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Endourologia Cirurgia minimamente invasiva: Litiase renal Litíase ureteral Litíase vesical Composição química-mineral dos cálculos: Oxalato de cálcio mono-hidratado - vevelita (“whewellite”) Brushita – hidrogênio fosfato de cálcio diidratado Cistina Ácido úrico – uricita Oxalato de cálcio di-hidratado – vedelita (“weddellite”) Estruvita – fosfato amoníaco-magnesiano hexaidratado Apatita – fosfato de cálcio – Dahllite o 70% são de cálcio, tanto de oxalato quanto fosfato. o Cistina, brushita, ácido úrico e estruvita são menor parte. Cálculos classificados de acordo com sua etiologia: Cálculos não infecciosos – oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e ácido úrico Cálculos infecciosos/coraliformes – fosfato amôniaco magnesiano, apatita, urato de amônia Cálculos genéticos – cistina, xantina, 2,8-dihidoxiadenina Cálculos de drogas – indinavir (medicamentos para HIV) Características radiográficas: Radiopaco – oxalato de cálcio dihidratado, oxalato de cálcio monohidratado, fosfatos de cálcio Pouco radiopaco – fosfato amoníaco magnesiano, apatita, cistina Radio transparente (10%) – ácido úrico, urato de amônia, xantina, 2,8-dihidroxiadenina, indinavir Exames: raio-x simples de abdome, tomografia (padrão-ouro) e US. Se não aparecer no raio-x e tiver sintomas compatíveis, tem que seguir a investigação. Lembrar que o paciente com cólica renal geralmente tem muita distensão abdominal, usou muitos medicamentos que causou distensão ou tem fezes no intestino dificultando a visualização no raio x. No US, cálculos <0,5cm muitas vezes não são visualizados. A TC é o padrão ouro para litíase. : Nefrolitotripsia percutânea (NLP) – abprdagem do rim percutânea, com fragmentação dos cálculos renais Ureterolitotripsia flexível ou semi-rígida retrógrada endoscópica – cálculos que se aborda pelo ureter pelo ureteroscopico (semi-rigido ou flexível – mais maleavel) e entra pela uretra -> bexiga -> ureter Litotripsia extracorpórea (LECO) – fragmentação por ondas de choque mecânico do calculo com paciente em decúbito dorsal ou ventral. É eliminado pelo sistema urinario Cistolitotripsia – calculo na bexiga Laparoscopia Nefrolitotomia aberta – anatrófica – feita no rim e há uma abertura da linha avascular próximo ao parênquima para fazer com que esses pacientes não tenham perda de função renal para cálculos coraliformes comletos que ocupam todo o sistema coletor do rim. Fatores a considerar: Tamanho do cálculo Localização – rim (cálice superior, médio, inferior ou pelve renal), ureter (superior, médio ou inferior) ou bexiga Composição Anatomia – existe alteração na anatomia, como estenose ureteropielica, divertículo, rotação renal, rim ectópico Falhas terapêuticas – litotripsia prévia, cirurgia aberta Função renal Obesidade Anatomia: Obstrução/estase – causa mais infecções Estenose de JUP – saída da pelve renal e inicio do ureter Rim em ferradura Ectopia renal Divertículo calicinal – dilatação de um local do sistema coletor onde tem abertura pequena do colo Cálculos de cálice inferior – como é o ângulo Hidronefrose – dilatação do sistema coletor, pelve e/ou ureter até onde o cálculo tiver obstruindo Indicações para a remoção ativa dos cálculos e seleção do procedimento: 1. No rim: Crescimento do cálculo Obstruções causadas por cálculos (faz mais sintomas) Infecções (coraliforme completo, causa obstrução de todo o rim, fechando a pelve – paciente se da conta quando o cálculo já está obstruindo) Cálculos sintomáticos (por exemplo: dor, hematúria) Cálculos > 15mm Cálculos <15mm se a observação não for a opção de escolha do paciente. Goodwin em 1955 descreveu o 1º acesso renal 1976 a primeira extração de cálculo renal 1980 tornou-se rotineiro na prática urológica Modalidade de escolha para cálculos renais grandes. Paciente pode ser abordado em decúbito ventral ou decubito dorsal. Cuidar localização do rim. Geralmente está abaixo da 12ª costela, próximo ao colon ascendente, do lado direito, podendo perfurar o colon e acima