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Saúde, Trabalho e Meio Ambiente Unidade 1 Apresentação Olá! Seja bem-vindo à disciplina Saúde, Trabalho e Meio Ambiente. Sou a Profa Helena Farias, enfermeira, mestre em Desenvolvimento Local, especialista em Saúde da Família e enfermeira do Trabalho. Como professora conteudista desta disciplina, quero lhe apresentar o mundo em que iremos nos aprofundar a partir de agora! Nossa disciplina discutirá o papel do enfermeiro nas questões de saúde, trabalho e meio ambiente individuais e coletivas. Para tanto, iniciaremos com o conceito de saúde; conferências de saude; processo saúde-doença; condicionantes e determinantes da saúde; qualidade de vida; higiene ocupacional; legislação trabalhista; normas regulamentadoras; segurança do trabalho; equipamento de proteção individual; desenvolvimento sustentável; meio ambiente e o trabalhador; responsabilidade social; meio ambiente na saúde. E aí, animados? Eu estou porque preparamos uma disciplina muito bacana e interativa para você!!! Espero que você estude com muito empenho e que essa disciplina te traga boas aprendizagens! Então, vamos começar... Bons estudos! Profa Helena Farias Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 2 Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 3 Objetivos - Discutir o conceito de saúde; - Conhecer a trajetória de saúde pelas Conferências de Saúde; - Refletir sobre o processo saúde-doença; - Identificar os condicionantes e determinantes da saúde; - Diferenciar saúde e qualidade de vida. Saúde Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 4 Introdução: Olá, o que vem à sua mente quando pensa na palavra “Saúde”??? Será que você refl ete sobre as suas condições físicas, psíquicas e/ou sociais??? O que responderia se te perguntassem se você se considera uma pessoa saudável? O que é qualidade de vida? Quais devem ser as preocupações do enfermeiro para estimular a saúde da sua clientela??? Calminha... Sei que são muitas perguntas complexas e que precisam de um pouco mais de tempo para refl exão e respostas consolidadas. Então, para isso teremos essa primeira unidade todinha para discutir essas questões. Quem topa??? Então, vem comigo! 1 T1 Conceito de saúde O conceito de saúde não tem o mesmo signifi cado para todas as pessoas. Ele é refl etido pela conjuntura social, cultural, política e econômica. Depende ainda do período histórico, da classe social, do lugar, de valores individuais, científi cos, fi losófi cos e religiosos. Nesse mesmo pensamento, podemos afi rmar que o conceito de doença também sofre variações constantes. O que já foi considerado doença em uma determinada época, com a evolução da ciência e da sociedade, hoje não é mais. Por um longo tempo na história, uma pessoa saudável era aquela que não apresentava alguma doença. Vamos entender um pouco mais desse assunto? http://www.epsjv.fi ocruz.br/pdtsp/index.php?s_livro_ id=6&area_id=2&autor_id=&capitulo_id=14&sub_ capitulo_id=23&arquivo=ver_conteudo_2 importante! O que é saúde? Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 5 Nessa discussão pudemos perceber que a saúde é silenciosa e que geralmente não valorizamos a sua presença. Em geral, a percebemos quando adoecemos. Porém, uma boa estratégia é perceber seu corpo para assegurar uma saúde com qualidade, pois não existe um limite entre saúde e doença, mas uma relação de reciprocidades entre elas. É interessante observar que os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doenças. Essa relação é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e sociais. Tal constatação nos remete à refl exão de que o processo saúde-doença-adoecimento ocorre de maneira desigual entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo infl uência direta do local que os seres ocupam na sociedade. Canguilhem (apud BRÊTAS e GAMBA, 2006) considera que, para a saúde, é necessário partir da dimensão do ser, pois é nele que ocorrem as defi nições do normal ou patológico. O considerado normal em um indivíduo pode não ser em outro; não há rigidez no processo. Dessa maneira, podemos deduzir que o ser humano precisa conhecer-se, necessita saber avaliar as transformações sofridas por seu corpo e identifi car os sinais expressos por ele. Esse processo é viável apenas na perspectiva relacional, pois o normal e o patológico só podem ser apreciados em uma relação. Como estão os estudos até agora??? Está acompanhando??? Então, vamos prosseguir… Continuando... A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou em 1948 que Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Esse conceito remete à ideia de uma “saúde ótima”, possivelmente inatingível e utópica, já que a mudança, e não a estabilidade, é predominante na vida. Saúde não é um “estado estável”, que uma vez atingido possa ser mantido. A própria compreensão de saúde tem também alto grau de subjetividade e determinação histórica, na medida em que indivíduos e sociedades consideram ter mais ou menos saúde dependendo do momento, do referencial e dos valores que atribuam a uma situação. Desde então, um conceito de saúde mais dinâmico tem sido discutido que dê conta de tratar a saúde não como imagem complementar da doença, e sim como construção permanente de cada indivíduo e da coletividade, que se expressa na luta pela ampliação do uso das potencialidades de cada pessoa e da sociedade, refl etindo sua capacidade de defender a vida. uma boa estratégia é perceber seu corpo para assegurar uma saúde com qualidade Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 6 Assumido o conceito da OMS, nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável ou totalmente doente. Ao longo de sua existência, viverá condições de saúde/doença, de acordo com suas potencialidades, suas condições de vida e sua interação com elas. Além disso, os enfoques segundo os quais a condição de saúde individual é determinada unicamente pela realidade social ou pela ação do poder público, tanto quanto a visão inversa, nem por isso menos determinista, que coloca todo peso no indivíduo, em sua herança genética e em seu empenho pessoal, precisam ser rompidos. Interferir no processo saúde/doença está ao alcance de todos e não é uma tarefa a ser delegada, deixando ao cidadão ou à sociedade o papel de objeto da intervenção “da natureza”, do poder público, dos profi ssionais de saúde ou, eventualmente, de vítima do resultado de suas ações. Como o conceito de saúde mudou ao longo dos anos. Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/ bem-estar/noticia/2015/05/como-o-conceito-de-saude- mudou-ao-longo-dos-anos-4751605.html saiba mais? A saúde, no texto da Constituição de 1988, refl ete o ambiente político de redemocratização do país e, principalmente, a força do movimento sanitário na luta pela ampliação dos direitos sociais: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Brasil, 1988:37). O grande mérito desta concepção reside justamente na explicitação dos determinantes sociais da saúde e da doença, muitas vezes negligenciados nas concepções que privilegiam a abordagem individual e subindividual. T2 Conferências de saúde Olá, nesse tópico vamos falar sobre as Conferências de Saúde… Você as conhece? Bom, desde o seu início as Conferências de Saúde são espaços destinados a promover o suporte das ideias e medidas necessárias para as ações em saúde. A partir de agora vamos destacar as duas conferências internacionais mais importantes para o Brasil e ainda falaremos sobre as nossas conferências nacionais de saúde. Vem comigo? Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 7 Conferência Internacionalsobre Cuidados Primários de Saúde Fonte: https://saudenacomunidade.wordpress.com/tag/saude-global/ Um momento importante que devemos destacar no conceito da saúde aconteceu durante a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma- Ata, na República do Cazaquistão (ex-república socialista soviética), entre 6 e 12 de setembro de 1978, dirigindo-se a todos os governos, na busca da promoção de saúde a todos os povos do mundo. Tem sido considerada como a primeira declaração internacional que despertou e enfatizou a importância da atenção primária em saúde, desde então defendida pela OMS como a chave para uma promoção de saúde de caráter universal. “completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade” Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 8 Os primeiros itens da declaração reafirmam a definição de saúde defendida pela OMS, como o “completo bem- estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, e a defendem como direito fundamental e como a principal meta social de todos os governos. A seguir a declaração salienta a interferência da desigualdade social nas políticas de saúde, ressaltando o papel que a lacuna entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento representa. Exortando todos os países à cooperação, na busca pelo objetivo comum da saúde, fator que contribui para a qualidade de vida e para a paz mundial, a declaração defende tal cooperação como direito e dever de todos, individual e coletivamente. Segue-se a reafirmação da responsabilidade de todos os governos pela promoção de saúde, e a reivindicação da atenção primária como fator de viabilidade para uma universalização dos cuidados, mediante a abrangência e a melhoria social que possibilitam, integrando governo com todos os setores da sociedade, em prol da igualdade social. Nesse contexto, saúde deve ser entendida como a capacidade para viver a vida de modo autônomo, refl exivo e socialmente responsável, cujo núcleo de intervenção do setor saúde deve ser em torno dos “serviços e territórios” por meio da politização das práticas sanitárias, tendo como objetivo a produção de bens e serviços, a produção de cidadãos (usuários e trabalhadores) e a democratização institucional (UNASUS, 2016). Conheça os acordos firmados na Declaração de Alma-Ata. Fonte:http:/ /cmdss2011.org/si te/wp-content/ uploads/2011/07/Declara%C3%A7%C3%A3o- Alma-Ata.pdf aprofundando> Princípios básicos defendidos na Carta de Otawa. Fonte:https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile. php/6116/mod_resource/content/1/Conteudo_on- line_2403/un01/obj3.html saiba mais? Fonte: https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfi le.php/6116/mod_resource/content/1/Conteudo_on-line_2403/un01/obj3.html Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 9 Seguiram-se, desde então, várias outras Conferências sobre Promoção, mas nenhuma com o relevo e inovação associados a esta. A Carta de Ottawa (CO) começa por defi nir o que é Promoção da Saúde, já que o conceito de “promoção” surgiu como algo “de novo” no léxico e na prática da Saúde Pública: … é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentido de a melhorar. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o indivíduo ou o grupo devem estar aptos a identifi car e realizar as suas aspirações, satisfazer as suas necessidades e a modifi car ou adaptar-se ao meio. Assim, com a Carta de Ottawa: reconhece-se capacidade nos cidadãos de intervirem no sentido de obterem mais saúde; visa-se à sua capacitação para que essa intervenção se dê de modo apropriado; entende-se como direito e dever essa autoafi rmação, esperando-se que sejam pró-ativos e empreendedores na criação de mudanças (em si e no meio envolvente). A este reforço de poder – empowerment - está associada, também inerente, a responsabilidade pelas ações e opções dos cidadãos, bem como na contribuição para a melhoria dos serviços das instituições e equipes prestadoras. A Carta de Ottawa reassume o que a OMS entende serem os pré-requisitos para a Saúde: paz, habitação, educação, alimentação, recursos econômicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. Diz ainda que a saúde é um bem a advogar, pois condiciona a paz no mundo, o desenvolvimento socioeconômico dos países, o desenvolvimento pessoal e a qualidade de vida dos cidadãos. Do mesmo modo, o nível de saúde é determinado por múltiplos fatores (políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais, biológicos…). Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 10 Conferências Nacionais de Saúde (CNS) As conferências de saúde foram instituídas em 1937, no primeiro governo de Getúlio Vargas, e tinham previsão de ocorrer a cada dois anos, porém, a primeira edição aconteceu apenas em janeiro de 1941. Nas primeiras edições, debates sobre saúde e educação foram travados, uma vez que faziam parte do mesmo setor. Na realização da 1ª Conferência Nacional de Saúde, iniciava-se um debate periódico e sistemático sobre a saúde no país, apontando as diretrizes de formulação de políticas para a área nas esferas de gestão municipal, estadual e nacional. Com a Constituição Federal de 1988, a participação comunitária no contexto da saúde é estabelecida, sendo regulada pela Lei nº 8.142/90 e definida a partir das conferências e dos conselhos de saúde nas três esferas de governo, e também em colegiados de gestão nos serviços da área. Acompanhe agora um infográfico criado especialmente para você com o objetivo de sintetizar o período em que ocorreu cada conferência, suas principais discussões e o link para acesso ao Relatório Final de todas disponíveis pelo Ministério da Saúde. Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 11 1941 1ª CNS (1941) - Teve por objetivo ocupar-se dos diferentes problemas da saú de e da assistê ncia, mas de modo especial dos seguintes: a) organizaç ã o sanitá ria estadual e municipal; b) ampliaç ã o e sistematizaç ã o das campanhas nacionais contra a lepra e a tuberculose; c) determinaç ã o das medidas para desenvolvimento dos serviç os bá sicos de saneamento e d) plano de desenvolvimento da obra nacional de proteç ã o à maternidade, à infâ ncia e à adolescê ncia. Link: Relatório Final da 1ª Conferência Nacional de Saúde 1950 2ª CNS (1950) - Pouca informação sobre essa conferência está disponível. Porém, podemos destacar a seguinte questão como tema da conferência: “Pontos de vista dominantes entre os sanitaristas”. Tal ação pretendia construir uma compreensã o sobre os problemas sanitá rios compartilhada entre os gestores estaduais e os do ní vel federal. Tratou ainda de temas como malá ria, seguranç a do trabalho, condiç õ es de prestaç ã o de assistê ncia mé dica sanitá ria e preventiva para trabalhadores e gestantes. Nã o há relató rio conhecido da 2a conferê ncia. 1963 3ª CNS (1963) - A temática dessa conferência també m expressava uma nova orientaç ã o, direcionada à aná lise da situaç ã o sanitá ria e à reorganizaç ã o do sistema de saú de, com propostas de descentralizaç ã o e de redefi niç ã o dos papé is das esferas de governo, alé m de proposiç ã o de um plano nacional de saú de. O golpe militar de 1964 inviabilizou a implementaç ã o das medidas propostas pela 3a conferê ncia, mas suas deliberaç õ es alimentaram muitos dos debates realizados por movimentos sociais a partir da dé cada de 70. Link: Relatório Final da 3ª Conferência Nacional de Saúde 1967 4ª CNS (1967) - Foi debatido o seguinte tema: “Recursos Humanos para as atividades de Saú de”, focalizando a identificaç ã o das necessidades de formaç ã o de recursos humanos e as responsabilidades do Ministé rio da Saú de e das instituiç õ es de ensino superior da á rea na capacitaç ã o de profi ssionais e no desenvolvimento da polí tica de saú de. 19755ª CNS (1975) - Essa conferência dedicou-se a discutir cinco temas, dentre eles: I. Implementação do Sistema Nacional de Saúde; II. Programa de Saúde Materno-Infantil; III. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica; IV. Programa de Controle das Grandes Endemias; e V. Programa de Extensão das Ações de Saúde às Populações Rurais. Link: Relatório Final da 5ª Conferência Nacional de Saúde 1977 6ª CNS (1977) - A 6a conferência també m teve seu tema direcionado à avaliaç ã o e aná lise de estraté gias de implantaç ã o de programas governamentais: A situaç ã o atual do controle das grandes endemias, a operacionalizaç ã o de novos diplomas legais bá sicos aprovados pelo governo federal em maté ria de saú de, e o Programa Interiorizaç ã o das Aç õ es e dos Serviç os de Saú de (Piass). O que a distinguiu foi a reintroduç ã o de um debate sobre a necessidade de uma Polí tica Nacional de Saú de, compreendida como um “corpo de doutrina para fi ns operacionais que deve ter um reconhecimento dos poderes pú blicos constituí dos, devendo ser legitimado pela populaç ã o como um todo ou pelos seus representantes e lideranç as”. Já se anunciavam, nessa formulaç ã o, algumas das demandas sociais relacionadas à democratizaç ã o de processos decisó rios, que começ avam a se expandir nesse perí odo. Link: Relatório Final da 6ª Conferência Nacional de Saúde Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 12 1980 7ª CNS (1980) - Teve como tema “A extensã o das aç õ es de saú de atravé s dos serviç os bá sicos”. Embora o temá rio contemplasse assuntos como articulaç ã o intersetorial, recursos humanos, fi nanciamento, participaç ã o comunitá ria e outros, o eixo dos debates foi a formulaç ã o e implantaç ã o de um Programa Nacional de Serviç os Bá sicos de Saú de (Prev-Saú de), que propunha a reestruturaç ã o e ampliaç ã o dos serviç os de saú de à populaç ã o, com a criaç ã o de uma rede bá sica de saú de de cobertura universal. A 7ª Conferê ncia Nacional de Saú de, ú ltima das realizadas durante o regime militar, ainda que nos mesmos moldes das anteriores, já anunciava a necessidade de mudanç as tanto no sistema de saú de quanto nas conferê ncias de saú de, que só viriam a se concretizar apó s o iní cio do processo de redemocratizaç ã o do paí s. Link: Relatório Final da 7ª Conferência