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FUNDAMENTOS DAS CINESIOLOGIA I

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Prévia do material em texto

Fundamentos de 
Cinesiologia Aplicados 
à Educação Física
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Eric Leal Avigo
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Introdução à Cinesiologia e Terminologia Básica 
do Movimento Humano
• Introdução ao Estudo da Cinesiologia
• Terminologia do Movimento Humano
• Planos e Eixos de Movimento (Anatômicos)
• Características Mecânicas do Movimento Humano
 · Conhecer o que vem a ser cinesiologia, bem como a conceituação e ter-
minologia básica utilizada para a análise do movimento humano, além 
de relacionar tal conhecimento à sua área de atuação profissional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Seja bem-vindo(a) às nossas discussões sobre crescimento e desenvolvimento 
humano aplicados à Educação Física!
Saiba que esta Disciplina tem como propósito o estudo das alterações das 
estruturas e funções dos sistemas orgânicos decorrentes do crescimento e 
alterações do processo de maturação biológica, bem como os efeitos e im-
portância da atividade física para a promoção dessas alterações nas várias 
faixas etárias ao longo do ciclo vital, e isso lhe oferecendo contato com as 
discussões mais recentes dessa área; além de lhe proporcionar momentos de 
leitura – textual e audiovisual – e reflexão sobre os temas que serão aqui dis-
cutidos, contribuindo com sua formação continuada e trajetória profissional.
Esta Disciplina está organizada em seis unidades, cujo eixo principal 
será as mudanças que ocorrem no ser desde a concepção até a morte, 
ou seja, que dê conta de: conceituar a terminologia utilizada; diferenciar 
idade cronológica e biológica e sua relação com crescimento; estudar os 
principais conceitos e teorias no estudo do desenvolvimento motor; aplicar 
conhecimentos adquiridos pensando nas possíveis intervenções do educador 
físico nas diferentes fases da vida, seja ainda na primeira infância, na infância, 
na adolescência, na vida adulta e no envelhecimento. Isso é o que você 
encontrará nas próximas unidades. Está preparado(a) para embarcar nesta 
viagem de estudos sobre o ciclo de vida do ser?
ORIENTAÇÕES
Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Ademais, perceba que a Disciplina em ensino a distância pode ser realizada 
em qualquer lugar que você tenha acesso à internet e em qualquer horário. 
Dessa forma, normalmente com a correria do dia a dia não nos organizamos 
e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará no 
não aprofundamento do material trabalhado, ou ainda, na perda dos prazos 
para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem em sua rotina. Por exem-
plo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado ho-
rário todos ou alguns dias e determinar como o “momento do estudo”.
No material de cada unidade há videoaulas e leituras indicadas, assim como 
sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados 
em fóruns de discussão, assim como realize as atividades de sistematização, 
estas que lhe ajudarão a verificar o quanto absorveu do conteúdo: são questões 
objetivas que lhe pedirão resoluções coerentes ao apresentado no material 
da respectiva Unidade para, então, prepará-lo(a) à realização das respectivas 
avaliações. Tratando-se de atividades avaliativas, se houver dúvidas sobre 
a correta resposta, volte a consultar as videoaulas e leituras indicadas para 
sanar tais incertezas.
Lembre-se: você é responsável pelo seu processo de estudo. Por isso, 
aproveite ao máximo esta vivência digital!
7
Contextualização
Para iniciarmos esta Unidade, observe atentamente as imagens abaixo:
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Você já parou para pensar como o movimento humano é diversificado? Sim, 
mesmo na realização de um mesmo movimento, duas pessoas provavelmente não 
realizarão os mesmos de forma idêntica. Se você tivesse que identificar algumas 
características do movimento de alguém, como você faria? Como você avaliaria o 
movimento humano, ainda mais o mesmo sendo tão diversificado? Em um salto, 
você avaliaria sua altura, distância? O tempo de voo? A força exercida para saltar, 
os músculos que foram recrutados para ser exercida tal força? A relação entre os 
segmentos, como os braços se movimentaram em relação às pernas, o quanto que 
o joelho flexionou?
Sim, são muitas possibilidades! Suponhamos que você encontrou uma 
possibilidade que satisfaça seus objetivos, agora, como descrever sua análise? 
Quais termos utilizar? Já parou para pensar se cada um descrevesse um mesmo 
movimento com nomes diferentes? Como saberíamos se estamos ou não abordando 
os mesmos aspectos de um movimento? Como comparar com uma referência, se 
cada um descreve da maneira que prefere? É, você deve concordar que é necessária 
a utilização de termos-padrões para a descrição do movimento, assim como para 
diversos outros aspectos da vida. E o que a cinesiologia tem a ver com tudo isso?! 
Pois é, hora de mergulhar nos estudos e aprender um pouco mais sobre esse 
fenômeno tão importante para a vida de qualquer ser, o movimento, e conhecer, 
afinal, o que a cinesiologia tem a ver com o mesmo.
7
UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Introdução ao Estudo da Cinesiologia
É comum, à primeira vista, pelo menos por grande parte dos alunos, certo 
espanto ao se deparar com o nome cinesiologia. Isso se dá principalmente pelo 
desconhecimento desse termo que, apesar de seu significado relativamente simples, 
costuma trazer a denotação de algo difícil ou muito complexo de ser estudado. 
Simplificadamente, cinesiologia se refere ao estudo do movimento humano. Perceba 
que em uma definição ampla como essa, sem dúvida, caberia muita “coisa”, por 
exemplo, houve um tempo em que cursos de Educação Física recebiam esse nome 
ou, ainda, diversos departamentos das universidades eram nomeados dessa forma. 
Isso se dava porque, de maneira genérica, o termo cinesiologia é utilizado para 
descrever qualquer forma de avaliação do movimento humano, seja ela do ponto 
de vista anatômico, fisiológico, mecânico, ou até mesmo psicológico, pedagógico, 
filosófico, ou seja, bastava-se envolver o estudo do movimento humano para se 
utilizar tal conceito. Perceba então que, muitas vezes, ocorria o uso de um mesmo 
termo para disciplinas com conteúdos diferentes.
De modo mais específico, o termo cinesiologia é utilizado quando se tem 
intenção de descrever o movimento humano, pautado em conhecimentos de três 
áreas principais: a Anatomia do aparelho locomotor; a Física, especificamente 
nos conceitos da Mecânica relacionados ao estudo das forças sobre partículas e 
sistemas mecânicos; e na Fisiologia neuromuscular. Biomecânica, em alguns casos, 
é tido como sinônimo de cinesiologia.
Na verdade, biomecânica é um campo de estudo mais específico e se refere à 
utilização dos princípios da mecânica (ramo da Física) no estudo dos organismos 
vivos (ramo da Biologia). Apesar disso, em diferentes cursos de Graduação 
encontram-se disciplinas nomeadas como Cinesiologia, Biomecânica, Anatomia 
funcional que, de forma geral, abordam conteúdos muito semelhantes.
