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Exame físico neurológico

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ROTEIRO PARA EXAME NEUROLÓGICO 
 
+ANAMNESE 
 ​-IDENTIFICAÇÃO 
 -QPD 
 - PRINCIPAIS​ ​SINTOMAS NEUROLÓGICOS: 
 CEFALEIA 
 DOR 
 PARESTESIAS 
 EPILEPSIAS E ESTADO CONVULSIVO 
 VERTIGEM 
 PARESIAS E PARALISIAS 
 DISTÚRBIOS: VISUAIS, DOS ESFÍNCTERES, DO SONO. 
 CHORO E RISOS ESPASMÓDICOS. 
 
 -HDA 
 
 ​-​ANTECEDENTES PESSOAIS​: 
 GESTAÇÃO 
 CONDIÇÕES DE PARTO 
 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 
 PATOLOGIA PREGRESSAS 
 TRAUMAS 
 ATIVIDADE PROFISSIONAL 
-ANTECEDENTES FAMILIARES 
 CONSAGUINIDADE 
 HEREDODEGENERAÇÕES CEREBELARES 
MIOPATIAS 
DOENÇAS METABÓLICAS 
 
+EXAME FÍSICO 
ATITUDE 
ESTADO MENTAL 
FUNÇÕES COGNITIVAS 
COORDENAÇÃO 
MARCHA E EQUILÍBRIO 
EXAME DA MOTRICIDADE 
REFLEXOS 
SENSIBILIDADE 
NERVOS CRANIANOS 
 
 1- ATITUDE 
- Atitude física ou posição do paciente, se mantida prolongadamente, seja no 
leito ou fora dele, merece atenção, pois pode ter significado racional para o 
diagnóstico. Classificações das atitudes: 
 
ATITUDE ATIVA, que pode ser: 
 
- INDIFERENTE: quando não há desconforto e o indivíduo pode ficar em 
qualquer posição; 
- ELETIVA: quando uma posição peculiar é a preferida do paciente por 
diminuir um conforto ou uma limitação funcional; 
- COMO REGISTRAR? DE FORMA DESCRITIVA, Ex: “atitude ativa eletiva 
em decúbito lateral direito”, “postura limitada à posição sentada” etc. 
 
ATITUDE PASSIVA, quando o paciente não é capaz de se movimentar 
voluntariamente: 
 
- Coma 
- Paralisia do movimento voluntário das quatro extremidades (tetraplegia) 
- Estados psiquiátricos graves: catatonia e quadros dissociativos. 
 
2- ESTADO MENTAL 
- VIGÍLIA E ATENÇÃO 
VIGÍLIA (NÍVEL DE CONSCIÊNCIA): Definir se o estado de vigília (de alerta ou de 
consciência) do paciente é fisiológico ou patológico. 
- Exame: inspeção e interação geral com o paciente. 
COMATOSO: Irresponsivo a qualquer estímulo ou retira o membro ao 
estímulo doloroso à esquerda ou à direita; 
 LETÁRGICO: Acorda brevemente e vocaliza ao estímulo doloroso 
SONOLENTO: Permanece acordado brevemente enquanto houver estímulo 
verbal 
 ALERTA: Vigília e atenção normais. 
 
ATENÇÃO: Observar se o paciente é capaz de se manter no assunto, permanecer 
focado no diálogo e mantém uma conversa coerente. Registrar de forma descritiva: “alerta 
mas desatento” ou “coerente, mas distraindo-se facilmente” ou “incoerente, desatento”. 
 ​TESTE: Digit span. 
- ​Recite uma sequência de 5 números aleatórios, em baixa velocidade (1 
por segundo). 
 ​- ​Faça o paciente repetir na mesma ordem. 
INTERPRETAÇÃO: Pessoas normais repetem entre 5 e 9 algarismos (a média 
da população normal é 7). Qualquer redução no digit span para menos de cinco significa 
déficit de atenção. 
 TESTE: Persistência (ou impersistência) motora. 
- ​Observe se o paciente é capaz de sustentar uma postura, por exemplo: 
se o paciente consegue se manter olhando para os olhos do examinador enquanto tem seu 
campo de visão examinado por ele. Se a distração acontecer, faça o teste: solicite que o 
paciente protua a língua e a mantenha assim por no mínimo 20 segundos. 
ATENÇÃO ESPACIAL​: ​A atenção tem um componente espacial importante, que 
será afetado de forma diferente se uma lesão hemisférica for à direita ou à esquerda. 
Lesões do hemisfério direito atingirão a atenção espacial. 
 ​TESTE DE “CANCELAMENTO”: 
- ​Apresente uma página branca com várias pequenas linhas distribuídas 
aleatoriamente e peça para o paciente fazer uma linha interseccionando todos os traços que 
foram desenhados posteriormente. 
INTERPRETAÇÃO: Pessoas normais cruzarão todos os traços 
normalmente. Já pacientes com heminegligência deixarão de marcar algumas linhas de um 
dos lados da página. Essa alteração localiza uma lesão no hemisfério contralateral à 
mesma. 
 
