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NEFROLITÍASE Fisiopatologicamente, três processos devem ocorrer: (1) supersaturação, (2) nucleação e (3) agregação/crescimento. De forma bastante didática, supersaturação é uma quantidade maior de soluto em relação àquilo que o solvente pode dissolver. O excesso de soluto não dissolvido precipita-se, permitindo que uma etapa fundamental do processo ocorra, que é a formação da menor unidade de um cristal, do núcleo inicial do cálculo urinário (nucleação). A partir desse núcleo e da manutenção de um ambiente supersaturado, novos cristais se decantarão e se agregarão ao núcleo inicial, desencadeando o crescimento do cálculo. Vários fatores podem interferir direta ou indiretamente nessas etapas. Existem fatores inibidores e indutores da formação de cálculos. Entre os inibidores (protetores) da formação de cristais, encontram-se a proteína de Tamm- Horsfall (GTH), o citrato e o magnésio. Produzida na alça de Henle ascendente e no túbulo contorcido distal, a proteína de Tamm-Horsfall (GTH) é a mais abundante na urina e funciona através da inibição direta da ligação entre Cálcio e Oxalato. Citrato atua como inibidor de cálculos de oxalato de cálcio e de fosfato de cálcio por meio da redução de cálcio disponível, reduzindo sua precipitação, sua agregação e seu crescimento. Magnésio diminui a concentração de oxalato iônico e eleva o ponto de saturação do oxalato de cálcio. De forma semelhante, pirofosfato altera a saturação do fosfato de cálcio, diminuindo sua cristalização. Tanto citrato de Cálcio como o oxalato de Magnésio possuem pKa mais elevado, isto é, têm maior capacidade de se dissolverem na mesma quantidade de soluto. Por outro lado, o grupo de indutores da formação de cristais estão em maior número e compreendem o Cálcio, o Sódio, o oxalato, o ácido úrico, o fosfato, a cistina e as bactérias produtoras da enzima urease. Cálcio e oxalato permitem a formação do principal composto de cálculos urinários. O Sódio, através de uma série de condições, permite o aumento da excreção renal de Cálcio. Ácido úrico, fosfato e cistina são componentes diretos de cálculos urinários e bactérias produtoras de urease se relacionam com a produção de cálculos infecciosos de estruvita (fosfato- amônio-magnésio). TIPOS DE CALCULO Os cálculos de oxalato de cálcio são os mais comuns (cerca de 75%); seguem- se, por ordem decrescente, os cálculos de fosfato de cálcio (cerca de 15%), ácido úrico (cerca de 8%), estruvita (cerca de 1%) e cistina (<1%) Cálculos de oxalato de Cálcio podem se originar de condições renais ou sistêmicas que culminam com o excesso de Cálcio na urina, isto é, hipercalciúria e/ou hiperoxalúria e deficiência do citrato. Dentre os mecanismos que causam hipercalciuria o mais importante é a hipercalciúria absortiva, que, basicamente, ocorre por um aumento da capacidade absortiva intestinal de Cálcio, ocorre também quando por exemplo, há excesso de Cálcio na corrente sanguínea o que leva à inibição transitória do PTH e aumento da excreção renal de Cálcio (hipercalciúria), mantendo os níveis de Cálcio sanguíneo normais. Pode também ser por dieta rica em sódio, uso de diurético de alça, excesso de aldosterona). Cálculos de ácido úrico ocorrem principalmente a urina está com excesso de ácido úrico, apresentando pH urinário ácido (entre 5 e 5,4) e baixo volume urinário. Esse pH faz com que haja o processo de precipitação do ácido úrico e as demais etapas de nucleação e agregação/crescimento. Cálculos de infecção/estruvita/fosfato-amônio-magnesiano: A presença de urina infectada por bactérias produtoras de urease é condição fundamental para que esse tipo de cálculo ocorra. Em síntese, na presença de urease, a ureia é transformada em amônia (NH3). Amônia reage com a água para formar NH4+ e liberação de OH- . A alcalinização da urina permite a reação para formação do fosfato e a incorporação do Magnésio, culminando com os três componentes da fórmula: amônio, fosfato e Magnésio. Bactérias estão entre