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Questão Avaliativa-1002 direito do trabalho

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PAULINA laborava na residência da família BRACHO, em Manaus, havia cinco anos, onde exercia a função de cozinheira e copeira. Após referido período, engravidou de seu namorado CARLOS DANIEL, o qual, ao saber da notícia da gravidez, mudou-se sorrateiramente para o município de Coreaú, no interior do Ceará, onde, segundo notícias, conseguiu emprego em grande empreendimento da cidade. Todavia, o que CARLOS DANIEL não sabia era que PAULINA era coreauense, com diversos familiares ainda morando naquela cidade. PAULINA então resolveu partir para Coreaú em busca dos direitos de seu filho, solicitando de sua patroa, PAOLA BRACHO, que lhe “desse a conta” do emprego, levando em consideração sua gravidez e as dificuldades que enfrentaria. A patroa assim o fez, dispensando PAULINA sem justa causa para que pudesse partir em busca da nova vida em Coreaú.
Um ano depois do desligamento da empregada, PAOLA BRACHO recebe, em sua residência, citação em reclamação trabalhista em que estava sendo demandada, na Justiça do Trabalho da 7ª Região, pela dispensa sem justa causa de empregada estável.
PAOLA BRACHO contesta a reclamatória alegando que dispensou a empregada sem justa causa em ato de humanidade, de modo a lhe possibilitar o recebimento de aviso prévio e o saque integral do FGTS. Sequer tinha interesse no desligamento.
Na qualidade de renomado magistrado da área trabalhista, à luz dos princípios do Direito do Trabalho, teça considerações a respeito dos aspectos de direito material da demanda.
Tenho em vista os dados obtidos na questão dada podemos observa que paulina foi dispensada SEM JUSTA CAUSA, portanto ela terá o direito de 
O direito da empregada doméstica à estabilidade provisória da gestante tornou-se inquestionável a partir de 20 de julho de 2006. Nessa data foi publicada a Lei 11.324, que acrescentou o artigo 4º-A à Lei 5.859, de 11/12/1972 - a Lei do Trabalhador Doméstico. O artigo veda a dispensa com ou sem justa causa da empregada doméstica gestante. A lei prevê que, em caso de demissão, ela faz jus ao pagamento do salário até o quinto mês após o parto, com reflexos nas férias e décimo terceiro salário.
Antes disso, havia jurisprudência nos dois sentidos no TST. Alguns ministros defendiam a concessão enquanto outros negavam, porque o artigo 7º da Constituição da República não estendia aos empregados domésticos todos os direitos trabalhistas nele listados. No entanto, o artigo 7º, parágrafo único, da Constituição, em seu inciso XVIII, concedeu ao trabalhador doméstico o direito à licença de 120 dias da gestante.
Antes do advento da Lei 11.324/06, havia a regra geral do artigo 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição de 1988, protegendo o emprego da gestante, com uma estabilidade provisória, da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, contra dispensa sem justa causa ou arbitrária.

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