- MEMÓRIA 
- ​Precisa ter demonstrado que o paciente está alerta, com atenção normal e que 
não apresenta alterações na linguagem. 
TESTES: 
 Teste de orientação: 
- No tempo: ​peça cinco parâmetros de tempo (dia da semana, dia do mês, o 
próprio mês, o ano e a estação do ano); 
- No espaço: peça cinco parâmetros de espaço (onde está no momento, 
andar, quarto ou enfermaria, cidade, estado, país). 
- Na pessoa: ​peça ao menos cinco parâmetros (nome, endereço, data de 
nascimento, idade, ocupação, estado civil etc) 
 
INTERPRETAÇÃO: Déficits de orientação no tempo e no espaço sugerem 
possíveis déficits de memória recente. Os déficits de orientação quanto à 
pessoa são mais graves, provavelmente apontando para a existência de 
uma alteração de memória de maior duração e intensidade (um quadro de 
demência estabelecido) ou uma de encefalopatia aguda, difusa (quadro 
também chamado de Delirium). 
 
 Teste de memória: 
- ​Apresente três palavras aleatórias ao indivíduo (sem que evoquem uma única 
sensação de ideias) e avise que você vai solicitá-las mais tarde. 
- Peça para que ele repita de imediato as três palavras, avaliando sua Memória 
Imediata. 
- Distraia o indivíduo por pelo menos 10 minutos. Pode deixar esse passo para o 
final do Exame Neurológico. Peça que o indivíduo repita as palavras. A recordação obtida 
entre 10 minutos e 3 horas corresponde à Memória Recente. 
- Memória Remota: Pergunta sobre informações que você possa confirmar se 
as respostas estão corretas depois (eleições, dados de família, prontuário médico, jogos ou 
datas importantes). 
 REGISTRO: cada acerto vale 1 ponto. 
 - Memória Imediata: _/3 
 - Memória Recente: _/3 
 - Memória remota: descrever… 
INTERPRETAÇÃO: Déficits de memória imediata indicam alteração de atenção 
ou, talvez, uma afasia de repetição (uma desconexão entre os centros de Broca e de 
Wernicke). No teste de memória recente, pessoas normais costumam acertar as três 
palavras oferecidas. Se houver 2 de 3 recordações, o melhor é repetir o teste. 
 
3- FUNÇÕES COGNITIVAS 
 
- LINGUAGEM (sua investigação no Exame Neurológico concentra-se em dois 
níveis) : 
 
 ​ARTICULAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
- Disartrias​: causadas por uma fraqueza (do neurônio motor superior ou 
inferior) ou uma incoordenação dos músculos da articulação da palavra; 
- Disfonias​: decorrentes de uma fraqueza da musculatura da laringe ou do 
palato mole (determinantes da dinâmica da expiração associada ao som da 
palavra); 
- Dislalias​: distúrbios desenvolvimentais do aprendizado da articulação. 
 
 ​ ​FUNÇÃO LINGUÍSTICA 
 
- ​Afasias​: distúrbios adquiridos da linguagem (falada ou escrita) causados por 
lesões cerebrais. 
 
 Como determinar se um paciente está Afásico ? Certificando-se que: 
 
 → A linguagem pré-mórbida era normal; 
 → A disfunção da linguagem não é simplesmente articulatória; 
→ Não se está perante um paciente com distúrbios cognitivos gerais (sua atenção, 
vigília e memória devem estar normais). 
 
 Feito isso, seis parâmetros da averiguação da linguagem são utilizados: 
 
→ ​Fala espontânea​: observar a fluência, velocidade e abundância. Observar se há 
erros parafásicos, neologismos; 
→ ​Nomeação de objetos​: pedir que o paciente dê nomes simples a objetos, assim 
como complexos; 
→ ​Compreensão auditiva​: observar se o paciente compreende comandos simples, 
como“levante sua mão”, “olhe para o meu dedo” etc; 
 → ​Repetição​: o paciente pode repetir palavras e frases que o examinador oferece?; 
→ ​Leitura​: solicitar que o paciente leia palavras e um parágrafo curto e testar sua 
compreensão; 
 → ​Escrita​: pedir que o paciente escreva seu nome e uma frase qualquer. 
 
Diversos tipos de Afasias podem ser provocados por lesões hemisféricas, principalmente 
se atingirem o hemisfério dominante da função: 
 
 ​Afasia motora ou de Broca: ​Lesões na área de Broca 
 Parâmetros e achados: 
 → Fala espontânea: não-fluente, realizada com esforço, telegráfica; 
 → Nomeação: prejudicada; 
 → Compreensão auditiva: intacta; 
 → Repetição: prejudicada; 
 → Compreensão escrita: frequentemente prejudicada; 
→ Sinais associados: hemiparesia direita, hemi-hipoestesia direita, apraxia 
dos membros esquerdos, depressão; 
 → ​Localização​: lobo frontal dominante (esquerdo). 
 
