queixa mais comum na AM 
• Causas: 
✓ Má técnica (+ comum) 
✓ Ingurgitamento mamário 
✓ Fissura mamária 
✓ Mastite 
✓ Candidíase mamilar 
CONSEQUÊNCIAS DA MÁ TÉCNICA 
• Ingurgitamento mamário (mama empedrada) 
✓ Três mecanismos fisiológicos: 
➢ Aumento da vascularização e congestão – resposta fisiológica à retirada da 
placenta 
➢ Acúmulo de leite materno 
➢ Edema secundário à obstrução da drenagem linfática 
✓ Aumento súbito – doloroso das mamas 
✓ Ocorre 2-10 dias após o parto 
✓ + comum em primíparas 
✓ Febre e mal-estar 
✓ Mamas pesadas, quentes, brilhantes, vermelhas, endurecidas, bilateral 
✓ Leite não “escorre” 
✓ Como evitar/tratar: 
➢ Iniciar precocemente a amamentação 
➢ Maior frequência das mamadas 
➢ Ordenha manual 
 
26 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
➢ Mamas firmes e elevadas 
➢ Repouso 
➢ Analgésicos e anti-inflamatórios (paracetamol – ibuprofeno) 
➢ APOIO 
 
• Fissuras mamárias 
✓ Rachaduras → lesões superficiais (epiderme) 
✓ Fissuras → quando alcançam a derme 
✓ Primeiros dias de lactação 
✓ Causa principal → erro de técnica na sucção 
✓ Prevenção → Corrigir técnica 
✓ Mudar posição das mamadas 
✓ Mamilos secos → não usar cremes/pomadas/sabonetes adstringentes 
✓ Leite ordenhado após as mamadas 
✓ Evitar ingurgitamento 
✓ Interromper as mamadas com técnica correta → com a mão higienizada, colocar o 
dedo entre a boca do bebê e o mamilo, para que ele abra a boca e interrompa a 
sucção. 
✓ Não usar intermediários 
 
• Fissura mamilar por cândida 
✓ Fissura resistente ao tratamento 
✓ Dor prolongada – ardência 
✓ Pele mamilar → vermelha e brilhante ou apenas irritada ou fina com descamação 
✓ Placa esbranquiçada nos mamilos → rara 
✓ Ausência de monilíase oral na criança não afasta a hipótese diagnóstica 
✓ Tratamento tópico da mama e cavidade oral do bebê 
✓ Lavagem das mãos antes e após mamadas, após troca de fraldas 
✓ Evitar absorventes no peito 
 
• Mastite puerperal/Lactacional 
✓ Processo inflamatório agudo – origem infecciosa 
✓ Maior incidência - 2ª e a 3ª semana pós-parto 
✓ Etiopatogenia: ingurgitamento e fissura (porta de entrada) 
✓ Germes: Staphylococcus aureus (95%) - E.coli 
✓ Clínica: Geralmente unilateral, vermelha, quente, dolorida, edemacida 
✓ Compromete o estado geral → febre, calafrios e tremores 
✓ Tratamento: 
➢ Amamentar: iniciar pelo lado não afetado - esvaziamento completo 
➢ Repouso 
➢ Antibióticos (cefalexina, amoxicilina, dicloxacilina) 14 dias 
➢ Analgésicos (ibuprofeno) 
➢ ESVAZIAMENTO COMPLETO DA MAMA 
 
• Abcesso mamário 
✓ Complicação grave da mastite 
✓ Coleção purulenta, encapsulada 
✓ Primeiras 6 semanas (+ comum Staphylococcus aureus) 
✓ Geralmente unilateral 
 
27 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ Diagnóstico clínico: Dor intensa, febre, mal-estar, calafrios, palpação com flutuação no 
local 
✓ Tratamento: drenagem + antibióticos + sintomáticos 
✓ Manter AM na mama sadia e conforme localização na afetada 
✓ Esvaziar para manter produção 
 
• Fenômeno de Raynaund 
✓ Isquemia intermitente causada por vasoespasmo, usualmente ocorre nos dedos das 
mãos e dos pés e pode acometer os mamilos. 
✓ Ocorre em resposta à exposição ao frio, compressão anormal do mamilo na boca da 
criança ou trauma mamilar importante. 
✓ Sintomas: Palidez dos mamilos e dor importante antes, durante ou depois das 
mamadas (+ comum) → mamilo pálido + dor em fisgada e “queimação” pode ser 
confundida com candidíase mamilar 
✓ MANEJO: 
➢ Deve-se buscar identificar e tratar a causa básica 
➢ Melhorar a técnica de amamentação (pega) 
➢ Compressas mornas ajudam a aliviar a dor 
➢ Analgésico e anti-inflamatório (ibuprofeno) 
➢ Evitar uso de drogas vasoconstritoras (cafeína e nicotina) 
 
• Bloqueio de ductos lactíferos 
✓ Leite produzido numa determinada área da mama, não é drenado adequadamente 
✓ Mama não está sendo esvaziada adequadamente → amamentação infrequente 
✓ Criança não está conseguindo remover o leite da mama de maneira eficiente 
✓ Existe pressão local em uma área → sutiã̃ muito apertado 
✓ Uso de cremes nos mamilos, obstruindo os poros de saída do leite 
✓ SINTOMAS: 
➢ Nódulos localizados, sensíveis e dolorosos, acompanhados de dor, 
vermelhidão e calor na área envolvida 
➢ Febre não faz parte do quadro clínico 
➢ Às vezes está associada a um pequeno ponto branco na ponta do mamilo, 
que pode ser muito doloroso durante as mamadas. 
✓ PREVENÇÃO: 
➢ Técnica correta 
➢ mamadas frequentes 
➢ uso de sutiã̃ que não bloqueie a drenagem do leite 
➢ restrição ao uso de cremes nos mamilos 
✓ MANEJO: 
➢ Variar as posições para amamentar, oferecendo primeiramente a mama 
afetada, com o queixo do bebê direcionado para a área afetada, o que facilita 
a retirada do leite do local 
➢ Calor local e massagens suaves na região atingida, na direção do mamilo, 
antes e durante as mamadas 
➢ Ordenha manual ou com bomba de extração caso acriança não esteja 
conseguindo esvaziá-la 
➢ Remoção do ponto esbranquiçado, esfregando-o com uma toalha ou 
utilizando uma agulha esterilizada 
 
