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semiologia pediátrica

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Pediatria - Aula 4 
Casos clínicos que teve hoje, sobre a aula da
semana passada- exame físico específico
- primeiro : Realizar exame físico específico
do tórax
e fazer a avaliação dos sinais vitais 
- Segundo: Realizar exame físico específico da
genitalia tanto feminina quanto masculina 
 - e depois falar aos pais o que fez na criança
- terceiro - realizar o exame físico
cardiovascular ( B1 é mais audível nessa
idade , analizar sesopro, ritmo , FC ) 
- avaliação inicial 
Antropometria - Crescimento - curva de crecimento 
aumento físico , aumento da massa corporal 
macroscopicamente , hiperplasia e hipertrofia
celulares → quantitativo → avaliação de peso e
altura da criança ao longo do tempo → considerado
um dos indicadores de saúde mais importantes da
criança;
Desenvolvimento - → ganho de funções →
habilidades neuropsicomotoras adquiridas nos
primeiros anos de vida + funções reprodutivas
adquiridas durante a puberdade → um parâmetro
avaliado qualitativamente. 
 
Antropometria 
AVALIAÇÃO:
acompanha o peso, a estatura/altura, as
medidas do segmento inferior (sínfise púbica
até o chão), segmento superior (estatura
menos o segmento inferior), a envergadura(
de uma mão a outra) e o perímetro cefálico
para estimar a adequação do crescimento. 
usa-se o estadiômetro - a apartir dos dois
anos
Antopómetro - até 2 anos 
Indicie de massa corporal- IMC
peso / altura 
LEMBRA - A CABEÇA É MAIOR QUE O
PERÍMETRO TORÁCICO
PERÍMETRO CEFÁLICO
Representa o crescimento do cérebro, Nos
primeiros meses de vida é muito útil para
identificação de desvios do desenvolvimento
neurológico;
 ✔ Usar fita métrica de boa qualidade, não
distensível, passando-a sobre a glabela e a
protuberância occipital. 
✔ É uma medida confiável do crescimento
do cérebro, sendo um índice que menos
varia para diferentes grupos etários;
 ✔ Nos primeiros meses de vida é mais fácil
identificarmos uma anomalia cerebral pelo
perímetro cefálico do que pelas provas de
desenvolvimento; 
✔ O recém-nascido é maior do que o
perímetro torácico. 
AUXOGRMAS - GRÁFICOS DA CURVA DE CRESCIMENTO 
São os GRÁFICOS de crescimento pondero estatural padronizados que nos
fornecem uma definição 
estatística da normalidade, comparando crianças do mesmo sexo e idade. 
✔ O crescimento infantil é um excelente parâmetro para se avaliar o
desenvolvimento socioeconômico 
de uma região, pois a infância é um período de singular susceptibilidade às
variações ambientais da 
sociedade.
 ✔As curvas de referência, ou referencial adotado para comparação na
avaliação do crescimento, não devem ser usadas como se fossem padrões.
✔A curva ou padrão de referência deve refletir a variabilidade do
crescimento que é esperada quando as condições ambientais são ótimas
DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO
Desenvolvimento do SN → na 3ª semana →
aparecimento da placa neural → um
espessamento do ectoderma que
progressivamente → tubo neural →
Sistema Nervoso Central. 
Ao final da 5ª semana a divisão básica do
SNC está completa: 
○ prosencéfalo (hemisférios cerebrais e
diencéfalo - tálamo e hipotálamo);
 ○ mesencéfalo (pedúnculos cerebrais); 
○ rombencéfalo (cerebelo, ponte e bulbo);
 ● A mielinização começa no meio da
gestação e se completa ao final do 2º ano
de vida;
 ● Existem dois picos de DNA, pré e pós-
natal: 
○ O primeiro em torno da 20ª semana
corresponde à proliferação de neurônios;
 ○ O segundo em torno do terceiro mês de
vida extrauterina corresponde à
proliferação da glia. 