 Afasia de Wernicke: ​Lesões na área de Wernicke. 
 ​ ​Parâmetros e achados: 
→ Fala espontânea: fluente, às vezes excessiva (logorréia), sem hesitação. 
O conteúdo, porém, é sem sentido; 
 → Nomeação: prejudicada, com parafasias bizarras; 
 → Compreensão auditiva: muito prejudicada; 
 → Repetição: prejudicada; 
→ Compreensão de leitura: prejudicada, mas nem sempre no mesmo grau 
que a compreensão auditiva; 
→ Escrita: bem-formada, muitas vezes fluente, mas cheia de parafasias e 
de frases em sentido; 
→ Sinais associados: frequentemente ausentes, exceto pelos defeitos de 
campo visual (quadrante superior direito). 
→ ​Localização: Lobo temporal superior/parietal inferior esquerdo (ou o 
dominante). 
 
4- COORDENAÇÃO 
→ Serão avaliadas quatro áreas funcionais do sistema nervoso: 
- Sistema motor: necessário da força muscular. 
- Sistema cerebelar: para movimentos rítmicos e postura constante. 
- Sistema vestibular: para equilíbrio e coordenação dos movimentos dos olhos, 
cabeça e corpo. 
- Sistema sensorial: para a propriocepção. 
 
→ O exame deve ser explicado previamente sobre como executá-lo ao paciente. Tendo isso 
esclarecido, as partes do exame são: 
 
I- MOVIMENTOS ALTERNADOS RÁPIDOS 
- Será avaliada a velocidade, ritmo e regularidade do movimento, tendo em mente que é 
normal que o lado não dominante apresente desempenho um pouco inferior ao dominante. 
(A anormalidade no movimento denomina-se ​disdiadococinesia​). 
 
- Membros superiores​: 
1) Paciente baterá com a palma da mão na coxa, levantará a mão e baterá novamente na 
coxa, mas com o dorso da mão. Solicitar que o paciente execute a tarefa repetidamente e o 
mais rápido possível. 
2) Paciente percutirá a articulação distal do polegar com a ponta do dedo indicador 
repetidamente e o mais rápido que conseguir. 
 
-​ Membros inferiores​: 
1) Pedir que o paciente bata, com a região logo abaixo dos dedos do pé, na sua mão o mais 
rápido possível. Deve ser feito nos dois pés e é esperado que o desempenho dos pés seja 
inferior ao das mãos. 
 
II- MOVIMENTO PONTO A PONTO 
- Avalia-se a propriocepção e as funções do labirinto e do cerebelo, observando se o 
paciente apresenta quadro normal de acurácia e ausência de movimentos bruscos. 
 
- Membros superiores (teste dedo-nariz)​: 
1) Solicitar que o paciente toque o seu dedo indicador e depois o do próprio nariz diversas 
vezes. Mova o dedo indicador para que o paciente tenha que mudar a direção e esticar 
totalmente o braço. 
2) Mantenha o dedo em um ponto de modo que o paciente consiga tocá-lo com um braço e 
um dedo esticado. Solicite ao paciente que eleve o braço acima da cabeça e baixe de novo 
para tocar o seu dedo. Após algumas repetições, peça ao paciente que feche os olhos e 
tente mais algumas vezes. Em geral, a pessoa consegue tocar o dedo do examinador com 
os olhos abertos e com os olhos fechados. 
 
- Membros inferiores (teste do calcanhar-face anterior da perna)​: 
1) Paciente apoiará calcanhar de um pé no joelho do lado oposto e descerá de forma 
constante até o halux pela face anterior da perna. O movimento deve ser repetido de olhos 
fechados para avaliar a propriocepção. (Achados anormais: calcanhar ultrapassar o joelho, 
e oscilações de um lado para o outro ao descer pela face da perna). 
 
5- MARCHA E EQUILÍBRIO (Envolve a avaliação da coordenação) 
 
I- MARCHA 
- Solicita-se ao paciente que: 
 
1) ​Caminhe pelo aposento: Pede que o paciente ande até um ponto e retorne. Avalia se a 
postura, equilíbrio, balanço dos membros superiores e o movimento dos membros 
inferiores. Instabilidade no movimento e vacilação se configuram como ​ataxia​. 
 
2) Caminhe com um pé atrás do outro (tandem): Marcha tandem, que é caminhar em linha 
reta com um pé em frente ao outro. Ela possibilita ter maior sensibilidade na detecção de 
ataxia até então não percebida. 
 
3) Caminhe na ponta dos pés e depois apoiado nos calcanhares: testes sensíveis para 
flexão plantar e dorsiflexão, bem como equilíbrio. 
 
4) Saltite no mesmo lugar: é realizado primeiro com um membro inferior e depois com o 
outro, caso o paciente apresente condições físicas para realizá-lo. Os músculos envolvidos 
são os proximais dos membros inferiores, os distais, e avalia a propriocepção e função 
cerebelar. 
 
