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1 2 INFORMATIVOS STF E STJ – 2018 DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................. 10 ADPF ........................................................................................................................................... 10 ADVOCACIA PÚBLICA ................................................................................................................... 10 CLAUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO .......................................................................................... 12 CNJ ............................................................................................................................................. 13 COMPETÊNCIA ............................................................................................................................ 15 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL ............................................................................................................ 18 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ........................................................................................ 19 DEFENSORIA PÚBLICA .................................................................................................................. 23 DIREITOS SOCIAIS ........................................................................................................................ 23 DIREITO A SAÚDE ........................................................................................................................ 24 EDUCAÇÃO .................................................................................................................................. 24 EMENDAS CONSTITUCIONAIS ...................................................................................................... 26 HOMESCHOOLING ....................................................................................................................... 26 INELEGIBILIDADES ....................................................................................................................... 26 LIBERDADE DE EXPRESSÃO .......................................................................................................... 27 MEDIDA PROVISÓRIA .................................................................................................................. 29 MINISTÉRIO PÚBLICO .................................................................................................................. 29 NORMAS DE CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS EXAMINADAS PELO STF ................................................ 30 ORDEM ECONÔMICA ................................................................................................................... 31 PODER EXECUTIVO ...................................................................................................................... 31 PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................... 31 PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................................................... 33 PROCESSO LEGISLATIVO .............................................................................................................. 34 QUILOMBOLAS ............................................................................................................................ 34 SAÚDE......................................................................................................................................... 35 SIGILO BANCÁRIO ........................................................................................................................ 36 TRIBUNAL DE CONTAS ................................................................................................................. 36 VOTO IMPRESSO ......................................................................................................................... 37 DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................................. 38 ACORDO DE LENIÊNCIA E COMPARTILHAMENTO DE PROVAS ....................................................... 38 ACUMULAÇÃO DE CARGOS .......................................................................................................... 38 AGÊNCIA REGULADORA ............................................................................................................... 38 ANISTIA POLÍTICA ........................................................................................................................ 39 ANISTIADO POLÍTICO ................................................................................................................... 39 3 APOSENTADORIA ........................................................................................................................ 39 APOSENTADORIA ESPECIAL ......................................................................................................... 40 CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS INIDÔNEAS E SUSPENSAS .................................................... 40 CÓDIGO DE TRÂNSITO ................................................................................................................. 40 CONCURSO PÚBLICO ................................................................................................................... 40 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................................. 43 DESAPROPRIAÇÃO ....................................................................................................................... 43 DIREITO ADMINISTRATIVO MILITAR ............................................................................................. 44 DIREITO EDUCACIONAL ............................................................................................................... 45 EMPRESAS PÚBLICAS ................................................................................................................... 45 FGTS ........................................................................................................................................... 46 GREVE ......................................................................................................................................... 46 IBGE ............................................................................................................................................ 47 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ................................................................................................. 47 INTRANCENDÊNCIA SUBJETIVA DAS SANÇÕES .............................................................................. 48 LICITAÇÃO ................................................................................................................................... 48 NEPOTISMO ................................................................................................................................ 49 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................................................ 49 PODER DE POLÍCIA....................................................................................................................... 49 PLANO DIRETOR .......................................................................................................................... 50 PRECATÓRIOS ............................................................................................................................. 50 PREVIDÊNCIA SOCIAL ................................................................................................................... 51 PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ................................................................................... 51 REMOÇÃO ................................................................................................................................... 52 RESPONSABILIDADE CIVIL ............................................................................................................ 52 ROYALITES .................................................................................................................................. 53 SERVIDORES PÚBLICOS ................................................................................................................ 53 SERVIDÃO ADMINISTRATIVA ....................................................................................................... 59 TEMAS DIVERSOS ........................................................................................................................ 60 DIREITO PENAL .................................................................................................................... 61 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................. 61 AÇÃO PENAL ............................................................................................................................... 61 CALÚNIA ELEITORAL .................................................................................................................... 61 CASA DE PROSTITUIÇÃO .............................................................................................................. 62 CONCUSSÃO ................................................................................................................................ 63 CONTINUIDADE DELITIVA ............................................................................................................ 63 CONTRABANDO E DESCAMINHO .................................................................................................. 64 CORRUPÇÃO ATIVA ..................................................................................................................... 64 CORRUPÇÃO PASSIVA .................................................................................................................. 