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 Licenciatura pedagogia 
Roseli Augusta dos Santos Sousa 
 UNOPAR
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar 
Mogi das Cruzes 
2019 
Roseli Augusta dos Santos Sousa 
Desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar 
Trabalho de pedagogia apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Psicologia da educação e da aprendizagem, Ética, política e cidadania, Políticas Públicas da educação básica, Metodologia Científica, Educação e Diversidade, Práticas Pedagógicas: gestão da aprendizagem e Educação à distância 
Orientador: Prof. Mayra Campos Francisca dos Santos, José Adir Lins Machado, Natália Gomes dos Santos, Regina Célia Damiz, Natália Germano Gejao Dias, Renata de Souza Franca Bastos de Almeida e Lilian Amaral da Silva Souza. Tutor a Distância: Angelita Martins Guedes, Tutor Presencial: Gelci.
Mogi das Cruzes 
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4
3 CONCLUSÃO............................................................................................................9
4 REFERÊNCIAS.......................................................................................................10
INTRODUÇÃO
Este portfólio tem como objetivo abordar o significado e contexto das relações de gênero, que se estabelece na rotina escolar com o objetivo de estimular a cerca das desigualdades existentes entre homem e mulher em nosso país, sobretudo incentivar a igualdade de gênero, e assim foi possível constatar que as relações de gênero, nem sempre estão nos currículos das escolas e no curso de formação de professores com o objetivo de discussão e análise, é onde tem que entrar a autonomia e a prática educativa docente. 
DESENVOLVIMENTO
Os desafios sem dúvida é a mudança de pensamento que acabamos formando em nossa vida, desde quando nascemos, como por exemplo ,a menina sempre se destaca mais na escola na área do aprendizado porque menina é sempre mais caprichosa e inteligente , menino é agitado e só faz bagunça sempre ouvimos essas comparações para poder explicar a diferença entre meninas e meninos. Infelizmente a vida toda sempre teve essas comparações, quando um motorista bate ou é ruim, as pessoas automaticamente já julgam ao sexo feminino, ou quando um homem ajuda a sua esposa em casa com os afazeres domésticos sempre tem uma piadinha, limpar , cuidar da casa e filhos é coisa de mulher. Segundo o livro Diferentes ,não desiguais ,quando generalizações como essas são repetidas em casa, na igreja, na televisão ,na escola ou nas diversas situações do dia a dia, reafirmam se normas de gênero, toda vez que uma pessoa diz “isso é coisa de menina “,mulher é assim ou “homem não faz isso, não está apenas justificando comportamentos a partir da diferença entre sexos, mas também está ensinando como ela toda sociedade esperam que homens e mulheres, meninas e meninos se comportem é limitando suas possibilidade de existir no mundo. 
Então com todas essas comparações no âmbito escolar acaba sempre difícil, mais ainda na fase da adolescência que está em processo de transformações, é onde tem que entrar os educadores e também as famílias para abordar a igualdade de gênero na escola para que seja um sistema educacional inclusivo. 
A escola não é a única instituição que participa desse processo da igualdade de gênero, mais é uma das mais importantes, principalmente na fase da adolescência. 
A escola desempenha um papel importante na construção das identidades de gênero e das identidades sexuais, pois como parte de uma sociedade que descrimina, ela produz e reproduz desigualdades de gênero, raça, etnia, bem como se constitui em um espaço generificado ( Louro 1997).
E que possamos lutar todos juntos para essa mudança que homens e mulheres tenham o mesmo direito e respeito, as mulheres acabam sofrendo muito mais com essa desigualdade, foram décadas sem ter direito, não podia nem sonhar, já eram treinadas desde que nascia para ser esposas, mães e donas de casa e os homens por ter total posse de suas esposas se tornavam muito machistas, e ainda hoje em dia ainda tem o machismo, e assim acaba tendo violências, mortes, esse comportamento ao longo da história , e que é mantido até hoje, ainda bem que hoje algumas mulheres denunciam e lutam contra a violência, em busca de seus direitos e de promover a igualdade de gênero. 
A igualdade sexual ou igualdade de gênero significa que as mulheres e os homens tem que ter o mesmo deveres e direitos, além disso é considerado a base para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações segundo Juliana da Fonseca Bezerra (2016).