5) Flexione discretamente os joelhos: um membro inferior por vez. Auxilie segurando o 
cotovelo, caso seja necessário. 
 
II- EQUILÍBRIO (postura) 
- Ter atenção para ficar próximo o suficiente ao paciente para dar-lhe suporte em caso de 
queda. 
 
Manobra de Romberg: Essa manobra avalia principalmente a propriocepção. Avalia-se a 
capacidade do paciente em manter-se na posição ortostática e é normal que ocorra apenas 
oscilação mínima. 
- O paciente deve ficar em pé, com os pés juntos e olhos abertos e, depois, deve fechar os 
olhos por 30-60s sem suporte. 
 
6- MOTRICIDADE 
 
TROFISMO 
O exame do trofismo é realizado por meio da inspeção da massa muscular do indivíduo. 
Podem ser encontrados: atrofia ou hipertrofia muscular. 
É fundamental que o paciente exponha o grupo muscular a ser analisado. 
Deve-se avaliar a simetria entre os grupos musculares de ambos os lados do corpo. 
 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
Também são avaliados por meio da inspeção. Podem ter as seguintes origens e 
interpretações: 
→ Movimentos associados, sinergísticos 
- Se presentes = estado normal 
- Se ausentes = sugere a presença de uma pouca inclinação do sujeito de se 
movimentar. Esse achado é denominado ​hipocinesia ​(ou bradicinesia) e é 
encontrado nas síndromes extrapiramidais (principalmente parkinsoniana). 
- Se exagerados = hipercinesia sugerem agitação psicomotora e quadros de mania ou 
quadros extrapiramidais como a acatisia e a síndrome das pernas inquietas. 
 
→ Analisar se há tremor. Sejam eles: 
- Tremor de repouso: de baixa frequência, grosseiro e de grande amplitude, de origem 
parkinsoniana que melhora com a postura e o movimento voluntário. 
- Tremor postural: observado quando se pede ao paciente que mantenha uma postura 
qualquer, como a prova de braços estendidos que se faz durante o exame da força 
muscular. Também chamado de tremor essencial.- Tremor de ação: é o que somente aparece no movimento deliberado e mais no final 
do movimento, quando o membro se aproxima do alvo. Observado melhor nas 
provas de coordenação a do “dedo-nariz”. Esse tremor corresponde a uma dismetria 
e a sua origem é cerebelar. 
 
TÔNUS 
 
Teste de movimentação passiva: 
- Solicite ao paciente que relaxe a musculatura. 
- Procure registrar qual a resistência muscular ao movimento passivo. 
- Faça isso principalmente com os grupos musculares do pescoço e membros 
superiores e inferiores, fletindo e estendendo-os de forma delicada. 
Resultados: 
→ ​Tônus normal​ = é quando há uma leve resistência à movimentação passiva 
→ ​Tônus aumentado​ = 
- “rigidez cérea” ou “hipertonia plástica” = a movimentação aparece quando há a 
movimentação passiva de qualquer articulação, direção seja ela flexão ou extensão 
(embora predomine na flexão). Há uma tendência de o membro se manter na 
posição mesmo após o abandono do examinador. 
- Roda denteada = variação rítmica da resistência, como se um tremor de 
repouso se sobrepusesse. 
- espasticidade ou hipertonia espástica = resistência aumentada à movimentação 
passiva e que aparece nos músculos flexores dos membros superiores e nos 
músculos extensores dos membros inferiores. Essa resistência é mais perceptível se 
o movimento aplicado for rápido. Se completar todo o movimento de extensão 
poderá encontrar o “​Fenômeno do Canivete​”. 
- paratonia ou Gegenhalten = incapacidade do paciente de relaxar mesmo após a 
solicitação. 
→ ​Tônus diminuído​ (mais difícil de ser detectado) 
 
FORÇA MUSCULAR 
→ ​Contra a resistência do examinador: 
O paciente é instruído à resistir a força aplicada pelo examinador ou a realizar movimentos 
contra a resistência do examinador. O paciente deve aplicar bastante força. 
- teste uma variedade de músculos, mas em uma ordem certa (por ex.: distal para 
proximal), nos membros superiores e inferiores. 
- deve-se considerar a força de acordo com o sexo e a idade do paciente. 
- se possível, teste ambos os lados simultaneamente ou sequencialmente para avaliar 
a simetria. 
Avaliação: 
Avaliar de acordo com a tabela de força, que pode ser aplicada tanto em cada músculo 
quanto em cada grupo muscular. 
 
 
Escala de Força (Graus) 
07 
755 
Nenhuma contração muscular 
 
Paresia - déficit de força, não completo 
Plegia - déficit completo de força (grau 0) 
Hemiplegia, hemiparesia - déficit em um dos lados do corpo 
 
→ ​Manobras deficitárias 
 
Pede-se ao paciente que sustente (em torno de 60 seg) uma postura contrária a sua atual 
postura.Qualquer mudança ou interrupção pode ser registrada tanto na quanto no tempo. 
 
