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Introdução à Imunologia - Células e Tecidos Imunes

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- imunidade: ​proteção contra doenças infecciosas → sistema imunológico // resposta imunológica 
- a função do sistema imunológico é a ​defesa contra microorganismos infecciosos​. Entretanto, até                         
mesmo substâncias estranhas não-infecciosas podem desencadear uma resposta imunológica →                   
alérgenos, tumores, enxertos, etc 
 
COMO É FORMADO O SISTEMA IMUNOLÓGICO? 
- barreira física contra infecções → pele e mucosas 
- morte de microorganismos pela produção local de peptídeos antimicrobianos → defensinas,                     
catelicidinas, lisozima (lágrima) 
- morte de microorganismos e células infectadas por linfócitos intraepiteliais 
- contagem normal de células sanguíneas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- período fetal: ​saco vitelino e         
fígado são órgãos     
hematopoiéticos 
- adulto: medula óssea dos       
ossos longos → fonte de         
progenitores linfocitários;   
local de residÊncia de células         
plasmáticas de vida longa 
- timo: local de maturação de         
linfócitos T 
- células pluripotentes:   
presença da proteína CD34       
em sua superfície 
- células progenitoras e     
pluripotentes → núcleo     
frouxo: alta atividade de       
expressão gênica - material       
genético deve estar     
disponível e de fácil acesso         
para transcrição e, posterior,       
tradução de proteínas 
 
- HEMATOPOIESE: processo    de 
formação e desenvolvimento      de 
diversos tipos de células       
sanguíneas e outros     
elementos figurados 
Introdução à Imunologia: Células e Tecidos Imunes 
PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS 
HEMATOPOIESE 
- células precursoras ​(steam cells)​ ​tem uma alta capacidade de auto-renovação, replicação 
- respondem a diversos fatores de crescimento hematopoiéticos para que sofram                   
diferenciação celular e deem origem às diversas células → ​amplificação do sistema: ​uma                         
steam cell pode produzir várias steam cell para a manutenção do sistema mas também pode                             
responder a fatores de crescimento levando a produção dos progenitores e, subsequente,                       
as células maduras diferenciadas 
- a celularidade constante da medula óssea é um processo de equilíbrio estável (quando indivíduo                           
saudável) → patologias: baixa produção, ausência de produção ou hiperprodução celular 
 
FATORES DE CRESCIMENTO: 
- substâncias que promovem a diferenciação celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- representam de 2 a 8% no hemograma 
- núcleo geralmente único, com cromatina e nucléolo não condensados, citoplasma agranulocítico 
- origem: célula progenitora mielóide estimuladas por M-CSF e GM-CSF, IL-3 
- células produtoras de marcadores de superfície como algumas integrinas, selectinas 
- sofre diapedese do sangue para o tecido → transforma-se em ​MACRÓFAGO 
- macrófago residente: ​macrófago alveolar, células de Kupffer, osteoclastos, microglias,                 
células de Langerhans (residentes em tecidos diferentes recebem nomes diferentes) 
- macrófago recrutado: ​apresentação de antígeno → ativação clássica, alternativa ou não                     
específico 
 
 
 
