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O Jovem Karl Marx - resenha crítica

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Iasmin Rosa de Carvalho
Resenha do filme
“ O Jovem Karl Marx “
Campos dos Goytacazes
2020
O JOVEM KARL MARX: UMA INCRÍVEL JORNADA RUMO A ETERNIZAÇÃO NA HISTÓRIA
Iasmin Rosa de Carvalho
“ As revoluções são a locomotiva da história “
( Karl Marx )
RESUMO
 
 O drama biográfico “ O Jovem Marx “ (Le Jeune Karl Marx) com duração de 118 minutos, teve sua estreia mundial nos cinemas no dia 15 de junho de 2017 pela distribuidora e exportadora internacional Films Distributitions, e no Brasil somente após 6 meses, no dia 28 de Dezembro de 2017 pela distribuidora brasileira California Filmes. Dirigido pelo diretor esquerdista, o haitiano Raoul Peck indicado em 2017 ao Oscar de Melhor Documentário em Longa-metragem pelo filme-documentário I Am Not Your Negro. A produção do filme conta com 3 produtores, 3 coprodutores e 1 produtor associado.
 A obra não foi tão aclamada pelos críticos de cinema como The Guardian, Variety, O Globo e Folha de São Paulo, segundo estes, era esperado mais realismo e menos superficialidade no que diz respeito a história de Marx e sua luta em defesa do proletariado. 
 O filme sobre o grandioso sociólogo, historiador, economista, jornalista, filósofo e revolucionário socialista nascido na Prússia (hoje Alemanha) em 5 de maio de 1818, engloba o período de 1842 a 1848, do trabalho de Marx na Gazeta Renana (Rheinische Zeitung) a conclusão de O Manifesto Comunista (Das Kommunistische Manifest).
MARX E SUA LONGA JORNADA
 A obra cinematográfica começa retratando a trajetória do jovem alemão Karl Marx (August Diehl), aos 26 anos, em 1842 quando ainda era editor-chefe da Gazeta Renana em Colônia na Alemanha, onde defendia a massa pobre, política e socialmente sem classe. Em seus artigos nota-se a passagem do idealismo para o materialismo, e posteriormente da democracia revolucionária para o comunismo. As críticas ao filósofo alemão Geog Whilhelm Friedrich Hegel e suas ideias, também é algo notável em seus escritos. 
 Marx aparece discutindo com o conselho editorial da Gazeta, pressionando o por uma linha mais radical contra o governo prussiano, a polícia bate a porta e Marx se entrega para ser preso junto com o conselho inteiro, o jornal é censurado e eventualmente suspenso pelo governo. Desse modo, Marx aparenta ser um jovem lutador radical e promissor contra as autoridades, que posteriormente revidam de maneira feroz. 
 Em outra parte da Europa, Friedrich Engels (Stefan Konarske), filho de um burguês industrial dono de uma fábrica de tecidos em Manchester na Inglaterra, estava diante de outros desafios. Mesmo aparentando tamanha hipocrisia, Engels se solidarizava com os operários de seu pai, e com as condições desumanas e precárias que se encontravam. 
 É importante lembrar que no século XIX a Europa está vivendo a queda dos regimes absolutistas, a ascensão da burguesia e principalmente, o surgimento de uma nova classe de operários de fábricas, cujas condições de trabalho e exploração são o combustível para tanta euforia política.
 Durante uma visita a fábrica junto com seu pai, Vater Von Friedrich Engels (Peter Benedict), Engels se depara com trabalhadores revoltados e inconformados com suas condições de trabalho, ali ele conhece Mary Burns (Hannah Steele), que posteriormente seria sua companheira, uma jovem operária que assume a voz representando todo o proletariado daquela fábrica têxtil, expondo o terrível acidente de Roisin, uma mulher que teve seus 10 dedos decepados enquanto adormecia sobre uma máquina de trabalho; Mary segue defendendo seus direitos e condições frente a deplorável e exaustiva jornada trabalhista, salário e precariedade do ambiente trabalhista. Por sua vez, o pai de Engels de forma ríspida demite a moça, que fica incrédula com tamanha frieza. 