→ Nos membros superiores, a prova de braços estendidos: 
Avalia-se se a pessoa consegue manter os braços (é um sinal sensível e específico para de 
lesão do trato corticoespinal originária no hemisfério contralateral) 
- O paciente deve ficar em posição ortostática durante 20-30s com os braços 
esticados para a frente, com as palmas para cima e olhos fechados. Caso a pessoa não 
consiga se manter de pé, a manobra é feita sentado. 
- Em seguida, pede ao paciente que mantenha os braços esticados para a frente de 
olhos fechados e o examinador empurrará vigorosamente os braços do paciente para baixo 
e avaliará o retorno dos braços para a posição inicial. Essa manobra avalia a força 
muscular, coordenação e propriocepção. 
→ Nos membros inferiores: 
- Manobra de Mingazzini: 
Parecido com o teste dos braços estendidos, deve-se colocar o paciente em 
decúbito dorsal e sustente por 60 seg os membros inferiores em 90º, em tríplice 
flexão. No caso de alguma anormalidade, os membros tenderão a “cair” 
progressivamente, uni ou bilateralmente. 
- Manobra de Wartenberg ou Queda do MMII em Abdução: 
Pede-se que o paciente, em decúbito dorsal, apoie os calcanhares (afastados e 
paralelos um ao outro) sobre o leito (demais articulações em flexão) e observe a 
sustentação dessa postura. Se houver alguma anormalidade, os membros tenderão 
a fazer abdução (déficit de adutores). 
- Manobra de Barré: 
1 Movimento visível do músculo, mas nenhum 
movimento obtido na articulação. 
2 Movimento na articulação, mas não contra a 
gravidade 
3 Movimento contra a gravidade, mas não contra 
a resistência adicional 
4 Movimento contra a resistência, mas ainda não 
completamente normal 
5 Força normal 
Paciente em decúbito dorsal, pede-se para fletir os joelhos em 90º e observe a 
sustentação dos membros. Em caso de alterações, eles tenderão a cair 
progressivamente. Avalia os músculos posteriores da coxa. 
- Manobra do Rolamento: 
Peça ao paciente que se vire no leito (mude a posição de decúbito), isso exige força. 
RELAXAMENTO MUSCULAR 
Peça ao paciente que aperte os seus dedos contra os dele com força por 5 a 10 seg. Após 
o tempo e o seu comando, peça ao paciente que solte rapidamente e estenda bem os 
dedos. 
Pacientes com miotonia não conseguirão relaxar a não ser de forma muito lenta. 
 
7- REFLEXOS 
São testados dois tipos principais de reflexos: os profundos e superficiais. Os reflexos 
podem ser graduados em uma escala de 0 a 4+ da seguinte maneira: 
 
 
Obs.: Técnica do reforço → Se os reflexos do paciente estiverem simetricamente 
diminuídos ou abolidos, pode-se usar a técnica de reforço que envolve a contração 
isométrica de outros músculos por até 10 s. Isso aumenta a atividade reflexa (exemplo: se 
os reflexos nos membros inferiores estiverem diminuídos ou ausentes, eles podem ser 
reforçados pedindo-se ao paciente para prender os dedos de uma mão com os dedos da 
outra mão e puxar as mãos em sentidos opostos) 
 
Exame dos reflexos profundos: 
-Reflexo Bicipital (teste dos nervos nas raízes C5 e C6): 
Posição do paciente: braço parcialmente flexionado na altura do cotovelo com a palma 
voltada para baixo. 
O examinador deve colocar o polegar ou outro dedo da mão firmemente sobre o tendão do 
músculo bíceps braquial. O golpe com o martelo de reflexo deve ser aplicado de modo que 
atinja o dedo apoiado sobre o tendão do músculo bíceps braquial. 
Escala de graduação dos reflexos 
4+ Reflexos muito vigorosos, com clônus 
(oscilações rítmicas entre flexão e extensão) 
3+ 
 
Reflexos mais vigorosos que a média; 
possivelmente, mas não necessariamente 
indicativos de doença 
2+ Reflexos na média; normal 
1+ Reflexos um pouco diminuídos; limite inferior 
do normal 
0 Ausência de resposta 
Deve-se observar a flexão na altura do cotovelo, verificando e sentindo a contração do 
músculo bíceps braquial. 
 
 
-Reflexo Braquiorradial (teste dos nervos nas raízes C5 e C6) 
Posição do paciente: a mão deve estar pousada no abdome ou no colo, com o antebraço 
parcialmente pronado. 
O examinador deve golpear o rádio com a base ou com a ponta do martelo de reflexo, 
aproximadamente 2,5 a 5 cm acima do punho. Observe a flexão e a supinação do 
antebraço. 
 