às camadas de estruvita, o que os estabelecem como cálculos infecciosos e, necessariamente, precisam ser extraídos do organismo para que a infecção seja tratada de forma definitiva. Cálculos de estruvita (de infecção) podem se tornar muito volumosos e atingir um ou mais cálices e a pelve renal. Por definição, cálculos que acometem a pelve renal e pelo menos um cálice é denominado coraliforme incompleto, enquanto que aqueles que acometem todos os cálices e a pelve renal são chamados de coraliformes completos. Cálculos da bexiga (ou vesicais) geralmente são formados dentro da própria bexiga e, portanto, não são provenientes do trato alto (rins e ureteres). A fisiopatologia clássica envolvida na formação desses cálculos dá-se por dificuldade de esvaziamento da bexiga e acúmulo (estase) de urina consequente a uma obstrução infravesical, como ocorre na HPB. Por outro lado, cálculos da uretra (ou uretrais) raramente são formados na própria uretra. Eles geralmente impactam nos pontos de constrição fisiológica da uretra, na tentativa de eliminação espontânea feita pelo organismo, a partir da bexiga. SINAIS E SINTOMAS Cálculos urinários só provocam dor quando causam obstrução do fluxo de urina. A dor de origem renal é tipo cólica (cólica renal ou nefrética), localizada na região lombar do lado acometido devido à dilatação da cápsula renal. Por outro lado, a dor de origem ureteral é também tipo cólica (cólica ureteral), mas provocada pelo aumento do peristaltismo do ureter, com o intuito de eliminar o cálculo. Nos ureteres, os cálculos podem ocupar qualquer uma das suas 3 porções: ureter superior (proximal), ureter médio ou ureter inferior (distal). De um modo geral, os cálculos impactam nos pontos de estreitamento fisiológico do ureter, isto é, na junção ureteropiélica (JUP – ureter proximal), no cruzamento do ureter com os vasos ilíacos (ureter médio) e na junção ureterovesical (JUV – ureter distal). Cálculos impactados na JUP/ureter proximal causam dor lombar com irradiação para o testículo/parede vaginal ipsilateral. Cálculos que impactam no ureter médio (cruzamento do ureter com os vasos ilíacos) geram dor na região do flanco. Cálculos impactados no ureter distal provocam dor em fossa ilíaca ipsilateral, com irradiação para o escroto/lábios vaginais. É importante salientar que um cálculo ureteral impactado em qualquer posição pode promover dilatação de todo o sistema coletor e promover, consequentemente, dor de origem renal por distensão capsular. Outro sinal associado é a hematuria, que pode ser micro ou macroscópica, é decorrente do hiperperistaltismo ureteral associado ao dano da mucosa do ureter promovido pelo deslocamento do cálculo. A infecção urinária é decorrente da impactação do cálculo e estase urinária no sistema coletor. Vale lembrar que a presença de leucócitos na urina nem sempre significa infecção, mas sim uma resposta de defesa esperada do organismo durante o deslocamento do cálculo e a crise álgica. Associação de cálculos urinários e febre é uma emergência médica relativa. Os sinais de sepse clínica são variáveis e incluem febre, taquicardia, hipotensão e vasodilatação cutânea. A dor à palpação do ângulo costovertebral pode ser acentuada na obstrução aguda do trato superior; contudo, não se pode confiar que ela esteja presente em casos de obstrução de longa duração. Em tais exemplos, uma tumoração pode ser palpável, resultante de um rim grosseiramente hidronefrótico. A obstrução do trato superior frequentemente está associada a náuseas e vômitos. DIAGNÓSTICO Exames Laboratoriais: • Hemograma – geralmente não apresenta alterações. Leucocitose com ou sem desvios à esquerda só será observada se houver obstrução urinária associada à infecção instalada. • Urina: Urina I – quase sempre apresenta alterações. Hematúria e leucocitúria são frequentemente observadas e ocasionadas pelo deslocamento do cálculo associadoao dano mucoso do sistema coletor. Bactérias (bacteriúria) e sais relacionados à composição do cálculo (oxalato, urato, fosfato) podem