 
28 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
Aula 6: alimentação da criança no 1º ano 
de idade 
1. Complementação alimentar 
2. Suplementação alimentar 
ALIMENTAÇÃO: 
• Seio materno → exclusivo até os 6 meses 
• Após 6 meses → alimentos complementares + seio materno até os 2 anos ou mais 
• Alimentos complementares estimulam → mastigação, deglutição, digestão e excreção 
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR: 
• FRUTAS – etapa 1: 
✓ Da estação 
✓ Observar preferencias e recusas 
✓ Sem adição de outros elementos 
✓ Raspadas ou esmagadas 
✓ Uma refeição em horário estabelecido que pode substituir uma mamada 
✓ Observar variações regionais✓ Utilizar polpas da fruta → sucos não substituem as polpas → 120 ml/dia 
✓ Indústrias de alimentos infantis oferecem esse produto 
• CEREAIS: arroz, aveia, milho, trigo, macarrão 
• TUBERCULOS: batata, aipim, mandioquinha 
• LEGUMINOSAS: feijão, lentilha, ervilha, soja 
• LEGUMES: cenoura, moranga, beringela, chuchu 
• VERDURAS: folhas verdes, espinafre, acelga, alface 
• PROTEINA DE ORIGEM ANIMAL: carne triturada (purê), peixe, frango, ovo, vísceras como fígado 
→ fonte de zinco e ferro 
• DIETAS VEGETARIANAS: complementar com vitamina B12, ferro e zinco 
ALIMENTAÇÃO À CRIANÇA NÃO AMAMENTADA AO SEIO MATERNO: 
• Leite integral de vaca ou cabra → inadequados no 1º ano de idade 
• Fórmulas infantis → utilizando proteína do leite de vaca 
✓ NAN Pro, NAN Supreme, Nestogeno 
✓ Aptamil, Milupa 
✓ Enfamil 
✓ Similac 
• Alimentos a base de cereais → não soa fórmulas lácteas 
✓ Mucilon 
✓ Milnutri Cereais 
LEITE DE VACA INTEGRAL: 
• Gorduras inadequadas (principal fonte energética na dieta do lactente) 
✓ Absorção de vitaminas lipossolúveis + mielinização do SNC 
✓ Até 50% da energia do LH → 98% é TG → 9 kcal/g 
• Carboidrato insuficiente (lactose = açúcar do leite 
 
29 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ 40% do aporte calórico do LH x 20% no LV 
• Proteína elevada 
✓ LH (1,3 a 1,6g/100 kcal) - LV (>5g/100 kcal) 
✓ Nível mínimo recomendado (NMR) quando não há leite materno: 1,8 
✓ Relação proteínas do soro/caseína é de 20/80 → inadequada 
• Relação Ca/P (macrominerais) inadequada → sódio em altas taxas 
• Vitaminas → baixos níveis de vitamina D (C e E) 
• Ferro → pouca quantidade x biodisponibilidade muito baixa 
✓ Ferro do LH é 5x mais biodisponível que o LV, devido a lactoferrina 
FÓRMULAS INFANTIS: 
• Redução de gordura saturada e acréscimo de óleos vegetais → ácidos graxos essenciais 
• Carboidratos → lactose pura ou com polímeros de glicose 
• Proteínas → teor mais adequado (2,3g/100 kcal) 
• Relação proteínas do soro/caseína → 60/40 ou 50/50 
• Minerais → teores próximos aos do LH 
• Relação Ca/P adequada 
• Vitaminas e oligoelementos (ferro e zinco) atendem as necessidades habituais da criança 
FÓRMULAS INFANTIS E OUTROS COMPONENTES: 
• Nucleotídeos que são estruturas do DNA e RNA 
✓ Essenciais ao metabolismo celular → biossínteses 
✓ Recuperação rápida da mucosa intestinal lesada 
• Ácidos graxos essenciais (AGE) → fornecidos pela gordura 
✓ Desenvolvimento do encéfalo 
✓ Síntese de fosfolipideos da membrana celular 
✓ Síntese de prostaglandinas e leucotrienos 
• AGE → poli-saturados (ácido linoleico e ácido linolênico) 
✓ ARA – ácido aracdônico → forfolipídeos das membranas celulares 
✓ DHA – acido docosaexaenoico → acuidade visual e desenvolvimento psicomotor 
• Prebióticos 
✓ Carboidratos não digeríveis que estimulam o crescimento e atividade de bactérias que 
alteram a microbiota 
• Probióticos 
✓ Microrganismos vivos que alteram a microbiota do TGI produzindo efeitos benéficos 
✓ Suspensos pela ANVISA desde 2013 
SITUAÇÕES ESPECIAIS: 
• Prematuridade acentuada (RNPMBPN) → peso inferior a 1500g 
• RNPBPN → peso inferior a 2500g 
• RNPEBPN → peso inferior a 1000g 
• Alergia à proteína do leite 
• Intolerância à lactose → primaria (deficiência de lactase) e pós-diarreia (permanece um tempo 
intolerante a lactose) 
• Prematuridade - RNPMBPN: 
✓ De preferência LM acrescido de fortificante do leite humano → FM85 a 5% - 100 ml 
de leite materno + 5g de fortificante 
 
30 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ Pré NAN ou Aptamil Pré → em caso de falta de leite humano 
• História familiar de atopia → asma, rinite alérgica, urticaria, dermatite atópica: 
✓ Fórmulas com proteína parcialmente hidrolisada (hipoalergênico = HA)→ diminuem o 
desencadeamento de dermatite atópica e rinite 
✓ NAN HA, NAN Supreme, Aptamil HÁ 
• APLV - Alergia a proteína do leite de vaca → fórmulas com proteínas extensamente 
hidrolisadas: 
✓ Com manifestação TGI → Alfaré, Pregomin Pepti 
✓ Sem manifestação TGI → Althéra, Aptamil Pepti 
✓ 30 a 40% dos portadores de APLV reagem também à soja → reação cruzada 
✓ Situação em que há mediação celular (alergia mediada por células T) 
✓ Em caso de mediação humoral não ocorre reação cruzada (alergia mediada por IgE) 
✓ APLV - fórmula elementar de aminoácidos → Alfamino e Neocate, quando as 
fórmulas com proteínas extensamente hidrolisadas não são suficientes 
• Intolerância à lactose: 
✓ Primária → deficiência hereditária de lactase 
▪ Fórmulas a base de soja → restrição: ação estrogênica das isoflavonas 
▪ NAN SOY e Aptamil soja 
✓ Secundária → transitória e mais frequente, ocorre pós diarreia 
▪ Fórmulas lácteas sem lactose 
▪ NAN SL e Aptamil SL 
SITUAÇÕES COMUNS E FREQUENTES: 
• Cólicas do lactente ou constipação 
✓ NAN Comfor 
✓ Aptamil Active 
• RGE – refluxo gastroesofágico 
✓ Fórmulas anti regurgitação → NAN AR e Aptamil AR 
• Leite integral adaptado à faixa etária de 1 a 5 anos 
✓ Leite ninho fases 1+ e 3+ 
✓ Neslac e Neslac Comfor 
✓ Milnutri leite em pó 
ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR 
VITAMINAS → maioria não é sintetizada pelo organismo: 
• Vitamina D → pré-hormônio (secosteroide) 
✓ VIT D2 (ergocalciferol) → derivada de plantas e fungos 
✓ VIT D3 (colecalciferol) → sintetizada na pele a partir do 7-DHC por ação dos raios UVB 
✓ Cofator responsável pela mineralização óssea (incorporação de Ca) 
✓ Síntese endógena a partir da exposição à luz solar 
✓ Carência é a principal forma de raquitismo 
✓ Outras ações: modulação de risco → cardiopatias, neoplasias, diabetes tipo 1, asma, 
obesidade 
✓ Necessidade de sol a partir da 1ª semana de vida 
✓ 30 min/semana → 10 minutos 3x usando somente fralda 
✓ 2horas/semana → 40 minutos 3x mãos e cabeça expostas 
✓ Proveniente de fonte alimentar → menos que 10% das necessidades diárias 
 