Para nós, biomecânica faz parte do estudo em cinesiologia, quando nos 
preocupamos com a descrição do movimento levando em consideração as forças 
que atuam sobre ele, estamos nos referindo ao campo da biomecânica, o qual será 
um pouco melhor explorado ao longo das unidades.
Importante!
Cinesiologia é uma palavra derivada de dois verbos de origem grega: Kinein (cinesio-), 
que significa mover; e logos (-logia), que denota estudar. Logo, Cinesio-logia significa 
estudo do movimento, e você, estudante de Educação Física, não precisa se assustar, pois 
estará estudando seu objeto maior de atuação: o movimento. E o que é movimento? 
Pergunta esta que parece tão simples de ser respondida e, ao mesmotempo, faz com 
que pensemos bem antes de responder alguma coisa. Movimento pode ser entendido 
como o meio que utilizamos para interagir com o ambiente em que estamos inseridos. 
Uma pergunta um pouco complexa então pode ser feita: o que causa o movimento, 
especificamente o movimento humano? Ainda, por que os movimentos do ser humano 
são diferentes? O estudo do movimento e a descrição do mesmo nos permitirão 
responder perguntas como essas com mais propriedade. Mais uma vez, não se assuste 
com o termo cinesiologia, elimine qualquer pensamento negativo e aproveite para se 
aproximar ainda mais dos conhecimentos acerca do movimento humano.
Trocando ideias...
8
9
Talvez, com base em seus estudos anteriores em Anatomia, a preocupação com 
a memorização, a tarefa árdua de guardar conceitos e palavras até que de certa 
forma complicadas, faça com que você se preocupe, até porque se na Anatomia 
se buscava aprender termos e conceitos, em cinesiologia precisamos entender a 
aplicação prática desses termos e conceitos no movimento humano. Por exemplo, 
você conhece a localização dos músculos braquial, bíceps braquial e tríceps braquial, 
sabe que os mesmos cruzam a articulação do cotovelo, envolvendo os segmentos 
braço e antebraço, os quais são formados pelos ossos úmero, rádio e ulna. Agora 
você deve compreender o papel desses músculos nos movimentos de flexão e 
extensão do cotovelo. Esse é apenas um exemplo básico de aplicação de seus 
conhecimentos em Anatomia para uma anatomia funcional, ou melhor, para o 
estudo da cinesiologia.
Algumas dicas podem ser dadas para facilitarem a compreensão dos assuntos 
abordados nesta Disciplina.
Primeiro, entenda que o corpo humano possui uma organização lógica, isso é 
claro, levando em consideração que assim como na maioria dos aspectos da vida, 
existem certas exceções que na maioria dos casos também possuirão certa lógica.
Em segundo lugar, uma vez que se tenha boa compreensão da terminologia 
descritiva do movimento, uma vez que se entenda os conceitos tidos como 
“chaves”, a memorização estrita deixa de ser o principal aspecto. Por exemplo, se 
você souber os principais movimentos de uma articulação, o local aproximado de 
inserção de um músculo, sua configuração ou ângulo de tração, bem como qual 
superfície articular é abrangida pelo mesmo, você certamente saberá qual a ação 
específica desse mesmo músculo.
No exemplo acima dado sobre os segmentos braço e antebraço, conhecendo 
os principais movimentos da articulação que liga esses segmentos, conhecendo os 
músculos que cruzam tal articulação, bem como sua região de inserção, fica fácil 
assimilar que os músculos braquial e bíceps braquial são os principais responsáveis 
pela flexão de cotovelo, uma vez que estão inseridos anteriormente, enquanto o 
tríceps braquial, inserido posteriormente, é o principal responsável pelo movimento 
de extensão do cotovelo.
Perceba então que relembrar aspectos centrais de anatomia facilitará o 
entendimento das funções dos sistemas ósseo, articular e muscular na realização de 
dado movimento, não sendo o estudo da cinesiologia algo assim tão complicado ou 
desconhecido. Obviamente, exigirá certo comprometimento por sua parte, assim 
como no caso daquele que pratica exercícios físicos semanalmente para se obter 
melhores resultados, ou seja, deixar para estudar tudo de uma vez perto de uma 
prova não é o mais indicado.
O esforço em estudar cinesiologia lhe permitirá, como futuro professor de 
Educação Física, compreender melhor os movimentos realizados por seus alunos, 
bem como favorecer sua atuação, por exemplo, entendendo o porquê da dificuldade 
de alguns alunos em realizar certos movimentos e quais dicas pode fornecer para 
facilitar a aprendizagem de habilidades motoras. O conhecimento das partes que 
compõem os movimentos favorece a compreensão do todo, bem como o que fazer 
para alcançar determinados objetivos de movimento.
9
UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Iniciemos então nossos estudos, justamente entendendo um pouco mais 
da terminologia descritiva do movimento humano, a qual nos ajuda substituir o 
“decorar” pelo “entender” certos conceitos.
Terminologia do Movimento Humano
Vamos conversar um pouco mais sobre o movimento humano.
Importante!
Movimento engloba mudança de lugar, posição e/ou postura no espaço, algo que só 
é possível de ser identificado se relacionado a um ponto ou referência no ambiente.
Importante!
Essa referência pode ou não ser necessariamente externa, como a parede, a 
porta, o teto de uma sala, mas também interna, como a posição de um segmento 
corporal em relação a outro. Os movimentos são características comportamentais 
de um segmento corporal específico ou também de vários segmentos corporais 
atuando em conjunto.
Importante!
A partir de algumas características do movimento humano, podemos classificá-lo em 
tipos diferentes. Denomina-se movimento linear (ou de translação) o movimento ao 
longo de uma linha que pode ser reta (movimento retilíneo) ou curva (movimento 
curvilíneo), onde todas as partes do corpo envolvidas se movimentam na mesma 
direção e com a mesma velocidade. Já se atribui como movimento angular (ou de 
rotação) aquele que envolve a rotação ao redor de uma linha ou de um ponto central, ou 
seja, que possua um eixo de rotação. À combinação de movimentos lineares e angulares 
atribui-se como movimento geral.
Importante!
A seguir serão apresentados exemplos para esses três tipos de movimentos:
Figura 1 – Exemplo de movimento linear: a trajetória da cabeça e do tronco de uma pessoa 
enquanto se desloca pelo espaço são exemplos de movimentos lineares retilíneos. O movimento do 
corpo de um paraquedista ou a trajetória de uma bola ilustram movimentos lineares curvilíneos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Figura 2 – Exemplo de movimento angular: a maioria das articulações do corpo humano 
funciona como eixos de rotação. Um eixo externo ao corpo, como no caso de uma ginasta 
que se pendura em uma barra, ilustra também um movimento angular
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Figura 3 – Exemplo de movimento geral: uma pessoa, quando corre, realiza movimentos 
angulares (como pode ser visto nas articulações do cotovelo, quadril e joelho) e também, 
como consequência, movimentos lineares (como na trajetória da cabeça e do tronco)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Os movimentos podem ser estudados e/ou avaliados a partir de duas abordagens 
principais: qualitativa e quantitativa.
