HABEAS DATA - av2 prativa

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
MARCIA DA SILVA, brasileira, estado civil, profissão, portadora do documento de identidade de nº _________, cadastrada no CPF sob o nº _________, endereço eletrônico, residente e domiciliada (endereço completo), vem, por seu advogado regularmente constituído, com procuração em anexo, com fundamento no art. 5º, inciso LXXII, da Constituição Federal de 1988 c/c art. 7º da Lei 9.507/97, impetrar HABEAS DATA em face do MINISTRO DA ECONOMIA, vinculado à UNIÃO FEDERAL, neste ato representado judicialmente AGU, endereço eletrônico, sedeado (endereço completo), nos termos de fato e de direito a seguir: 
1 - DOS FATOS
A Sra. Márcia da Silva, ex-servidora, requereu ao Ministério da Economia que fossem prestadas as informações sobre sua movimentação, enquanto servidora para fins de registro em seu novo trabalho, Márcia.
Após 15 dias do protocolo do requerimento, o Ministério da Economia, por meio de despacho de servidor competente, nega acesso aos documentos por estes estarem classificados como informação reservada.
Inconformada, a requerente interpôs recurso administrativo, dirigido ao Ministro da Economia, o qual foi indeferido novamente, reiterando os fundamentos da decisão anterior e a encerrar o trâmite administrativo.
Dessa forma, o ato praticado pelo Ministro da Economia, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, ato este que claramente viola a intimidade e vida privada do impetrante, é o fundamento para a propositura do presente Habeas Data, conforme restará demonstrado.
2 - DO RIREITO
2.1 - DO CABIMENTO
Como se sabe, cabe o remédio constitucional Habeas Data quando houver recusa de informação da pessoa do impetrante constante em banco de dados de caráter público ou de entidade governamental (art. 5º LXXII da CF). Já a competência é definida pela hierarquia funcional (art. 5º, LXXII da Constituição Federal, c/c art. 20 da Lei n. 9.507/97). 
Portanto, diante da expressa negativa do MINISTRO DA ECONOMIA, verifica-se que a competência originária para processamento e julgamento da presente demanda está garantida ao Superior Tribunal de Justiça - STJ, nos termos do artigo 105, I, b da CF/88.
2.2 - DA LEGITIMIDADE 
a) ATIVA
No presente caso, a legitimidade ativa é da Sra. Marcia da Silva, que teve negado o acesso a informação de caráter pessoal, ferindo as normas constitucionais e legais, conforme previsão legal no art. 5º, LXXII, a, da Constituição Federal e da Lei n.9.507/97. 
b) PASSIVA
Com base no art. 2º da Lei n. 9.507/9, justifica-se a legitimidade passiva do MINISTRO DA ECONOMIA na demanda, pelo fato deste ser o responsável em conceder as informações pessoais requeridas pela impetrante ao ministerio da economia.
2.3 - DA COMPETÊNCIA
O art.105, I, “b”, da Constituição Federal, bem como o art.20, I, “b”, da Lei 9507/97, estabelece que: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça,processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Superior Tribunal de Justiça.
3 - DO MÉRITO
Assim dispõe o artigo 5º, LXXII, da Constituição Federal/88: será concedido Habeas Data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público bem como para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
Igualmente, o art.7º da Lei 9507/1997, determina neste sentido:
Art. 7° Conceder-se-á habeas data:
I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
O artigo 5º, XIV da Constituição diz ainda que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. 
Dessa forma, quando ministro ao negar e reafimar que o acesso aos documentos a requerente por estes estarem classificados como informação reservada, e assim não poderem ser disponibilizados, pratica ato ilegal e abusivo contra direito garantido constitucionalmente de acesso à informação de dados da requerente.
Não sendo outro o entendimento, observa-se que ocorreu violação aos dispositivos constitucionais trazidos, inclusive com o esgotamento da via administrativa. 
Ademais, com base no art.5º, XIV da CF/88, o sigilo restaria preservado e o respeito à Lei também, visto que o acesso pretendido é apenas sobre os dados pessoais da requerente, e que em nenhum momento houve pedido para acesso de dados de terceiros presentes nos arquivos públicos.
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
Diante de todo exposto, pode-se concluir que a negativa para o fornecimento de informações da impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra totalmente descabido, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de acesso à informação de dados do Impetrante.
4 - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a V. Excelência:
a) A notificação da autoridade coatora sobre os fatos narrados a fim de prestar as informações que entender necessárias; 
b) A cientificação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica de direito público a qual a autoridade está vinculada; 
c) Seja determinada a intimação do representante do Ministério Público no prazo de cinco dias; 
d) Que seja julgado procedente o pedido, determinando ao impetrado o fornecimento das informações pleiteadas ; 
e) Aprodução de todas provas adimitidas em direitas, principalmente a documentantal.
 
Darse-a causa o valor de R$_________. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local, data 
Advogado
OAB_____