PLASTICIDADE NEURAL
Capacidade de modulação das sinapses de acordo com o estímulo externo
APRENDIZADO E MEMORIZAÇÃO
A experiência externa (ambiente) é capaz de influenciar as propriedades físicas do
cérebro (genética). 
✔ 03 anos → 100 bilhões de neurônios e cada um → 15.000 sinapses → permanece
mais ou menos constante até os 10 anos → processo de reorganização e
remodelamento dos circuitos sinápticos → reforço das redes mais utilizadas +
enfraquecimento e “poda” das sinapses menos utilizadas; 
Desenvolvimento Neuropsicomotor
✔ Conjunto de todas as reações da criança → comportamento → 
funções e habilidades cada vez mais específicas → reações reflexas 
e estereotipadas → vão se tornando voluntárias e aprendidas;
✔ Bases fisiológicas → mielinização, formação e remodelamento 
sinápticos → vias motoras, sensitivas, sensoriais, de linguagem, 
raciocínio e memória dos sistemas nervoso central e periférico. 
REFLEXOS PRIMITIVOS
 ✔ São chamadas “primitivos” porque não são
voluntários ou aprendidos, e estão sob controle de
centros subcorticais, tronco encefálico e medula; 
✔ São respostas motoras estereotipadas
deflagradas por estímulo externo do examinador, e
representam as primeiras reações do neonato ao
meio; 
✔ Caráter transitório; 
✔ O desaparecimento do reflexo primitivo permite
o surgimento de uma conduta motora voluntária,
aprendida e sob controle cortical.
Reflexo de Moro 
- (Reflexo do “Abraço”) ✔ Posição supina eleva-se o
bebê pelo tronco acima do plano da mesa e
repentinamente o solta, apoiando-o em seguida
para que não caia → abdução seguida da adução e
flexão das extremidades superiores, flexão do
pescoço e choro; ✔ Aos 03 meses ele desaparece
em sua forma “típica” ou completa; ✔ Aos seis
meses desaparece definitivamente; 
Reflexo de Landau 
✔ Com uma das mãos suspendemos o lactente pela
superfície ventral. Com a outra mão flexionamos a
cabeça rapidamente e todo o corpo entra em
flexão; ✔ Surge aos 03 meses e desaparece ao final
do 2º ano;
Reflexo Tônico Cervical Assimétrico - (Magnus de Kleijn) 
✔ O bebê na posição supina sofre uma rotação da cabeça para um lado por 15
segundos → resposta esperada é a extensão das extremidades do lado do queixo e
flexão das extremidades do lado occipital; ✔ Aos 03-04 meses desaparece.
Reflexo de Preensão Palmar 
✔ Na posição supina, o examinador coloca o dedo na face palmar do bebê → flexão
dos dedos e fechamento da mão; ✔ Surge com 27 semanas de idade gestacional; ✔
Aos 04 meses desaparece.
Reflexo de Preensão Plantar 
✔ Na posição supina, o examinador comprime o seu polegar sobre a face plantar,
abaixo dos dedos → flexão dos dedos do pé; ✔ Aos 15 meses desaparece.
Reflexo de Galant
 ✔ Coloca-se o bebê em prona, com o tronco apoiado sobre o braço do examinador.
Com o dedo da mão contralateral estimula-se a pele do dorso, fazendo um movimento
linear vertical que parte do ombro até as nádegas a cerca de 2 cm da coluna →
flexão do tronco, com a concavidade virada para o lado estimulado.7 ✔ Aos 04
meses desaparece; 
Reflexo de Marcha 
✔ Se segura o recém-nascido de pé pelas axilas e ao colocar seus pés apoiados
sobre uma superfície, imediatamente ele retificará o corpo e iniciará a marcha
reflexa; ✔ Aos 02 meses desaparece; 
Reflexo de Landau Babkin (Reflexo mão-boca)
 ✔ Pressionamos a mão do lactente e o que
verificamos é a abertura da boca; ✔ Desaparece do
3º ao 4º mês.