64 CRIME AMBIENTAL ...................................................................................................................... 65 CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ....................................................................................... 66 CRIMES ECA ................................................................................................................................ 67 CRIMES CONTRA A LEI DE LICITAÇÕES .......................................................................................... 67 CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA ...................................................................................... 67 4 CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO .................................................................................... 68 CRIME ELEITORAL ........................................................................................................................ 68 CRIME FUNCIONAL ...................................................................................................................... 69 CRIME MILITAR ........................................................................................................................... 69 CTB ............................................................................................................................................. 70 DESACATO .................................................................................................................................. 71 DESCAMINHO .............................................................................................................................. 71 EMBARGOS INFRINGENTES .......................................................................................................... 71 ESTUPRO DE VULNERÁVEL ........................................................................................................... 72 EXTRADIÇÃO ............................................................................................................................... 72 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ....................................................................................... 73 FURTO......................................................................................................................................... 73 HABEAS CORPUS ......................................................................................................................... 74 HOMICÍDIO ................................................................................................................................. 74 INJÚRIA ....................................................................................................................................... 75 LAVAGEM DE CAPITAIS ................................................................................................................ 75 LEI DE DROGAS ............................................................................................................................ 75 LEI DE LICITAÇÕES ....................................................................................................................... 77 LEI MARIA DA PENHA .................................................................................................................. 78 MULTA ........................................................................................................................................ 79 PECULATO ................................................................................................................................... 79 PENA RESTRITIVA DE DIREITO ...................................................................................................... 80 PRESCRIÇÃO ................................................................................................................................ 80 PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO DE MOEDA .................................................................................... 81 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ................................................................................................... 81 RACISMO .................................................................................................................................... 84 REGIME INICIAL ........................................................................................................................... 85 ROUBO ....................................................................................................................................... 85 TORTURA .................................................................................................................................... 86 DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................... 87 ARQUIVAMENTO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ............................................................................ 87 COISA JULGADA........................................................................................................................... 87 COLABORAÇÃO PREMIADA .......................................................................................................... 87 COMPETÊNCIA ............................................................................................................................ 90 DENÚNCIA .................................................................................................................................. 94 DIREITO MILITAR ......................................................................................................................... 95 EMENDATIO LIBELLI ..................................................................................................................... 95 EXECUÇÃO PENAL ........................................................................................................................ 95 EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA ................................................................................................ 97 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ....................................................................................... 97 HABEAS CORPUS ........................................................................................................................ 100 IMUNIDADE DIPLOMÁTICA ......................................................................................................... 101 INGRESSO EM DOMICÍLIO ........................................................................................................... 102 INQUÉRITO POLICIAL .................................................................................................................. 102 5 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA ..................................................................................................... 103 INTERROGATÓRIO ...................................................................................................................... 104 MEDIDAS CAUTELARES ............................................................................................................... 105 MEDIDA DE SEGURANÇA ............................................................................................................ 105 NULIDADES ................................................................................................................................ 105 PRISÃO....................................................................................................................................... 106 PRISÃO DOMICILIAR ................................................................................................................... 107 PRISÃO PREVENTIVA .................................................................................................................. 108 PROGRESSÃO DE REGIME ........................................................................................................... 109 PROVAS ..................................................................................................................................... 110 PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA ........................................................................................................ 112 RECURSOS .................................................................................................................................. 112 REMIÇÃO ................................................................................................................................... 113 SENTENÇA .................................................................................................................................. 114 SUJEITOS DO PROCESSO ............................................................................................................. 115 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO .................................................................................. 115 SUSTENTAÇÃO ORAL .................................................................................................................. 115 TRIBUNAL DO JURI ..................................................................................................................... 116 DIREITO CIVIL ..................................................................................................................... 119 ADOÇÃO .................................................................................................................................... 119 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA .............................................................................................................. 