Importante!
Quando se descreve o movimento com base na observação direta do mesmo, ou seja, 
uma análise visual e não numérica, tem-se uma análise qualitativa.
Importante!
São exemplos da observação da “qualidade” do movimento: pesado ou leve, 
bom ou ruim, alto ou baixo, curto ou longo, perto ou longe, muito ou pouco etc. 
Perceba que nesse tipo de avaliação encontra-se presente certa subjetividade, ou 
seja, refere-se à perspectiva que se tem cada avaliador sobre o movimento observado, 
a qual não corresponde necessariamente a todas pessoas, estas que costumam ter 
percepções diferentes do que se é longe ou perto, grande ou pequeno, ou ainda 
mais longe ou mais perto, muito grande ou muito pequeno etc. Tal percepção está 
relacionada à concepção que cada pessoa possui sobre essas características gerais 
do movimento, sendo assim, essa análise, apesar de em alguns casos se mostrar 
muito importante, torna-se subjetiva.
11
UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Importante!
Quando se descreve o movimento numericamente, ou seja, atribui-se um valor às 
características do mesmo, tem-se uma avaliação quantitativa do movimento.
Importante!
São exemplos da avaliação da “quantidade” do movimento: dez segundos, cem 
metros, cinco voltas, três gols, seis cestas, noventa graus etc. Perceba que nessa 
condição de avaliação elimina-se a subjetividade a partir de dados e/ou medidas 
obtidas do próprio movimento.Acerca disso, argumenta o pesquisador britânico 
físico e matemático William Thomsom, mais conhecido como Lorde Kelvin: “[...] 
se pudermos medir aquilo de que falamos e demonstrar por meio de números 
o resultado, conhecemos algo sobre o assunto; mas, se não o pudermos, nosso 
conhecimento é deficiente e insatisfatório”. Tal pensamento é compartilhado no 
meio científico, onde para comprovação de uma descoberta, utiliza-se, na maioria 
das vezes, de valores numéricos os quais justamente eliminarão a subjetividade. 
Em contrapartida, na ação diária de profissionais que atuam com o movimento 
humano, como o professor de Educação Física, a análise qualitativa está sempre 
presente, por exemplo, ao observar se uma criança utiliza os braços para dar 
impulsão em um salto.
Tabela 1 – Exemplos de avaliação qualitativa e quantitativa do movimento humano
Exemplos das abordagens de avaliação do movimento
Qualitativo
(análise pode ser subjetiva)
Quantitativo
(atribuição de um número)
Lançamento, arremesso bom/ruim 25 metros, 10 passes, 5 cestas
Chute, salto alto/baixo 30 metros, 6 gols, 90 centímetros
Jogador, rebatedor rápido/lento 10 segundos, 30 minutos, 4 acertos
Arremesso, chute forte/fraco 100 quilômetros por hora, 3 defesas
Saque, passe longo/curto 2 pontos, 4 erros, 10 metros
Correu muito/pouco 2.000 metros, 15 voltas, 2 horas
Joelho, cotovelo flexionado/estendido 90 graus, 45 graus
Feitas essas considerações inicias acerca dos três tipos de movimentos (linear, 
angular e geral), bem como as duas abordagens para análise dos mesmos (qualitativa 
e quantitativa), podemos avançar acerca de alguns termos e conceitos específicos 
para a descrição do movimento humano.
Termos e Referências Anatômicas
Quando se deseja descrever o movimento humano, geralmente se busca 
descrever como as partes do corpo se movimentaram umas em relação as outras 
e/ou, ainda, em relação a alguma referência externa ao corpo. Essas partes do 
corpo recebem o nome de segmentos corporais, os quais são definidos com base 
em como estão constituídos seus tecidos (ósseo, articular e muscular), em especial, 
como os ossos estão conectados entre as partes.
12
13
Por exemplo, braço é o segmento localizado entre o ombro e o cotovelo (formado 
pelo osso úmero), antebraço é o segmento localizado entre o cotovelo e o punho 
(formado pelos ossos rádio e ulna) e mão é o segmento conectado apenas ao 
punho (formado pelos ossos carpais, metacarpais e falanges dos dedos). Esses três 
segmentos (braço, antebraço e mão) formam o membro superior, sendo o corpo 
humano formado por dois desses membros, sendo um o membro superior direito 
e o outro, o membro superior esquerdo.
Semelhantemente aos membros superiores, tem-se os dois membros inferiores 
(direito e esquerdo), sendo coxa o segmento localizado entre o quadril e o joelho 
(formado pelo osso fêmur), perna o segmento localizado entre o joelho e o tornozelo 
(formado pelos ossos tíbia e fíbula) e pé o segmento conectado apenas ao tornozelo 
(formado pelos ossos tarsais, metatarsais e falanges dos dedos).
Importante!
Os membros superiores e inferiores formam o esqueleto apendicular. Esses membros 
são tidos como as partes presas e/ou anexas às partes fi xas do corpo, as quais são 
pertencentes ao esqueleto axial. As partes fi xas do esqueleto axial nada mais são do que 
os segmentos cabeça (formado pelos ossos do crânio), pescoço (formado pelas vertebras 
cervicais) e tronco.
Importante!
Na verdade, o tronco pode ser subdivido por dois segmentos específicos: o 
tórax (formado pelas costelas, pelo externo e pelas vértebras torácicas) e o abdome 
(formado pelas vértebras lombares e contendo as vísceras abdominais). O esqueleto 
axial corresponde a cerca de 50% da massa corporal e, por serem as partes fixas do 
corpo, movimentam-se com maior lentidão quando comparadas às partes presas 
do esqueleto apendicular. Os segmentos do esqueleto apendicular são menores e 
mais rápidos à medida que se afastam do tronco, segmento no qual estão anexados.
