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Avaliação 2 Instrumentos e Recursos da Avaliação Psicológica

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Avaliação 2 – Instrumentos e Recursos da Avaliação Psicológica 	
A seguir será apresentado uma avaliação psicológica em que foi aplicado um teste projetivo. Após a leitura do caso, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as alternativas e justifique. 
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA - CASO CLÍNICO
1. Dados de identificação
Nome: A.M.S.; Idade: 22 anos; Escolaridade: ensino superior incompleto
2. Descrição da demanda: encaminhamento foi realizado pelo psiquiatra devido à necessidade de diagnóstico diferencial com suspeita de Transtorno do Humor Bipolar. Diante do histórico de fracasso acadêmico, reprovações e queixas de desatenção há suspeita de uma condição prévia comórbida, como o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). 
3. Técnicas e instrumentos utilizados
•	Entrevista clínica (com a paciente e com os pais)
História clínica (entrevista inicial): A. é a primeira filha e tem uma irmã mais nova de 12 anos. Relata que tem melhor relacionamento com a mãe e que “bate de frente” (SIC) com o pai, com quem já ficou sem falar por períodos de até seis meses. Durante a infância (a partir dos 9 anos), A. começou a apresentar sintomas depressivos, caracterizados por tristeza excessiva e falta de motivação, o que levou os pais a buscarem tratamento. Além disso, os pais relatam que a paciente relutava em aceitar limites, com comportamentos opositores, o que levava a dificuldades na interação familiar. Na adolescência, A. começou a apresentar sintomas e comportamentos de automutilação. No contexto dos relacionamentos amorosos, a paciente também se submetia a situações em que o prazer estava ligado a dor. A. começou a fazer uso de álcool e Cannabis, que foi se intensificando ao longo dos anos, colocando-a em condutas de risco relacionados à impulsividade com dificuldades de avaliar as consequências de seus atos. A. diz que tem dificuldades de manter os relacionamentos porque “enjoa das pessoas” (SIC) e acaba se afastando. Entretanto, seus pais relatam que ela tem muita dificuldade de aceitar críticas e de lidar com frustrações, reagindo de forma irritável e explosiva. No que se refere ao desempenho acadêmico, A. estudou em escolas particulares e aos 15 anos, começou a apresentar problemas na escola, quando repetiu duas vezes o 1º ano e não conseguiu sair do 2º ano, o que a levou a fazer o curso supletivo. Nesse período começou a apresentar queixas de desatenção e dificuldades de organização que a levaram às repetências, muitas vezes por faltas. Esse período coincide com o início do abuso de álcool e Cannabis. Nos últimos dois anos, a instabilidade da paciente se intensificou, com períodos de maior atividade e contatos sociais e outros de isolamento, desmotivação e tristeza. Essa oscilação afetou a funcionalidade da paciente nos contextos acadêmico e social. Nos últimos quatro meses, A. encontrava-se em um período depressivo em que não tinha contatos sociais (inclusive não utilizava celular), não frequentava a faculdade e dependia do suporte familiar, especialmente da presença da mãe, para realizar atividades diárias (como banho e alimentação). 
•	Escala de sintomas de TDAH na infância e a idade atual preenchida pela paciente e por um familiar
Sintomas atuais de desatenção e hiperatividade, com prejuízo os estudos, nas responsabilidades diárias e nas relações interpessoais. Entretanto, na escala da infância (5 aos 12 anos) não foram identificados sintomas, o que inviabiliza o diagnóstico de TDAH, já que a presença de sintomas na infância é um dos critérios necessários. 
•	H.T.P.
Foram constatados: dificuldades no ajustamento ao ambiente; fragilidade, com dificuldades de enfrentamento da realidade, por apresentar baixa tolerância à frustração e necessidade de gratificação imediata; tendência à expansão; sinais de ansiedade; comportamento dependente, seguido de necessidade de apoio e segurança; indícios de reações agressivas e impulsivas diante de situações que demandam controle emocional.
1) ( F ) Diante da demanda (diagnóstico diferencial THB e TDAH) a escolha do teste projetivo HTP foi assertiva, pois ele poderá discriminar aspectos diagnósticos em saúde mental. 
O teste projetivo ajuda a conhecer as características comportamentais, mostrando a presença ou a ausência dos sintomas. Assim, não é eficaz para reconhecer a intensidade e frequência dos sintomas.
Logo, o manual de HTP é importante para analisar outros instrumentos de avaliação mais a entrevista junto ao resultados dos testes.
O HTP deve ser adequado para indicação no processo de avaliação psicopatológico, mas não como um instrumento único de avaliação.
HTP: Casa- relação familiar, Arvore- ics personalidade, Pessoa- personalidade.
 