119 ALIMENTOS ................................................................................................................................ 120 ARBITRAGEM ............................................................................................................................. 123 BEM DE FAMÍLIA ........................................................................................................................ 124 CLAUSULA PENAL ....................................................................................................................... 125 COLAÇÃO ................................................................................................................................... 125 CONDOMÍNIO ............................................................................................................................ 125 CONTRATOS ............................................................................................................................... 126 CONTRATO DE SEGURO .............................................................................................................. 126 CURATELA .................................................................................................................................. 127 DANOS MORAIS ......................................................................................................................... 128 DIREITO À IMAGEM .................................................................................................................... 128 DIREITO AO ESQUECIMENTO ...................................................................................................... 129 DIVÓRCIO ................................................................................................................................... 130 DOAÇÃO .................................................................................................................................... 132 DPVAT ....................................................................................................................................... 132 EVICÇÃO .................................................................................................................................... 133 HABITAÇÃO ................................................................................................................................ 133 HIPOTECA .................................................................................................................................. 133 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA .................................................................................................... 134 INVENTÁRIO ............................................................................................................................... 134 JUROS ........................................................................................................................................ 135 LEASING ..................................................................................................................................... 135 LEI DE LOCAÇÕES ........................................................................................................................ 136 6 LOCAÇÃO ................................................................................................................................... 136 MANDATO ................................................................................................................................. 137 MÚTUO FENERATÍCIO ................................................................................................................. 137 NOME ........................................................................................................................................ 137 OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 138 OCUPAÇÃO INDEVIDA DE IMÓVEL PÚBLICO ................................................................................ 139 PARCERIA RURAL ........................................................................................................................ 139 PARENTESCO .............................................................................................................................. 139 PARTILHA DE BENS ..................................................................................................................... 139 PODER FAMILIAR ........................................................................................................................ 139 POSSE ........................................................................................................................................ 140 PRESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 140 PROMESSA DE COMPRA E VENDA ............................................................................................... 140 REGISTRO CIVIL .......................................................................................................................... 141 RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................................... 141 SEGURO ..................................................................................................................................... 143 SUCESSÃO .................................................................................................................................. 144 TRANSGENERO ........................................................................................................................... 144 UNIÃO ESTÁVEL .......................................................................................................................... 145 USUCAPIÃO ................................................................................................................................ 145 DIREITO DO CONSUMIDOR ................................................................................................. 148 BANCO DE DADOS ...................................................................................................................... 148 CLÁUSULAS ABUSIVAS ................................................................................................................ 148 COMPETÊNCIA ........................................................................................................................... 148 COMPRA E VENDA DE IMÓVEL .................................................................................................... 149 CONCEITO DE CONSUMIDOR ...................................................................................................... 149 CONTRATOS BANCÁRIOS ............................................................................................................ 150 CORTE DE SERVIÇO PÚBLICO ....................................................................................................... 150 DPVAT ....................................................................................................................................... 150 DIREITO A INFORMAÇÃO ............................................................................................................ 151 FATO DO PRODUTO .................................................................................................................... 151 FATO DO SERVIÇO ...................................................................................................................... 152 FORNECEDOR ............................................................................................................................. 153 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA .................................................................................................... 153 MINISTÉRIO PÚBLICO ................................................................................................................. 153 PLANO DE SAÚDE ....................................................................................................................... 154 PRATICAS ABUSIVAS ................................................................................................................... 157 PROTEÇÃO CONTRATUAL ........................................................................................................... 158 RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................................... 158 RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO SERVIÇO .............................................................................. 159 RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO .............................................................................. 159 TRANSPORTE AÉREO X CDC ......................................................................................................... 160 VÍCIO DO PRODUTO ................................................................................................................... 160 DIREITO EMPRESARIAL ....................................................................................................... 162 7 CONTRATOS BANCÁRIOS ............................................................................................................ 162 FALÊNCIA ................................................................................................................................... 162 MARCA ...................................................................................................................................... 164 SOCIEDADE ANÔNIMA ................................................................................................................ 164 SOCIEDADES ............................................................................................................................... 164 PROTESTO .................................................................................................................................. 