31 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ Suplemento → 400 UI/dia na da 1ª semana até 1 ano e 600 UI/dia de 1 ano até 2 anos 
de idade (AD Til, DePura Kids, Vitamina D3, DeSol, Apsen, Addera D3 e Protovit) 
✓ 2014 → suplementar todas as crianças independente da idade e do regime alimentar 
FERRO 
• Indispensável à síntese de hemoglobina 
• Carência é a principal causa de anemia 
• Reserva ao nascimento: 
✓ RN a termo, hígido (até 3 a 4 meses) 
✓ Prematuro e PIG (pequeno para idade gestacional – desnutridos no útero) sem reserva 
adequada. 
• Fonte alimentar: 
✓ Forma HEME → boa disponibilidade (carnes e vísceras) 
✓ Forma NÃO-HEME → baixa disponibilidade (leguminosas como feijão e verduras como 
folhas verde escuras) 
• Iniciar suplementação a partir dos 3 meses para todos os nascidos a termo e adequados para 
idade gestacional (AIG), independente do leite consumido 
• Lactente a termo/AIG → de 3 aos 18 meses 1mg/kg/dia 
• PMT> 1500g/PIG → 2 mg/kg/dia de 1 mês ao 1º ano e 1 mg/kg/dia de 1 ano aos 2 anos 
• Índices hematiméticos baixos entre os 3 e 6 meses de idade → é necessário melhorar os índices 
com suplementação de ferro aos 3 meses e clampeamento tardio do coto umbilical → 1 a 3 
minutos pós-nascimento 
 
 
32 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
 
AULA 7: Imunizações 
“Com exceção da água potável, nenhuma outra modalidade, nem mesmo os antibióticos, teve tão 
grande impacto da redução da mortalidade e no crescimento da população” 
Imunização → prevenção de doenças e tratamento terapêutico → induzir imunidade natural ou 
artificial, tanto pelo uso de vacinas ou toxóide (ativa), quanto pelo uso de anticorpos (passiva) 
Vacinação → tipo de imunidade natural ativa → administração de qualquer vacina ou toxóide para a 
prevenção de doenças → vivo: imunização por mais tempo – morto: imunização por menos tempo. 
IMUNIZAÇÃO PASSIVA: 
➢ Proteção contra doenças infecciosas através da circulação de ANTICORPOS feitos em outro 
organismo, ou seja, é transmitida de UM ORGANISMO PARA OUTRO. 
➢ A PROTEÇÃO É TEMPORÁRIA. 
•Mãe – filho (Transmissão de anticorpos transplacentários maternos classe IGG) 
• Leite materno como anticorpo natural até o 6º mês de vida. 
➢ Em uma emergência, um tipo específico de antitoxina, pode ser usado para conferir imunidade 
passiva. 
• Antitoxina botulínica trivalente é usada na presença do botulismo 
• IMUNOGLOBULINA HUMANA – SOROS 
IMUNIZAÇÃO ATIVA 
➢ Melhor exemplo: VACINA - atua estimulando a imunidade específica (linfócitos e anticorpos). 
➢ Proteção produzida pelo SISTEMA IMUNE, pois estimula o próprio organismo a produzir 
anticorpos humorais (do sangue) contra um antígeno. 
➢ A imunidade ativa é MUITO SUPERIOR a passiva, pois a atividade imunológica dura mais (quase 
que permanente) e é rapidamente estimulada até altos níveis pela reexposição ao mesmo 
antígeno ou a antígenos muito semelhantes. 
➢ Produz uma imunidade e memória imunológica semelhante à infecção natural, mas com 
MENOS RISCOS que a riscos da doença. 
FONTES DE IMUNIZAÇÃO PASSIVA 
➢ Praticamente todo produto derivado sanguíneo, variando suas concentrações. 
➢ Anticorpos humanos (homólogos) de pool de doadores (imunoglobulina) – Imunoglobulina 
hiperimune humana. 
➢ Anticorpos monoclonais: 
• Derivados de um único tipo, ou clone, de células produtoras de anticorpos 
• Proteção do lactente jovem contra o vírus sincicial respiratório 
 
➢ Soro hiperimune heterólogo (antitoxinas). 
 
33 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES 
A CRENÇA POPULAR leva muita gente a acreditar que a vacina não pode ser tomada em algumas 
situações, o que é FALSO. As vacinas podem e devem ser tomadas mesmo quando a pessoa (criança, 
adolescente, adulto ou idoso) estiver: 
➢ Com febre* → recomenda não vacinar com febre para não confundir com efeitos adversos 
➢ Desnutrida 
➢ Com doenças comuns, como resfriados ou outras infecções respiratórias com tosse e coriza 
➢ Com diarreia leve ou moderada 
➢ Com doenças de pele 
➢ Recebendo antibióticos 
➢ Com baixo peso ao nascer ou se for prematura (exceto BCG – não aplicar esta vacina em 
crianças com peso inferior a 2 kg) 
➢ Que esteja internada num hospital (exceção POLIO ORAL E ROTAVÍRUS → vírus vivos) 
➢ Que tenha história e/ou diagnóstico clínico PREGRESSO de tuberculose, hepatite B, 
coqueluche, difteria, tétano, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, no que 
diz respeito à aplicação das respectivas vacinas 
➢ Que tenha antecedente familiar de convulsão 
➢ Que faça TRATAMENTO SISTÊMICO COM CORTICOSTEROIDES nas seguintes situações → não 
imunossupressora: 
• curta duração (inferior a duas semanas), independente da dose 
• doses baixas ou moderadas, independentemente do tempo 
• tratamento prolongado, em dias alternados, com corticosteroides de ação curta 
• doses de manutenção fisiológica 
Dose imunossupressora: 2 mg/kg/dia por mais que duas semanas 
➢ Alergia, exceto as de CARÁTER ANAFILÁTICO, relacionada com os componentes das vacinas 
CONTRAINDICAÇÕES VERDADEIRAS 
➢ Doença febril aguda grave 
➢ Doença anafilática a dose prévia 
➢ Imunodepressão (vacina de vírus vivo: PVO, MMR e varicela e Bactérias vivas) 
➢ Uso de corticoide em doses imunossupressoras (2mg/kg/dia mais 14 dias) 
➢ Crianças que desenvolveram encefalopatia até após 7 dias da administração da DPT – difteria, 
tétano e coqueluche 
➢ As vacinas devem ser ADIADAS: 
 