Nacional de Saúde 1986 8ª CNS (1986) - A 8ª conferência possibilitou um amplo processo de mobilizaç ã o social, que articulou representaç ã o de diferentes segmentos e estimulou a realizaç ã o de pré -conferê ncias nos estados, permitiu a reuniã o de cerca de quatro mil pessoas em Brasí lia, dos quais mil eram delegados com direito a voz e voto, para discutir os rumos do sistema de saú de. Ela apresentava os objetivos polí ticos da conferê ncia em relaç ã o à Constituinte, que foram alcanç ados no texto da Constituiç ã o, com redaç ã o muito semelhante, e em um sentido até mais abrangente, como: "A saú de é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polí ticas sociais e econô micas que visem à reduç ã o do risco de doenç a e de outros agravos e ao acesso universal e igualitá rio à s aç õ es e serviç os para sua promoç ã o, proteç ã o e recuperaç ã o" (IDEM, art. 196). Link: Relatório Final da 8ª Conferência Nacional de Saúde 1992 9ª CNS (1992) - Tema central: “Municipalizaç ã o é o caminho” e como temas especí fi cos: 1) Sociedade, governo e saú de (com subtema: seguridade social); 2) Implementaç ã o do SUS; 3) Controle social e 4) Outras deliberaç õ es e recomendaç õ es. As principais contribuiç õ es da 9ª conferê ncia para a Polí tica Nacional de Saú de foram, com certeza: a descentralizaç ã o – defesa dos municí pios como atores no cená rio setorial; a defesa das conferê ncias estaduais e municipais como preparató rias à nacional, fortalecendo os mecanismos de participaç ã o social no SUS; mobilizaç ã o nacional em torno da questã o do fi nanciamento; e a proposta de extinç ã o do Inamps – que ocorreu no ano seguinte. Link: Relatório Final da 9ª Conferência Nacional de Saúde 1996 10ª CNS (1996) - Essa conferência contou com os seguintes temas: 1) Saú de, cidadania e polí ticas pú blicas; 2) Gestã o e organizaç ã o dos serviç os de saú de; 3) Controle social na saú de; 4) Financiamento da saú de; 5) Recursos humanos para a saú de; e 6) Atenç ã o integral à saú de. Link: Relatório Final da 10ª Conferência Nacional de Saúde 2000 11ª CNS (2000) - Teve por tema central: “Acesso, qualidade e humanizaç ã o na atenç ã o à saú de com controle social” e por subtemas: 1) Controle social; 2) Financiamento da atenç ã o à saú de no Brasil. LINK: Relatório Final da 11ª Conferência Nacional de Saúde 2003 12ª CNS (2003) - A 12ª conferência teve como tema central - Saúde: um direito de todos e um dever do Estado. A saúde que temos, o SUS que queremos. Link: Relatório Final da 12ª Conferência Nacional de Saúde Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 13 2007 13ª CNS (2007) - O tema central desta conferência versava sobre: “Saú de e qualidade de vida: polí ticas de estado e desenvolvimento”. Seus debates foram organizados em torno dos seguintes eixos temá ticos: 1) Desafi os para a Efetivaç ã o do Direito Humano à Saú de no Sé culo XXI: Estado, Sociedade e Padrõ es de Desenvolvimento; 2) Polí ticas Pú blicas para a Saú de e Qualidade de Vida: o SUS na Seguridade Social e o Pacto pela Saú de; e 3) A Participaç ã o da Sociedade na Efetivaç ã o do Direito Humano à Saú de. L ink : h t tp : / /www.conse lho.saude.gov.br /b ib l io teca/ Relatorios/13cns_M.pdf 2011 14ª CNS (2011) - Sob o tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social - política pública, patrimônio do povo brasileiro” e como eixo “Acesso e acolhimento com qualidade: um desafi o para o SUS”, a 14ª Conferência teve por objetivo discutir a política nacional de saúde, segundo os princípios da integralidade, da universalidade e da equidade. Link:http://www.conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/ img/14_cns%20relatorio_fi nal.pdf 2015 15ª CNS (2015) - A 15ª CNS teve como tema central: "Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro". Os eixos temáticos da 15ª CNS são: a) Direito à Saúde, garantia de acesso e atenção de qualidade; b) Participação social; c) Valorização do trabalho e da educação em saúde; d) Financiamento do SUS e relação público-privado; e) Gestão do SUS e modelos de atenção à saúde; f) Informação, educação e política de comunicação do SUS; g) Ciência, tecnologia e inovação no SUS; h) Reformas democráticas e populares do Estado. Link: Aguardando publicação O que você achou desse grande resumo sobre as conferências? Até 2015, foram realizadas 15 Conferências Nacionais de Saúde. Entidades ligadas à área da saúde, gestores e prestadores de serviços do setor, sociedade civil organizada e usuários ganham legitimidade para ocupar esses espaços. Um esforço no sentido de fazer valer a democracia popular e a gestão participativa no Sistema Único de Saúde (SUS). As deliberações discutidas nas Conferências Nacionais de Saúde são resultantes dos debates ocorridos nos estados, por meio das Conferências Estaduais, que, por sua vez, resultam das propostas decorrentes das Conferências Municipais. É esta representatividade local que garante a legitimidade do evento como instância colegiada dos vários segmentos representados. As Conferências proporcionaram transformações históricas para a gestão da saúde no Brasil, como no caso da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, cujo relatório fi nal serviu de base para a elaboração do capítulo sobre saúde da Constituição Federal de 1988, resultando na criação do SUS. Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 14 T3 Processo saúde-doençaOlá! Como estão os estudos? Bom, vamos conversar nesse tópico sobre o processo saúde-doença. A saúde e a doença sempre fi zeram parte da realidade e das preocupaçõeshumanas. Então, para iniciar esse papo gostaria de compartilhar os conceitos de saúde e doença de acordo com nosso dicionário da Língua Portuguesa, o famoso Aurélio. “Saúde” signifi ca conservação da vida, robustez, vigor, estado em que se é sadio ou são. “Doença” signifi ca falta de saúde, moléstia específi ca (que ataca animais e vegetais) e coisa que incomoda. O entendimento da população sobre a saúde e a doença sofreu diversas transformações no decorrer da história. Cada povo a interpreta conforme suas crenças, hábitos e costumes. Para tanto, é preciso conhecer um pouco essa trajetória histórica para que possamos entender nossos dias de hoje. Vamos embarcar nessa viagem? Antiguidade Na antiguidade, a doença era atribuída a causas externas. Suas explicações eram relacionadas a fatores sobrenaturais, ou seja, o homem não entendia o porquê das doenças. Período Hipocrático (460-377a.C.) Na Grécia Antiga, Hipócrates dizia que os homens adoeciam devido a fatores externos e ambientais, como o clima, geografi a, alimentação e o trabalho excessivo. Nascida no seio da religião panteísta, a medicina grega cultuava a divindade de Asclépius. Suas práticas, no entanto, iam além dos rituais, envolvendo o uso de ervas medicinais e de métodos naturais. Na mitologia grega, Asclépius teve duas fi lhas a quem ensinou a sua arte: Hygeia (de onde deriva ‘higiene’) e Panacea (deusa da cura). Hipócrates Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3crates Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 15 Rosen (1994) afirma que os grandes médicos gregos eram também filósofos naturais. Mais do que lidar com os problemas de saúde, procuravam entender as relações entre o homem e a natureza. Entre estas preocupações estava a explicação da saúde e da doença como resultantes de processos naturais e não sagrados. A relação com o ambiente é um traço característico da compreensão hipocrática do fenômeno saúde-doença. Partindo da observação das funções do organismo e suas relações com o meio natural (periodicidade das chuvas, ventos, calor ou frio) e social (trabalho, moradia, posição social etc), Hipócrates desenvolveu uma teoria que entende a saúde como homeostase, isto é, como resultante do equilíbrio entre o homem e seu meio. Embora com pouco conhecimento sobre anatomia e fisiologia, os médicos hipocráticos obtinham seus diagnósticos com base na exploração do corpo (ausculta e manipulação sensorial); conversa com o paciente (anamnese); entendimento sobre o problema (o raciocínio diagnóstico); e estabelecimento de procedimentos terapêuticos ou ações indicadas para as queixas mencionadas (prognóstico) (BATISTELLA, 2007). Idade Média (500-1500 d.C.) Na Idade Média, o cristianismo afirmava a existência de uma conexão fundamental entre a doença e o pecado. Como este mundo representava apenas uma passagem para purificação da alma, as doenças passaram a ser entendidas como castigo de Deus, expiação dos pecados ou possessão do demônio. Consequência desta visão, as práticas de cura deixaram de ser realizadas por médicos e passaram a ser atribuição de religiosos. No lugar de recomendações dietéticas, exercícios, chás, repousos e outras medidas terapêuticas da medicina clássica, são recomendadas rezas, penitências, invocações de santos, exorcismos, unções e outros procedimentos para purificação da alma, uma vez que o corpo físico, apesar de albergá-la, não tinha a mesma importância. Como eram poucos os recursos para deter o avanço das doenças, a interpretação cristã oferecia conforto espiritual, e morrer equivalia à libertação (ROSEN, 1994). O medo das doenças era constante nos burgos medievais. Dentre as inúmeras epidemias que aterrorizavam as populações (varíola, difteria, sarampo, influenza, tuberculose, escabiose, erisipela etc), a lepra e a peste bubônica foram, sem dúvida, aquelas de maior importância e preocupação (BATISTELLA, 2007). Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 16 Renascimento (Fim do séc. XIV - fi m do séc. XVII) Nesse período surge a teoria miasmática. Sua explicação diz que as doenças teriam origem nos miasmas. Esta teoria era conceituada como um conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefacção nos solos e lençóis freáticos contaminados. Século XIX O desenvolvimento das investigações no campo das doenças infecciosas e da microbiologia resultou no aparecimento de novas e mais efi cazes medidas de controle, entre elas a vacinação. Ainda que o mecanismo do contágio já tivesse sido elucidado por Fracastoro no século XVI e as bactérias e outros microorganismos já tivessem sido observados por Antony Van Leeuwenhoek no século XVII, somente no fi nal do século XIX a identifi cação de diversos microorganismos patogênicos é realizada. Teoria Miasmática: http://www.ghtc.usp.br/server/pdf/ ram-Miasmas-Sci-Am.PDF saiba mais? http://pt.slideshare.net/feraps/processo-sa http://www.saude.sc.gov.br/gestores/sala_de_leitura/ saude_e_cidadania/ed_01/03.html saiba mais? Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Typhus_shot.jpg A hipótese de que as doenças infecciosas fossem causadas por pequenos ‘animais’, ‘sementes’ ou ‘vermes’ não era recente, já sendo uma suposição na Antiguidade. Porém, a partir do uso do microscópio como poderoso auxiliar nessa tarefa, diferentes cientistas vão contribuindo para o estabelecimento de uma importante ruptura epistemológica: o início da era bacteriológica. Século XX Esse período foi marcado pela descoberta de vetores, hospedeiros e o papel dos portadores sadios para a transmissão de doenças. Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 17 idade, sexo, raça, hábitos, costumes etc Modelo Unicausal ou Teoria da Unicausalidade O conceito da Unicausalidade considera como fator ú nico de surgimento de doenç as um agente etioló gico (ví rus, bacté rias, protozoá rios). Agente Agente Agente indivíduo infectado indivíduo suscetível indivíduo suscetível indivíduo infectado Vírus Fonte: BATISTELLA, 2007 Link:http://www.epsjv.fi ocruz.br/pdtsp/index.php?s_livro_id=6&area_id=2&capitulo_id=13&autor_id=&sub_capitulo_ id=19&arquivo=ver_conteudo_2 Fonte: BATISTELLA, 2007 Link:http://www.epsjv.fi ocruz.br/pdtsp/index.php?s_livro_id=6&area_id=2&capitulo_id=13&autor_id=&sub_capitulo_ id=20&arquivo=ver_conteudo_2 Modelo Multicausal ou Teoria da Multicausalidade O conceito de multicausalidade nã o exclui a presenç a de agentes etioló gicos numa pessoa como fator de aparecimento de doenç as. Ele vai alé m e leva em consideraç ã o o psicoló gico do paciente, seus confl itos familiares, seus recursos fi nanceiros, ní vel de instruç ã o, entre outros. Esses fatores, inclusive, nã o sã o está veis; podem variar com o passar dos anos, de uma regiã o para outra, de uma etnia para outra. Ambiente Agente Hospedeiro idade, sexo, raça, hábitos, costumes etc idade, sexo, raça, hábitos, costumes etc Em síntese, pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o processo saúde- doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que varia nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científi co da humanidade. Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 18 T4 Condicionantes e determinantes da saúde Vamos continuar nossos estudos? Nesse tópico vamos discutir a relação dos condicionantes e determinantes da saúde… O que você sabe sobre esse assunto? O dicionário Aurélio defi ne esse termos como: Condicionante: Que condiciona. Resultante de circunstâncias ou de decisão prévia, que deve ser observada na solução de um problema. Determinante: Aquilo ou aquele que determina, decide. Aquilo que causou ou provocou alguma coisa. Para que possamos compreender o signifi cado dos condicionantes e determinantes da saúde é preciso retomar alguns pontos já estudados aqui. No primeiro tópico desta unidade ressaltamos que a saúde é silenciosa e que geralmente nãoa percebemos em sua plenitude, lembra? E que ouvir o pró prio corpo é uma boa estraté gia para assegurar a saú de com qualidade, pois nã o existe um limite preciso entre a saú de e a doenç a, mas uma relaç ã o de reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e a patologia, na qual os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, á gua, ar, clima, habitaç ã o, trabalho, tecnologia, relaç õ es familiares e sociais) podem causar doenç as. Essa relaç ã o é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes bioló gicos, psicoló gicos e sociais. Já no tópico 3 dissemos que o processo saú de-doenç a é uma expressã o usada para fazer referê ncia a todas as variá veis que envolvem a saú de e a doenç a de um indiví duo ou populaç ã o e considera que ambas estã o interligadas e sã o consequê ncia dos mesmos fatores. De acordo com esse conceito, a determinaç ã o do estado de saú de de uma pessoa é um processo complexo que envolve diversos fatores. Toda essa discussão nos leva ao caminho da compreensão dos condicionantes e determinantes da saúde, uma vez que ao compreendermos a complexidade da manutenção da nossa saúde e da população, entendemos que o nosso processo de trabalho deve intervir nas várias dimensões do ser humano. Durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde muito se foi discutido sobre essa questão, e podemos encontrá-la no texto publicado no Relatório Final do evento ao defender o conceito de saúde, em que diz: “Em seu sentido mais abrangente, saúde é a resultante das condições de alimentação, educação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde” (BRASIL, 1986). A partir de então, esse conceito foi adotado na Lei no 8.080/90, que regulamenta a prática do Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei no 8.080/90 diz no Art. 3o que: A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. relembre Tópico 1R relembre Tópico 3R Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 19 Alimentação Culturais Sociais Econômicos Étnicos/raciais SociaisSociais Comportamentais SociaisSociais Psicológicos Meio Ambiente Transporte Moradia Trabalho e renda Lazer Saneamento Básico Educação Acesso aos bens e serviços assistenciais Fonte: http://www.romulopassos.com.br/img/uploads/SUS%20GRATUITO/AULA_2.pdf Confi ra o Relatório Final da 8a Conferência Nacional de Saúde, que aconteceu em 1986. http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/relatorios/ relatorio_8.pdf. aprofundando> Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) As diversas definiç õ es de determinantes sociais de saú de (DSS) expressam o conceito atualmente bastante generalizado de que as condiç õ es de vida e trabalho dos indiví duos e de grupos da populaç ã o estã o relacionados com sua situaç ã o de saú de. Para a Comissã o Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saú de (CNDSS), os DSS sã o os fatores sociais, econô micos, culturais, é tnicos/ raciais, psicoló gicos e comportamentais que infl uenciam a ocorrê ncia de problemas de saú de e seus fatores de risco na populaç ã o ( BUSS e PELLEGRINI FILHO, 2007). Para a Comissã o Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saú de (CNDSS), os DSS sã o os fatores que infl uenciam a ocorrê ncia de problemas de saú de e seus fatores de risco na populaç ã o. Mas, quais sã o esses fatores? Os principais sã o: Fonte: http://www.romulopassos. com.br / img/up loads /SUS%20 GRATUITO/AULA_2.pdf Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 20 Os autores Buss e Pellegrini Filho (2007) descrevem os objetivos da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde, dentre eles: produzir conhecimentos e informações sobre os DSS no Brasil; apoiar o desenvolvimento de políticas e programas para a promoção da eqüidade em saúde; promover atividades de mobilização da sociedade civil para tomada de consciência e atuação sobre os DSS. Linhas de atuação da CNDSS Para o alcance desses objetivos, a CNDSS vem desenvolvendo as seguintes linhas de atuação: 1. Produção de conhecimentos e informações sobre as relações entre os determinantes sociais e a situação de saúde, particularmente as iniquidades de saúde, com vistas a fundamentar políticas e programas. No âmbito desta linha de atuação, a CNDSS, o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e o CNPq lançaram um edital de pesquisa que permitiu apoiar projetos de pesquisa sobre DSS por um montante de cerca de quatro milhões de reais.Os pesquisadores responsáveis por esses projetos e gestores locais e estaduais convidados estão conformando uma rede de colaboração e intercâmbio para seguimento dos projetos e discussão de implicações para políticas de seus resultados intermediários. Ainda no âmbito desta linha de atuação, foram identificados e avaliados sistemas de informação de abrangência nacional sobre DSS e foi realizado um seminário internacional sobre metodologias de avaliação de intervenções sobre os DSS. Os resultados dessas atividades estarão em breve disponíveis no site da CNDSS. 