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1. Disserte, brevemente, acerca dos princípios probatórios. R= Princípio do Contraditório e da ampla defesa, com intuito de permitir e legitimar aos litigantes o direito recíproco de trazer seus elementos probatórios e de se manifestarem reciprocamente acerca de tais, observada a igualdade e os momentos processuais adequados neste desiderato, já o Princípio da necessidade da prova, é o dever da parte fazer prova de suas alegações. O princípio da proibição da prova obtida ilicitamente, já o princípio da unidade da prova, deve ser considerado em seu conjunto, formando um todo unitário sujeito ao crivo da autoridade judiciária, do contrário, seria admitir-se o exame isolado de provas contraditórias entre si, gerando instabilidade jurídica no processo de composição da lide. Assim como do princípio da lealdade processual, pode ser aplicado em casos de gravações sub-reptícias e revistas íntimas. Entretanto, admite ponderações quando visado à luz da proporcionalidade e razoabilidade, dentre estes existem outros princípios probatórios., Princípio do livre convencimento versus dever de fundamentar a decisão, Princípio da oralidade, Princípio da imediação, Princípio da aquisição processual, Princípio in dubio pro misero, Princípio da busca da verdade real. 2. Qual o objeto da prova? R= O objeto da prova são os fatos. Fatos deverão ser provados, uma vez que o juiz conhece o direito (jura novit curia). Nesse sentido, o magistrado tem o dever de conhecer o direito federal. Já em relação ao direito municipal, estadual, distrital, estrangeiro ou consuetudinário, o juiz poderá determinar que a parte faça prova do teor e da vigência. 3. Quais fatos não dependem de prova? R= sendo assim, frise-se: incumbe à parte autora provar os fatos constitutivos de seu direito, com exceção daqueles acima discriminados e que fogem a esta regra (notórios, incontroversos e etc...); doutro lado, é de responsabilidade da parte demandada provar os fatos modificativos, extintivos e impeditivos do direito do reclamante. 4. Quais são os meios de prova no processo do trabalho? R= Meio de prova é expressão de duplo significado, tanto pode designar a atividade do juiz ou das partes para a produção das provas, como também os instrumentos ministrados ao juiz no processo para formar o seu convencimento, a palavra “prova” tem sido utilizada tanto para designar a atividade como o instrumento, podem existir meios de prova que nada provém, entendido o meio como atividade. Como também podem existir instrumentos que não demonstrem, parece que ambos os sentidos se entrelaçam, e que por meio de prova deve ser entendida a fonte de onde emana a convicção do juiz, na legislação processual trabalhista não há uma enumeração taxativa dos meios de prova, são meios de prova aqueles previstos em lei, trabalhista ou civil, processual ou material. Enumeramos esses meios de prova, que são o depoimento pessoal, testemunhas, documentos, perícias e inspeções judiciais. 5. Existe hierarquia das provas no sistema processual brasileiro? Explique sua resposta. R= Como afirma Távora e Antonni (2011, p. 329). Não existe hierarquia entre as provas, cabendo ao juiz imprimir na decisão o grau de importância das provas produzidas.”Se no sistema da prova legal o legislador atribui peso às provas previamente, aqui, o juiz é quem confere o peso às mesmas, à medida que se apropria dos elementos contidos nos autos. Desse modo, é possível que um único testemunho seja levado em consideração pelo juiz, ainda que em sentido contrário a dois ou mais testemunhos, desde que apresente conformidade com outras provas. 6. Qual o momento adequado para produção de prova documental pelo reclamante? R= Quanto ao momento processual oportuno para produção da prova documental, a doutrina justrabalhista preleciona que esta deve ser apresentada pela reclamante na reclamação trabalhista e pelo reclamado juntamente com a apresentação da defesa, em audiência, por interpretação sistemática dos arts. 787 e 845 da CLT, estes combinados com o art. 434 do CPC/2015: CLT “Art. 787. A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar”. “Art. 845. O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas”. CPC/2015 “Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações. Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as partes”. 