34 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Episódio agudo de doença com evolução febril → acima de 40.5 C por desnaturação 
proteica 
• Até 90 dias após o uso de imunossupressores ou 30 dias para uso de corticoides em 
altas doses 
• Até 3 semanas até 12 meses após transfusão de plasma fresco ou imunoglobulina 
BCG → BACTERIA VIVA 
➢ Intradérmica (ID) - Administrar dose única, o mais precocemente possível, preferencialmente 
nas PRIMEIRAS 12 HORAS após o nascimento, ainda na maternidade. 
➢ Crianças com baixo peso: adiar a vacinação até que atinjam 2Kg. 
➢ Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias 
ainda não vacinadas. 
➢ Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após 6 
meses da administração da vacina, NÃO NECESSITAM MAIS REVACINAÇÃO. 
➢ HANSENÍASE: comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma 
SEGUNDA DOSE PODE SER APLICADA COM INTERVALO MINIMO DE 6 MESES DA PRIMEIRA. 
➢ Recém nascidos filhos de mães que utilizam IMUNOSSUPRESSORES NA GESTAÇÃO, podem 
ADIAR a vacinação. 
➢ INDIVÍDUOS EXPOSTOS AO HIV: 
• Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente 
possível até os 18 meses de idade, SE ASSINTOMÁTICAS E SEM SINAIS DE 
IMUNODEFICIÊNCIA 
• Crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, não 
vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após SOROLOGIA NEGATIVA para 
HIV 
• A partir DOS 5 ANOS DE IDADE, INDIVÍDUOS PORTADORES DE HIV NÃO DEVEM SER 
VACINADOS, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, 
os portadores de HIV que são CONTATOS INTRADOMICILIARES de paciente com 
HANSENÍASE devem ser avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de 
decisão. Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo 
de 200/mm³ não devem ser vacinados. 
➢ Contraindicações: menores de 2 kg e doenças dermatológicas em atividade 
➢ Sem reações sistêmicas 
➢ 6 – 10 semanas: Nódulo (2ª semana) – úlcera (5ª-6ª semana) – cicatriz (8ª-13ª semana) e 8% 
com adenite axilar 
➢ Efeito adversos: 
• úlcera maior de 1 cm 
• não cicatriza em 6 meses 
• adenite supurada 
• abscesso perilinfonodal 
 
35 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
PENTAVALENTE 
Hepatite B: 
➢ Ao nascimento: administrar 1 dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 
horas, PREFERENCIALMENTE NAS PRIMEIRAS 12 HORAS após o nascimento, ainda na 
maternidade → monovalente 
➢ Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento. 
➢ Completar o esquema de vacinação contra hepatite B com a combinada VACINA PENTA (vacina 
adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B 
(conjugada), aos 2, 4 e 6 meses de idade → pentavalente 
➢ Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos 11 meses e 29 
dias: ADMINISTRAR 3 DOSES DA VACINA PENTA (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, 
hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada), com intervalo de 60 dias 
entre as doses. 
➢ Em recém-nascidos de MÃES PORTADORAS DA HEPATITE B, administrar a vacina e a 
imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 HORAS, podendo 
a IMUNOGLOBULINA ser administrada no máximo ATÉ 7 DIAS DE VIDA 
➢ Recomendações: Administrar a imunoglobulina humana anti-hepatite B em grupo MUSCULAR 
DIFERENTE de onde foi administrada a vacina hepatite B, anotando na caderneta de vacinação 
local de aplicação. 
➢ Crianças com peso de nascimento inferior a 2kg ou IG < 33 semanas devem receber, 
OBRIGATORIAMENTE, além da dose ao nascer, mais 3 doses da vacina (total de 4 doses = 0, 2, 
4, 6 meses). 
➢ Em circunstâncias excepcionais, pode ser utilizado um esquema de três doses aos 0, 7 e 21 dias 
(ESQUEMA ACELERADO). Neste caso uma QUARTA DOSE deverá ser administrada, 12 meses 
após a primeira. 
DTP: 
➢ Contra difteria, tétano e coqueluche; 
➢ Células inteiras + toxóide; 
➢ Eficaz (70-100%) na prevenção de formas graves; 
➢ Japão 1981: 1º vacina Pertussis acelular. 
➢ Criança não vacinada para coqueluche, risco de contrair doença 1: 3.000 
➢ Criança vacinada para coqueluche, risco de contrair doença 1: 2.000.000 
➢ Quando possível, aplicar DTPa pelo MENOR RISCO DE REATOGENICIDADE. (SBP) 
➢ Contraindicações: 
• Quadro neurológico em atividade 
• Apresentado as seguintes manifestações após a aplicação: 
 
36 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI✓ Convulsão até 72 hs após a aplicação → Aplicar DTPa 
✓ Síndrome hipotônica hiporresponsiva até 48 hs após a aplicação → Aplicar 
DTPa 
✓ Encefalopatia até 7 dias após a aplicação → Aplicar dT 
✓ Reação anafilática → não aplicar vacina → imunização de rebanho 
➢ dTpa: 
• GESTANTES devem receber uma dose da vacina dTpa a partir da 20ª semana de 
gestação, a CADA GRAVIDEZ 
• Objetivo: transferir anticorpos protetores contra coqueluche para o recém nascido 
• Caso tenham perdido a dose na gestação, poderão fazê-la no puerpério, O MAIS 
PRECOCEMENTE POSSÍVEL 
• 6 meses 
HIB: 
➢ Polissacarídeo capsular conjugado 
➢ Eficácia: 93-100% 
➢ COMPOSIÇÃO: 
• Polissacarídeo capsular do Hib conjugado com a proteína tetânica 
• PENTAVALENTE (DPT+Hib+Hep B ou DPaT+Hib+Hep B) ou isolada 
➢ Uso e eficácia: 
• Doença invasiva pelo Hib 
• Eficácia 93-100% (diminui colonização) 
➢ DPaT + Hib + Hep B – uma QUARTA DOSE DEVE SER ADMINISTRADA AOS 15 MESES. 
POLIOMELITE → ZÉ GOTINHA 
➢ Vírus vivo atenuado (sabin – VOP) e inativada (salk – VIP); 
➢ PVO: barata, fácil administração, imunidade humoral e intestinal, favorece imunização de 
não-vacinados; vírus é excretado por 4 a 6 semanas após a vacinação 
• Administrar o PRIMEIRO REFORÇO aos 15 MESES de idade e o SEGUNDO REFORÇO 
aos 4 anos de idade. O esquema vacinal está indicado para as crianças até 4 anos 11 
meses e 29 dias. 
• REPETIR a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar. 
• Contraindicada em IMUNODEFICIENTES e HOSPITALIZADOS 
➢ PVI: não indução de anticorpos protetores, custo mais elevado, pouca imunidade intestinal. 
• Administrar 3 DOSES, AOS 2, 4 e 6 MESES DE IDADE, com intervalo de 60 dias. Em 
situação epidemiológica de risco, o intervalo mínimo pode ser de 30 dias entre ela 
ROTAVÍRUS 
➢ COMPOSIÇÃO: Monovalente, cepa atenuada – PNI 
 