 
AGRANULÓCITOS 
Monócitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- monócitos podem dar origem a dois tipos de macrófagos: 
- M1: ​morte de parasitas intracelulares​, resistência tumoral, ativação de linfócitos Th1,                     
destruição tecidual 
- M2: encapsulação de parasitas, imunorregulação, angiogênese, ​remodelagem/reparação             
tecidual​, promoção tumoral 
- diferenciação do padrão celular se dá pelo processo de inflamação → o padrão de citocinas                             
específicas geradas no processo de inflamação faz com que haja a diferenciação e recrutamento                           
de macrófagos M1 ou M2 
* processo de obesidade é um processo inflamatório → ​explica a maior gravidade de certas doenças                               
em pacientes obesos 
- Uma das principais funções dos macrófagos           
na defesa do hospedeiro é ingerir microrganismos             
por meio do processo de fagocitose e, então,               
destruir os microrganismos ingeridos. Os         
mecanismos de fagocitose e killing incluem a             
formação de organelas citoplasmáticas ligadas à           
membrana que contêm os microrganismos; a fusão             
dessas organelas com os lisossomos; a geração de               
espécies reativas de oxigênio e nitrogênio no             
lisossomo que são tóxicas para os microrganismos;             
e a digestão das proteínas microbianas por             
enzimas proteolíticas. 
- Além de ingerir microrganismos, os macrófagos ingerem células necróticas do hospedeiro,                     
incluindo as células que morrem nos tecidos em consequência dos efeitos de toxinas, traumatismo                           
ou interrupção do suprimento sanguíneo, e também os neutrófilos que                   
morrem após se acumularem em sítios de infecção. Isto é parte do                       
processo de limpeza que se segue à infecção ou lesão tecidual estéril.                       
Os macrófagos também reconhecem e englobam células apoptóticas               
antes de estas poderem liberar seus conteúdos e induzir respostas                   
inflamatórias. Ao longo de todo o corpo e no decorrer da vida inteira                         
de um indivíduo, as células indesejadas morrem por apoptose como                   
parte de muitos processos fisiológicos, como desenvolvimento,             
crescimento e renovação de tecidos sadios, sendo que as células                   
mortas são eliminadas pelos macrófagos. 
- Os macrófagos são ativados por substâncias microbianas e secretam                 
diferentes citocinas que atuam sobre as células endoteliais do                 
Macrófagos 
revestimento dos vasos sanguíneos, intensificando o recrutamento de mais monócitos e outros                       
leucócitos do sangue para os sítios de infecção, amplificando assim a resposta protetora contra os                             
microrganismos. Outras citocinas atuam sobre os leucócitos e estimulam sua migração para os                         
sítios teciduais de infecção ou dano.  
- Os macrófagos atuam como células apresentadoras de antígeno (APCs) que exibem fragmentos de                         
antígenos proteicos e ativam linfócitos T.  
- Os macrófagos promovem o reparo de tecidos lesados estimulando o crescimento de novos vasos                           
sanguíneos (angiogênese) e a síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose). Essas                         
funções são mediadas pelas citocinas secretadas pelos macrófagos que atuam em várias células                         
teciduais. 
 