Silva (2010) , esclarece que hoje a política está vinculada a um sistema neoliberal que tem como objetivo os valores econômicos, intensamente associada a masculinidade, competitividade, desempenho, racionalidade tecnológica, eficácia , produtividade, tais objetivos associados a característica masculina levam a discriminação da mulher, estes conceitos demonstram que é necessário mudar as estruturas educacionais e se voltar a discussão de gêneros , dentro das salas de aula ,preparando os alunos para atuarem na sociedade de maneira igualitária. 
Faz se necessário educar para compreensão significativa e igualitária da identidade de gênero de modo a representar homens e mulheres, masculino e feminino, como formas psico-históricas da condição Humana, iguais em sua potencialidade de hominização e humanização e diferentes em suas expressões culturais , subjetivas e ontológica ( Nunes, Silva (2016).
Para Foucault(1995) o poder e o saber estão entrelaçados. 
O poder não é apenas coercitivo ou repressor, mais produtivo, heterogêneo , e atua por meio de práticas e técnicas que foram inventadas, aperfeiçoadas e se desenvolvem sem cessar, existe uma verdadeira tecnologia de poder, ou melhor de poderes que tem cada um sua própria história “(Foucault, 1999 pág.241).
 E a desigualdade não acaba por aí, a nossa sociedade sempre diferenciou mulheres e homens em prática social, e sempre atribuiu muito valor as características dos homens , e quando se faz um levantamento os homens ainda no século 21 estão em posições superiores na sociedade posições de lideranças e quando você vê uma atribuição assim de maior ou menor valor é onde gera a desigualdade ,e também as desigualdades que temos no nosso cotidiano, principalmente nas escolas que a desigualdade de raça, etnia e de crenças são muito comuns entre adolescentes, nas escolas é onde os adolescentes mas se defrontam de forma contundente com a vivência de racismo e da discriminação racial e social. 
Só é triste ser sempre diminuído por ser mulher, homem, ou porque o homem é o melhor em tudo , e a mulher só serve para procriar, ou sentido contrário o homem é mole e preguiçoso e a mulher é 1001 utilidades, é a mais inteligente e vice-versa, mas também tem que lidar com está questão de raça, onde é muito triste você não ter um espaço, onde os alunos negros sofrem muita rejeição, aliados aos silêncio dos profissionais da educação em relações a essas prática .
É nessa fase da adolescência que eles sofrem e acaba tendo grandes sequelas na auto estima desses jovens, repercutindo negativamente no se desenvolvimento e também na sua capacidade escolar. 
O artigo 1° da convenção define a descriminação racial como qualquer distinção, inclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor descendência ou origem nacional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade dos direitos humanose liberdades fundamentais. 
Essa mesma lógica inspirou a definição de discriminação contra a mulher, quando da adoção da convenção sobre eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, pela ONU em 1979.
A discriminação ocorre quando somos tratados iguais, em situações diferentes e como diferentes em situações iguais. (Ministério da educação/secretaria de educação básica, Brasília, 2007).
E voltando no assunto sobre o importante papel da escola e da família na fase do desenvolvimento dos adolescentes, pode dizer que a escola onde influencia muito nessa transição de infância para a vida adulta, os adolescentes já tem seus valores inseridos por sua família, mas a escola é um lugar onde eles aprende a viver no coletivo e aprende a viver em sociedade é onde eles encontraram amigos e formam laços que é fundamental para o desenvolvimento humano.
Nesse processo da adolescência é bom que a família entenda o que o adolescente está sentido e valorizar suas opiniões para que os laços entre pais e filhos se fortaleçam .
E é nessa fase também que eles vão se debater com as diversidades é onde eles aprende a lidar com os conflitos e também aprende a ter a independência.
Porque a educação se inicia em casa e se estende no espaço escolar ,assim formando um ser humano digno de valores, por isso é muito importante a integração dos educadores e da família para uma vida integrada e feliz. 
Gênero é um conceito que se refere à uma construção cultural, é uma construção humana e histórica onde desde o começo o homem sempre foi visto como provedor é assim mulheres como sexo mais frágil e hoje tem que transformar o que foi construído a década. 
E para transformar essa ideologia que existe a séculos , é onde os educadores tem que se especializar em cursos e trabalhar em grupo com os adolescentes, porque acaba sendo um grande desafio é requer muita disciplina para mudança de uma história imposta a vida Toda.
Cada educador vai ter um ter um desafio, o que mudar na escola, como impor as desigualdades de gênero, ensinando primeiramente o respeito entre os alunos e colocando em prática pedagógica a relação de gênero, contribuindo com a construção de uma educação inclusiva. 