Reflexo de Busca e Sucção
 ✔ Ao tocar os lábios de um lactente com o
cotonete, verificamos movimentos de sucção ou ao
tocar a sua bochecha ele irá em busca do toque; ✔
Entre o 4º e 6º mês desaparece. 
Reflexo cutaneoplantar
 ✔ É obtido ao se estimular a sola do pé com um
objeto de ponta romba, fazendo-se um risco do
calcanhar à base do quinto dedo; 
✔ Até o quarto mês de vida, 100% dos lactentes
têm uma resposta de extensão do hálux com ou
sem abertura em leque dos dedos, e isto não deve
ser interpretado como um achado anormal; 
✔ No 12º mês, a resposta passa a ser a flexão dos
dedos, e assim permanece por toda a vida .
Reflexo do Paraquedista
 ✔ Se segura o lactente pela região ventral e o
aproxima da mesa de exame bruscamente, para
dar-lhe a impressão de que está caindo → extensão
dos braços e abre as mãos na tentativa de
proteger-se. ✔ Surge aos 8-9 meses e permanece
por toda a vida
 Desenvolvimento Neuropsicomotor :
Avaliar o ganho de funções e habilidades nas cinco grandes áreas ou
condutas: 
✔ 1. Conduta adaptativa; 
✔ 2. Conduta motora fina; 
✔ 3. Conduta motora grosseira; 
✔ 4. Conduta de linguagem; 
✔ 5. Conduta pessoal-social.
1. Conduta adaptativa 
✔Reações frente aos estímulos apresentados → dependem da interação da
capacidade motora, sensorial, de coordenação e cognitiva → adequada
exploração e aprendizagem; 
✔ Precursora da inteligência → capacidade da criança em “resolver”
problemas e aprender a partir de novas experiências. 
2. Conduta motora fina 
✔ Habilidades cada vez mais precisas e específicas → uso da mão e dedos
→ exploração cada vez mais delicada do objeto;
 ✔ Observada juntamente com a conduta adaptativa. 
3. Conduta motora grosseira 
✔ Habilidades motoras gerais → sustentar cabeça,
tronco, sentar-se, rolar, engatinhar, andar, pular,...
✔ Dependente da interação das vias motoras
centrais e periféricas. 
4. Conduta de linguagem
 ✔ Capacidade de compreender e exprimir
sensações e pensamentos; ✔ Incluem as reações
de comunicação não verbal (sorriso, riso alto,
choro, apontar, expressões faciais) e verbal (sons
guturais, balbulcio, lalação, primeiras palavras,
frases, histórias). 
5. Conduta pessoal-social 
✔ Reações da criança frente às outras pessoas
(mãe, pai, examinador, brincadeiras com outras
crianças) e frente às situações de vida diária
(alimentação, sono, higiene, vestimenta, controle
esfincteriano)
Sentido céfalo-caudal, proximal-distal e da borda
ulnar-borda radial; 
✔ O lactente adquire primeiro o controle de
cabeça → depois o controle de tronco → sentar
→ engatinhar → andar; 
✔ Primeiro adquire a capacidade proximal de levar
as mãos à linha média para depois → aprimora a
capacidade de preensão; 
De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, as
consultas pediátricas deverão ocorrer com a seguinte
periodicidade: 
É importante que em todas as consultas o clínico/pediatra
observe: 
✔ • Crescimento: peso, altura e perímetro cefálico (este até dois
anos);
✔ • Desenvolvimento neuropsicomotor: conduta motora
grosseira, conduta motora fina,
✔ conduta adaptativa, conduta de linguagem e conduta
pessoal-social;
✔ • Alimentação da criança;
✔ • Vacinas;
✔ • Prevenção de acidentes;
✔ • Identificação de problemas e riscos para a saúde.
✔ Incluem as reações de comunicação não verbal (sorriso, riso
alto, choro, apontar, 
expressões faciais) e verbal (sons guturais, balbulcio, lalação,
primeiras palavras, frases, 
histórias).
1º semana de vida → 1 mês → 2 meses → 4 meses → 6 meses →
9 meses → 12 meses → 
15 meses → 18 meses → 24 meses → anualmente

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