o pulmão ou fígado. Entra-se pela pele, perfurando a musculatura, fugindo do intestino e chegando até o sistema coletor renal, tendo que sair urina. Se sai urina, posso passar um fio-guia e depois dilatadores. Esses dilatadores tem que ir alargando as vias renais. No momento em que chegar no dilatador máximo, eu entro com o nefroscopio, tiro o dilatador e coloco uma bainha, no nefroscopio ligado a canula por vídeo eu consigo olhar os cálices. Punicona-se conforme a localização do calculo. Antes de puncionar vai contraste, então, sei onde vou precisar puncionar. Cuidar veia e artéria renal para não puncionar. Indicações de NLP: Cálculos renais >2cm ou >1,5cm em cálice inferior Calculo coraliforme Cálculos em divertículos calicinais Cálculos não resolvidos ou com contra-indicação de LECO (cálculos muito duros, cálculos que não fragmentam) Cálculos de fragmentação difícil (oxalato de cálcio monohidratado, brushita e cistina) Obesidade mórbida Exames pré-operatórios para NLP 1. Cultura de urina 2. TC com reconstrução coronal e uso de contraste se cirurgia aberta ou percutânea previamente 3. Cintilografia renal com DMSA (mostra função renal e tamanho do parênquima) – se fizer com DTPA vou saber como está a excreção (estenose ou não da JUP) 4. Laboratório de rotina Complicações NLP: Sangramento – no intra ou no pós operatório (perfuração de vasos no parênquima ou próximo) Sepsis urinária Perfuração da via excretora (ureter/pelve) Estenose do infundíbulo e ureter Fístula renocutânea (acesso renal e cutâneo) Lesão do pulmão e pleura < que 1% Perfuração de cólon < que 1% Lesão de fígado e baço – pouco frequente Localização do cálculo no ponto F2 com fluoroscopia ou ultrassonografia Gerador de ondas de choque mecânicas por meio de sistema eletro-hidráulco, eletromagnético ou elétrico. Ondas atravessam o meio líquido (bolha) e a gordura do paciente e convergem para o cálculo localizado no ponto F2. Bolha localizada junto ao F2, envia energia para onde tem o cálculo. Ocorre fragmentação do cálculo. Anestesia – necessária para imobilidade do paciente Frequência, número e potência dos impulsos (maior a potência, melhor resultado) Composição dos cálculos (dureza) Localização e tamanho dos cálculos 1. Grau de resistência da LECO Aspecto ao RX: cálculos regulares, bem homogêneos e mais brancos que o aspecto das costelas – resistem mais a fragmentação (radiopacos) Coeficiente de atenuação, unidade de Hounsfield (UH) mensurado na TC. Quanto mais alto o valor for, menor a probabilidade de fragmentação (>1000uh tem maior dificuldade para quebrar). o <500 UHn a taxa de fragmentação fica em torno de 100% o 500-1000 em torno de 85,7% o >1000 em torno de 54,5% Distância da pele e o cálculo pela TC > 9 ou 10 cm tem pior resultado. 2. Taxa de sucesso pós LECO: < 10mm – 79,9% (63 a 90%) 11-20 mm – 64,1% (50 a 82,7%) > 20mm – 53,7% (33,3 a 81,4%) Baixo sucesso indica retratamento ou tentar com outra técnica O cateter duplo j reduz as complicações (evidência de cólica renal), porém não reduz a formação de “steinstrasse” (rua de cálculos) ou complicações infecciosas A colocação de cateter de rotina não é recomendada como parte do tratamento de LECO para cálculos ureterais. 3. Contraindicações pra LECO Gravidez Diástese hemorrágica Infecções do trato urinário não controladas Malformações graves do esqueleto e obesidade grave, que não permitem localizar o cálculo Aneurisma arterial nas proximidades do cálculo tratado Obstrução anatômica distal do cálculo Cada vez mais a cirurgia laproscópica está substituindo a cirurgia aberta. As indicaçõespara cirurgia laparoscópica para cálculos renais são: o Cálculos complexos o Falha LECO e/ou procedimentos endourológicos prévios o Anomalias anatômicas o Obesidade mórbida o Nefrectomia no caso de rim não funcionante. Indicações para cálculos ureterais: o Cálculos grandes impactados o Múltiplos cálculos ureterais o Condições concomitantes que necessitem de cirurgia o Quando outros procedimentos não invasivos ou menos invasivos falham Deve-se considerar