37 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
➢ Eficácia: 70% diarreia e 85% diarreia grave 
➢ Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. 
➢ Contraindicada em IMUNODEFICIENTES e HOSPITALIZADOS 
➢ Mãe que na gestação utilizaram IMUNOBIOLÓGICOS, a vacina pode ser contraindicada 
DIARREIA AGUDA 
➢ Vacina para Diarreia? Esquema Vacinal - PNI: 
➢ O novo esquema da VORH será: 
• 1ª dose aos 2 meses de idade (podendo ser administrada com 1 mês e 15 dias a 3 
meses e 15 dias) 
• Manter intervalo mínimo de 4 semanas entre a 1ª e a 2ª dose. 
• 2ª dose aos 4 meses de idade (podendo ser administrada aos 3 meses e 15 dias à 7 
meses e 29 dias) 
PNEUMO 10, 13 E 23 
➢ PCV-10 (PNI) 
• Rede pública de saúde 
• 2, 4 MESES COM REFORÇO AOS 12 MESES 
➢ PVC – 13 (Clínicas Privadas) 
• Crianças saudáveis, com esquema completo, podem receber ATÉ OS 5 ANOS DE IDADE 
com o intuito de aumentar a proteção para os sorotipos adicionais 
➢ Indicações: 
• PCV-23: (CRIE) 
• Duas doses com intervalo de dois meses entre elas, a partir dos 2 ANOS. 
✓ Doenças crônicas (cardíaca, pulmonar, hepática, DM, alcoolismo) 
✓ Asplenia 
✓ Imunossupressão (IRC, TX, HIV, Qt) 
➢ Dose: 
• PCV-13 (0,5ml IM) 
✓ 2 e 4 meses: 2 doses + reforço 
✓ Reforço: preferencialmente 12 meses 
• PCV-23 (0,5ml IM) 
✓ 2 doses (5/5 anos) 
➢ Reações adversas → dor local, edema, eritema, febre 
➢ Contraindicação: 
• PCV-13: alergia ao látex 
 
38 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
MENINGO C 
➢ Dose: 
• 0,5ml IM 2 doses (3-5 meses) + reforço (PNI): 
• Reforço: preferencialmente 12 meses 
• > 1 – 5 anos: dose única (muito velha – 2016) 
✓ Meninos e meninas até 12 e 13 anos (2017 – velha!) 
✓ Adolescentes entre 11 anos a 14 anos 11 meses e 29 dias! 
➢ Reações adversas: 
• Dor no local e eritema, febre leve 
➢ Contraindicação: 
• Reação prévia 
SRC + VARICELA 
➢ Caxumba, sarampo e rubéola; 
➢ Eficácia: 99%; 
➢ VACINA CONTRA SARAMPO FOI ELIMINADA AOS NOVE MESES devido a interrupção da 
circulação deste vírus no país e adicionada aos 12 meses para compor a tríplice viral 
➢ SRC 
• Dose: 
✓ 0,5 ml IM 
✓ 1 dose 12 meses + REFORÇO 15 meses (PNI e SBP) 
✓ segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade. 
✓ INTERVALO MÍNIMO DE 3 MESES ENTRE AS DOSES 
 
• Reações adversas (3 a 12 dias da aplicação): 
✓ Febre, rash transitório, encefalite, encefalopatia, panencefalite esclerosante subaguda, 
linfadenopatia transitória, artrites, artralgias, trombocitopenia, neurite periférica, 
surdez, parotidite, orquite e convulsões febris 
✓ Reações alérgicas ao ovo e neomicina 
• Contraindicação: 
✓ Todas para vírus vivo 
✓ Anafilaxia com neomicina 
✓ Alergia ao ovo: precaução 
 
➢ VARICELA 
• COMPOSIÇÃO: 
 
39 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
✓ Vírus vivo atenuado 
✓ 2 doses: 15 meses + reforço 4-6 anos (PNI) 
✓ 2 doses: 12 meses + reforço 15 meses (SBP) 
✓ REFORÇO entre 4 e 6 Anos 11 meses e 29 dias (2018) 
✓ Previne a varicela 
▪ 1 dose: 85-90% 
▪ 100% das formas graves 
▪ Acima de 12 anos: 78% com 1ª dose, 99% após a 2ª dose 
• Indicações: 
✓ Acima de 1 ano 
✓ Exposição pós varicela: até 5 dias, PREFERENCIALMENTE 72 HORAS 
 
• VZIG 
✓ Pós exposição: 96 horas (4 dias) 
▪ Imunodeprimidos 
▪ Gestantes 
▪ RN de gestante com varicela (5 dias antes ou 2 após) 
▪ Prematuros (mãe com varicela? IG ><28 semanas) 
HEPATITE A 
➢ Dose: 
• 0,5ml -1ml: 1 dose (15 meses – pode ser feita até 5 anos no SUS - PNI) 
➢ Reações adversas: 
• Dor local, cefaléia, febre, fadiga 
➢ Contraindicação: 
• Todas para vírus vivos 
INFLUENZA → VÍRUS MORTO 
➢ Indicada nos meses que antecedem o período de maior prevalência da gripe. 
➢ Recomendado dos 6 MESES AOS 5 ANOS E 11 MESES DE IDADE, e após para grupos de maior 
risco. 
➢ Dose: 
• < 9 anos: 2 doses no primeiro ano (depois 1 dose anual) 
• > 9 anos: 1 dose anual 
➢ Reações adversas: 
• Febre, mialgia, cefaléia, cansaço em 48 horas 
➢ Contraindicação: 
 
40 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Proteína do ovo e neomicina 
• História de Guillan-Barré 
➢ Grupos de risco: 
• DM 
• Portadores de doenças crônicas 
• Idosos 
• “Baseado em publicações que relatam que crianças menores de 2 anos têm risco igual 
ou maior quando comparado a idosos e portadores de doenças crônicas.” 
HPV 
➢ Administrar 2 doses da vacina HPV com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda dose 
(0 e 6). 
➢ Não administrar a vacina: 
• meninas grávidas 
• reação grave à dose anterior ou a algum componente da vacina. 
➢ Meninas entre 9 e 14 anos 
➢ Meninos de 11 e 14 anos / Meninos e homens com HIV de 9 a 26 anos → PRESCRIÇÃO MÉDICA 
NECESSÁRIA 
➢ Pessoas que CONVIVEM com HIV deverão receber TRÊS DOSES: a segunda dois meses após a 
primeira, e a terceira seis meses após a primeira. 
➢ Crianças que fizeram a dose ANTES DOS DOIS ANOS, DESEJÁVEL, dose adicional aos 4 anos de 
idade. 
FEBRE AMARELA → VÍRUS VIVO 
➢ A Febre Amarela urbana está erradicada desde 1942; 
➢ A Febre Amarela silvestre é endêmica em certas regiões do país, como o Norte e o Centro-
Oeste. 
➢ Epidemia no Centro do País 
➢ Vacina: VÍRUS VIVO, atenuado, cepa 17 D, cultivados em ovos embrionados de galinha 
• Via: SC 
➢ Indicações: 
• nas populações de área endêmica, a partir de 6 meses de idade, principalmente na 
área rural 
• Administrar 1 dose a partir dos 9 meses de idade 
• NÃO NECESSITA MAIS DOSE DE REFORÇO 
 
