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Introdução ao Desenho Técnico

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Desenho Técnico I 
 
 
Material de Consulta para os Alunos 
 
1º Tópico – Introdução 
 
O desenho foi a primeira forma racional que o homem encontrou de expressar suas 
ideias, desejos etc. O desenho é mais antigo do que o próprio alfabeto, inclusive, os 
primeiros alfabeto foram criados baseados em figuras, e não com representação 
alfanumérica. 
 
Seria praticamente impossível, para uma linha de produção, a montagem de quaisquer 
equipamentos sem um esquema, assim como, seria problemática a análise dos circuitos 
na hora de se executar uma reparação. 
 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou determinadas regras para 
a padronização na elaboração de qualquer tipo de desenho, que vão desde o formato de 
papel, até a simbologia que deve ser aplicada. 
 
 
1.1 – Classificação dos desenhos 
 
1.1.1 – Quanto ao aspecto geométrico 
 
a) Desenho projetivo → Desenho resultante da projeção do objeto sobre um ou mais 
planos que fazem coincidir com o do próprio desenho, e compreende: 
 
• Vistas ortográficas → Figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do 
objeto, sobre planos previamente escolhidos, de modo a representar, com 
exatidão, a forma do mesmo com detalhes. 
 
 
 
• Perspectiva → Figura resultante de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único 
 Desenho Técnico I 
 
plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto. 
 
 
b) Desenho não projetivo → Desenho não subordinado à correspondência, por meio de 
projeções, entre as figuras que o constituem e o que é por ele representado. Compreende 
larga variedade de representações gráficas, tais como: diagramas, esquemas, ábacos, 
organogramas, gráficos etc. 
 
 
1.1.2 – Quanto ao grau de elaboração 
 
• Esboço → Aplicado aos estágios iniciais da elaboração de um projeto podendo, 
entretanto, servir como representação de elementos existentes. Pode ser 
elaborado à mão-livre, sem a utilização de qualquer tipo de instrumento (régua, 
esquadros, gabaritos e etc.), e em qualquer tipo de papel. 
 
• Desenho preliminar → Representação gráfica empregada nos estágios 
intermediários da elaboração do projeto, sujeito ainda a alterações. Pode ser 
chamado de anteprojeto. 
 
• Desenho definitivo → É a apresentação da solução final do projeto, contendo 
elementos necessários à sua execução e compreensão. Pode ser chamado de 
desenho executivo. 
 
Nota: Se porventura, durante a execução dos projetos, houver a necessidade de se 
efetuar qualquer alteração no projeto original, deve-se consultar o projetista, e registrar a 
alteração no desenho definitivo. Este processo recebe o nome de “As built”. 
 
 
1.1.3 – Quanto ao grau de pormenorização 
 
• Detalhe → Desenho de componente isolado ou parte de um todo complexo, 
visando dar destaque à determinada parte do projeto. 
 
• Desenho de conjunto → Desenho mostrando reunidos vários componentes ou 
etapas, que se associam formando um todo. 
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1.1.4 – Quanto ao material empregado 
• Desenho a lápis 
• Desenho a tinta (nanquim) 
• Desenho a giz, carvão etc. 
 
 
1.1.5 – Quanto à técnica de execução 
 
• Desenho a mão-livre → Técnica utilizada para a elaboração de esboços. 
 
• Desenho com instrumentos → Utiliza-se réguas, gabaritos, esquadros, 
transferidores, tecnígrafos e etc., para elaborar o desenho. 
 
Obs.: Hoje em dia é comum o uso de computadores, com o uso de programas 
específicos, para a elaboração de desenhos diversos, tais como: AutoCad, Eletronic 
Workbench, Tango, OrCad e etc. 
 
 
 
2 – Materiais Utilizados 
• Papel (formatos e margens aprovadas pela ABNT). 
 
 
 
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• Lápis ou Lapiseira (séries H, B e HB): Para cada tipo de linha e efeitos que se 
deseja aplicar ao desenho, sempre haverá um grafite apropriado. 
 
 
 
 
• Borracha. 
 
 
 
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• Régua Graduada. 
 
 
 
 
• Escalímetro. 
 
 
 
• Esquadros: utilizado para traçar linhas em ângulos. 
 
 
 
 
• Transferidor: Ajuda a traçar ângulos diferentes dos obtidos com os esquadros. 
 
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• Compasso: Utilizado para traçar circunferências e arcos. 
 