 Em 1844, Marx já se encontra em Paris junto com sua família, trabalhava no Anais Germânico-Franceses. Durante um banquete republicano ele conhece Pierre-Joseph Proudhon (Olivier Gourmet), um intelectual utópico e anarquista que defendia que “a propriedade é um roubo “. Marx o questiona por diversas vezes, e segundo o anarquista russo Bakunin, Marx encontra falhas na fala de Proudhon discordando do significado de propriedade e roubo mas, logo se interessa pelo seu discurso em defesa dos trabalhadores e crítico ao capitalismo porém, ainda o julga um tanto quanto abstrato. 
 Ainda em Paris, Marx e Engels se reencontram na casa de Ruge, o dono do jornal Anais Germânico-Franceses, mesmo tendo se conhecido em Berlim anteriormente, cena que não foi mostrada no filme. Marx demonstra certa indignação e desgosto por Engels ser filho de um industrialista burguês. Ainda sim Engels elogia sua obra “ Crítica a filosofia do direito de Hegel “ e Marx comenta sobre o livro de Engels “ A condição da classe trabalhadora na Inglaterra “, eles percebem que tem muito em comum e passam a discutir ideias, juntos resolvem escrever “ Crítica da Crítica Crítica “, título sugerido por Jenny, esposa de Marx, neste livro os autores resolvem fazer críticas a socialistas sentimentais de Berlim.
 Segundo Marx, o ponto central do capitalismo é a mercadoria, pois o trabalho é visto como mercadoria, e essa mercadoria é vendida ao dono da indústria, portanto, os operários são obrigados a vender para viver, e sem esse sistema não haveria lucro. Sendo assim, tanto o trabalho do operário quanto a vida humana passam a se tornar mercadoria. 
 Depois que Marx foi exilado de Paris, se muda para Bruxelas junto a Friedrich Engels, são aceitos na Liga dos Justos com sua ideia do comunismo. Logo depois, Marx se reencontra com Proudhon a fim de convencê-lo a fazer parte do movimento Liga dos Justos como correspondente da Liga na França, porém Proudhon nega a oferta. Nesse tempo ele entrega seu trabalho mais recente à Marx “Filosofia da Miséria”, e em resposta, o jovem escreve o livro “Miséria da Filosofia”.
 Durante um congresso em Londres em 1847, Engels torna-se de legado oficial de Bruxelas e apresenta um discurso onde demonstra desgosto pela burguesia a burguesia, e a forma com que o capitalismo explora o operário. Engels usa o livro “Miséria da Filosofia” de Marx como base de seu discurso e a firma que a revolução industrial criou o escravo moderno, ou seja, o proletariado, portanto, ao se libertar, ele libertará a humanidade. Essa liberdade é definida como comunismo, desta forma, a Liga dos Justos torna-se a Liga Comunista.
 Assim, Karl Marx e Friedrich Engels escrevem então “Manifesto do Partido Comunista”, como um tratado político, na qual se baseia na luta entre as duas classes que dividem a sociedade, o proletariado e a burguesia. O livro então descreve como a burguesia transformou a dignidade pessoal em valor de troca, e substituiu a liberdade do homem pela liberdade do comércio, assim como destruiu as famílias e as reduziu a relações monetárias. 
CONCLUSÃO
 Na verdade, acredito que a real intenção do diretor era demonstrar que a genialidade de Marx não estava em criar algo 100% novo, mas no impulso de querer compreender o mundo e transformá-lo, de querer reunir diversos conceitos que já orbitavam os teóricos da filosofia e sociologia e reuni-los em uma obra que explicasse o motor da história. mesmo que a fase (e o filme) até 1848 termine na publicação do Manifesto Comunista.
 “O Jovem Karl Marx” não se esforça para ser didático, mas acerta ao apresentar um Marx que nada mais é quem um homem do seu tempo: um escritor, filósofo, ensaísta político e econômico, cuja genialidade marcou uma época e influencia o mundo até os dias atuais.
BIBLIOGRAFIA 
O JOVEM Karl Marx. Direção de Raoul Peck. França: Velvet Film, 2017. 118 min.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2M5vo2n6G7Y&has_verified=1 
Acesso em 17 de Novembro de 2020.

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