41 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos 
10 dias anteriores à data da viagem na primovacinação) 
• Em menores de 2 anos de idade primovacinados NÃO ADMINISTRAR a vacina febre 
amarela SIMULTANEAMENTE com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) 
e/ou tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e/ ou varicela 
• Estabelecer o intervalo mínimo de 30 dias, salvo em situações especiais, que 
impossibilitem manter o intervalo indicado 
• Mulheres que estão amamentando bebês MENORES DE 6 MESES (LACTENTES 
MENORESDE 6 MESES) de idade e para as quais a vacinação não pode ser postergada, 
o aleitamento deve ser INTERROMPIDO POR 28 DIAS (NO MÍNIMO 10 DIAS), período 
em que há risco de TRANSMITIR o vírus vacinal pelo leite e contaminar o lactente 
• A paciente pode fazer a ordenha do leite antes do aplicar a vacina, mantendo 
congelado por 28 dias 
• Se imunizados entre 9 meses e 2 anos é desejável que refaça aos 4 anos 
DENGUE 
➢ Esquema de 3 doses (0,6 e 12 meses) 
• A partir dos 9 anos de idade até os 45 anos de idade 
➢ Contraindicada para: 
• Gestantes 
• Mulheres que amamentam 
• Portadores de imunodeficiências 
 
 
 
 
 
 
 
42 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
ANAMNESE 
o Dados da gestação 
o Pré-natal, sorologias 
o Nascimento: peso, asfixia, mecônio, UTI, intubação 
o História alimentar 
o Estado nutricional 
o Tosse x alimentação 
o Duração das manifestações 
• Aguda: até 3 semanas 
• Subaguda: 3 semanas a 3 meses 
• Crônica: >3 meses 
• Recorrente: períodos com e sem manifestação 
• Pré-escolar 6-8 doenças respiratórias/ano 
o Quando? Como iniciou? → Início súbito? Incidioso? 
o Onde? 
o Quais as consequências? 
o Episódios anteriores? 
o Familiares com sintomas semelhantes? 
o História familiar (2 gerações de mãe e pai) 
o Vômito? Cianose? 
o Diurno? Noturno? 
o Medicação? (nome / frequência / resposta…) 
HISTÓRIA CLÍNICA 
o História da doença: familiar/paciente em até 2 gerações para trás 
• Tosse 
➢ “chiado no peito” – cansaço - “boca roxa” 
➢ “falta de ar” – coriza/rinorréia – obstrução nasal 
➢ “para de respirar” – rouquidão – espirros 
• Febre 
IDADE DE INÍCIO DAS MANIFESTAÇÕES 
o 1° mês de idade: 
• anomalia congênita 
• doença aguda neonatal 
o Após período neonatal: 
• doença adquirida (aguda ou 
crônica) 
 
 
 
 
 
43 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
PERÍODO NEONATAL 
o Laringotraqueomalácia: ESTRIDOR 
o Prematuridade/doenças grave: APNEIA 
o Pneumonia: TOSSE, TAQUIPNÉIA, CIANOSE 
o Doenças próprias do RN (manifestação precoce) - GEMIDO EXPIRATÓRIOS: 
• doença da membrana hialina (PMT) 
• taquipnéia transitória do RN 
• síndrome da aspiração de mecônio 
o Doenças cardíacas congênitas 
FATORES AMBIENTAIS/ALERGENOS - ATÓPICOS 
o Alterações climáticas 
o Aglomeração - frio/calor – umidade 
o Tabagismo 
o Fumaça industrial/ substâncias voláteis 
o Poeira doméstica (tapetes – cortinas): Dermatophagoides sp 
o Mofo - manuseio de livros 
o Pelos e penas de animais 
o Plantas, flores 
o Arcondicionado 
OUTROS APARELHOS - SINAIS E SINTOMAS EXTRAPULMONARES 
o Manifestações cutâneas 
o Digestivas: RGE, diarreia e fezes gordurosas 
o Edema e hepatomegalia: cor pulmonale 
TRATAMENTOS 
o Medicação? (nome/frequência/resposta) 
o Exames realizados 
o Imunizações 
TOSSE 
o Mecanismo de defesa – reflexo 
o Origem: 
• VAS (amigdalite, corpo estranho, adenoidite, resfriado, rinites) 
• laríngea (acompanhada de estridor e rouquidão) 
• brônquica, broncopulmonares e pleurais 
• compressão por adenopatia, massa, tumor 
o Seca ou produtiva 
o Predomínio de ocorrência (diurna/noturna) 
o Tosse típica: e.g. “paroxística” ou “coqueluchoide” 
• característica da coqueluche → até o 3º mês, antes da vacinação completa 
normailmente 
• episódios prolongados terminados em guincho inspiratório 
• emetizante em diversos episódios 
 
 
44 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
EXAME FÍSICO 
o Região anterior e laterais: 
paciente em decúbito dorsal 
o Posterior: paciente sentada 
o Comparar os dois hemitórax 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO: INSPEÇÃO 
o FORMA DO TÓRAX: 
• Normal: 
➢ redonda em RN 
➢ elíptica em lactentes 
➢ conformação da idade adulta - após os 7 anos 
• Atípica / anormal: 
➢ tórax em “quilha” ou “peito de pombo” (pectus carinatum) → A deformidade 
de crescimento progressivo, e pode ou não ser acompanhada de sintomas 
cardio-respiratórios. São relatadas palpitações, dispnéia e sibilos, que se 
acentuam com o exercício e desaparecem com a cirurgia, na ausência de 
doença associada. 
➢ tórax ”de sapateiro” (pectus excavatum) 
➢ tórax “em sino” (casos mais avançados de raquitismo) 
➢ tórax “em barril” (doença pulmonar restritiva crônica grave) 
 
 
 
 
 
o ASSIMETRIAS: 
• Tórax assimétrico 
➢ lactentes prematuros 
• Rosário raquítico 
➢ típico do raquitismo (espessamento da junção ósteo-cartilaginosa) 
• Abaulamento 
➢ derrame pleural volumoso (líquido espaço pleural) 
➢ pneumotórax hipertensivo (ar em espaço pleural) 
• Retração 
➢ atelectasia unilateral (colabamento parcial ou total) 
 