estar presentes. Cálculos de estruvita podem alcalinizar a urina, enquanto que os de ácido úrico, podem torná-la ácida. • Urocultura – a menos que uma infecção esteja instalada, seja por obstrução e estase, seja pela presença de um cálculo de estruvita (coraliforme), a urocultura encontrar-se-á negativa. • Creatinina – provas de função renal geralmente estarão dentro dos limites da normalidade, exceto em paciente desidratado (por conta de infecção febril ou desidratação), obstruções bilaterais ou obstruções unilaterais em pacientes com rim único. Exames de imagem: Um exame de imagem adequado é capaz de fornecer ao médico o número, a localização, o tamanho e a dureza de um cálculo urinário, além de fornecer informações adicionais como a presença de obstrução (dilatações) e o diagnóstico de complicações (pionefrose, abscessos renais, por exemplo). Raio-X: Cálculos que contêm Cálcio são radiopacos e podem ser vistos em radiografias simples do abdome. Quanto maior a concentração de Cálcio em sua composição, mais radiopaco torna-se o cálculo. Cálculos sem Cálcio também podem aparecer no R-X, mas são menos radiopacos, entretanto. De maior para menor radiopacidade, estão os cálculos de fosfato de Cálcio, oxalato de Cálcio, estruvita e cistina. Cálculos de ácido úrico são radiotransparentes e, portanto, não aparecem no R-X de abdome USG: A ultrassonografia dos rins e vias urinárias pode demonstrar dilatações do sistema coletor (rins e ureteres) e identificar cálculos renais, e nas porções proximal e distal dos ureteres. Por conta das alças intestinais e do músculo psoas, os cálculos de ureter médio são difíceis de serem visualizados. A ferramenta técnica ultrassonográfica que consolida o diagnóstico de um cálculo urinário é a presença da sombra acústica posterior, que aparece em cálculos geralmente ≥ 5 mm TC: é o exame ideal para a pesquisa e diagnóstico da litíase urinária. Ela deve compreender todo o abdome e, salvo raras exceções, ser realizada sem contraste. Tanto o contraste como o cálculo apresentam cor branca nos filmes da tomografia e, portanto, a presença do contraste pode prejudicar a análise das características do cálculo (número, tamanho, posição e densidade). A TC de abdome sem contraste é capaz de identificar cálculos de qualquer composição e determinar o número, o tamanho, a posição e a densidade desses cálculos dentro do trato urinário. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Cálculos urinários podem imitar outros estados patológicos retroperitoneais e peritoneais. Deve ser feito um diagnóstico diferencial completo do abdome agudo, inclusive apendicite aguda, gravidez ectópica e não reconhecida, condições patológicas ovarianas, inclusive torção de cistos de ovário, doença diverticular, obstrução intestinal, cálculos biliares com e sem obstrução, doença ulcerosa péptica, embolia aguda de artéria renal e aneurisma aórtico abdominal - para mencionar poucas. Sinais peritoneais devem ser pesquisados durante o exame físico. O paciente apresentando cólica renal aguda geralmente tem dor intensa, tentando achar alívio em posições múltiplas, frequentemente bizarras. Esse fato ajuda a diferenciar pacientes com essa condição daqueles com peritonite, que têm medo de se mover. Dor à palpação do ângulo costovertebral pode ser aparente. Um exame abdominal rigoroso deve excluir outras causas de dor abdominal. Tumores abdominais, aneurismas da aorta abdominal, hérnias de disco lombares e gravidez podem imitar a cólica renal. A dor irradiada pode ser semelhante devido a vias neurais aferentes comuns. Íleo intestinal pode estar associado à cólica renal ou a outros processos intraperitoneais ou retroperitoneais. A palpação da bexiga deve ser realizada, porque a retenção urinária pode se apresentar com dor semelhante à da cólica renal. Hérnias inguinais encarceradas, epididimite, orquite e estados patológicos pélvicos femininos podem simular litíase urinária. Um toque retal ajuda a excluir outras condições Outros diagnósticos