Cabeça
Pescoço
Tórax
Abdome
Braço
Antebraço
Mão
Coxa
Perna
Pé
Tronco Membros
Superiores
Membros
Inferiores
Figura 4 – Termos anatômicos: segmentos corporais
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
13
UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
De forma geral, a maioria dos movimentos do corpo é angular. Movimentos 
angulares acontecem entre dois segmentos corporais que são adjacentes, ou seja, 
que estão conectados por um eixo de ligação. Movimentos angulares produzem 
movimentos lineares, por exemplo, quando uma pessoa caminha na rua, se 
pensarmos na trajetória de algum ponto específico do corpo, como a cabeça, 
observamos um movimento linear acontecendo. Entretanto, se nesse mesmo 
exemplo da caminhada, observarmos o movimento de segmentos adjacentes 
ligados por um eixo de rotação (articulação), como a coxa se movimentando em 
relação ao tronco, a perna se movimentando em relação à coxa, o pé em relação à 
perna, percebe-se que o quadril, joelho e tornozelo são as articulações responsáveis 
pelo movimento angular. Obviamente, o movimento do corpo como um todo é tido 
como um movimento geral, composto da combinação de movimentos angulares e 
lineares. Outro exemplo de movimento angular que produz movimento linear se dá 
em uma pessoa arremessando uma bola, sendo que a mesma utiliza seu membro 
superior realizando movimentos angulares para produzir uma trajetória curvilínea 
na bola que nada mais é que um exemplo de movimento linear.
O ser humano está em constante movimento, estando sujeito a mudanças 
frequentes na posição do seu corpo. Essas mudanças na posição do corpo podem 
ser descritas de diferentes maneiras, como no movimento de um segmento em 
relação a outro, ou em relação à posição do mesmo no espaço em referência 
ao chão, teto ou qualquer outra referência externa como um objeto qualquer no 
ambiente, ou ainda a posição de um segmento em relação a ele mesmo, a posição 
que o mesmo se encontrava antes da realização do movimento.
Pensemos no exemplo do arremesso dado anteriormente. Podemos descrever 
o movimento que acontece entre os segmentos mão e antebraço, antebraço 
e braço, braço e tronco etc. Podemos também descrever o movimento desses 
mesmos segmentos em relação ao ambiente externo, como na aproximação desses 
segmentos do chão, de alguma parede, outra pessoa que está por perto, na direção 
de um alvo que está próximo etc. Além desses exemplos, podemos descrever a 
mudança de posição dos segmentos em relação a eles mesmos, como o braço em 
relação ao próprio braço no instante anterior ao movimento. Perceba, assim, a 
importância de uma referência para descrição do movimento, sem uma referência 
é impossível descrever o movimento.
A fim de se estabelecer um ponto de partida para a descrição dos movimentos 
corporais, foi estabelecida uma posição neutra e/ou comum que servisse de base 
para descrever a organização do corpo humano ou, ainda, relatar a localização 
das estruturas corporais independentemente do ambiente externo em que o ser 
está inserido.
14
15
Importante!
Essa posição é conhecida como posição anatômica, sendo descrita como uma pessoa em 
pé, com o corpo ereto, com os olhos dirigidos para frente, os pés paralelos e ligeiramente 
afastados, os membros superiores pendentes ao lado do corpo e com as palmas das 
mãos voltadas para frente.
Importante!
Apesar dessa posição das mãos e antebraços não ser necessariamente a 
posição comum e/ou confortável, como no caso dos outros segmentos, ela facilita 
as descrições, possibilitando que as mesmas sejam acuradas. Uma outra posição 
de referência que também pode ser utilizada é a posição fundamental, a qual é 
praticamente igual a posição anatômica, com exceção justamente na posição das 
mãos, as quais devem ser posicionadas com as palmas voltadas para medialmente 
(para o corpo). Essa posição facilita a descrição de movimentos que envolvem a 
rotação dos membros superiores.
(b)(a)
Figura 5 – Posiçõesde referência: posição anatômica (a) e posição fundamental (b)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Além de posições de referência para o movimento, existem termos específicos 
para descrever a relação entre as partes do corpo ou a localização de um corpo e/
ou objeto externo, os quais vão, inclusive, servir para apontar a direção de um mo-
vimento que está ocorrendo. Esses termos específicos são denominados, justamen-
te, termos direcionais. A tabela a seguir resume alguns desses termos direcionais:
15
UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Tabela 2 – Termos direcionais
Termos direcionais Descrição Exemplo
Superior (cranial)
Direcionado e/ou próximo à cabeça (sinônimo de cranial 
em Zoologia), serve para descrição de uma parte que está 
acima de outra.
A cabeça está superior ao tronco, 
e o tronco superior à coxa.
Inferior (caudal)
Ponto mais afastado em relação à cabeça (sinônimo de 
caudal em Zoologia), serve para descrição de uma parte 
que está abaixo de outra (contrário a superior).
O tronco está inferior à cabeça, e a coxa 
inferior ao tronco.
Anterior (ventral)
Refere-se à frente do corpo (sinônimo de ventral em 
Zoologia), serve para descrição de uma parte que está 
localizada à frente de outra.
O esterno é anterior à escapula.
Posterior (dorsal)
Refere-se ao dorso (parte detrás) do corpo (sinônimo de 
dorsal em Zoologia), serve para descrição de uma parte que 
está localizada atrás de outra (contrário à anterior).
A escápula é posterior ao esterno.
ddd Medial Voltado e/ou direcionado para linha média do corpo. A ulna está medial ao rádio.
Lateral Voltado e/ou direcionado para longe da linha média do corpo (contrário a medial). O rádio está medial à ulna.
Proximal
Utilizado para descrever a localização dos membros 
superiores e inferiores. Proximal refere-se ao que está mais 
perto e/ou próximo do tronco.
A coxa é proximal em relação à perna. O 
antebraço é proximal em relação à mão.
Distal
Utilizado para descrever a localização dos membros 
superiores e inferiores. Distal refere-se ao que está mais 
longe e/ou afastado do tronco (contrário à proximal).
A perna é distal em relação à coxa. A 
mão é distal em relação ao antebraço.
Superficial Referente ao que está direcionado à superfície das estruturas do corpo (para fora do corpo). O couro cabeludo é superficial ao crânio.
Profundo
Referente à profundidade, ao que está direcionado de 
forma contrária à superfície das estruturas do corpo (para 
dentro do corpo).
Os músculos são profundos em 
relação à pele.
Bilateral Leva em consideração os dois lados de um mesmo corpo (direito e esquerdo).
No salto em distância realizar 
o movimento bilateral dos 
membros inferiores.
Ipsilateral
Leva em consideração apenas um dos lados de um 
mesmo corpo (direito ou esquerdo). Refere-se ao 
mesmo lado do corpo.
O membro superior direito é ipsilateral 
ao membro inferior direito.
Contralateral
Leva em consideração a oposição entre os dois lados de um 
mesmo corpo (direito versus esquerdo), refere-se ao lado 
oposto.
Na corrida, o membro superior direito 
se movimenta de forma contralateral ao 
membro superior esquerdo.
Decúbito dorsal
Utilizado para descrever a posição do corpo quando 
deitado. Decúbito dorsal refere-se ao dorso encostado na 
superfície em que se está deitado, com o ventre (abdome) 
direcionado para cima.
O exercício abdominal pode ser iniciado 
em decúbito dorsal, ou seja, deitado 
com as costas e glúteo encostados 
no chão.