2. Promoção, apoio, seguimento e avaliação de políticas, programas e intervenções governamentais e não-governamentais realizadas em nível local, regional e nacional. O GT Intersetorial deve constituir o principal instrumento para o desenvolvimento desta linha de atuação. 3. Desenvolvimento de ações de promoção e mobilização junto a diversos setores da sociedade civil, para a tomada de consciência sobre a importância das relações entre saúde e condições de vida e sobre as possibilidades de atuação para diminuição das iniquidades de saúde. Membros da CNDSS e da secretaria técnica vêm participando de congressos e reuniões nacionais e internacionais e utilizando meios de comunicação de massa para o desenvolvimento desta linha de atuação. Em breve será organizado um fórum de discussão nacional e regional, com a participação de organizações não-governamentais que atuam em áreas relacionadas com os DSS. DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 21 4. Portal sobre DSS: a CNDSS mantém um site institucional com informações sobre as atividades que vem desenvolvendo, além de publicações de interesse. Em breve será lançado um Portal sobre DSS, onde, além de informações sobre as atividades da CNDSS, serão incluídos dados, informações e conhecimentos sobre DSS existentes nos sistemas de informação e na literatura mundial e nacional. Esse portal deve também se constituir num espaço de interação para intercâmbio e discussão de grupos estratégicos relacionados aos DSS, como pesquisadores, tomadores de decisão, profi ssionais de comunicação e outros. (BUSS e PELLEGRINI FILHO, 2007). O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. Fonte:http://dssbr.org/site/opinioes/intervencoes-individuais-vs-intervencoes-populacionais/ Como se pode ver na fi gura, os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem infl uência sobre seu potencial e suas condições de saúde. Na camada imediatamente externa aparecem o comportamento e os estilos de vida individuais. Esta camada está situada no limiar entre os fatores individuais e os DSS, já que os comportamentos, muitas vezes entendidos apenas como de responsabilidade individual, dependentes de opçõesfeitas pelo livre arbítrio das pessoas, na realidade podem também ser considerados parte dos DSS, já que essas opções estão fortemente condicionadas por determinantes sociais – como informações, propaganda, pressão dos pares, possibilidades de acesso a alimentos saudáveis e espaços de lazer etc. https://www.youtube.com/watch?v=qAMaM2ldGk0 saiba mais? Chegamos ao fi m de mais um tópico da nossa disciplina! Continue fi rme nos estudos! Até mais! Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 22 T5 Qualidade de vidaOlá, neste tópico vamos conversar sobre Qualidade de Vida (QV). Para você, o que é qualidade de vida??? Na segunda metade do século XX surgiu o conceito de qualidade de vida devido à melhoria global das condições de vida, ocasionado pela diminuição de confl itos militares, pelo desenvolvimento técnico-científi co contribuindo para a redução da mortalidade, pelo aumento da expectativa de vida e pela atenção ao meio ambiente. Tais fatores foram essenciais para a valorização do ser humano e sua percepção sobre o que é viver bem. Desde então, o conceito de qualidade de vida tem sido amplamente usado, principalmente nas á reas de ciê ncias da saú de e sociais. Minayo (2000) afi rma que o tema qualidade de vida é tratado sob os mais diferentes olhares, seja da ciê ncia, por meio de vá rias disciplinas, seja do senso comum, seja do ponto de vista objetivo ou subjetivo, seja em abordagens individuais ou coletivas. No â mbito da saú de, quando visto no sentido ampliado, ele se apoia na compreensã o das necessidades humanas fundamentais, materiais e espirituais e tem no conceito de promoç ã o da saú de seu foco mais relevante. A Organizaç ã o Mundial da Saú de defi ne Qualidade de Vida como "a percepç ã o do indiví duo de sua posiç ã o na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relaç ã o aos seus objetivos, expectativas, padrõ es e preocupaç õ es”. Sendo assim, a qualidade de vida é um conceito dinâmico, individual e perceptivo, o qual depende do sistema de valores de cada indivíduo que corresponde ao bem-estar geral e de equilíbrio pessoal. Este é um conceito amplo que destaca aspectos da saú de fí sica, estado psicoló gico, ní veis de independê ncia, relacionamento social, caracterí sticas ambientais e padrã o espiritual. FONTE: https://carreiras.bayer.com.br/export/sites/career_br/.content/images/ Logo-Qualidade-de-Vida.png Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 23 Instrumentos de medida da Qualidade de Vida Por mais que a avaliação sobre a qualidade de vida seja individual, existem alguns questionários que foram criados pela OMS e por outros organizações a fi m de qualifi car e quantifi car esses dados subjetivos. Os instrumentos para avaliaç ã o de QV podem ser categorizados de acordo com a perspectiva que se propõ em a avaliar: os que avaliam QV geral, qualidade de vida ligada à saú de e QV ligada a uma doenç a especí fi ca (FLECK, 2000). 