podem ser confundidos com cólica renal aguda. Se o cálculo estiver alojado na junção ureteropélvica direita, os sintomas podem simular os da colecistite aguda. Se o cálculo bloquear o ureter ao cruzar a abertura superior direita da pelve, os sintomas podem simular a apendicite aguda, enquanto o bloqueio na borda superior esquerda da pelve pode ser confundido com diverticulite aguda. Quando o cálculo se aloja no ureter, na junção ureterovesical, o paciente pode apresentar urgência urinária e polaciúria. Nas mulheres, esses últimos sintomas podem levar a um diagnóstico incorreto de cistite bacteriana; a urina irá conter hemácias e leucócitos, porém a sua cultura será negativa. Um cálculo que causa obstrução com infecção proximal pode se manifestar como pielonefrite aguda. TRATAMENTO Nos rins, eles podem ocupar os cálices superiores, médios ou inferiores, e também a pelve renal. Quando se trata de localização, duas localizações anatômicas são importantes: (1) cálculos que estão localizados nos cálices superiores ou médios (também chamados de grupamento calicial não inferior) e (2) cálculos que estão localizados nos cálices inferiores (grupamento calicial inferior). Considerando apenas a localização, cálculos do grupo calicial superior/médio são mais facilmente tratados que aqueles localizados no grupamento inferior. O ângulo infundíbulo-piélico, o comprimento e a largura do infundíbulo (via de saída) são componentes importantes que são estudados quando se planeja o tratamento de um cálculo localizado no cálice renal inferior. Tratamento clínico: Fazem parte do tratamento clínico da litíase urinária: (1) a terapia expulsiva, (2) o tratamento específico para determinados tipos de cálculo e (3) as medidas gerais de prevenção à formação de novos cálculos. UROLOGIA FUNDAMENTAL A maioria dos cálculos ureterais é eliminada e não requer intervenção. A passagem espontânea depende do tamanho, do formato e da localização do cálculo, e do edema de mucosa associado (que provavelmente depende da duração do tempo em que o cálculo não progrediu). Cálculos ureterais com 4 a 5 mm de tamanho têm uma probabilidade de 40 a 50% de eliminação espontânea. O conceito de terapia expulsiva é definido pela utilização de uma ou mais medicações com o objetivo de eliminar o cálculo sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Dentro desse racional, duas drogas desempenham papel de importância: os α-bloqueadores e os corticoides. Os α-bloqueadores facilitam a expulsão dos calculos, principalmente os ureterais, e tem como papel principal promover o relaxamento da musculatura lisa ureteral, facilitando a passagem do cálculo até a bexiga. O uso de corticoides ou AINES tem como objetivo de reduzir o edema mucoso do ureter, complementando a ação do α-bloqueador, além da analgesia. A terapia expulsiva não está indicada para todos os tipos de cálculos, os cálculos que mais se beneficiam desse tipo de tratamento medicamentoso são aqueles ≤ 5 mm localizados no ureter distal. Prevenção da formação de novos cálculos: Pra isso você deve conhecer a composição do cálculo ou a alteração metabólica que está causando a formação. Por exemplo, cálculos de oxalato de Cálcio que tem duas alterações clássicas que é a baixa quantidade de citrato e hipercalciúria → nesses casos, a hidroclorotiazida pode ser usada para bloquear a bomba de Na+/Ca++, permitindo uma excreção menor de Cálcio na urina. Além disso, o citrato pode ser reposto na forma de citrato de potássio por via oral Formação de cálculos de ácido úrico (nesse caso, pH ácido): A alcalinização da urina com bicarbonato de sódio pode evitar a formação de novos cálculos e reduzir o tamanho dos cálculos já formados, por mudança do pKa do ácido úrico Tratamento cirúrgico: Os fatores mais importantesenvolvidos na estratégia de tratamento são o tamanho, a posição e a densidade do cálculo. A via de saída é um fator importante que deve ser considerado, principalmente quando se opta por formas de tratamento menos invasivas para