- origem: comum aos macrófagos →         
progenitor mielóide comum estimulado por         
GM-CSF, diferenciação Flt3L produzindo a         
célula pré-dendrítica que dá origem à célula             
dendrítica 
Há vários tipos de células dendríticas, as quais               
compõem a terceira classe das células           
fagocíticas do sistema imune. A maioria das             
células dendríticas têm longos processos         
semelhantes a dedos, como os dendritos das             
células nervosas, o que dá a elas o seu nome.                   
As células dendríticas imaturas migram da           
medula óssea para a corrente sanguínea para entrar nos tecidos. Elas capturam substâncias                         
particuladas por fagocitose e também ingerem continuamente grandes quantidades de líquido                     
extracelular e seu conteúdo, por um processo conhecido como macropinocitose. Como os macrófagos                         
e os neutrófilos, elas degradam os patógenos que capturaram, mas sua principal função no sistema                             
imune não é a eliminação de microrganismos.Em vez disso, o encontro com os patógenos estimula as                                 
células dendríticas a maturar em células que podem ativar uma determinada classe de linfócitos, os                             
linfócitos T. As células dendríticas maduras ativam os linfócitos T pela apresentação dos antígenos                           
derivados de patógenos em sua superfície, ativando os receptores de antígeno dos linfócitos T. Elas                             
também fornecem outros sinais necessários para ativar os linfócitos T que encontraram seus antígenos                           
pela primeira vez, e, por essa razão, as células dendríticas são também denominadas ​células                           
apresentadoras de antígenos (APCs​) - ​consideradas as mais eficientes APCs​. Assim, as células                         
dendríticas formam uma ligação crucial entre a resposta imune inata e a resposta imune adaptativa.                             
Em determinadas situações, os macrófagos também podem atuar como APCs, mas as células                         
dendríticas são as células especializadas em iniciar as respostas imunes adaptativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células Dendríticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os neutrófilos constituem a ​população mais           
abundante de leucócitos circulantes e o principal tipo               
celular nas reações inflamatórias agudas​. Os           
neutrófilos circulam como células esféricas, medindo           
cerca de 12-15 μm de diâmetro, com numerosas               
projeções membranosas. O núcleo é segmentado em             
três a cinco lóbulos conectados. Devido à sua               
morfologia nuclear, os neutrófilos também são           
chamados leucócitos polimorfonucleares (PMNs). O         
citoplasma contém dois tipos de grânulos ligados à               
membrana. A maioria desses grânulos, chamados           
grânulos específicos, estão repletos de enzimas, como lisozima, colagenase e elastase. Esses grânulos                         
não são corados fortemente por corantes básicos ou ácidos (hematoxilina e eosina, respectivamente), e                           
isso distingue os neutrófilos dos outros dois tipos de leucócitos circulantes contendo grânulos                         
citoplasmáticos, chamados basófilos e eosinófilos. O restante dos grânulos dos neutrófilos, chamados                       
grânulos azurofílicos (ou azurófilos), contêm enzimas e outras substâncias microbicidas, entre as quais                         
as defensinas e catelicidinas. 
Os neutrófilos são produzidos na medula óssea e surgem de precursores que também originam                           
fagócitos mononucleares. A produção de neutrófilos é estimulada pelo fator estimulador de colônia de                           
granulócito (G-CSF) e pelo fator estimulador de colônia de granulócito-macrófago (GM-CSFr). Um                       
humano adulto produz mais de 1 × 1011 neutrófilos por dia, cada um dos quais circulando no sangue por                                     
poucas horas ou dias. Os neutrófilos podem migrar rapidamente para sítios de infecção após a                             
entrada de microrganismos. Após entrarem nos tecidos, os neutrófilos atuam apenas durante 1-2 dias e,                             
então, morrem. 
A principal função dos neutrófilos é fagocitar microrganismos, especialmente microrganismos                   
opsonizados, e produtos de células necróticas, bem como destruir esse material nos fagolisossomos.                         
Em adição, os neutrófilos produzem conteúdos de grânulos e substâncias antimicrobianas que matam                         
microrganismos extracelulares, mas também danificam tecidos sadios. 
- possui receptores de membrana de extrema importância para que aconteça o processo de                         
fagocitose 
 
GRANULÓCITOS 
Neutrófilo 
 
DESVIO À ESQUERDA: ​número aumentado de células jovens (à esqueda do processo de maturação =                             
antes do segmentado) no sangue circulante → processos massivos de infecção, principalmente                       
bacteriano, que requerem mais células de defesa no sangue circulante; células jovens acabam sendo                           
liberadas mais cedo 
 
Os eosinófilos são granulócitos que expressam           
grânulos citoplasmáticos contendo enzimas nocivas         
às paredes celulares de parasitas, mas que também               
podem danificar os tecidos do hospedeiro. Os             
grânulos dos eosinófilos contêm principalmente         
proteínas básicas que se ligam a corantes ácidos,               
como a eosina, e isto é visto como uma cor                   
avermelhada em esfregaços de sangue e cortes de               
tecido corados. Os eosinófilos são derivados da             
medula óssea e circulam no sangue, de onde podem                 
ser recrutados para os tecidos. As citocinas             
GM-CSF, interleucina-3 (IL-3) e IL-5 promovem a maturação do eosinófilo a partir dos precursores                           
mielóides. Alguns eosinófilos normalmente estão presentes nos tecidos periféricos, em especial nos                       
revestimentos de mucosa dos tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário, e seu número pode                         
aumentar por meio do recrutamento a partir do sangue que ocorre no contexto da inflamação. 
- núcleo, geralmente, bilobulado 
- importantes na resposta contra parasitas (vermes - recobertos com IgE) e processo alérgico;                         
produção de citocinas para manutenção da homeostase metabólica (tecido adiposo →                     
diferenciação de células apoptóticas e metabolismo da glicose)); regulação da resposta imune                       
(produção de mediadores e apresentação de antígeno); remodelagem e reparação tecidual                     
(fibrose e morte celular); imunidade humoral (produção citocinas para ativação de plasmócitos                       
→ produção de anticorpos de alta afinidade - IgE); ativação celular (células epiteliais, linfócitos T                             
e mastócitos → produção de citocinas e liberação dos grânulos) 
 