-Reflexo Tricipital (teste dos nervos nas raízes C6 e C7) 
Posição do paciente: sentado ou em decúbito dorsal; braço flexionado na altura do cotovelo, 
com a palma da mão voltada para o corpo e empurrada discretamente através do tronco. 
Examinador deve golpear o tendão do músculo tríceps braquial acima do cotovelo. O golpe 
deve ser direto e por trás do cotovelo. Observe a contração do músculo tríceps braquial e a 
extensão naaltura do cotovelo. Solicite que o paciente deixe o braço relaxado, se ele não 
conseguir relaxar, apoie o braço dele. 
 
 
-Reflexo Patelar (teste dos nervos nas raízes L2, L3 e L4) 
Posição do paciente: sentado ou deitado desde que o joelho fique flexionado. 
O examinador deve golpear o tendão patelar logo abaixo da patela. Ocorre, então, 
contração do músculo quadríceps femoral com extensão do joelho. Se você colocar a mão 
na parte anterior da coxa do paciente, será possível sentir esse movimento reflexo. 
 
 
-Reflexo Aquileu (S1) 
Se o paciente estiver sentado, promova a dorsiflexão do pé na altura do tornozelo. Solicite 
que o paciente relaxe e, depois, golpeie o tendão de Aquiles com o martelo de reflexo. 
Observe e palpe a flexão plantar na altura do tornozelo. Deve-se observar também a 
velocidade do relaxamento depois da contração muscular. 
Com o paciente em decúbito dorsal, flexione um membro inferior do paciente na altura do 
quadril e do joelho e gira-o de tal modo que a perna fique apoiada na face anterior da outra 
perna. A seguir, o paciente faz a dorsiflexão do pé na altura do tornozelo; golpeie então o 
tendão de Aquiles com o martelo de reflexo. 
 
 
Exame dos reflexos superficiais: 
 
-Reflexos abdominais 
Os reflexos abdominais são testados por meio de fricção leve, mas vigorosa, de cada lado 
do abdome, acima do umbigo (T8, T9, T10) e abaixo do umbigo (T10, T11, T12). Pode-se 
usar uma chave ou um abaixador de língua de madeira. Deve ser observada a contração 
dos músculos abdominais e o desvio do umbigo em direção ao estímulo. A obesidade pode 
mascarar um reflexo abdominal. Nesse caso, use o dedo para “afastar” o umbigo do lado 
que está sendo estimulado. O dedo que está puxando o umbigo deve sentir a contração 
muscular. 
 
-Resposta plantar (L5 e S1) 
Com um objeto como uma chave ou a extremidade romba de um abaixador de língua de 
madeira, friccione a face lateral da planta do pé, desde o calcanhar até a região metatarsal, 
fazendo um movimento circular no sentido medial. Use o estímulo mais brando para 
provocar uma resposta, embora isso possa ser reforçado se necessário. É preciso observar 
o movimento do hálux, normalmente flexão plantar. Alguns pacientes flexionam o quadril e o 
joelho em resposta a esse estímulo. Se for necessário, segure o tornozelo para completar a 
observação. Algumas vezes é difícil diferenciar a reação de Babinski de uma resposta 
normal de afastamento do estímulo álgico. 
 
 
-Reflexo anal 
Usando um objeto com ponta romba, como um cotonete, friccione os quatro quadrantes da 
região anal (o movimento é centrífugo). Verifique se ocorre contração reflexa da 
musculatura anal. 
 
 
8- SENSIBILIDADE 
 
​Distinguem-se três tipos de modalidades sensoriais simples: exteroceptiva, 
proprioceptiva e interoceptiva. O Exame Neurológico inclui as duas primeiras: 
 
- Exteroceptiva: ​Tato e pressão, dor, temperatura; 
- Proprioceptiva: ​Sensibilidade vibratória (palestesia) e sensibilidade 
cineticopostural. 
 
 TESTES DE SENSIBILIDADE TÁTIL E ALGÉSICA 
 
Para o exame do tato, o examinador deve se valer de um pedaço de algodão ou 
gaze. Com o mesmo, ele deverá pedir que o paciente compare a intensidade da sensação: 
 
- em um membro: de distal para proximal (para distinguir a existência de uma 
neuropatia periférica); 
- entre membros ou hemicorpos: para distinguir a existência de uma lesão unilateral 
hemisférica); 
- entre segmentos ipsilaterais: ​rosto com MS e MS com MI (para distinguir um nível 
sensitivo entre ponte e medula cervical e depois entre medula cervical e torácica). 
 