Decúbito ventral
Utilizado para descrever a posição do corpo quando 
deitado. Decúbito ventral refere-se ao ventre (abdome) 
encostado na superfície em que se está deitado, com o 
dorso (costas) direcionado para cima (contrário a 
decúbito dorsal).
Os movimentos do nado crawl são 
realizados com o corpo em decúbito 
ventral, ou seja, deitado com a 
barriga para baixo.
Movimentos Articulares Básicos
Conforme já abordado, entre segmentos adjacentes, os quais estão conectados 
por uma articulação, ocorrem movimentos variados. Os movimentos que ocorrem 
nas articulações acontecem em diferentes direções, sendo que existem termos 
específicos que nomeiam esses movimentos de acordo com suas características. 
16
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A maioria dos movimentos do corpo humano ocorre nas articulações sinoviais, 
as quais são de um tipo de articulação denominado livremente móvel. Os tipos de 
articulações, suas estruturas, bem como a relação das mesmas com o movimento 
humano serão abordados com maiores detalhes ao longo desta Disciplina.
Ao se analisar o movimento de ossos adjacentes em torno de um eixo articular, 
ou seja, observar os movimentos angulares que correm no corpo humano, pode-
se dizer que se está estudando a osteocinemática. A osteocinemática se preocupa 
com os movimentos das articulações.
Dentre os possíveis movimentos que podem ser observados nas articulações 
do corpo humano, pode-se classificar aqueles mais comuns entre as articulações 
de movimentos articulares básicos. Sendo assim, denominamos movimentos bá-
sicos aqueles que ocorrem em combinações variadas na maioria das articulações 
do nosso corpo. Podemos resumi-los em seis tipos de movimentos, conforme 
listados a seguir:
I Flexão: aproximação entre dois ossos (segmentos) adjacentes;
II Extensão: afastamento entre dois ossos (segmentos) adjacentes;
III Abdução: movimento para longe da linha média do corpo;
IV Adução: movimento em direção à linha média do corpo;
V Rotação lateral: movimento ao redor de um eixo longitudinal e para 
longe da linha média do corpo;
VI Rotação medial: movimento ao redor de um eixo longitudinal e em 
direção à linha média do corpo.
Movimentos como flexão e extensão podem ser facilmente observados nas 
articulações do cotovelo, quadril e joelho. No cotovelo observa-se flexão quando 
ocorre aproximação entre os segmentos braço e antebraço, e extensão no 
afastamento entre os mesmos, como ao retornar à posição anatômica.
No quadril observa-se flexão na aproximação entre os segmentos tronco e 
coxa, seja no caso da coxa (direita ou esquerda) se movimentando em relação ao 
tronco, ou do tronco se movimentando em relação à coxa. Já a extensão se dá ao 
afastamento dos segmentos tronco e coxa, como ao retorno à posição anatômica.
No joelho, diferentemente do cotovelo e do quadril, em que os movimentos 
acontecem anteriormente ao corpo (para frente), os movimentos de flexão e 
extensão acontecem posteriormente ao corpo (para trás), sendo a aproximação 
entre perna e coxa tida como flexão, e o afastamento entre esses segmentos, 
extensão, mais uma vez, como no retorno à posição anatômica.
Perceba que enquanto o movimento de flexão pode indicar sair da posição 
anatômica, extensão é o movimento que acontece em direção ao retorno da 
posição anatômica. São também exemplos de flexão e extensão, respectivamente, 
aproximar e afastar a cabeça ao tórax, aproximar e afastar os dedos das mãos à 
palma da mão ou os dedos dos pés à sola do pé (na verdade, flexão e extensão 
também ocorrem entre as falanges dos dedos), ainda, aproximar ou afastar as mãos 
ao antebraço.
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UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Movimentos como abdução e adução também podem ser facilmente observados, 
no caso, nas articulações do ombro e do quadril. No ombro observa-se abdução 
quando ocorre o movimento do braço lateralmente para longe da linha média 
do corpo, e adução no movimento em direção à linha média do corpo, como 
ao retornar à posição anatômica. Similarmente, no quadril, observa-se abdução 
quando ocorre o movimento da coxa lateralmente para longe da linha média do 
corpo, e adução no movimento em direção à linha média do corpo, como ao 
retornar à posição anatômica. Como exceção, tem-se os movimentos dos dedos, no 
caso da mão, por exemplo, abdução que se dá ao afastamento dos dedos e adução 
à aproximação dos mesmos. Especificamente para o dedo médio (maior dedo da 
mão), não existe adução, mas somente abdução para direitaou para esquerda. 
Algo semelhante ocorre nos dedos dos pés, sendo no caso o segundo dedo do 
pé (geralmente o maior dos dedos) a situação específica de apenas abdução para 
direita ou para esquerda, não existindo adução.
Os movimentos de rotação, tanto lateral como medial, ocorrem apenas para 
alguns segmentos do esqueleto apendicular, especificamente nas articulações ombro 
e quadril. Já no esqueleto axial, ocorrem também movimentos de rotação dos 
segmentos, entretanto, esses movimentos são denominados rotação para direita 
ou para esquerda. Isso é óbvio se pensarmos que possuímos membros direitos e 
esquerdos no esqueleto apendicular, os quais podem rodar em direção à linha média 
do corpo ou contrária a essa direção, diferentemente dos segmentos do esqueleto 
axial, que são centrais e por isso rotacionam ou para a direita, ou para a esquerda, 
como no caso da cabeça e do tronco. Quando a superfície anterior dos segmentos 
braço e coxa rotacionam para dentro do corpo, observa-se rotação medial, a 
qual também pode ser chamada de rotação interna. Quando a superfície anterior 
desses mesmos segmentos corporais rotacionam para fora do corpo, observa-se 
rotação lateral, a qual também pode ser chamada de rotação externa. Na posição 
anatômica, ombro e quadril já se encontram em rotação lateral. Implica dizer que 
rotação medial ocorre para além da posição anatômica, enquanto rotação lateral 
ocorre em direção ao retorno da posição anatômica.
ExtensãoFlexão
Abdução
Adução
Rotação 
lateral
Rotação
medial
Figura 6 – Exemplos dos movimentos articulares básicos
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Movimentos Articulares Especiais
Os movimentos articulares especiais são assim denominados justamente 
porque só ocorrem entre segmentos específicos do corpo humano. Muitos desses 
movimentos poderiam ser listados aqui, entretanto, apenas aqueles considerados 
mais relevantes serão sucintamente apontados.
O primeiro que podemos destacar é o movimento de hiperextensão. Esse 
movimento é definido como a continuação da extensão para além da posição 
anatômica. De forma geral, podemos dizer que o ombro, o quadril e o pescoço são 
exemplos de articulações que podem ser hiperestendidas.