Os basófilos são granulócitos sanguíneos que           
apresentam muitas similaridades estruturais e         
funcionais com os mastócitos. Assim como outros             
granulócitos, os basófilos derivam de precursores           
hematopoiéticos, amadurecem na medula óssea         
(sua linhagem é diferente da linhagem dos             
mastócitos) e circulam no sangue. Os basófilos             
constituem menos de 1% dos leucócitos           
sanguíneos). Embora normalmente estejam       
ausentes nos tecidos, os basófilos podem ser             
recrutados para alguns sítios inflamatórios. Os           
basófilos também contêm grânulos que se ligam             
a corantes básicos e são capazes de sintetizar muitos mediadores que também são sintetizados pelos                             
mastócitos. Como estes, os basófilos expressam receptores de IgE, ligam-se à IgE e podem ser ativados                               
pela ligação do antígeno à IgE. Como o número de basófilos nos tecidos é baixo, sua importância na                                   
defesa do hospedeiro e nas reações alérgicas é incerta. 
- núcleo, geralmente, bilobulado; citoplasma recoberto de grânulos muito grandes que praticamente                     
encobrem a visualização do núcleo 
- todas as suas funções ainda não são bem descritas 
Eosinófilos 
Basófilos 
 
PAPÉIS DOS PRINCIAIS MEDIADORES PRODUZIDOS POR BASÓFILOS NO PROCESSO ALÉRGICO: 
- grânulos de histamina: ​aumentam a permeabilidade vascular 
causam contração do músculo liso 
- IL-4 e IL-13:​ promove a diferenciação de linfócitos Th2 
  promove a produção de IgE 
 
Os mastócitos são células derivadas da medula             
óssea presentes nos epitélios da pele e das               
mucosas,as quais ao serem ativadas liberam             
numerosos mediadores inflamatórios potentes       
que conferem defesa contra infecções por           
parasitas ou produzem os sintomas das           
doenças alérgicas. Uma citocina chamada fator           
da célula-tronco (ou c-Kit-ligante) é essencial ao             
desenvolvimento do mastócito. Normalmente,       
os mastócitos maduros não são encontrados           
na circulação, mas estão ​presentes nos tecidos             
(mucosa, sistema respiratório e TGI,         
principalmente), em geral adjacentes a pequenos vasos sanguíneos e nervos. Seu citoplasma contém                         
numerosos grânulos ligados à membrana, repletos de mediadores inflamatórios pré-formados, como a                       
histamina, bem como proteoglicanas acídicas que se ligam a corantes básicos conferindo uma cor                           
azul-escura aos grânulos quando corantes especiais são usados. Vários estímulos podem ativar os                         
mastócitos e fazê-los liberar os conteúdos dos grânulos citoplasmáticos no espaço extracelular, bem                         
como sintetizar e liberar citocinas e outros mediadores inflamatórios. A histamina e os outros                           
mediadores liberados promovem alterações nos vasos sanguíneos que causam inflamação. Os                     
mastócitos expressam receptores na membrana plasmática com alta afinidade por um tipo de                         
anticorpo denominado IgE, e geralmente são recobertos por estes anticorpos. Quando os anticorpos                         
presentes na superfície do mastócito se ligam ao antígeno, são induzidos eventos sinalizadores que                           
levam à ativação do mastócito. Os mastócitos também são ativados quando reconhecem produtos                         
microbianos, independentemente da IgE, atuando nesse sentido como sentinelas do sistema imune                       
inato. 
 