 
45 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o PADRÃO RESPIRATÓRIO: 
• Lactente: predomina a respiração abdominal 
• 3° ano: inicia respiração também torácica 
• Até 7 anos: padrão misto (tóraco-abdominal) 
• > 7° ano: tipo respiratório torácico do adulto 
• Respiração periódica: + em PMT, com pausa 5-10 seg, geralmente até 2 meses (pode 
até os 6 m). Pausas respiratórias de até 20 seg (sem cianose ou bradicardia) sem 
significado clínico em RN. 
• Apneia: > 20 seg e/ou é acompanhado de bradicardia ou cianose, + PMT, patologia 
 
o FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR) 
• N° de incursões respiratórias em 1 minuto (irpm) 
• MODO MAIS PRÁTICO DE AVALIAR FUNÇÃO 
• Amenta na vigência de hipertermia 
• RN: 45-55 irpm 
• Lactente: 25-35 irpm 
• Pré-escolar: 20-25 irpm 
• Escolar: 18-20 irpm 
• Alterações: 
➢ Taquipnéia ou polipnéia:  da FR 
• RN: > 60 irpm 
• Lactente: > 50 irpm 
• Crianças maiores de 1 ano: > 40 irpm 
➢ Hiperpnéia: aumento da amplitude respiratória 
➢ Bradipnéia:  da FR 
 
o ESFORÇO RESPIRATÓRIO: 
• Principal músculo envolvido na respiração: diafragma, intercostais externos, 
intercostais internos, toracoespinhais (escalenos, esternocleidomastóideo), grande 
peitoral 
• Pode haver queixa de dor de barriga em crianças 
Tiragem (=retrações) 
• Utilização de musculatura assessória para respirar 
• Retrações inspiratórias do tórax 
➢ Intercostal 
➢ Subcostal 
➢ Supra esternal ou furcular 
➢ Supra clavicular 
• BAN, gemido exp 
• Dispneia: dificuldade com os movimentos respiratórios 
➢ inspiratória: fenômeno obstrutivo (estridor, retrações) 
➢ expiratória: obstrução à saída de ar (broncoespasmo) 
➢ tipo mista: mais frequente → asma 
 
o RITMO RESPIRATÓRIO: 
• Ritmo de Kussmaul: movimentos lentos e profundos → acidose metabólica grave ou 
sepse 
 
46 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
• Ritmo de Cheyne-Stokes: apneia alternando com hiperpneia → hipertensão 
intracraniana e ICC 
• Biot: ciclos respiratórios irregulares, com 
amplitudes diferentes, interrompido por apneia 
→ dano cerebral grave 
 
o REGIÕES EXTRATORÁCICAS: 
• Permeabilidade das narinas 
• Avaliar o palato 
• Pavilhões auriculares 
• Pele: atopia, xerodermia 
• Extremidades: baqueteamento digital e/ou 
cianose 
 
PALPAÇÃO 
o Avaliar: edema, deformidades, linfonodos, posição da traqueia: 
➢ Atelectasia (para o lado da lesão) 
➢ derrames pleurais volumosos (para o lado contrário) 
o Iniciar segmento cefálico (cabeça, pescoço), 
lateral do tórax com ambas as palmas, 
avalia amplitude 
o Detectar creptações (fraturas) 
 
o FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV): 
• avalia a sensação vibratória da voz, 
na parede torácica, com a palma 
da mão estendida sobre regiões do 
tórax do paciente sentado falando 
”trinta e três”. 
• Meio + homogêneo facilita propagação do FTV 
• Meio + heterogêneo, dificulta. 
• Exemplos: 
➢ FTV aumentado: consolidações alveolares (pneumonia) 
➢ FTV diminuído (enfisema pulmonar) ou abolido (derrame pleural extenso) 
PERCUSSÃO 
o Toques rápidos e fortes 
o Som se relaciona com a 
textura da área abaixo 
percutida 
o Percutir de leve: faces 
anterior, posterior e 
laterais 
o Normal: som claro 
timpânico pulmonar 
 
 
47 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o Se acúmulo de líquido, secreção ou atelectasiano parênquima/pleural → diminuição da 
sonoridade 
o Submacicez ou macicez: depende da dimensão e intensidade do processo (consolidação do 
parênquima, derrame pleural) 
o Hipersonoridade / timpanismo acentuado: asma, enfisema pulmonar; escapes de ar 
p/mediastino ou espaço pleural 
AUSCULTA → NO COLO DA MÃE 
o Murmúrio vesicular: entrada (inspiração) e saída (expiração) de ar nos alvéolos pulmonares à 
respiração 
 
o MV  / ausente: hipoventilação 
• Secreção ou líquido alveolar ou pleural: pneumonia lobar, atelectasia 
• Dissecção aérea: pneumatocele, pneumotórax 
 
o MV acentuado (expiração forçada): bronquite/asma 
 
o RUÍDOS ADVENTÍCIOS - Alterações do murmúrio vesicular normal: 
• Atrito pleural: “ranger de couro” 
• Estridor: 
➢ ruído eminentemente inspiratório musical 
➢ obstrução alta (cordas vocais, laringe) 
• Ronco de transmissão (+ frequente em crianças): 
➢ à inspiração 
➢ ausculta altera após choro ou tosse 
➢ secreção em VAS (coriza) 
• Estertor crepitante: 
➢ Ouve mais no final da inspiração 
➢ ruído de papel seco quando amassado com as mãos 
➢ constante/”fixo” 
➢ pneumonia lobar 
➢ edema pulmonar: ICC 
• Gemidos: 
➢ ruídos determinados por expiração forçada através da glote semiocluída 
➢ Organismo tenta manter os alvéolos distendidos na expiração e melhorar as 
trocas gasosas 
➢ Insuficiência respiratória, pneumonia → grave 
• Sopro tubário: 
➢ quando se ouve a passagem de ar pela glote através da parede torácica. 
➢ Ocorre em pneumonia lobar 
• Sibilos: ruídos musicais agudos, ocorrem por constrição ou edema a nível de 
bronquíolos, podem ocorrer: 
➢ Inspiração/expiração → obstrução à saída de ar (broncoespasmo) 
➢ Localizado → corpo estranho ou embolia pulmonar 
➢ Bilateral → asma 
COMPLEMENTANDO A SEMIOLOGIA 
o Radiologia 
 
48 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o Oximetria de pulso (abaixo de 94% - indicação de O2) 
o Análise dos parâmetros gasométricos 
o Avaliação do dreno de tórax 
o Tomografia 
o Ecografia 
 