→ Se houver a suspeita ou mesmo já a evidência de uma lesão medular, o 
examinador deverá também determinar o nível dessa lesão. Isso é possível porque 
abaixo dessa lesão, toda a função sensitiva estará perdida. Assim, com uma agulha, 
parte-se dos locais mais distais (do tronco ou ainda dos membros inferiores) e vai 
produzindo estímulos ascendente, perguntando ao paciente quando ele passa a 
sentir a agulha. 
→ Após realizar o teste com o algodão, o examinador pode objetivar um pouco 
mais a qualidade da sensibilidade tátil, realizando o teste da ​Discriminação 
tátil-algésica​: 
 
- Mostra-se ao paciente o que irá fazer: com uma agulha, toca-se o paciente 
ora com a extremidade pontuda, ora com a base, e pede-se para que o 
paciente diferencie qual o tipo de estímulo que está sentindo (semi-algésico- 
ponta afiada) ou tátil (base da agulha). 
- O paciente deve estar de olhos fechados. 
 
TESTE DE SENSIBILIDADE TÉRMICA 
 
Obtém-se dois copos com água, um frio e um quente. Mostra na prática ao indivíduo o 
que irá fazer e em seguida pede para que feche os olhos para que, assim, possa encostar 
aleatoriamente os copos de temperaturas diferentes nas quatro extremidades do indivíduo. 
Alternativamente, pode-se usar um metal que é mais “frio” e uma alguma caneta que possui 
o plástico mais “quente” em relação ao metal. 
 
TESTE DE SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA 
 
 ​Sensibilidade cineticopostural 
 
- Realiza-se a movimentação passiva dos primeiros artelhos, evitando pressão que 
denuncie o que está fazendo (segurar pela lateral do dedo) ou movimentos 
voluntários simultâneos. 
- Pede-se, então, que o paciente identifique para qual direção se realizou o 
movimento. 
 
 Sensibilidade vibratória 
 
- Realiza-se estímulos vibratórios em proeminências ósseas ou em articulações. O 
estímulo correto é um produzido por um diapasão de 128Hz. 
- Peça para o paciente fechar os olhos; 
- Faça vibrar o diapasão; 
- Aplique a extremidade do mesmo na articulação interfalângica do primeiro artelho. 
- Pergunte se o paciente está percebendo a vibração. 
- Se o examinador duvidar da fidedignidade da resposta, interrompa a vibração e 
perceba a reação do paciente. 
- Se o paciente sente o estímulo, é possível quantificar a intensidade contando o 
tempo que o examinado percebe: usualmente, considera-se 11 segundos na 
articulação interfalângica do primeiro artelho o normal. Abaixo disso, estaria 
alterado. 
- Se o paciente não sentir o estímulo vibratório, deve-se ir encostando o diapasão 
cada vez mais em articulações mais proximais. 
- Como em toda a testagem sensorial, deve-se examinar a direita seguida da 
esquerda (ou vice-versa). 
 
 
 
9- NERVOS CRANIANOS 
 
1) Nervo olfatório 
 
Avalia o sentido do olfato através da apresentação ao paciente de odores familiares 
(alho, cravo, café, sabão) e não irritativos (como amônia, que pode irritar o NC 5). 
Analisar se as narinas não estão obstruídas, comprimir cada lado do nariz e solicitar 
que o paciente fungue pela outra narina. Pergunta-se ao paciente qual é a 
percepção e, em seguida, repete o procedimento com o outro lado. 
 
2) Nervo óptico 
 
Avaliar a acuidade visual (cartão de Rozembaum ou de Snellen). 
Examinar o fundo do olho (observa o local onde chega a inervação e a mácula) com 
o oftalmoscópio e examinar os campos visuais por confrontação ​(afastar o jaleco 
para a mão ficar visível, quando pedir ao paciente para fechar o olho tem que ser 
em forma de concha para visão não ficar turva após retirada)​. 
 
3) Oculomotor 
Inspecione as dimensões e o formato das pupilares lembrando de comparar os dois 
olhos. 
Analisara resposta à aproximação de objetos (constrição pupilar ​(lembrar de 
analisar a pupila do outro lado)​, convergência e a acomodação do cristalino e da 
lente). 
Paciente com trauma: no mínimo glasgow, pupila e motricidade. 
 
3, 4 e 6) Nervos oculomotor, troclear e abducente. 
Testar os movimentos extraoculares nas seis direções do olhar, e pesquisar se há 
perda dos movimentos conjugados em uma das seis direções do olhar (que pode 
provocar diploidia). 
Observar os olhos à procura de desvio assimétrico do movimento. 
Identifique a ocorrência de nistagmo (movimento espasmódico involuntário dos 
olhos com componentes rápidos e lentos) e procurar por ptose. 
Abducente: laterização – Troclear: para baixo e para dentro (convergência) – 
Oculomotor: restante dos movimentos. 
 