FUNÇÕES: 
- secreção de substâncias que aumentam a permeabilidade vascular → histamina 
- ativação e recrutamento de células imunes → produção de TNF para ativação de neutrófilos;                           
produção de IL-5, IL-9 e IL-13 para ativação de eosinófilos, linfócitos B e linfócitos T helper 
- papel no fluxo sanguíneo, coagulação e permeabilidade vascular → grânulos de heparina e                         
histamina 
- interação neuroimune, peristaltismo, broncoconstrição e dor → atuação em células nervosas e                       
músculo liso com a produção de histamina e proteases 
- cicatrização de feridas e fibrose → produção de TGF-beta e FGF 
 
Os linfócitos, células ímpares da imunidade adaptativa, são as únicas células no corpo que                           
expressam receptores antigênicos clonalmente distribuídos, cada um dos quais específico para um                       
determinante antigênico diferente. Cada clone de linfócitos T e B expressa receptores antigênicos com                           
especificidade única, diferente das especificidades dos receptores presentes nos outros clones. 
O número total de linfócitos em um adulto sadio é cerca de 5 × 1011. Desse total, ∼2% estão no                                       
sangue, ∼4% estão na pele, ∼10% estão na medula óssea, ∼15% estão nos tecidos linfoides das mucosas                                 
dos tratos gastrintestinal e respiratório, e ∼65% estão nos órgãos linfoides (principalmente, baço e                           
linfonodos).  
 
- ativação em plasmócito para produção de anticorpos 
- apresentação de antígeno cruzada para células T 
Mastócito 
LINFÓCITOS 
Linfócitos B 
- co-estimulação de linfócitos T 
- participação no balanço entre células T helper Th1 e Th2 
- regulação de células dendríticas 
- cicatrização de feridas 
- rejeição de transplantes 
- imunidade tumoral 
- organogênese de órgãos linfóides 
- produção de citocinas → INF-gama, IL-6, IL-10 
 
- tipo celular importante para a ​resposta imune adaptativa 
- células TCD4, TCD8 
- Naive T CD4: 
- Th1: patógenos intracelulares e autoimunidade 
- Th2: parasitas extracelulares; resposta alérgica e asma 
- Th17: bactérias extracelulares, fungos e autoimunidade 
- T reguladores: tolerância imunológica, homeostase linfocítica, regulação das respostas imunes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- natural killer → linfócitos que apresentam grânulos em sua                 
superfície citoplasmática que, quando liberados, destroem as             
células alvo 
O sistema imune inato inclui várias subpopulações de células                 
derivadas da medula óssea relacionadas entre si pelo               
desenvolvimento, com morfologia linfoide e funções efetoras             
similares às das células T, porém desprovidas de receptores                 
antigênicos de célula T. As principais funções destas células são                   
conferir defesa inicial contra patógenos infecciosos; reconhecer as               
células do hospedeiro estressadas e lesadas, e ajudar a eliminá-las; e                     
influenciar a natureza da resposta imune adaptativa subsequente.               
As células natural killer (NK) têm funções citotóxicas similares às dos                     
CTLs CD8+. Essas células circulam no sangue e estão presentes em                     
vários tecidos linfóides 
- reconhecem expressão anormal de receptores de membrana             
que ativam a liberação de grânulos e morte da célula (células                     
tumorais, em estresse, infectadas por vírus) 
 
 
 