Outro movimento importante é a circundução, que na verdade reflete da 
combinação de movimentos básicos até aqui já estudados. Circundução pode ser 
simplificadamente entendida como um desenho de um cone imaginário no espaço, 
através da combinação de quatro movimentos articulares: flexão, abdução, extensão 
e adução. Obviamente, todas articulações que apresentam esses quatro movimentos 
básicos podem realizar circundução, por exemplo, se uma pessoa movimenta seu 
ombro passando por esses quatro movimentos, enquanto a extremidade proximal 
do segmento braço desenha um pequeno círculo no espaço, a extremidade distal 
desenha um círculo ainda maior. Faça você mesmo um teste: faça a circundução de 
ombro mantendo seu cotovelo estendido, agora imagine o desenho formado por 
sua mão, não seria justamente um círculo?
Circundução
do braço
Hiperextensão
Figura 7 – Exemplos dos movimentos articulares especiais: hiperextensão (a) e circundução (b)
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
A partir do movimento básico flexão, alguns movimentos especiais foram 
definidos. Por exemplo, flexão radial e flexão ulnar são movimentos especiais do 
punho que acontecem por conta da aproximação de dois segmentos adjacentes 
(conforme a definição de flexão já abordada). No caso, flexão radial (ou desvio 
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UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
radial) refere-se à aproximação do polegar lateralmente em direção ao rádio 
(osso do antebraço). Já flexão ulnar (ou desvio ulnar) refere-se à aproximação do 
dedo mínimo (quinto dedo), conhecido como o “dedindo” da mão, lateralmente 
em direção à ulna (osso do antebraço). Os movimentos de flexão radial e flexão 
ulnar podem também ser denominados, respectivamente, abdução e adução. Isso 
fica evidente se pensarmos que na abdução (flexão radial) se tem o movimento 
para longe da linha média do corpo, onde partindo da posição anatômica a mão 
é direcionada lateralmente, e na adução (flexão ulnar) se tem o movimento em 
direção da linha média do corpo, onde partindo da posição anatômica a mão é 
direcionada medialmente.
O termo flexão é outra vez utilizado para descrição do movimento do tronco 
e da cabeça para as laterais direita e esquerda. Flexão lateral direita refere-
se ao movimento no pescoço lateral para a direita, aproximando os segmentos 
cabeça e tronco, ou ao movimento no quadril lateral para a direita, aproximando 
os segmentos tronco e coxa. Obviamente, flexão lateral esquerda refere-se ao 
movimento contrário do descrito para a direita, ou seja, refere-se ao movimento no 
pescoço ou no quadril lateral para a esquerda, movimentando a cabeça em relação 
ao tronco ou o tronco em relação à coxa. Os termos básicos abdução e adução 
também aparecem novamente quando se busca descrever um movimento específico 
do ombro e do quadril na horizontal, o qual não pode ser descrito a partir da posição 
anatômica, pois trata-se de um movimento combinado que exige um movimento 
anterior de flexão ou abdução dessas articulações. Assim, abdução horizontal 
refere-se a um movimento horizontal do ombro ou do quadril direcionando o braço 
ou a coxa para longe da linha média do corpo e adução horizontal refere-se a um 
movimento horizontal do ombro ou do quadril direcionando o braço ou o quadril 
para perto da linha média do corpo.
Figura 8 – Exemplos dos movimentos articulares especiais
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Um movimento que frequentemente causa certa confusão de sua origem é a 
rotação de antebraço. Deve-se ter atenção para não confundir os movimentos 
básicos de rotação medial e lateral de ombro com os movimentos específicos de 
rotação do antebraço. Supinação e pronação são os termos específicos utilizados 
para descrição dos movimentos do cotovelo responsáveis pela rotação do antebraço. 
Supinação acontece quando a palma da mão está voltada anteriormente (para 
frente). Equivale dizer que na posição anatômica o antebraço (na verdade, uma 
articulação próxima ao cotovelo) encontra-se supinado. Pronação acontece quando 
a palma da mão está voltada posteriormente (para trás). Agora, equivale dizer que 
saindo da posição anatômica movimentando a palma da mão medialmente e/ou 
posteriormente, o antebraço encontra-se pronado. Com o cotovelo flexionado, a 
posição da palma da mão para cima ou para baixo refere-se, respectivamente, à 
supinação ou pronação.
Figura 9 – Movimentos articulares especiais: supinação e pronação
Fonte: Acervo do conteudista
Os movimentos entre os segmentos perna e pé recebem nomenclaturas 
especiais. Dorsiflexão é o movimento no tornozelo de aproximação anterior 
entre os segmentos perna e pé, o que mantém a lógica utilizada até então para o 
termo básico flexão então outras vezes utilizado. Já para o movimento contrário 
à dorsiflexão, utiliza-se um termo que pode resultar em certa confusão caso não 
seja lhe dado a devida atenção. Flexão plantar é o movimento no tornozelo de 
afastamento anterior entre os segmentos perna e pé, algo nos lembra do termo 
básico extensão, ou ainda aproximação posterior entre o segmento perna e a planta 
(sola) do pé, algo nos lembra mais uma vez do termo básico flexão. A fim de evitar 
qualquer erro relacionado ao entendimento dos movimentos do tornozelo, de maior 
atenção a esses movimentos especiais que são comuns de serem confundidos.
Dois outros movimentos especiais também ocorrem da região do tornozelo: 
inversão e eversão. Enquanto inversão é o movimento medial (para dentro) da 
planta do pé, o que seria algo como levantar a “borda interna do pé”, eversão 
é o movimento lateral (para fora) da planta do pé, o que seria algo como levantar 
a “borda externa do pé”.
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UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Figura 10 –Exemplos de movimentos articulares especiais
Fonte: Acervo do conteudista
Os últimos movimentos especiais a serem aqui descritos são resultados da in-
teração de mais de uma articulação do corpo humano, onde existe movimentos 
lineares e/ou de deslize nas estruturas ósseas, detalhes que serão melhor abor-
dados ao longo das próximas unidades de estudo. Por enquanto, digamos que 
os movimentos que serão descritos ocorrem no “complexo do ombro”, nome 
atribuído ao conjunto de articulações que pertencem a essa região do corpo. 
A referência para descrição dos movimentos corresponderá às escápulas, dois 
ossos triangulares localizados mais superficialmente na região posterior do tó-
rax, simplificadamente, aqueles que você facilmente observa nas costas de uma 
pessoa que está com os membros superiores para trás. Elevação e depressão 
são, respectivamente, o movimento para cima e para baixo das escápulas, 
algo como aproximar e afastar os ombros da cabeça. Protração (também 
conhecida como protrusão) e retração (também conhecida como retrusão) são, 
respectivamente, o movimento de afastamento e aproximação das escápulas. 