5) Nervo trigêmio 
Palpar os músculos temporal e masseter, pedir ao paciente para cerrar a mandíbula 
e observar a força da contração muscular. Pedir ao paciente para mover a 
mandíbula para a direita e para esquerda → parte motora 
Verificar a sensibilidade dolorosa na testa, nas regiões malares e na mandíbula 
(bilateralmente), os olhos do paciente devem estar fechados e deve-se utilizar um 
objeto com ponta fina, alternando com um de ponta romba (pergunta ao paciente 
qual a ponta e comparar os lados). Se encontrar alguma anormalidade, confirma-se 
avaliando a sensibilidade térmica. 
Para avaliar o tato leve utilizar um algodão, pedindo ao paciente para avisar quando 
o algodão tocar na pele. 
Reflexo corneano: pedir ao paciente que olhe para cima e para o lado oposto ao 
seu, encostar o chumaço de algodão suavemente na córnea. Não encostar o 
algodão só na conjuntiva, confirmar que o movimento seja feito fora da linha de 
visão do paciente e sem tocar nos cílios. Verifique se o paciente pisca, a reação 
normal a esse estímulo (o uso de lentes de contato frequentemente reduz ou abole 
esse reflexo). O ramo sensorial desse reflexo é pelo NC V e a resposta motora pelo 
NC 7. 
Obs: reflexo palmo-mentoniano e neuralgia do trigêmio (avaliar salivação, secreção 
nasal e sudação da face). 
Reflexo mandibular 
 
7) Nervo facial 
Examinar a face, tanto em repouso como durante a conversa (procurar por 
assimetrias, tiques, movimentos anormais). 
Pedir ao paciente para: elevar as sobrancelhas, franzir a testa, fechar os olhos com 
forca de modo que você não consiga abri-los para verificar a força muscular, 
mostrar os dentes superiores e inferiores; sorrir; encher as bochechas de ar. 
Obs: contrair os platismas (músculo do pescoço), gustação dos 2/3 ant. da língua 
(doce/salgado), descrever ageusia (perda do paladar). 
 
8) Nervo vestibulocloclear 
Realizar o teste do sussurro para avaliar capacidade auditiva. Se houver determinar 
se é de condução (consequente a comprometimento da transmissão do som pelo 
ar), sensorineural (por lesão do ramo coclear do NC 8). 
Realizar teste de Rinne e Weber. 
Olhar os testes 
Obs: vestibular (marcha e estática); inspeção (volume e timbre da voz). 
 
9 e 10) Nervos glossofaríngeo e vago 
Escutar com atenção a voz do paciente (A voz rouca ou anasalada?, disfonia: 
alteração ou enfraquecimento da voz). 
Observar se há dificuldade de deglutição (disfagia: sugere fraqueza muscular do 
palato ou faringe), analisar os movimentos do palato mole e da faringe (pedindo ao 
paciente para dizer “ah”, o palato sobe de modo simétrico, a úvula permanece na 
linha média e cada lado da parte posterior da faringe se move medialmente). 
Testar o reflexo do vômito (avisar ao paciente): elevar a língua e o palato mole, 
fazer a constrição dos músculos faríngeos. Estimule delicadamente a parte posterior 
da garganta de cada lado e observe. 
Obs: gustação azedo-amargo no 1/3 posterior da língua (IX); reflexo da tosse. 
*Qual o lado do nervo que ta lesado: se a língua vai para o lado direito o nervo 
lesado é o direito, se a língua direciona para o lado esquerdo o nervo lesado é o do 
lado esquerdo. 
 
11) Nervo acessório 
Ficar atrás do paciente e verificar se há atrofia ou fasciculações movimentos finos e 
irregulares em pequenos grupos de fibras musculares) nos músculos trapézios 
(comparar os lados). 
Solicitar que o paciente encolha os ombros (movimento para cima) contra a 
resistência que você impõe com as mãos. Verificando a força e a contração dos 
músculos trapézios. 
Pedir ao paciente que gire a cabeça para um lado e para o outro contra a resistência 
que você impõe com as mãos, observando a contração do músculo 
esternocleidomastóideo oposto e a força do movimento contra a sua mão. 
 
12) Nervo hipoglosso 
Avaliar a articulação de palavras pronunciadas (disartria: dificuldade de articulação 
da fala). 
Inspecionar a posição da língua no assoalho da boca (procurar por atrofio ou 
fasciculações); pedir para o paciente colocar a língua para fora e verificar se há 
atrofia, assimetria, desvio da linha média; solicitar ao paciente que mova a língua 
para direita e para esquerda. 
 
*Nervo espinhal acessório: inerva o trapézio (levantamento do ombro) e o 
esternocleidomastódeo (gira o pescoço para o lado direito e esquerdo) 
Para testar → faz teste da resistência (exerce força e pede para o paciente resistir) 
 
 
 
 
Descrição de um exame físico normal: 
 
Paciente encontra-se vigio,orientado para pessoa, tempo e lugar. Linguagem 
entende e fala,repete,nomeia e compreende. Os testes para os nervos cranianos 
intactos. O exame motor revela marcha atípica, com movimento do calcanhar, 
artelhos e força muscular normal bilateralmente(grau 5). Os reflexos são iguais 
bilateralmente e estão dentro dos limites normais. O exame da sensibilidade é 
normal, apresentando a sensibilidade tátil, dolorosa e estereognosia compatíveis 
com a normalidade. A função cerebelar encontra-se normal.

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