165 RECUPERAÇÃO JUDICIAL ............................................................................................................. 166 TABELIONATO DE PROTESTO ...................................................................................................... 166 TRADE DRESS ............................................................................................................................. 166 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ....................................................................... 167 ATO INFRACIONAL ...................................................................................................................... 167 CRIMES ECA ............................................................................................................................... 167 DIGNIDADE ................................................................................................................................ 168 EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ............................................................................... 168 GUARDA .................................................................................................................................... 168 INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS ................................................................................................... 168 PODER FAMILIAR ........................................................................................................................ 169 RECURSOS .................................................................................................................................. 169 PARTICIPAÇÃO EM ESPETÁCULOS PÚBLICOS ............................................................................... 170 DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................................................................................ 171 AÇÃO ANULATÓRIA .................................................................................................................... 171 AÇÃO CIVIL PÚBLICA ................................................................................................................... 171 AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ................................................................................. 172 AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO .......................................................................................... 172 AÇÃO DE EXIGIR CONTAS ............................................................................................................ 172 AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE ............................................................................................ 173 AÇÃO RESCISÓRIA ...................................................................................................................... 173 AGRAVO DE INSTRUMENTO ........................................................................................................ 173 ARROLAMENTO SUMÁRIO .......................................................................................................... 174 AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA ........................................................................................................... 175 CAUÇÃO ..................................................................................................................................... 175 COMPETÊNCIA ........................................................................................................................... 175 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA .................................................................................................... 176 CURADOR ESPECIAL .................................................................................................................... 177 EXECUÇÃO ................................................................................................................................. 178 EMBARGO DE TERCEIRO ............................................................................................................. 178 EMBARGOS INFRINGENTES ......................................................................................................... 179 EXECUÇÃO ................................................................................................................................. 179 EXECUÇÃO FISCAL ...................................................................................................................... 181 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO ...................................................................................................... 183 GRATUIDADE DE JUSTIÇA ........................................................................................................... 184 HONORÁRIOS ............................................................................................................................. 185 IMPENHORABILIDADE ................................................................................................................ 186 8 INQUÉRITO CIVIL ........................................................................................................................ 187 JUIZADO ESPECIAL ...................................................................................................................... 187 JUSTIÇA GRATUITA ..................................................................................................................... 188 MANDADO DE SEGURANÇA ........................................................................................................ 188 PRECATÓRIOS ............................................................................................................................ 189 PRESSUPOSTO PROCESSUAL ....................................................................................................... 189 PROCESSO COLETIVO .................................................................................................................. 189 RECLAMAÇÃO ............................................................................................................................ 189 RECURSOS .................................................................................................................................. 190 RECURSO ESPECIAL ..................................................................................................................... 192 RESTAURAÇÃO DE AUTOS ........................................................................................................... 192 RPV ............................................................................................................................................ 192 SUSPENSÃO DE PROCESSO .......................................................................................................... 193 SHOPPING CENTER ..................................................................................................................... 193 TÉCNICA DE AMPLIANÇÃO DO COLEGIADO ................................................................................. 193 TÍTULOS EXECUTIVOS ................................................................................................................. 194 DIREITO TRIBUTÁRIO .......................................................................................................... 195 CIDE-REMESSAS .......................................................................................................................... 195 COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA ...................................................................................................... 195 CONFINS .................................................................................................................................... 195 CONTRIBUIÇÕES ......................................................................................................................... 195 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS ............................................................................................................. 196 CSLL ........................................................................................................................................... 196 ICMS .......................................................................................................................................... 196 IMPOSTO DE RENDA ................................................................................................................... 198 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA ............................................................................................................ 198 IPI .............................................................................................................................................. 200 IPTU ........................................................................................................................................... 201 IRPJ E CSLL.................................................................................................................................. 201 ISS.............................................................................................................................................. 201 ITR ............................................................................................................................................. 201 PARCELAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................... 201 PIS/PASEP E COFINS ................................................................................................................... 