49 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
CRESCIMENTO 
❖ É o um aumento no tamanho do corpo como um todo ou aumento do tamanho de partes 
específicas do corpo. 
❖ Aumento do número de células (hiperplasia); 
❖ Aumento no tamanho das células (hipertrofia); 
❖ Aumento nas substâncias intracelulares. 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
❖ Crescimento: desenvolvimento físico – pode ser considerado um dos indicadores de saúde mais 
importantes da criança. 
❖ Desenvolvimento: capacidade de realizar tarefas mais complexas 
❖ PEDIATRIA: ESTUDA O SER HUMANO EM CRESCIMENTO 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O CRESCIMENTO NA INFÂNCIA 
FATORES INTRINSECOS + FATORES EXTRINSECOS = Provocam variações de um indivíduo para outro e 
que tornam único o curso do crescimento de cada criança 
❖ INTRÍNSECOS: 
o Sistema neuroendócrino (hipotálamo hipófise) 
o Sexo 
o Herança genética 
 
❖ EXTRÍNSECOS: 
o DIETA: calorias, proteínas, glicídios, lipídeos, vitaminas, sais, água 
o AMBIENTE: sócio- econômicas, doenças, pré-natal, influência sobre sistema límbico e 
hipotálamo 
o ATIVIDADE FÍSICA: prática esportiva promove avanço na idade óssea em relação a 
cronológica 
MENSURAÇÕES COMUMENTE USADAS EM ESTUDOS DE CRESCIMENTO. 
❖ Peso 
❖ Estatura 
❖ Diâmetros esqueléticos 
❖ Perímetros de membros 
❖ Espessura de dobras cutâneas 
❖ Circunferência da Cabeça 
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO 
➢ Aceita-se que o crescimento é condicionado pela herança genética, mas é fortemente 
influenciado pelo ambiente, principalmente no que se refere a doenças e desnutrição. 
➢ A OMS e MS, preconizam o acompanhamento do crescimento como atividade de rotina na 
atenção à criança. 
➢ MONITORIZAÇÃO: 
o Medidas sequênciais 
 
50 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o Acompanhar no gráfico 
o Avaliar peso/idade, altura /idade e peso/altura 
CRESCIMENTO 
❖ Índice peso/ idade: 
o Índice que mais tem sido utilizado 
o Grande sensibilidade do peso às variações 
o Mais sensível para monitorizar < 1 ano 
 
❖ Índice altura / idade e peso/ altura: 
o Índice altura/idade expressa processo linear de crescimento e seu déficit indica 
processo de longa duração 
o A partir dos 6 meses a altura é melhor parâmetro de avaliação crescimento 
o Índice peso/altura refere-se a harmonia do crescimento, das dimensões corporais, 
relacionado a fome ou doença grave. 
❖ Padrões típicos de crescimento físico: 
o Crescimento acelerado SNC nos primeiros 3-4 anos de vida 
o Peso e altura: parâmetros mais importantes. O peso é o mais sensível e a altura mais 
específica. 
❖ Peso 
o Após o nascimento: diminui cerca de 5-10% (eliminação de urina, mecônio e jejum) 
o Peso do nascimento: por volta do 10º-14º dia de vida 
o Dobra o peso do nascimento até o 4-5º mês 
o Triplica o peso por volta dos 12 meses de vida 
o Após os 2 anos de vida: ganho de 2kg/ano até os 8 anos 
o 1 ano: 10 kg - 3 anos: 15 kg – 5 anos: 20 kg 
✓ 700g/ mês 3 primeiros meses 
✓ 600g/ mês 4-6 mês 
✓ 500g/ mês 7-9 mês 
✓ 400g/ mês 10-12 mês 
❖ Peso ao nascer: 
o Excelente indicador de saúde materna e neonatal 
o OMS considera peso ao nascer mais importante determinante isolado das chances de 
sobrevivência da criança 
o Baixo peso: peso ao nascer < 2500g 
o Pequeno para a idade gestacional: (PIG) chance menor de sobrevida que 
crianças pré-termos 
❖ Fórmula do peso de acordo com a idade: 
o de 1 a 6 anos: peso (kg)= (idade anos x 2) + 8 
o de 7 a 12 anos: peso (kg)= (idade anos x 7) – 5 / 2 
o Dos 3 aos 11 anos: altura (cm) = (idade – 3) x6 + 95 ou idade (anos) x 6 + 77 
❖ Altura 
o Rn mede em torno de 50 cm 
o Primeiros 6 meses: cresce 15 cm 
o Segundo semestre: cresce 10 cm 
✓ Primeiro trimestre: 8cm 
✓ Segundo trimestre: 7 cm 
✓ Terceiro trimestre: 6 cm 
✓ Quarto trimestre: 5 cm 
DESNUTRIÇÃO 
INTRA-ÚTERO 
 
51 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
o Final do primeiro ano: cresce metade do nascimento 
o 4 anos: 1 metro 
o Entre 2 – 5 anos: 7 cm/ano 
o Entre 6 – 12 anos: 4- 6 cm/ano 
❖ Perímetro cefálico: 
o Ao nascimento 34-35 cm 
o 0 a 3 meses: 2cm/mês 
o 4 a 6 meses: 1cm/mês 
o 7 a 12 meses: 0,5cm/mês 
o 1 a 3 anos: 0,25cm/mês 
o 4 a 6 anos: 1 cm/ano 
o Deve ser medido da protuberância occipital até a glabela. É um índice confiável para 
medida do cérebro 
o Fontanela anterior: fecha entre 9 -18 meses 
o Fontanela posterior: fecha totalmente após 2 meses 
❖ Auxogramas: 
o São curvas de crescimento que fornecem uma definição estatística da normalidade 
o Padrão: NCHS (National Center of Healf Statistics) 
o Trabalha com conceitos de percentis 
o Percentil 75% peso: peso superior a 75% das crianças do mesmo sexo e idade 
o NCHS: população de Ohio → Mais magras e mais altas 
o De acordo com a Inclinação da curva: 
✓ Se acompanha o desenho, a criança está indo bem 
✓ Se está paralela ao eixo x, a criança está em risco 
✓ Se está descendente, a criança está em franco processo de desnutrição 
❖ Alvo parental (canal familiar): 
o Este conceito é muito relevante, pois relaciona a altura da criança à altura dos pais. 
o Procedimentos: 
✓ Deve-se medir a altura do pai e da mãe 
✓ Se o avaliado for menino - acrescenta-se 13 cm na média da altura da mãe e 
do pai 
✓ Se for menina - subtrai-se 13 cm 
o Alvo genético do crescimento: 
✓ Meninos: (altura da mãe + altura do pai + 13) / 2 mais ou menos 5 cm 
✓ Meninas: (altura da mãe + altura do pai – 13) / 2 mais ou menos 5 cm 
 
 
 
52 4º SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 
AULA 10: ADOLESCÊNCIA 
• Período de rápidas modificações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. 
• Passagem da infância para a vida adulta 
OMS: 
❖ Adolescência: 10 aos 19 anos 
❖ Juventude: 15 aos 24 anos 
o adolescentes jovens: 15 a 19 anos 
o adultos jovens: 20 a 24 anos; 
❖ Estatuto da Criança e Adolescente 
o lei n° 8069 13/07/90 
o período entre 12 e 18 anos 
❖ Sociedade Brasileira

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