Linfócitos T 
Linfócitos NK 
 
- primários: a medula óssea e o timo → sítios onde os linfócitos expressam pela primeira vez os                                 
receptores antigênicos e alcançam a maturidade fenotípica e funcional 
- também chamados de órgãos linfóides geradores ou centrais 
- secundários: ​linfonodos, baço e componentes do sistema imune de mucosa → locais onde as                           
respostas dos linfócitos a antígenos estranhos são iniciadas e desenvolvidas 
- também chamados de órgãos linfóides periféricos 
 
O timo é o ​local de maturação da célula T. Trata-se de um órgão bilobado situado no                                 
mediastino anterior, que involui após a puberdade de modo a se tornar indetectável nos adultos. Cada                               
lobo é dividido em múltiplos lóbulos por septos fibrosos, e cada lóbulo consiste em um córtex externo e                                   
uma medula interna. O córtex contém uma coleção densa de linfócitos T, enquanto a medula mais clara                                 
é mais esparsamente povoada por linfócitos. A medula também contém macrófagos e CDs. Dispersas                           
por 
todo o timo, há células epiteliais não linfóides contendo citoplasma abundante. As células epiteliais                           
corticais produzem IL-7, necessária ao desenvolvimento inicial da célula T. Uma subpopulação distinta                         
de células epiteliais encontrada apenas na medula, chamadas células epiteliais medulares tímicas                       
(MTEC), exercem papel especial na apresentação de autoantígenos para as células T em                         
desenvolvimento, causando sua eliminação. Esse é um mecanismo que garante que o sistema imune                           
permaneça tolerante aos auto antígenos. Na medula, existem estruturas chamadas corpúsculos de                       
Hassall que são compostas por espirais firmemente compactadas de células epiteliais que podem ser                           
remanescentes de células em degeneração. O timo tem um rico suprimento vascular e vasos linfáticos                             
eferentes que drenam para dentro dos linfonodos mediastínicos. O componente epitelial do timo deriva                           
de invaginações que ocorrem na ectoderme do pescoço e do tórax em desenvolvimento do embrião,                             
formando estruturas chamadasbolsas branquiais. Os precursores de linfócitos, macrófagos e CDs                       
derivam da medula óssea. 
Os linfócitos no timo, também chamados timócitos, são células T em vários estágios de                           
maturação. As células mais imaturas entram no timo, e sua maturação começa no córtex. Conforme                             
amadurecem, os timócitos migram rumo à medula, por isso a medula contém principalmente células T                             
maduras. 
 
- o sistema linfático consiste em vasos especializados, chamados linfáticos, que drenam líquido dos                         
tecidos, e em linfonodos interespaçados ao longo dos vasos 
- os vasos linfáticos coletam antígenos microbianos de suas portas de entrada e os distribuem aos                             
linfonodos, onde esses antígenos podem estimular as respostas imunes adaptativas. 
 
LINFONODOS: 
São órgãos linfoides secundários, vascularizados e encapsulados, que exibem características                   
anatômicas favoráveis à iniciação de respostas imunes adaptativas a antígenos transportados dos                       
tecidos pelos linfáticos. Os linfonodos estão situados ao longo dos canais linfáticos, no corpo inteiro, e                               
assim têm acesso aos antígenos encontrados nos epitélios e originários da maioria dos tecidos, os                             
quais são drenados pelos linfáticos. Existem cerca de 500 linfonodos no corpo humano. Um linfonodo é                               
circundado por uma cápsula fibrosa, abaixo da qual está um sistema sinusal revestido por células                             
reticulares, cruzado por fibrilas de colágeno e outras proteínas da matriz extracelular, repleto de                           
linfócitos, macrófagos, CDs e outros tipos celulares. Os linfáticos aferentes esvaziam dentro do seio                           
subcapsular (marginal), e a linfa pode drenar desse local diretamente para dentro do seio medular                             
conectado e, em seguida, para fora do linfonodo via linfáticos eferentes. Os macrófagos no seio                             
subcapsular proveem uma importante função de remover por fagocitose os organismos infecciosos, os                         
quais podem ser reconhecidos pelos macrófagos através de uma ampla variedade de receptores de                           
superfície celular. Sob o assoalho interno do seio subcapsular, está o córtex rico em linfócitos. O córtex                                 
externo contém agregados de células chamados folículos, os quais são povoados principalmente por                         
linfócitos B. O córtex ao redor dos folículos, chamado córtex parafolicular, paracórtex ou zona de                             
célula T, está organizado em cordões com fibras e proteínas de matriz extracelular em abundância, e é                                 
povoado principalmente por linfócitos T e CDs. 
ÓRGÃOS LINFÓIDES 
Timo 
Sistema Linfático 
 