202 PRESCRIÇÃO ............................................................................................................................... 203 RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................................... 203 SANÇÕES POLÍTICAS ................................................................................................................... 204 DIREITO PREVIDENCIÁRIO .................................................................................................. 205 ADICIONAL INVALIDEZ ................................................................................................................ 205 APOSENTADORIA ....................................................................................................................... 205 AUXÍLIO-ACIDENTE ..................................................................................................................... 205 AUXÍLIO-DOENÇA ....................................................................................................................... 205 AUXÍLIO-RECLUSÃO .................................................................................................................... 206 PENSÃO POR MORTE .................................................................................................................. 206 9 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR .................................................................................................. 206 PREVIDÊNCIA PRIVADA ............................................................................................................... 207 DIREITO AMBIENTAL .......................................................................................................... 209 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ....................................................................................... 209 CÓDIGO FLORESTAL .................................................................................................................... 209 FATO CONSUMADO .................................................................................................................... 209 INFRAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................... 210 OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS .......................................................................................................... 210 RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................................... 210 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ..................................................................................................... 211 DIREITO INTERNACIONAL ................................................................................................... 212 EXEQUATUR ............................................................................................................................... 212 EXTRADIÇÃO .............................................................................................................................. 212 HIPOTECA NAVAL ....................................................................................................................... 212 HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA ............................................................................ 213 DIREITO ELEITORAL ............................................................................................................ 214 FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ............................................................................................... 214 FUNDO PARTIDÁRIO ................................................................................................................... 214 INELEGIBILIDADES ...................................................................................................................... 215 INFIDELIDADE PARTIDÁRIA ......................................................................................................... 216 LEI DA FICHA LIMPA .................................................................................................................... 217 LIBERDADE DE EXPRESSÃO ......................................................................................................... 217 VACÂNCIA DE CARGOS POLÍTICOS ............................................................................................... 217 PROPAGANDA ELEITORAL ........................................................................................................... 218 RECURSO CONTRA A EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA ............................................................................ 218 TÍTULO ELEITORAL ...................................................................................................................... 219 VOTO IMPRESSO ........................................................................................................................ 219 DIREITO FINANCEIRO .......................................................................................................... 220 DIREITO FINANCEIRO .................................................................................................................. 220 DIREITO ECONÔMICO ......................................................................................................... 221 DIREITOS ANTIDUMPING ............................................................................................................ 221 DIREITO DO TRABALHO ...................................................................................................... 222 COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA .......................................................................................... 222 TERCEIRIZAÇÃO .......................................................................................................................... 222 DIREITO NOTORIAL ............................................................................................................. 223 JUIZ DE PAZ E REMUNERAÇÃO .................................................................................................... 223 TABELIONATO DE PROTESTO ...................................................................................................... 224 10 DIREITO CONSTITUCIONAL ADPF É POSSÍVEL CELEBRAR ACORDO EM ADPF É possível que seja celebrado um acordo no bojo de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)? SIM. É possível a celebração de acordo num processo de índole objetiva, como a ADPF, DESDE QUE FIQUE DEMONSTRADO QUE HÁ NO FEITO UM CONFLITO INTERSUBJETIVO SUBJACENTE (IMPLÍCITO), QUE COMPORTA SOLUÇÃO POR MEIO DE AUTOCOMPOSIÇÃO. Vale ressaltar que, na homologação deste acordo, o STF não irá chancelar ou legitimar nenhuma das teses jurídicas defendidas pelas partes no processo. O STF irá apenas homologar as disposições patrimoniais que forem combinadas e que estiverem dentro do âmbito da disponibilidade das partes. A homologação estará apenas resolvendo um incidente processual, com vistas a conferir maior efetividade à prestação jurisdicional. STF. Plenário. ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 1º/3/2018 (Info 892). ADVOCACIA PÚBLICA INCONSTITUCIONALIDADE DA PREVISÃO DE PROCURADORIAS AUTÁRQUICAS PARA OS ESTADOS- MEMBROS A Constituição do Estado do Ceará previa que o Governador deveria encaminhar à ALE projetos de lei dispondo sobre a organização e o funcionamento da Procuradoria-Geral do Estado e das procuradorias autárquicas. O STF decidiu que essa regra é inconstitucional. Isso porque a CF/88 determina que a representação judicial e a consultoria jurídica do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, deve ser feita pela PGE, nos termos do art. 132 da CF/88. O art. 132 da CF/88 consagra o chamado “princípio” da unicidade da representação judicial e da consultoria jurídica dos Estados e do Distrito Federal e, dessa forma, estabelece competência funcional exclusiva da Procuradoria-Geral do Estado. A exceção prevista no art. 69 do ADCT da CF deixou evidente que, a partir da Constituição de 1988, não se permite mais a criação de órgãos jurídicos distintos da Procuradoria-Geral do Estado, admite-se apenas a manutenção daquelas consultorias jurídicas já existentes quando da promulgação da Carta. Trata-se de exceção direcionada a situações concretas e do passado e, por essa razão, deve ser interpretada restritivamente, inclusive com atenção à diferenciação entre os termos “consultoria jurídica” e “procuradoria jurídica”, uma vez que esta última pode englobar as atividades de consultoria e representação judicial. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907). 11 É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE PROCURADORIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, MAS ESTE ÓRGÃO FICARÁ RESPONSÁVEL APENAS PELA DEFESA DAS PRERROGATIVAS DO PODER LEGISLATIVO A atuação da Procuradoria da Assembleia Legislativa deve ficar LIMITADA à defesa das prerrogativas inerentes ao Poder Legislativo. EM OUTRAS PALAVRAS, É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE PROCURADORIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, MAS ESTE ÓRGÃO FICARÁ RESPONSÁVEL APENAS PELA DEFESA DAS PRERROGATIVAS DO PODER LEGISLATIVO. A representação estadual como um todo, independentemente do Poder, compete à Procuradoria-Geral do Estado (PGE), tendo em conta o princípio da unicidade institucional da representação judicial e da consultoria jurídica para Estados e Distrito Federal. No entanto, às vezes, há conflito entre os Poderes. Ex: o Poder Legislativo cobra do Poder Executivo o repasse de um valor que ele entende devido e que não foi feito. Nestes casos, é possível, em tese, a propositura de ação judicial pela Assembleia Legislativa e quem irá representar judicialmente o órgão será a Procuradoria da ALE. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/10/2018 (Info 921). É INCONSTITUCIONAL NORMA DE CONSTITUIÇÃO ESTADUAL QUE PREVEJA A FIGURA DO “PROCURADOR DA FAZENDA ESTADUAL” É inconstitucional norma de Constituição Estadual que preveja que compete ao Governador nomear e exonerar o “Procurador da Fazenda Estadual”. Isso porque o art. 132 da CF/88 determina que a representação judicial e a consultoria jurídica do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, deve ser feita pelos “Procuradores dos Estados e do Distrito Federal”. Essa previsão do art. 132 da CF/88 é chamada de princípio da unicidade da representação judicial e da consultoria jurídica dos Estados e do Distrito Federal. Em outras palavras, só um órgão pode desempenhar esta função e se trata da Procuradoria-Geral do Estado, que detém essa competência funcional exclusiva. O modelo constitucional da atividade de representação judicial e consultoria jurídica dos Estados exige a unicidade orgânica da advocacia pública estadual, incompatível com a criação de órgãos jurídicos paralelos para o desempenho das mesmas atribuições no âmbito da Administração Pública Direta ou Indireta. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/10/2018 (Info 921). TÉCNICO SUPERIOR EM DIREITO DE AUTARQUIA ESTADUAL NÃO PODE EXERCER ATRIBUIÇÕES DE REPRESENTAÇÃO JURÍDICA DA ENTIDADE, MAS PODE FAZER ATUAÇÃO JURÍDICA NO ÂMBITO INTERNO DA AUTARQUIA, SOBRETUDO EM ATIVIDADES DE COMPLIANCE É inconstitucional lei estadual que preveja que servidor de autarquia (no caso, era Técnico Superior do DETRAN) será responsável por: • representar a entidade “EM JUÍZO OU FORA DELE nas ações em que haja interesse da autarquia”. • praticar “todos os demais atos de natureza judicial ou contenciosa, devendo, para tanto, exercer as suas funções profissionais e de responsabilidade técnica regidas pela Ordem dos Advogados do Brasil OAB”. Tais previsões violam o “princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito Federal”, insculpido no art. 132 da CF/88. A legislação impugnada, apesar de não ter criado uma procuradoria paralela, atribuiu ao cargo de Técnico Superior do Detran/ES, com formação em Direito, diversas funções privativas de advogado. Ao 12 assim agir, conferiu algumas atribuições de representação jurídica do DETRAN a pessoas estranhas aos quadros da Procuradoria-Geral do Estado, com violação do art. 132, caput, da CF/88. O STF decidiu modular os efeitos da decisão para: • manter os cargos em questão, excluídas as atribuições judiciais inerentes às procuradorias; • declarar a validade dos atos praticados (ex: contestações, recursos etc.) até a data do julgamento, com base na teoria do funcionário de fato. ATENÇÃO Por outro lado, é válido que esses servidores façam a atuação jurídica no âmbito interno da autarquia, sobretudo em atividades de compliance, tais como conceber e formular medidas e soluções de otimização, fiscalização e auditoria (exs: interpretar textos e instrumentos legais, elaborar pareceres sobre questões jurídicas que envolvam as atividades da entidade, elaborar editais, contratos, convênios etc.). Essas atribuições podem sim ser exercidas pelos Técnicos Superiores do DETRAN, sem que isso ofenda o princípio da unicidade da representação judicial. O STF entendeu que não se pode deslocar qualquer atuação técnico-jurídica da autarquia para a PGE, porque esta não conseguirá fazer frente a essa gama de trabalho, sob pena de ter suas atividades inviabilizadas. STF. Plenário. ADI 5109/ES, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 13/12/2018 (Info 927). CLAUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO É NULA DECISÃO QUE DEIXA DE APLICAR O ART. 94, II, DA LEI 9.472/97 SEM OBSERVAR A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO É nula a decisão de órgão fracionário que se recusa a aplicar o art. 94, II, da Lei nº 9.472/97, sem observar a cláusula de reserva de plenário (art. 97, da CF/88), observado o art. 949 do CPC/2015. A empresa interpôs recurso contra esta decisão ao STF alegando que a turma do TST (órgão fracionário daquele Tribunal), ao afastar a aplicação do art. 94, II, da Lei nº 9.472/97 (Lei das Telecomunicações) sem que isso tenha sido submetido ao Plenário, violou a Súmula Vinculante 10: Súmula vinculante 10-STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte. Veja o que diz o art. 97 da CF/88, no qual está prevista a cláusula de reserva de plenário: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Foi correta a decisão da Justiça do Trabalho? NÃO. A decisão do órgão fracionário do TST desrespeitou a cláusula de reserva do plenário (art. 97 da CF/88). Ao entender ilícita a terceirização da atividade-fim, com suporte na Súmula 331, o TST, na prática, afastou, em parte, a vigência e a eficácia do inciso II do art. 94 da Lei nº 9.472/97, sem deliberar expressamente sobre a sua inconstitucionalidade. Assim, o TST fez justamente aquilo que a SV 10 busca coibir. O STF entendeu que a devolução ao TST não seria uma medida lógica e somente atrasaria a resolução final do processo. Isso porque o STF já tem posição consolidada sobre o assunto, tendo decidido que o Enunciado 331 do TST é inconstitucional e que é lícita a terceirização de toda e qualquer atividade, meio ou fim, de forma que não se configura relação de emprego entre a contratante e o empregado da contratada. Assim, é possível que uma empresa de telefonia terceirize os serviços de call center mesmo que consideremos isso como atividade-fim. O art. 94, II, da Lei nº 9.472/97 é constitucional. O STF 13 considera que é lícita a terceirização de toda e qualquer atividade da empresa, seja ela atividademeio ou fim. STF. Plenário. ARE 791932/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 10 e 11/10/2018 (repercussão geral) (Info 919). NÃO VIOLA A SV 10 A DECISÃO DE TURMA DO TRT QUE DETERMINA NOMEAÇÃO DOS APROVADOS NO CONCURSO EM RAZÃO DE PRETERIÇÃO E DIZ QUE NÃO SE APLICA, AO CASO, O ART. 25, § 1º, DA LEI 8.987/95 Sociedade de economia mista realizou concurso público para advogado da empresa. Mesmo havendo aprovados no certame, que ainda estava dentro do prazo de vigência, a empresa decidiu contratar um escritório de advocacia para realizar os serviços jurídicos. Diante disso, uma das Turmas do TRT reconheceu que houve preterição dos aprovados e determinou a nomeação. Ao assim decidir, a Turma do TRT disse que não se aplicava, ao caso, o art. 25, § 1º, da Lei nº 8.987/95. Essa decisão da Turma do TRT (órgão fracionário do Tribunal) não viola a SV 10. Isso porque o enfoque do acórdão do TRT não era a terceirização dos serviços, mas sim a preterição arbitrária praticada pela Administração Pública. STF. 1ª Turma. Rcl 29307 AgR/PB, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgado em 4/12/2018 (Info 926). CNJ CNJ PODE ANULAR DECISÃO DO TJ QUE, EM CONCURSO DE CARTÓRIO, CONFERIU, NA FASE DE TÍTULOS, PONTUAÇÃO COM BASE EM INTERPRETAÇÃO CONTRÁRIA À RESOLUÇÃO DO CONSELHO O CNJ não pode substituir a banca examinadora do concurso na escolha das questões, na correção de provas e nas atribuições de notas. Assim, ao Conselho é defeso (proibido) substituir o critério valorativo para escolha e correção das questões pela Banca Examinadora nos concursos públicos. O CNJ pode, no entanto, substituir, anular ou reformar decisões da banca do concurso que firam os princípios da razoabilidade, da igualdade, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade. Isso porque a DISCRICIONARIEDADE DA BANCA DE CONCURSO NÃO SE CONFUNDE COM ARBITRARIEDADE. Se houver desrespeito aos princípios constitucionais da administração pública, será possível a plena revisão da decisão pelo Conselho. Ex: o CNJ pode anular decisão do Tribunal de Justiça que, em concurso de cartório, deu interpretação equivocada a determinado item do edital, e conferiu pontuação indevida a certos candidatos na fase de títulos. A pontuação conferida pela Comissão no TJ violava à Resolução do CNJ que regulamenta os concursos de cartório. Neste caso, o CNJ atuou dentro dos limites constitucionais do controle administrativo. STF. 1ª Turma. MS 33527/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/3/2018 (Info 895). CNJ PODE AVOCAR PAD QUE TRAMITA NO TRIBUNAL SE NÃO HÁ QUÓRUM SUFICIENTE PARA SE ATINGIR MAIORIA ABSOLUTA O TRF condenou juiz federal à pena de aposentadoria compulsória. Ocorre que, em virtude de alguns Desembargadores terem se averbado suspeitos, este juiz foi condenado com um quórum de maioria simples. O CNJ reconheceu a irregularidade da proclamação do resultado e anulou o julgamento de mérito realizado pelo TRF. Isso porque o art. 93, VIII e X, da CF/88 exige quórum de maioria absoluta do tribunal. Ocorre que o CNJ, após anular o julgamento de mérito realizado pelo TRF, decidiu avocar o processo 14 administrativo para que o magistrado fosse julgado diretamente pelo Conselho. O juiz impetrou MS contra essa avocação, mas o STF afirmou que o CNJ agiu corretamente. A Constituição, expressamente, confere ao CNJ competência para, a qualquer tempo, avocar processos de natureza disciplinar em curso contra membros do Poder Judiciário. Assim, não há óbice para que o CNJ anule o julgamento do Tribunal e inicie lá um outro procedimento. Uma das causas legítimas de avocação de procedimentos administrativos pelo CNJ é justamente a falta do quórum para proferir decisão administrativa por maioria absoluta em razão de suspeição, impedimento ou falta de magistrados. O CNJ poderia ter devolvido o processo ao TRF2, mas optou por exercer sua competência concorrente, dentro da discricionariedade conferida pela Constituição, para julgar o processo e evitar novas questões de suspeição e impedimento. STF. 1ª Turma. MS 35100/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 8/5/2018 (Info 901). CNJ PODE DETERMINAR QUE TRIBUNAIS DE JUSTIÇA REDUZAM O ADICIONAL DE FÉRIAS DOS MAGISTRADOS PARA 1/3 O CNJ não pode fazer controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo de forma a substituir a competência do STF. Contudo, o