7. Qual o momento adequado para produção de prova documental pelo reclamado? R= reclamante: deverá apresentar os documentos no momento de ajuizamento da reclamação trabalhista; reclamado: deverá apresentar os documentos no momento da sua defesa em audiência. Apesar disso, é oportuno consignar que é lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados nos momentos processuais ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos, com arrimo no art. 435 do CPC/2015. 8. O que é uma prova documental? R= Documento é o meio probatório utilizado no processo para a prova material da existência de um fato. Exemplos: escritos, fotografias, desenhos, gráficos, gravações etc. 9. O que é prova testemunhal? R= Testemunha pode ser conceituada como uma pessoa física ou natural, estranha ao feito, isenta em relação às partes, chamada a depor em juízo sobre um fato relevante para o processo do qual tenha conhecimento. Dessa forma, a testemunha é colaboradora da Justiça para com a entrega da prestação jurisdicional, prestando importante serviço público com seu depoimento, na medida em que suas informações trazidas em juízo auxiliam veementemente o magistrado na formação de seu convencimento para aplicação do direito objetivo ao caso concreto. Ou seja, a prova testemunhal seria basicamente o fato descrito por uma pessoa que o testemunhou. 10. Em qual princípio trabalhista está garantido o valor da prova testemunhal em detrimento da prova documental? R= Código de Processo Civil adotou, claramente, o princípio da persuasão racional (livre convencimento motivado).” No processo civil e no do trabalho, o Juiz é livre para valorar a prova testemunhal (arts. 371 CPC e 765 da CLT). 11. O que é a prova pericial? R= É o meio probatório utilizado sempre que houver a necessidade de conhecimentos técnicos especializados para a comprovação dos fatos alegados em juízo. 12.Essa prova pericial, no processo do trabalho, é obrigatória em alguma situação? Explique sua resposta. R= Indispensabilidade da prova pericial nos casos de adicional de insalubridade e de periculosidade Se o reclamado não comparecer em audiência, ocorrerá a revelia e a confissão quanto à matéria de fato, com fulcro no art. 844 da CLT. Todavia, ainda que o reclamadonão compareça na audiência, e seja considerado revel e confesso quanto à matéria de fato, se houver pedido d e adicional de insalubridade ou de periculosidade em eventual reclamação trabalhista, a prova pericial é indispensável, com fulcro no art. 195, § 2º , da CLT. 13. O que é contraprova na Justiça do Trabalho? R= Exemplo: Na hipótese de controvérsia sobre a existência ou não de vínculo de emprego, caso a reclamada negue sua existência e também negue qualquer tipo de prestação de serviços pelo reclamante, o ônus da prova é do autor, que deverá demonstrar o fato constitutivo de seu direito. Neste caso, à reclamada não se poderia imputar a prova de fato negativo (ou não trabalho), pois este não há como ser provado. Há tanto na jurisprudência trabalhista quanto na doutrina um entendimento no sentido de que, havendo prestação de serviços por uma pessoa física a outrem, presume-se a existência de contrato individual de trabalho, salvo prova em contrário. 14. O que é ônus da prova e quem tem esse ônus no direito do trabalho? R= Ônus da prova é o encargo da parte provar em juízo as suas alegações para o convencimento do juízo, sendo assim um instrumento administrado pelo direito como idôneos a demonstrar um fato ou acontecimento ou o direito que interessa a parte no processo destinada a formação da convicção do órgão julgador. 15. Como ocorre a distribuição do ônus da prova no processo do trabalho? R= O encargo do ônus da prova encontra-se previsto no art. 333 do Código de Processo Civil, o qual determina que ao autor incumbe o ônus probatório quanto aos fatos constitutivos de seu direito e ao réu o ônus quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 16. O que é a distribuição dinâmica do ônus da prova? Existe sua aplicabilidade no Processo do Trabalho? R= A aplicação da teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova permite criar uma situação de equilíbrio entre as partes no processo trabalhista, quando necessário, ao retirar do empregado o fardo probatório em situações nas quais seria impossível que o mesmo dispusesse de determinadas informações ou documentos. 17. Quando o juiz do Trabalho poderá inverter o ônus da prova? R= O Tribunal Superior do Trabalho admite a inversão do ônus da prova na hipótese de registro de horário para fins de comprovação de horas extras, desde que haja determinação judicial para apresentação dos controles de frequência e que a empresa não atenda o comando judicial conforme o previsto na Súmula 338.
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