 
O baço é um órgão altamente vascularizado, cujas principais funções são remover da circulação                           
as células sanguíneas envelhecidas e danificadas, bem como as partículas (como imunocomplexos e                         
microrganismos opsonizados), e iniciar respostas imunes adaptativas a antígenos transportados pelo                     
sangue. O baço pesa aproximadamente 150 g em adultos e está localizado no quadrante superior                             
esquerdo do abdome. O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha, constituída                       
principalmente por sinusoides vasculares cheios de sangue, e polpa branca rica em linfócitos. O                           
sangue entra no baço por uma única artéria esplênica, que atravessa a cápsula no hilo e se divide em                                     
ramos progressivamente menores que permanecem circundados por trabéculas fibrosas de proteção e                       
suporte. Alguns ramos arteriolares da artéria esplênica terminam em extensivos sinusoides vasculares                       
contendo alto número de eritrócitos, e são revestidos por macrófagos e outras células. Os sinusoides                             
terminam em vênulas que drenam no interior da veia esplênica, a qual transporta sangue para fora do                                 
baço e para dentro da circulação porta. Os macrófagos da polpa vermelha atuam como um importante                               
filtro do sangue, removendo microrganismos, células danificadas e células/microrganismos cobertos                   
com anticorpos (opsonizados). Os indivíduos sem baço são suscetíveis a infecções disseminadas por                         
bactérias encapsuladas, como os pneumococos e meningococos. Isso pode ser devido principalmente                       
ao fato de esses microrganismos normalmente serem depurados por opsonização e fagocitose, e essa                           
função ser defeituosa na ausência do baço. 
 
 
A medula óssea é o sítio de geração de células sanguíneas circulantes, incluindo hemácias,                           
granulócitos e monócitos, bem como o sítio de maturação da célula B. A geração de todas as células                                   
sanguíneas, chamada hematopoiese, ocorre inicialmente durante o desenvolvimento fetal, nas ilhotas                     
sanguíneas junto ao saco vitelínico e mesênquima para-aórtico, mudando então para o fígado entre o                             
3° e o 4° mês de gestação, até finalmente seguir para a medula óssea. Ao nascimento, a hematopoiese                                   
ocorre nos ossos ao longo de todo o esqueleto, porém vai se tornando cada vez mais restrita à medula                                     
dos ossos chatos, de modo que na puberdade, a hematopoiese ocorre principalmente no esterno,                           
vértebras, ossos ilíacos e costelas. A medula vermelha encontrada nesses ossos consiste em uma                           
estrutura esponjosa reticular localizada entre as trabéculas de ossos longos. Os espaços existentes                         
nessa estrutura contém uma rede de sinusoides cheios de sangue revestidos por células endoteliais                           
presas a uma membrana basal descontínua. Fora dos sinusoides, há aglomerados de precursores de                           
células sanguíneas em vários estágios de desenvolvimento, bem como células adiposas. Os precursores                         
de células sanguíneas amadurecem e migram pela membrana basal sinusoidal e entre as células                           
endoteliais, para entrar na circulação vascular. Quando a medula óssea é lesada ou quando há uma                               
demanda excepcional pela produção de novas células sanguíneas, o fígado e o baço frequentemente                           
se tornam sítios de hematopoiese extramedular. 
 
 
Baço 
Medula Óssea

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