CNJ pode determinar a correção de ato do Tribunal local que, embora respaldado por legislação estadual, se distancie do entendimento do STF. Assim, o CNJ pode afirmar que determinada lei ou ato normativo é inconstitucional se esse entendimento já estiver pacificado no STF. Isso porque, neste caso, o CNJ estará apenas aplicando uma jurisprudência, um entendimento já pacífico As leis estaduais que preveem abono de férias aos magistrados em percentual superior a 1/3 são inconstitucionais. Isso porque essa majoração do percentual de férias não encontra respaldo na LOMAN, que prevê, de forma taxativa, as vantagens conferidas aos magistrados, sendo essa a Lei que deve tratar do regime jurídico da magistratura, por força do art. 93 da CF/88. Logo, o CNJ agiu corretamente ao determinar aos Tribunais de Justiça que pagam adicional de férias superior a 1/3 que eles enviem projetos de lei para as Assembleias Legislativas reduzindo esse percentual. STF. 2ª Turma. MS 31667 AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/9/2018 (Info 915). O FATO DE O PCA INSTAURADO NO CNJ CONTAR COM UM NÚMERO ELEVADO DE PARTES INTERESSADAS NÃO SIGNIFICA, NECESSARIAMENTE, VIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL Caso concreto: foi instaurado procedimento de controle administrativo (PCA) no CNJ para apurar a regularidade de 300 serventias judiciais. O impetrante alega a nulidade do PCA pelo fato de haver um grande número de interessados no mesmo processo, defendendo a ideia de que deveria ser um procedimento para cada parte. O STF não concordou com o mandado de segurança impetrado e manteve a decisão do CNJ. O fato de o PCA instaurado no CNJ contar com um número elevado de partes interessadas não significa, necessariamente, violação ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. O prejuízo à defesa deve ser analisado concretamente, à luz das especificidades do caso. No caso concreto, tendo em vista que todos os interessados foram intimados para se manifestarem no processo e o que CNJ enfrentou de maneira detida as teses jurídicas por eles apresentadas, não há que se falar em anulação do ato impugnado. Como regra geral, o controle dos atos do CNJ pelo STF somente se justifica nas hipóteses de: a) inobservância do devido processo legal; b) exorbitância das competências do Conselho; e c) injuridicidade ou manifesta irrazoabilidade do ato impugnado. 15 No caso concreto, não se identifica nenhuma dessas três situações. Logo, não há motivo para a anulação da decisão do CNJ. STF. 1ª Turma. MS 28.495/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 13/11/2018 (Info 923). COMPETÊNCIA É CONSTITUCIONAL LEI ESTADUAL QUE OBRIGUE PLANO DE SAÚDE A JUSTIFICAR RECUSA DE TRATAMENTO É constitucional lei estadual que obrigue os planos de saúde a fornecerem aos consumidores informações e documentos justificando as razões pelas quais houve recusa de algum procedimento, tratamento ou internação. O Mato Grosso do Sul editou uma lei estadual prevendo que, se o plano de saúde recusar algum procedimento, tratamento ou internação, ele deverá fornecer, por escrito, ao usuário, um comprovante fundamentado expondo as razões da negativa. O STF entendeu que essa norma não viola competência privativa da União, considerando que ela trata sobre proteção ao consumidor, matéria inserida na competência concorrente (art. 24, V, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4512/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 7/2/2018 (Info 890). LEI ESTADUAL QUE REGULE A FORMA DE COBRANÇA DO ITCMD PELA PGE NÃO VIOLA O CPC As disposições legais sobre a forma de cobrança do Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD) pela Procuradoria Geral do Estado e de sua intervenção em processos de inventário, arrolamento e outros de interesse da Fazenda Pública são regras de procedimento que não violam o Código de Processo Civil. Neste caso, são normas eminentemente procedimentais, autorizadas pelo art. 24 da CF/88, que prevê a competência concorrente da União e dos Estados. A possibilidade de a Procuradoria-Geral do Estado intervir e ser ouvida nos inventários, arrolamentos e outros feitos em nada atrapalha o processo. STF. Plenário. ADI 4409/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 6/6/2018 (Info 905). É INCONSTITUCIONAL LEI ESTADUAL QUE, AO TRATAR SOBRE MATÉRIA DE COMPETÊNCIA CONCORRENTE (ART. 24 DA CF/88), SIMPLESMENTE DETERMINA QUE DEVEM SER OBSERVADAS AS REGRAS PREVISTAS NA LEI FEDERAL A competência para legislar sobre as atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) é concorrente (art. 24, V, VIII e XII, da CF/88). No âmbito das competências concorrentes, cabe à União estabelecer normas gerais e aos Estados-membros editar leis para suplementar essas normas gerais (art. 24, §§ 1º e 2º). Determinado Estado-membro editou lei estabelecendo que toda e qualquer atividade relacionada com os OGMs naquele Estado deveria observar “estritamente à legislação federal específica”. O STF entendeu que essa lei estadual é inconstitucional porque significou uma verdadeira “renúncia” ao exercício da competência legislativa concorrente prevista no art. 24, V, VIII e XII, da CF/88. Em outras palavras, o Estado abriu mão de sua competência suplementar prevista no art. 24, § 2º da CF/88. Essa norma estadual remissiva fragiliza a estrutura federativa descentralizada, e consagra o monopólio da União, sem atentar para nuances locais. Assim, é inconstitucional lei estadual que remete o regramento do cultivo comercial e das atividades com organismos geneticamente modificados à regência da legislação federal. STF. Plenário. ADI 2303/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 5/9/2018 (Info 914). 16 OS MUNICÍPIOS DETÊM COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE ASSUNTOS DE INTERESSE LOCAL, AINDA QUE, DE MODO REFLEXO, TRATEM DE DIREITO COMERCIAL OU DO CONSUMIDOR É constitucional lei municipal que PROÍBE A CONFERÊNCIA DE MERCADORIAS REALIZADA NA SAÍDA DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS LOCALIZADOS NA CIDADE. A Lei prevê que, após o cliente efetuar o pagamento nas caixas registradoras da empresa instaladas, não é possível nova conferência na saída. Os Municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I, da CF/88), ainda que, de modo reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor. STF. 2ª Turma. RE 1.052.719 AgR/PB, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 25/9/2018 (Info 917). LEI ESTADUAL QUE FIXA PISO SALARIAL PROFISSIONAL VIOLANDO OS REQUISITOS DA LC FEDERAL 103/2000 É CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL POR OFENSA AO ART. 22, I E PARÁGRAFO ÚNICO DA CF/88 A competência para editar lei fixando o piso salarial das categorias profissionais (art. 7º, V, da CF/88) é PRIVATIVA DA UNIÃO por se tratar de direito do trabalho (art. 22, I). A União editou a LC federal 103/2000 autorizando que os Estados-membros e o DF editem leis fixando o piso salarial dos profissionais de acordo com suas realidades regionais. Ocorre que a União exigiu, dentre outros requisitos, que essa lei seja de iniciativa do chefe do Poder Executivo estadual (Governador). Se uma lei estadual/distrital de iniciativa parlamentar fixa o piso salarial, essa lei ultrapassa os limites impostos pela LC federal 103/2000 e, em última análise, viola diretamente o art. 22, I e parágrafo único, da CF/88, sendo considerada inconstitucional. Assim, a extrapolação dos limites da competência legislativa delegada pela União aos Estados e ao Distrito Federal representa a usurpação de competência legislativa da União para legislar sobre direito do trabalho (art. 22, I e parágrafo único) e, consequentemente, a inconstitucionalidade formal da lei delegada. STF. Plenário. ADI 5344 MC/PI, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 11/10/2018 (Info 919). VIOLA A CF/88 LEI MUNICIPAL QUE PROÍBE O TRANSPORTE DE ANIMAIS VIVOS NO MUNICÍPIO Viola a Constituição Federal lei municipal que proíbe o trânsito de veículos, sejam eles motorizados ou não, transportando cargas vivas nas áreas urbanas e de expansão urbana do Município. Essa lei municipal invade a competência da União. O Município, ao inviabilizar o transporte de gado vivo na área urbana e de expansão urbana de seu território, transgrediu a competência da União, que já estabeleceu, à exaustão, diretrizes para a política agropecuária, o que inclui o transporte de animais vivos e sua fiscalização. Além disso, sob a justificativa de criar mecanismo legislativo de proteção aos animais, o legislador municipal impôs restrição desproporcional. Esta desproporcionalidade fica evidente quando se verifica que a legislação federal já prevê uma série de instrumentos para garantir, de um lado, a qualidade dos produtos destinados ao consumo pela população e, de outro, a existência digna e a ausência de sofrimento dos animais, tanto no transporte quanto no seu abate. STF. Plenário. ADPF 514 e ADPF 516 MC-REF/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 11/10/2018 (Info 919). É INCONSTITUCIONAL LEI MUNICIPAL QUE INSTITUA LOTERIA LOCAL É inconstitucional lei municipal que cria concurso de prognósticos de múltiplas chances (loteria) em âmbito local. A COMPETÊNCIA PARA TRATAR SOBRE ESSE ASSUNTO (SISTEMAS DE SORTEIOS) É PRIVATIVA DA UNIÃO, conforme determina o art. 22, XX, da CF/88. Sobre o tema, vale a pena lembrar a 17 SV 2: É INCONSTITUCIONAL A LEI OU ATO NORMATIVO ESTADUAL OU DISTRITAL QUE DISPONHA SOBRE SISTEMAS DE CONSÓRCIOS E SORTEIOS, INCLUSIVE BINGOS E LOTERIAS. STF. Plenário. ADPF 337/MA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/10/2018 (Info 920). SÃO INCONSTITUCIONAIS LEIS ESTADUAIS OU MUNICIPAIS QUE OBRIGUEM O SUPERMERCADO A MANTER EMPACOTADOR PARA AS COMPRAS São inconstitucionais as leis que obrigam supermercados ou similares à prestação de serviços de acondicionamento ou embalagem das compras, POR VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LIVRE INICIATIVA (art. 1º, IV e art. 170 da CF/88). STF. Plenário. ADI 907/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/8/2017 (Info 871). STF. Plenário. RE 839950/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/10/2018 (repercussão geral) (Info 921) É INCONSTITUCIONAL LEI ESTADUAL QUE OBRIGUE A CONCESSIONÁRIA A FORNECER UM CARRO RESERVA AO CLIENTE QUE ESTÁ AGUARDANDO O CONSERTO DO SEU VEÍCULO É inconstitucional lei estadual que impõe às montadoras, concessionárias e importadoras de veículos a obrigação de fornecer veículo reserva a clientes cujo automóvel fique inabilitado por mais de quinze dias por falta de peças originais ou por impossibilidade de realização do serviço, durante o período de garantia contratual. O STF entendeu que há uma INCONSTITUCIONALIDADE ORGÂNICA NA LEI - quando há inobservância das regras de competência para a edição do ato. O Min. Roberto Barroso explicou que esta Lei do Estado de Pernambuco trata sobre direito do consumidor. Em princípio, os Estados-membros podem legislar sobre “direito do consumidor”, considerando que se trata matéria de competência concorrente, prevista no art. 24, V, da CF/88. A competência da União será para estabelecer normas gerais sobre os assuntos do art. 24. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Isso significa que os Estados-membros podem complementar a legislação federal editada pela União. Obviamente, as normas estaduais não podem contrariar as normas gerais elaboradas pela União. O Ministro Relator entendeu que, neste caso, o Estado de Pernambuco EXTRAPOLOU A COMPETÊNCIA CONCORRENTE E NÃO APENAS COMPLEMENTOU A LEGISLAÇÃO FEDERAL. Para o STF, foram ultrapassadas as balizas impostas ao legislador estadual para a elaboração de normas consumeristas. O Min. Ricardo Lewandowski acompanhou o entendimento pela inconstitucionalidade formal e salientou que o Estado-membro estaria também, neste caso, legislando sobre “contratos”, ou seja, sobre Direito Civil, de modo que invadiu a esfera privativa da União. Assim, o STF julgou procedente o pedido formulado na ação direta para declarar, por vício formal, a inconstitucionalidade da Lei nº 15.304/2014, do Estado de Pernambuco, em sua integralidade. STF. Plenário. ADI 5158/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 6/12/2018 (Info 926). LEI ESTADUAL PODE IMPOR QUE AS AGÊNCIAS BANCÁRIAS INSTALEM DIVISÓRIAS INDIVIDUAIS NOS CAIXAS DE ATENDIMENTO É constitucional lei estadual ou municipal que imponha sanções às agências bancárias que não instalarem divisórias individuais nos caixas de atendimento. Trata-se de matéria relativa a relação de consumo, o que garante ao Estado competência concorrente para legislar sobre o tema (art. 24, V, da CF/88). 18 STF. Plenário. ADI 4633/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/04/2018 (notícia do site). STF. 1ª Turma. ARE 756593 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 16/12/2014. (Info 926). É INCONSTITUCIONAL LEI ESTADUAL QUE OBRIGA EMPRESAS DE TELEFONIA E DE TV POR ASSINATURA A MANTEREM ESCRITÓRIOS REGIONAIS E REPRESENTANTES PARA ATENDIMENTO PRESENCIAL DE CONSUMIDORES É inconstitucional lei estadual que obriga as empresas concessionárias de serviços de telecomunicações a manterem escritórios regionais e representantes legais para atendimento presencial de consumidores em cidades com população superior a 100 mil habitantes, bem como a divulgarem os correspondentes endereços físicos no site, no contrato de prestação de serviços e nas faturas enviadas aos usuários. Trata- se de matéria relativa a “serviços públicos de telecomunicações”, cuja competência é privativa da União (art. 21, XI e art. 22, IV, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4633/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/04/2018 (Info 926) É INCONSTITUCIONAL LEI DO DISTRITO FEDERAL QUE TRATE SOBRE A ESTRUTURA E O REGIME JURÍDICO DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL (A COMPETÊNCIA PARA ISSO É DA UNIÃO) É inconstitucional lei do Distrito Federal que institua, extinga e transforme órgãos internos da Polícia Civil do Distrito Federal. Essa lei viola o art. 21, XIV, da CF/88, que fixa a competência da União para manter e organizar a Polícia Civil do Distrito Federal. Deve-se reconhecer que o art. 21, XIV, CF/88 trata tanto de competência administrativa quanto legislativa, sendo a matéria, portanto, atribuída, prioritariamente, à União. As leis distritais impugnadas, ao criarem cargos em comissão e novos órgãos, também instituíram novas obrigações pecuniárias a serem suportadas pela União. Ocorre que é vedado ao Distrito Federal valer-se de leis distritais para instituir encargos financeiros a serem arcados pela União. Como as leis distritais declaradas inconstitucionais eram muito antigas (2001, 2002 e 2005), o STF decidiu modular os efeitos da decisão. STF. Plenário. ADI 3666, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 06/12/2018 (Info 926) CONTRIBUIÇÃO SINDICAL É CONSTITUCIONAL A LEI QUE EXTINGUIU A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL OBRIGATÓRIA São compatíveis com a Constituição Federal os dispositivos da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) que extinguiram a obrigatoriedade da contribuição sindical e condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa autorização dos filiados. No âmbito formal, o STF entendeu que a Lei nº 13.467/2017 não contempla normas gerais de direito tributário (art. 146, III, “a”, da CF/88). Assim, não era necessária a edição de lei complementar para tratar sobre matéria relativa a contribuições. Também não se aplica ao caso a exigência de lei específica prevista no art. 150, § 6º, da CF/88, pois a norma impugnada não disciplinou nenhum dos benefícios fiscais nele mencionados, quais sejam, subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão. Sob o ângulo material, o STF afirmou que a Constituição assegura a livre associação profissional ou sindical, de modo que ninguém é obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato (art. 8º, V, da CF/88). O princípio constitucional da liberdade sindical garante tanto ao trabalhador quanto ao empregador a liberdade de se associar a uma organização sindical, passando a contribuir voluntariamente com essa representação. Não há nenhum comando na Constituição Federal determinando que a contribuição sindical é compulsória. Não se pode admitir que o texto constitucional, de um lado, consagre a liberdade de associação, sindicalização e expressão (art. 5º, IV e 19 XVII, e art. 8º) e, de outro, imponha uma contribuição compulsória a todos os integrantes das categorias econômicas e profissionais. STF. Plenário. ADI 5794/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 29/6/2018 (Info 908). CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ALTERAÇÃO DA LEI IMPUGNADA ANTES DO JULGAMENTO DA ADI O que acontece se a lei impugnada por meio de ADI é alterada antes do julgamento da ação? Neste caso, o autor da ADI deverá aditar a petição inicial demonstrando que a nova redação do dispositivo impugnado apresenta o mesmo vício de inconstitucionalidade que existia na redação original. A revogação, ou substancial alteração, do complexo normativo impõe ao autor o ônus de apresentar eventual pedido de aditamento, caso considere subsistir a inconstitucionalidade na norma que promoveu a alteração ou revogação. Se o autor não fizer isso, o STF não irá conhecer da ADI, julgando prejudicado o pedido em razão da perda superveniente do objeto. STF. Plenário. ADI 1931/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7/2/2018 (Info 890). O ESTADO-MEMBRO NÃO POSSUI LEGITIMIDADE PARA RECORRER CONTRA DECISÕES PROFERIDAS EM SEDE DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE, AINDA QUE A ADI TENHA SIDO AJUIZADA PELO RESPECTIVO GOVERNADOR. A legitimidade para recorrer, nestes casos, é do próprio Governador (previsto como legitimado pelo art. 103 da CF/88). Os Estados-membros não se incluem no rol dos legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de controle concentrado de constitucionalidade. STF. Plenário. ADI 4420 ED-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 05/04/2018. (Info 896). O art. 25, § 1º, da Lei nº 8.987/95 prevê o seguinte: “(...) A CONCESSIONÁRIA PODERÁ CONTRATAR COM TERCEIROS O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES INERENTES, ACESSÓRIAS OU COMPLEMENTARES AO SERVIÇO CONCEDIDO, BEM COMO A IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS ASSOCIADOS.” Se o órgão fracionário de um Tribunal (ex: uma das Turmas do TRT) julga ilegal a terceirização contratada por uma concessionária do serviço público, afastando a aplicação do art. 25, § 1º, da Lei nº 8.987/95, esta decisão viola a súmula vinculante 10? • SIM. O art. 25, § 1º, da Lei nº 8.987/95 permite a terceirização da atividade-fim das empresas concessionárias do serviço público. Logo, se um órgão fracionário do TRT afasta a aplicação deste dispositivo, haverá afronta à súmula vinculante 10 por violação à cláusula da reserva de plenário. STF. 1ª Turma. Rcl 27.068/MG, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Luís Roberto, julgado em 5/3/2018 (Info 896). • NÃO. O ato reclamado, ao considerar ilegal a contratação de empregado, por empresa interposta, para prestar serviços essenciais à atividade fim da tomadora, nos termos da Súmula 331, I, do TST, não declarou expressamente, nem implicitamente, a inconstitucionalidade de qualquer norma especial de regência aplicável ao caso. É firme a jurisprudência do STF no sentido de que não se exige reserva de plenário para a mera interpretação e aplicação das normas jurídicas que emerge do próprio exercício da jurisdição, sendo necessário, para caracterizar violação à cláusula de reserva de plenário, que a decisão de órgão fracionário fundamente-se na incompatibilidade entre a norma legal e o Texto Constitucional. 20 STF. 1ª Turma. Rcl 24284/SP, rel. Min. Edson
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