cálculos, como a LECO em calculos < 1 cm em cálice inferior. Trata-se do trajeto que o cálculo deve percorrer, a partir do cálice inferior, até acessar o ureter. Esse trajeto é formado basicamente pelo infundíbulo do cálice inferior, pela pelve renal e pela relação anatômica entre eles. Desse modo, quanto mais largo e mais curto o infundíbulo, mais fácil será o percurso que o cálculo deve percorrer. Também, quanto mais obtuso o ângulo (> 90º) formado entre o infundíbulo e a pelve renal (ângulo infundíbulo-piélico) maior facilidade o cálculo terá de ser eliminado Os cálculos coraliformes (estruvita) completos ou incompletos certamente são os de tratamento mais desafiador porque, além de possuírem grandes volumes (grande massa de cálculo) são, ainda, infecciosos. Esses cálculos devem sempre ser tratados cirurgicamente e acabam envolvendo formas mais agressivas de tratamento para sua resolução completa. Considerando o tratamento de cálculos ureterais, os fatores mais importantes são localização e tamanho. Cálculos ≤ 1 cm localizados nas porções mais distais do ureter são mais facilmente tratados, por conta da facilidade de acesso ureteral por via endoscópica A densidade é um fator que também deve ser considerado, porque cálculos menos densos (mais moles) podem ser tratados de forma menos invasiva (LECO, por exemplo), porque se fragmentam mais facilmente. A densidade é mais utilizada para cálculos renais, podendo também ser útil para cálculos ureterais. A LECO (Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque) é, na verdade um tipo de tratamento minimamente invasivo, e não um procedimento cirúrgico propriamente dito. A LECO é aplicada através de uma máquina (existem vários modelos) em regime ambulatorial e com o paciente sob sedação e analgesia para evitar dor, contratura muscular e movimentação. A máquina possui um foco que é direcionado sobre o cálculo que se deseja tratar e ondas de choque mecânico (impulsos mecânicos) são liberadas. Esses impulsos atravessam a pele, a parede muscular, a cápsula e o parênquima renal, incidindo sobre o cálculo, permitindo a sua vibração e fragmentação. Os fatores mais importantes para a indicação da LECO são o tamanho e a posição do cálculo, a via de saída favorável (para cálculos de cálice inferior), a distância pele-cálculo (não deve ser maior que 10 cm) e a densidade do cálculo. Complicações como hematúria, infecção, fragmentação incompleta, rua de cálculos e cólica renal pós- -LECO podem ocorrer Cirurgia percutânea ou nefrolitotripsia percutânea, como o próprio nome indica, é realizada através de um trajeto cirúrgico feito pelo cirurgião a partir da pele, com o paciente sob anestesia geral. Através desse canal de trabalho cirúrgico, um aparelho denominado nefroscópio acessa o sistema coletor e identifica o cálculo. O nefroscópio permite a entrada de uma fonte de litotripsia intracorpórea (litotridor ultrassônico, laser, litotridor balístico pneumático) que fragmenta o cálculo. Suas principais complicações incluem sangramento, infecção, perfuração de outros órgãos abdominais e torácicos (cólon e pleura, por exemplo) e dificuldade ou impossibilidade de acesso ao cálculo. A ureterolititripsia é realizada através de um aparelho delicado, fino e comprido, denominado ureteroscópio. Dependendo do tamanho e posição ureteral em que se encontra o cálculo, o paciente pode ser submetido à anestesia geral ou raquianestesia. Cálculos de ureter médio e inferior geralmente são de acesso mais fácil e, por isso, o ureteroscópio semirrígido é o mais adequado e o paciente submetido à raquianestesia. Por outro lado, cálculos localizados em ureter superior, principalmente em homens, são tratados com o ureteroscópio flexível sob anestesia geral. As fontes de litotripsia intracorpóreas mais utilizadas para a ureterolitoripsia semirrígida são o litotridor balístico pneumático e o laser. Já para a ureterolitotripsia flexível, a única fonte de litotripsia cabível é o laser
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