Além desses movimentos, podem também ser observados os movimentos de 
rotação para cima (também conhecido como rotação lateral) e rotação para 
baixo (também conhecido como rotação medial) das escápulas, decorrentes do 
movimento de abdução e adução de ombro, respectivamente.
Exemplos de movimentos articulares especiais: https://goo.gl/VwIpJT
Ex
pl
or
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Planos e Eixos de Movimento (Anatômicos)
Em cinesiologia, o corpo humano é dividido por três planos cardinais, que 
correspondem a planos fixos e imaginários de referência que possibilitam a descrição 
dos movimentos nas três dimensões, ou seja, de forma tridimensional. Um plano é 
uma superfície bidimensional com orientação definida pelas coordenadas espaciais 
de três pontos distintos, não pertencentes à mesma linha. Calma! À primeira 
vista tais definições causam certo espanto por serem de certa forma difíceis de 
serem entendidas. Para facilitar sua compreensão, antes de mais nada, observe 
cuidadosamente a representação do corpo humano dividido pelos três planos 
anatômicos de referência: (1) plano sagital, (2) plano frontal e (3) plano transversal.
Figura 12 – Planos anatômicos de referência
Fonte: Wikimedia/commons
O (1) plano sagital atravessa o corpo da parte anterior para posterior, dividindo 
o mesmo verticalmente em duas metades – direita e esquerda –, sendo as metades 
exatamente iguais. Já o (2) plano frontal atravessa o corpo de lado a lado, dividindo o 
mesmo verticalmente nas metades anterior e posterior, que também são exatamente 
iguais. Por último – e não menos importante –, o (3) plano transversal atravessa o 
corpo horizontalmente, separando o mesmo em metades iguais, sendo uma superior 
e outra, inferior. Para um indivíduo na posição anatômica, esses três planos cardinais 
que atravessam exatamente a linha média do corpo coincidem num ponto central do 
corpo humano, denominado centro de massa e/ou centro de gravidade, o qual será 
abordado com mais detalhes em outras unidades. Por agora, o importante a se des-
tacar é que todos os movimentos corporais, básicos e especiais, são descritos a partir 
desses três planos de referência, sendo que cada articulação realizará movimentos 
específicos em um, dois ou nos três planos de movimento.
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UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Os segmentos corporais se movimentam ao redor de um eixo de rotação que 
passa através da articulação na qual estão inseridos. Lembrando que a maioria dos 
movimentos do corpo humano é angular, possuindo, assim, um eixo de rotação. 
Para cada plano anatômico existe um eixo imaginário correspondente e que é per-
pendicular à orientação do mesmo, como que um eixo que permite a rotação de 
cada plano, a mesma lógica aplicada às articulações do corpo humano. O (1) eixo 
médio-lateral é perpendicular ao plano sagital. O (2) eixo anteroposterior é perpen-
dicular ao plano frontal. Já no plano transverso, a rotação acontece por meio de 
um (3) eixo longitudinal (vertical). Assim, para cada plano de referência se tem as-
sociado um eixo único de rotação que é sempre perpendicular ao respectivo plano.
Importante!
A melhor visualização de qualquer movimento é obtida quando o observador se 
posiciona perpendicularmente ao plano de movimento, pois nessa posição é possível 
visualizar o movimento ocorrendo ao longo de seu eixo de rotação. Tal consideração é 
muito importante, pensando na atuação do professor de Educação Física buscando o 
melhor posicionamento para que consiga melhor visualizar os movimentos realizados 
por seus alunos.
Importante!
É bem verdade que nem sempre os movimentos acontecem exatamente alinhados 
à orientação de um dos planos, ou seja, os movimentos não necessariamente são 
planos, mas isso não impede que os planos anatômicos sejam úteis para melhor 
descrição do movimento, até porque, na verdade, os movimentos em cada plano são 
determinados como que se acontecessem principalmente em um dos planos, seja no 
sagital, frontal ou transversal. Pode-se dizer que o melhor posicionamento para se 
observar movimentos que acontecem principalmente no plano sagital seja ao lado 
do corpo de quem os realiza. Já no plano frontal, o melhor posicionamento seria 
à frente ou atrás do corpo, obviamente, dependendo das principais características 
dos movimentos que se deseja observar. No caso do plano transversal, o melhor 
posicionamento para visualização seria acima ou abaixo do corpo de que executa os 
movimentos, algo que quase sempre não é possível de ser feito. Nessas condições, 
o ideal é que o observador “circule” a pessoa que se movimenta, procurando pela 
melhor condição de visualização do movimento.
Tabela 3 – Planos, eixos e principais movimentos articulares
Plano Eixo Movimentos articulares
Sagital ML Flexão, extensãoFlexão plantar, dorsiflexão
Frontal AP
Abdução, adução
Flexão radial, flexão ulnar
Inversão, eversão
Transversal Long.
Rotação medial, rotação lateral
Rotação para a direita e para a esquerda
Supinação, pronação
Abdução horizontal, adução horizontal
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Características Mecânicas do 
Movimento Humano
Importante!
Podemos definir biomecânica como a área que se preocupa com o estudo das forças 
e de seus efeitos que atuam nos seres vivos, bem como as forças que são produzidas 
por esses.
Importante!
Inicialmente, assumimos a biomecânica como parte do estudo em cinesiologia, 
um campo de estudo mais específico que se refere à utilização dos princípios da 
mecânica, esta que é um ramo da Física, somado ao estudo dos organismos vivos, 
ramo da Biologia.
Se nos atentarmos um pouco mais para a mecânica, podemos defini-la como 
a Ciência que se interessa pelos efeitos das forças ativas nos objetos. Os objetos 
pelos quais estamos interessados em nossa área de estudo são os humanos e os 
implementos que podem manipular no esporte, no exercício, e/ou na prática de 
atividade física.
O estudo em mecânica pode ser subdividido em mecânica estática, a qual envolve 
os objetos em repouso ou que se movem em velocidade constante; e mecânica 
dinâmica, a qual envolve os objetos que estão em movimento acelerado. Na maioria 
das situações do movimento humano (se não todas), a mecânica dinâmica é a mais 
aplicável. Dentro da mecânica dinâmica ainda existem as subdivisões da cinética e 
da cinemática, campos os quais se referem a análises específicas dos movimentos.
Importante!
Cinética, simplificadamente, é a área da mecânica que se preocupa com as 
forças que causam ou tendem a causar mudanças no movimento, levando em 
consideração tanto forças internas como externas que atuam no ser humano. Já a 
cinemática se preocupa, principalmente, em descrever os movimentos em termos 
espaciais e temporais, sem necessariamente levar em consideração as forças que 
causam os movimentos.
Importante!
Posteriormente, os campos da cinética e da cinemática serão melhoresexplorados nas demais unidades. Por já, importa abordar algumas dessas definições 
básicas em biomecânica, além de estudarmos algumas características da mecânica 
do movimento humano.