2) ( V ) Não é necessário usar dois testes projetivos para a Avaliação Psicológica, pois os teste possuem normatização revisada pelo conselho consultivo do SATEPSI. 
Não é necessário usar dois testes projetivos para a Avaliação Psicológica, pois os testes possuem uma normatização revisada pelo conselho consultivo do SATEPSI. 
O livro da cartilha não indica o uso somente de uma técnica, mas não proíbe. O SATEPSI por sua vez impõe a profissão, apesar que a aplicação de somente um teste trazem uma limitação ao instrumento e diminuição do erro. A interpretação passa pela compreensão do profissional avaliador, as principais características avaliadas pelo SATEPSI, a padronização e normatização do testes. 
Bibliografia: Cartilha de Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia
3) ( F ) A escolha do teste projetivo pode ter facilitado a avaliação de A. já que ela apresenta dificuldade de se comunicar, sintomas depressivos e tem comportamentos opositores. 
A escolha do teste projetivo, mesmo que a técnica do desenho favorece a comunicação e o HTP traria ainda inquérito estruturado que é obrigatório, esta na padronização. 
4) ( V ) De acordo com o SATEPSI os testes projetivos podem ser interpretados a partir de múltiplas abordagens e é obrigatório seguir o manual para aplicação. 
Conforme os testes projetivos são interpretados por múltiplas abordagens, não se faz a utilização exclusiva de apenas uma, mas é necessário seguir o manual para aplicação. No SATEPSI a correção é feita a partir da teoria, mas é confusa, por exemplo o TAT ( teoria da personalidade) utilizamos a risca o manual aplicação e correção, quando formos observar dentro da teoria psicológica, as informações coletadas podemos utilizar outra teoria. (mesclar). Nos resultados podemos usar diversas abordagens, mas a aplicação e correção do testes deve-se seguir o manual. 
Fonte: Koich Fabio, artigo Mitos e verdades no ensino de técnicas projetivas.
5) (F ) Testes objetivos são o oposto dos projetivos: não apresentam estímulos pouco estruturados, não permitem uma ampla variedade de respostas, o foco não é nos aspectos qualitativos e não importante desenvolver interação harmoniosa entre psicólogo e avaliando. 
Há uma ambiguidade e uma precipitada dedução de que os métodos projetivos são opostos aos testes objetivos que teriam maior aproximação da realidade do construto avaliado e de sua realidade, mesmo que os métodos projetivos envolvessem um grau extremo de subjetividade, existe equivoco também em vincular os testes projetivos à teoria psicanalítica, pois essa é apenas uma das alternativas de auxilio teórico para interpretação de resultados. 
É possível analisar e interpretar o desempenho de técnicas projetivas sob os pontos de vista teóricos, diferentes dentro da psicanalise, como é o caso da teoria sistêmica. 
Porém ambos os tipos de instrumento apreendem aspectos distintos de um mesmo estado motivacional, traço ou necessidade, sendo antes complementares do que opostos. 
O rapport é sempre necessário ambos os instrumentos.
Fonte Livro Avaliação psicológica: Aspectos teóricos e práticos
Manuela Ramos Caldas Lins e Juliane Callegaro Borsa Editora Vozes

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