Então é preciso uma reflexão sobre alguns conceitos, como raça,etnia, racismo, diversidade cultural, esse conceito de raça começa desde século 18, onde classificaram o grupo humano sobre hierarquia, ou acabaram que o grupo brancos fosse Considerado superiores em consideração a cor da pele, o branco era considerado mais bonito, inteligente enquanto o grupo amarelo e negro ficaram considerados como inferior e principalmente os negros ,que foi considerado menos inteligente e a partir daí começou o racismo, o problema do racismo que interfere diretamente no processo de formação de identidade pessoal. 
Infelizmente ainda temos esses problemas com o racismo, onde interfere muito os adolescentes que muitas vezes não se aceita, sempre se achando a minoria. 
A base constitucional da princípio da igualdade é igual a dignidade social de todos .
O princípio da igualdade não garante assim o mesmo tratamento, mas um tratamento como igual ( Novais 2011).
É isso que temos que rever os nossos conceitos para podermos viver em um mundo melhor, onde ninguém é melhor ninguém, onde as classes sociais, as raças, homens, mulheres, meninas, meninos sejam tratados iguais, talvez na prática pareça difícil, mas com trabalho e muito esforço, conseguiremos Com certeza mudar esse conceito. 
Então é isso o maior desafio é a família, a escola juntos propor novos desafios, estimular os adolescentes com brincadeiras em conjuntos, é sempre incluir meninas e meninos e não separar , com pequenas atitudes ao longo do tempo gera grandes mudanças ,ensinando o respeito acima de tudo, segundo às análises de Rosemberg. (2001),a produção de conhecimento sobre o atual desenvolvimento de políticas públicas da educação, pela perspectiva da redução da redução da igualdade de gênero ,no sistema público de ensino brasileiro , ainda é escasso e segue ainda a tendência geral das pesquisas de gênero na educação, caracterizada pela precária divulgação. 
Como vimos no texto acima precisa da ajuda de todos para poder divulgar sobre a igualdade e colocar em prática essas mudanças que são fundamentais para todas as pessoas, é assim todos podemos ter o mesmo direito, mas além de tudo um colocar se no lugar do outro, sabendo respeitar as diferenças .
CONCLUSÃO
A conclusão que cheguei sobre desafios e possibilidades da igualdade de gênero no espaço escolar , que podemos superar esses desafios com um trabalho em equipe com o profissional da educação e a família, só assim teremos bons resultados. 
REFERÊNCIAS
FOUCAULT. Michel Foucault .O sujeito e o poder.In:DREYFUS,H.;RABINOW,P.
(Orgs),Michel Foucault: Uma Trajetória filosófica: Para além do estruturalismo e da hermenêutica .Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995
BEZERRA. Juliana da Fonseca, RM da Silva...REVISTA BRASILEIRA EM PROMOÇÃO DA SAÚDE. Campinas. São Paulo, 2016.
LINS, Beatriz Accioly. DIFERENTES, NÃO DESIGUAIS:A QUESTÃO DE GÊNERO NA ESCOLA /Beatriz Accioly Lins, Bernardo Fonseca Machado e Michelle Escoura-1 ed-São Paulo: editora Reviravolta, 2016.
________ Ministério da Educação/secretaria de educação básica. Brasília 2007.
MIRANDA ,MEDEIROS,Jorge,Rui.(CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA ANOTADA) 3 vols. Coimbra, Coimbra Editora (2°edição).2010.
NOVAIS, Jorge Reis (2011).OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESTRUTURANTES DA REPÚBLICA PORTUGUESA ,Coimbra, Coimbra Editora (2011).
NUNES,C.A.;SILVA,E, A EDUCAÇÃO SEXUAL DA CRIANÇA: Subsídios Teóricos e propostas prática para uma abordagem da sexualidade para além da transversalidade. Campinas, SP:Autores Associados, 2006.
ROSEMBERG,F.CAMINHOS CRUZADOS:EDUCAÇÃO E GÊNERO NA PRODUÇÃO ACADÊMICA. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.27,n1.2001.
SILVA,C. FORMAÇÃO PROFISSIONAL, ESTÁGIO É GÊNERO: Aspectos da questão. Questões de gênero e educação ST.58.Disponível em:< http:// www.fazendogenero7.ufsc.br> Acesso em : 29

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