De maneira geral, a biomecânica nos permite descrever, analisar e/ou avaliar 
o movimento humano. Conforme já discutido, o movimento humano poder ser 
avaliado de forma qualitativa, preocupando-se principalmente em como os movi-
25
UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
mentos são realizados, ou seja, na qualidade que os mesmos são executados (bom, 
ruim, perto, longe, forte, fraco etc.), ou também de forma quantitativa, importan-
do-se em atribuir números a partir de grandezas conhecidas e trazendo precisão 
às análises (20 m, 30 s, 100 km/h etc.). Entenda como grandeza tudo aquilo que 
pode ser medido e comparado com um padrão. Na mecânica, as principais gran-
dezas físicas fundamentais utilizadas e medidas são comprimento, tempo e massa.
Importante!
As unidades de medidas dessas e de outras grandezas físicas são definidas 
pelo Sistema Internacional de unidades (SI), o qual foi justamente criado para 
sistematizar e padronizar as unidades de medidas, visando facilitar e uniformizar 
as medições em quase todo o mundo.
Importante!
Conheça o conversor de medidas acessando o seguinte link: https://goo.gl/G4L1qx
Ex
pl
or
Comprimento é a grandeza física usada para descrever a posição e/ou a mudança de 
posição de um objeto no espaço.
A partir dessa grandeza torna-se possível definir dimensões importantes na Educa-
ção Física, tais como tamanho do campo, da quadra, do gol ou de um alvo qualquer, 
altura da cesta, da rede, posicionamento de uma equipe etc. A partir dessa grandeza 
é possível obter dados importantes na avaliação, como as medidas antropométricas 
estatura (altura), comprimento e circunferências dos segmentos corporais etc. A uni-
dade básica de comprimento estabelecida pelo SI é metro, simbolizado pela letra 
m. O sistema métrico é composto de números múltiplos de 10, sendo que outras 
unidades de medidas relacionadas podem ser utilizadas, como quilômetros (km), cen-
tímetros (cm) e milímetros (mm), as quais, sem dúvida, você já deve ter ouvido falar. 1 
km equivale a 1.000 m, 1 cm equivale a 0,01 m e 1 mm equivale a 0,001 m.
Tempo é grandeza física utilizada para se descrever a sequência de eventos 
baseando-se em um referencial.
Na verdade, mais que definido em palavras, tempo é algo melhor compreendido 
pela vivência: sem dúvida você entende ao que se refere o tempo, no seu dia a dia 
você utiliza um relógio, cumpre horários, evita atrasos, programa-se para realizar 
determinadas tarefas ao longo de um dia de 24 horas que passa independentemente 
da vontade de ser. Assim, tempo é absoluto e uniforme, existe indiferente à 
localização geográfica, transcorrendo em qualquer ocasião da mesma forma, não 
evoluindo nem mais depressa nem mais devagar. Em biomecânica, tempo é uma 
importante medida de desempenho, como definir quem vence uma corrida, definir 
o tempo de reação ou de movimento de uma pessoa, definir duração e intervalos 
26
27
de um jogo etc. A unidade básica do tempo estabelecida pelo SI é segundo, 
simbolizado pela letra s. Existem outras unidades de medidas relacionadas a essa 
e que, sem dúvida, assim como para o sistema métrico, você já conhece. Por 
exemplo, 1 hora (h) equivale a 60 minutos (min) ou a 3.600 s, 1 min equivale a 60 
s, 1 dia equivale a 24h etc.
Com medidas de comprimento e tempo já se pode descrever o movimento.
Por exemplo, você pode descrever a distância percorrida por um corredor, o 
tempo gasto pelo mesmo, bem como calcular outras variáveis (medidas) derivadas, 
tais como a velocidade ou a aceleração desse corredor. Entretanto, para se obter 
informações relacionadas às forças que atuam no movimento humano, no caso 
do exemplo do corredor, fazer considerações específicas como saber quantidade 
de força que esse corredor fez para acelerar seu corpo (aumentar sua velocidade 
de corrida), ou ainda num salto, saber a quantidade de força que uma pessoa deve 
ser exercer sobre o chão para alcançar determinada distância ou altura no salto, 
para se obter informações específicas como essas, uma terceira grandeza básica da 
mecânica, também muito importante, deve ser levada em consideração: a grandeza 
física massa.
Massa é a quantidade de matéria que compõe um corpo.
Podemos também dizer que massa é uma medida quantitativa de inércia. E você 
pode questionar: e o que é inércia? Simplificadamente, inércia é a propriedade do 
corpo de resistir a mudanças no seu movimento. Quanto maior a massa de um 
corpo, mais difícil será iniciar, parar ou alterar o movimento do mesmo, como ao 
mudar a direção e/ou velocidade. Massa é o que você visualiza no visor de uma 
balança quando deseja saber quanto “pesa”, que na verdade não é seu peso, mais 
sim sua massa corporal. Esse é um assunto que também voltará a ser abordado 
posteriormente. Cabe neste momento apenas destacar que a unidade básica da 
grandeza massa estabelecida pelo SI é quilogramas, simbolizado pelas letras kg. 
Assim como para comprimento e tempo, existem outras unidades de medidas 
relacionadas, as quais você provavelmente também já conheça. Por exemplo, 1 
tonelada (t) equivale a 1.000 kg, 1 kg a 1.000 gramas (g) etc.
Importante!
Comprimento, tempo e massa são as grandezas físicas básicas da mecânica. Todas a 
demais grandezas físicas usadas na mecânica são derivadas a partir dessas três. Apesar 
disso, com comprimento e tempo já se pode descrever o movimento humano, isso é 
claro, sem levar em consideração as forças que causam o mesmo. As unidades de medida 
dessas três grandezas principais segundo o SI são: metros (m) para o comprimento; 
segundos (s) para o tempo; e quilogramas (kg) para a massa.
Em Síntese
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UNIDADE Introdução à Cinesiologia e Terminologia 
Básica do Movimento Humano
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Atlas Fotográfico de Anatomia
COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas fotográfico de anatomia. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2009.
https://goo.gl/FuSRGj
Manual de Cinesiologia Estrutural
FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. Barueri, SP: Manole, 2011.
https://goo.gl/yidius
 Livros
Cinesiologia Clínica e Anatomia
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.
 Leitura
Planeta Educação
NOGUEIRA, F. Q. Weighs, measures and units. Planeta Educação. 2006.
https://goo.gl/vprZrF
28
29
Referências
HALL, S. J. Biomecânica básica. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. Bases biomecânicas do movimento humano. 2. ed. 
Barueri, SP: Manole, 2008.
MCGINNIS, P. M. Biomecânica do esporte e do exercício. Porto Alegre, RS: 
Artmed, 2015.
29

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