1) Qualidade de vida geral: Derivada de um referencial social. Abrange de forma ampla os diferentes componentes da QV, fornecendo elementos para compreensã o das motivaç õ es, desejos, oportunidades e recursos disponí veis para a satisfaç ã o e bem-estar de um indiví duo, em diferentes domí nios de sua vida. Um exemplo de instrumento desta categoria é o instrumento desenvolvido pela OMS, o WHOQOL, que se divide em WHOQOL-100 e o WHOQOL-bref. Conheça o questionário WHOQOL-100 elaborado pela OMS para avaliar a Qualidade de Vida LinK: http://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/whoqold.pdf saiba mais? Conheça o questionário WHOQOL-bref Link: http://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/breve.PDF saiba mais? O WHOQOL-100 compreende 100 questões que avaliam 6 domínios: Físico, Psicológico, Nível de Independência, Relações sociais, Meio ambiente e Espiritualidade/ Crenças Pessoais. O WHOQOL-bref surgiu a partir da necessidade de questioná rios mais curtos que demandem menos tempo para seu preenchimento, mas com caracterí sticas psicomé tricas satisfató rias, como validaç ã o, consistê ncia e confi abilidade, já consolidadas pelo WHOQOL-100. O WHOQOL-bref é formado por 26 questõ es, sendo duas gerais de qualidade de vida e as demais 24 facetas que compõ em o instrumento original. Ao preservar cada uma das 24 facetas do instrumento original (o WHOQOL-100), a versã o abreviada preservou a abrangê ncia do construto “qualidade de vida” incluindo itens nã o só referentes a aspectos fí sicos e psicoló gicos, mas també m relativos ao meio ambiente e a relaç õ es sociais. A versã o abreviada WHOQOL-bref mostrou-se uma alternativa ú til para as situaç õ es em que a versã o longa é de difí cil aplicabilidade, como em estudos epidemioló gicos e/ou com utilizaç ã o de mú ltiplos instrumentos de avaliaç ã o (FLECK, 2000). Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 24 Conheça o questionário SF-36 Link:https://moodle.unipampa.edu.br/pluginfile. php/197218/mod_resource/content/1/Escala%20 qualidade%20de%20vida%20SF-36.pdf saiba mais? 2) Qualidade de vida ligada à saú de: Ê nfase no estado funcional e senso de bem-estar, poré m considera apenas os aspectos diretamente relacionados com a saú de, ou seja, as limitaç õ es no funcionamento devidas à doenç a emocional ou fí sica. Dentro desta categoria, estã o todos os instrumentos que enfocam os aspectos da existê ncia afetados pelo fato de estar doente. Um representante deste grupo, e um dos instrumentos mais utilizados em todo o mundo, é o SF-36. 3) Qualidade de vida ligada a uma doenç a especí fi ca: Os instrumentos especí fi cos sã o capazes de avaliar, de forma individual e especí fi ca, determinados aspectos da QV, proporcionando maior capacidade de detecç ã o de melhora ou piora do aspecto em estudo. Sua principal caracterí stica é a sensibilidade de medir as alteraç õ es, em decorrê ncia da histó ria natural ou apó s determinada intervenç ã o. Podem ser especí fi cos para uma determinada populaç ã o, enfermidade, ou para uma determinada situaç ã o. Esses instrumentos focalizam aspectos especí fi cos de uma determinada doenç a em relaç ã o à QV. Um exemplo é o Seattle Angina Questionnaire (SAQ), criado para avaliaç ã o de pacientes que sofrem de angina. A importâ ncia de distinguir QV geral da relacionada à saú de reside no fato de que a primeira abrange fenô menos nã o mé dicos como, por exemplo, relaç õ es familiares, espiritualidade, satisfaç ã o com a vida profi ssional, aspectos estes que infl uenciam a QV de um indiví duo independente da presenç a ou nã o de uma doenç a. Se esta distinç ã o for negligenciada, pode- se superestimar o impacto de fatores relacionados à saú de e, inversamente, subestimar o efeito de fenô menos nã o mé dicos. Por exemplo, uma paciente com artrite degenerativa leve pode relatar uma QV geral ruim, apesar de sua doenç a estar clinicamente controlada, por conviver com um marido alcoolista agressivo (GILL & FEINSTEIN, 1994). FONTE: http://cvoutcomes.org/images/0000/3252/Instruments_medium.jpg Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 25 Chegamos ao final da primeira unidade! Como foi essa experiência para você? Bom, nesse momento é necessário associar todos os tópicos estudados e organizá-los de modo que os temas relacionados à saúde fiquem claros. No desenvolver da unidade, foi percebido que a dimensão da saúde depende de fatores sociais, econômicos, políticos e ambientais. Portanto, cabe a nós, enfermeiros, ter um olhar holístico a fim de potencializar e perceber as fragilidades da nossa clientela atendida com vistas à qualidade de vida. E então, você está caminhando para ser esse profissional??? Até breve! Referências: BATISTELLA, C. A saúde como ausência de doença. 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Disponível em: http://www. conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_6.pdf. Acesso em: 08 setembro 2016. Saúde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM 26 BRASIL. 7ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília, 1980. Disponível em: http://www. conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_7.pdf. Acesso em: 08 setembro 2016. BRASIL. 8ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília, 1986. Disponível em: http://www. conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_8.pdf. Acesso em: 08 setembro 2016. BRASIL. 9ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília, 1992. Disponível em: http://www. conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/relatorio_9.pdf. Acesso em: 08 setembro 2016. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. As Conferências Nacionais de Saúde: Evolução e perspectivas./ Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2009. 100 p. Disponível em: http://www.conass.org.br/conassdocumenta/cd_18. pdf. Acesso em: 08 setembro 2016. BRASIL. 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