 
• Gabaritos: Auxiliam nas representações gráficas dos elementos utilizados nas 
instalações prediais, eletrônicas, arquitetura etc. 
 
 
 
 
 
3 – Caligrafia Técnica 
 
As letras e algarismos usados nas legendas e anotações devem ser de fácil 
compreensão, de rápida execução e de tamanho adequado ao desenho, podendo ser 
verticais ou com uma ligeira inclinação para a direita (entre 60º e 75º). 
 
• Vertical → ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXYWZ - 0123456789 
 
• Inclinada → ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXYWZ - 0123456789 
 
• Minúsculas → abcdefghijklmnopqrstuvxywz 
 
 
 
 
 
 Desenho Técnico I 
 
4 – Escalas 
 
Na elaboração dos diagramas esquemáticos, esboços ou croquis, não há necessidade a 
utilização de escalas. No entanto, quando elaboramos uma planta executiva de 
arquitetura e instalações, peças a serem torneadas, arte-final de placas de circuitos 
impressos e etc., deve-se indicar a escala utilizada no carimbo, ou sob o próprio desenho, 
caso ele tenha sido elaborado com outros desenhos, na mesma folha. 
 
As escalas devem ter seus títulos expressos por intermédio de razões numéricas simples, 
como por exemplo: 
• Natural ou tamanho real → 1:1 = cada 1 cm do objeto representado no papel 
corresponderá a 1 cm do objeto real. 
 
• Redução → 1:2; 1:5; 1:10 etc. = na escala 1:5, cada 1 cm do objeto representado 
no papel corresponderá a 5 cm, ou 5 m, ou 5 Km do elemento real. 
 
• Ampliação → 2:1; 5:1; 10:1 etc. = na escala 2:1, cada 2 cm do objeto representado 
no papel corresponderá a 1 cm do objeto real. 
 
Utilizamos a seguinte fórmula para utilizar as escalas: 
 
 
E = escala desejada 
d = medida encontrada no desenho 
D = medida real do objeto. 
 
 
Exemplos: 
1 - Para representar 5,30 m na escala 1:50 corresponderá a: 
 
 
 
 
2 – Para representar a espessura da parede de meia-vez (15 cm) na escala 1:20 
corresponderá a: 
 
 
 
=
1 d
E D
´
= Û =
1 d 1 530d 10,6cm
50 530 50
´
= Û = = =
1 d 1 15d 0,75cm 7,5mm
20 15 20
 Desenho Técnico I 
 
5 – Carimbo ou Legenda 
 
Fica localizado na parte inferior direita, onde devemos inserir todos os dados do projeto, 
tais como: 
- Nome da empresa; 
- Nome do desenhista e/ou projetista; 
- Nome do cliente; 
- Escala, quando houver; 
- Data; 
- Título do desenho; 
- Número da folha 
- Etc. 
 
 
 
 
6 - Linhas e Traçados 
 
Para cada tipo de representação dos elementos de um desenho devemos utilizar linhas 
com formatos e espessuras diferenciadas, a fim de facilitar a compreensão do mesmo. 
 
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7 – Simbologia 
 
Todos os elementos arquitetônicos, hidráulicos, sanitários, elétricos, eletrônicos eetc., têm 
suas representações gráficas padronizadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas). 
 
Você terá contato com essas simbologias, durante o decorrer do curso, em cada uma das 
matérias específicas. 
 
Obs.: Quando se deseja representar um elemento que se deseja diferenciar da simbologia 
aprovada, ou não existir tal representação, pode criar um símbolo próprio, desde que 
venha indicada na planta a convenção utilizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Simbologia para Desenho de Circuitos Eletrônicos. 
 
 
 
 
Simbologia para Instalações Elétricas. 
 
 
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8 – Hachuras 
 
Tem como finalidade acrescentar graficamente o tipo de material empregado nos 
elementos representados, principalmente quando realizamos a representação dos seus 
cortes. 
 
 
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Links para acesso ao material do YouTube 
https://www.youtube.com/watch?v=mlP9jgOsQac – Desenho projetivo. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Zfw6ivZOxoQ Formatos de papel. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=jdtVK4rUq3w – Escalas. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=YnmI4kfZSIw – Carimbos. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Y2w8iVz7fmg – Simbologia de Instalações Elétricas.https://www.youtube.com/watch?v=zP5ZuBDcdLs – Simbologia de Circuitos Eletrônicos.

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