a ureterolitotomia laparoscpica quando os outros procedimentos não invasivos ou menos invasivos falharem Cálculo coraliforme completos Na linha avascular de Brodel Ângulo infundíbulo-pélvico de cálice inferior Um ângulo fechado como o da imagem 2 tem maior dificuldade de ser eliminado que o da imagem um. 1.1 Cálice inferior >2cm o NLP o LECO 1 A 2 cm o LECO (se favorável) se ângulo compatível o NLP o Ureterorrenolitotripsia flexível (99%) <1cm o LECO o Ureterorrenolitotripsia flexível (99%) Cálculo coraliforme: o Nefrolitotripsia percutânea e/ou ureterolitotripsia flexível o Cirurgia aberta (anatrófica) TC sem contraste mostra imagem radio-opaca no rim direito. É um cálculo coraliforme completo. Até 2 cm o LECO o NLPC o Uretero flexível e/ou semi-rígido > 2cm o NLPC o LECO Fragmentos residuais Obstrução ureteral Retratamento Pode necessitar duplo j para evitar colabamento o Uretero flexível e/ou rígida o Laparoscopia QC: o Dor lombar tipo cólica o Irradiação para flanco, fossa ilíaca, testículos/granes lábios o Frequência/urgência com história prévia de cálculo/dor lombar renal ou hematúria = ureter distal Diagnóstico: o US e RX simples de abdome US não vê densidade do cálculo, nem <0,5mm, é operador dependente o Gold standard: TC helicoidal sem contraste (com contraste se cirurgia previa urológica ou ginecologica, com manipulação de trato urinário ou suspeita de obstrução como estenose de JUP) E: 97% s:94% Indicações para remoção ativa dos cálculos e seleção do procedimento: o Cálculos com baixa probabilidade de eliminação espontânea o Persistência de dor apesar de medicação antálgica adequada o Obstrução persistente (TC com cálculo obstrutivo/impactado ou com edema) o Insuficiência renal, obstrução bilateral ou rim único Maior dificuldade de eliminação dos cálculos: o JUP o Cruzamento de grandes vasos o Passagem pela parede da bexiga Complicações da obstrução: o Infecção, dilatação, urosepsis Eliminação espontânea: o Inferior: 45% o Médio: 22% o Superior: 12% Limite s/ complicação: o Até 5mm Tratamento: o Observação (pequenos) o Tratamento da crise aguda o Tratamento expulsivo com medicação (sugere que vai eliminar, não tem obstrução, dor não é insuportável, menor que o ureter, sem edema) o Ureteroscopia retrógrada rígida ou flexível o Litotripsia o Tratamento preventivo da recorrência – controlar dieta, tratar infecção... 3.1 Litíase de ureter superior o Opção: LECO (1ª escolha) e/ou ureterorrenolitotripsia rígida ou flexível (1ª escolha se tem habilidade em fazer, mas 2ª escolha em geral) o EXAME: TC sem contraste com reconstrução de vias urinárias TC pós de controle: para acompanhar eliminação de fragmento e duplo J (manter pérvio o ureter) 3.2 Litíase de ureter médio o Opção: LECO e/ou ureterorrenolitotripsia rígida 3.3 Litíase ureteral inferior o Opção: ureteroscopia rígida o Mesmo que tiver na bexiga, se tiver hidronefrose (dilatação do ureter) TEM QUE TRATAR Calcificação de duplo J no ureter: quando fica muito tempo (10-15 dias até 3 meses se acompanhamento) se gestante, que não pode operar, troca o duplo J periodicamente. Se calcificar, tem que fazer cirurgia percutânea, fragmenta a calcificação na bexiga, entra com ureteroscopio e fragmenta o restante das calcificações; 3.4 Litíase ureteral na criança Ureteroscópios finos Dilatação ureteral e dos meatos LECO: bons índices de sucesso Crianças suportam bem a passagem de fragmentos 3.5 Litíase ureteral na gestante 1ª escolha: US (não faz TC e RX por causa dos raios) Eliminação espontânea em 65 a 85% Passagem de duplo J sem RX com troca a cada 2 meses – calculo que não tem como manipular e usa duplo j até parto Ureteroscopia: segura e alto índice de sucesso. Primária: estase urinária (prostático) Secundária: corpos estranhos/ migração de cálculos 1. QC: Dor supra-pubica Disúria, dor peninana Retenção urinária = impactação Hematúria dolorosa 2. Diagnóstico RX Cistoscopia TC 3. Tratamento Cirurgia aberta Retirada endoscópica com uso de laser
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