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AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGA cc TUTELA DE URGÊNCIA

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Núcleo de Prática Jurídica
AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE VALPARAÍSO DE GOIÁS - GO.
MARGARIDA ROSA FLOR, menor impúbere, nascida em 01/01/2017, neste ato representada por sua genitora GIRASSOL JASMIM ROSA FLOR, brasileira, divorciada, balconista, RG: 22766 SSP/GO, inscrita no CPF: 583.899.342-78, residente e domiciliada na 09, Quadra 36, Lote 38, Etapa A, Valparaíso – GO, CEP 74.800-035, e-mail prejudicado, telefone: 3622-2356, por intermédio do Núcleo de Pratica Jurídica do UNIDESC (Procuração anexa), situado no endereço abaixo impresso, onde recebem intimações, vêm, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, promover o presente
AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGA c/c TUTELA DE URGÊNCIA 
 Em face de AZALEIA ROSA, brasileira, viúva, empresária, RG: 34285 SSP/GO, inscrito no CPF: 349.543.986-45, residente e domiciliado na Rua 87, Quadra 20, Lote 72, Bairro Centro, Luziânia-GO, e-mail prejudicado, telefone: 3622-4567, pelos fatos e fundamentos a seguir.
1 - DA JUSTIÇA GRATUITA
A requerente, assistida pelo NPJ/UNIDESC, pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Lei 1.060/50 c/c com os artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil, bem como na Constituição Federal em seu art. 5°, LXXIV, tendo em vista não poder arcar com as despesas processuais e honorárias advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa.
1.1 - DA AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS DIGITALIZADOS
Bem como exposto no art. 425, VI do Código de Processo Civil, necessita-se da autenticidade dos documentos digitalizados, vejamos:
Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais
(...)
VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração.
Diante do exposto, o NPJ requer que sejam autenticados os documentos jurídicos.
1.2 - DAS VINCULAÇÕES NO NPJ AO SISTEMA INFORMATIZADO
O Núcleo de Prática Jurídica requer a vinculação ao sistema, para o recebimento de todos os atos correspondentes ao processo, como previsto no art. 270 do Código de Processo Civil.
Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Diante do exposto, o NPJ requer a vinculação ao sistema para o recebimento de todos os atos processuais. 
1.3 - DO PRAZO EM DOBRO
Bem como previstos no art. 186, § 3º do CPC, se tratando o NPJ de escritório de prática jurídica de faculdade de direito, prazo em dobro para todas as manifestações processuais, vejamos:
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. 
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
Diante do exposto, o NPJ requer prazo em dobro para todas as manifestações processuais.
2 - DOS FATOS
Margarida Rosa Flor, nascida em 01/01/2017 é filha de Girassol Jasmim Rosa Flor e Jardim Plantado, que se divorciaram em 04/05/2019 e, por esse fato, estabeleceu-se o pagamento de pensão alimentícia de Jardim Planalto para Margarida no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
O pagamento da pensão alimentícia supra foi realizado regularmente até o dia do falecimento de Jardim Planalto, o que fez com que a menor ficasse sem uma importante fonte de subsistência e, além disso, sem a presença fundamental da referencia paterna.
Nesse sentido, consta-se que o falecido não deixou bens a partilhar, de modo em que Margarida não recebeu absolutamente na a título de herança, entretanto, lhe resta a busca de amparo a única de seus avós vivos, a avó paterna Azaleia Rosa, que assim como consta nos documentos em anexo, goza de confortável situação patrimonial e econômica, fruto de uma família tradicional de Luziânia-GO.
Com isso, a autora da demanda pleiteia a concessão de alimentos avoengos, em face da avó paterna, onde a genitora busca garantir o sustento de sua filha, já que o salário mínimo que possui não é o suficiente para arcar com todas as despesas de uma educação de qualidade e um conforto adequado para o bom desenvolvimento da menor, condição essa que pode, sem prejuízo algum, ser oferecida com a ajuda da avó. 
3 – DO DIREITO
3.1 - DA TUTELA DE URGÊNCIA 
A requerente postula em juízo a concessão da tutela provisória de urgência incidental em caráter liminar e inaudita altera pars para fixação dos alimentos provisórios no importante de R$ 2.000,00 (dois mil reais) - conversão em salário mínimo ou percentual sobre a remuneração da rá - mediante depósito em conta bancária da autora que é a genitora da menor, todo dia 05 (cinco) de cada mês, ou mediante desconto em folha de pagamento da ré e consequente depósito em conta bancária da genitora da autora em face da responsabilidade avoenga. 
3.2 - DA RESPONSABILIDADE AVOENGA 
A disposições legais brasileiras estabelecem a responsabilidade avoenga nos artigos 1.696 e 1.698 do CC/02, portanto, existindo a demonstração inequívoca da incapacidade do genitor de adimplir a verba alimentar, bem como da genitora prover igual sustento a filha, os ascendentes devem responder com os alimentos necessários a criança, sendo assim uma modalidade de intervenção de terceiros já fixado o entendimento favorável legal, jurisprudencial e doutrinário.
3.3 - DO BINOMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE
É sabido que, para fixação de alimentos deve-se levar em consideração o binômio necessidade vs. possibilidade, no qual de um lado se leva em consideração a real necessidade do alimentado de receber os proventos e a possibilidade máxima do alimentante, como demonstra o artigo 1.694 do CC/02. 
No caso em questão, segue a comprovado que a genitora da criança não possui condições de arcar com as necessidades da menor sozinha, todavia, a avó paterna goza de tal possibilidade, devendo então contribuir também para as despesas da criança.
3.4 - DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Pleiteia-se alimentos provisórios em caráter de urgência, durante a duração da lide, pois não é possível que a mesma espere até que haja uma sentença, sabendo a morosidade que o sistema judiciário brasileiro se encontra, tal previsão se encontra na lei 5.478/68, no artigo 4°, que estabelece as diretrizes sobre as ações de alimentos. 
5 - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, a Autora requer:
a) Que seja concedida a JUSTIÇA GRATUITA, pelos motivos supra de acordo com a Lei nº 1.060/50 c/c artigos 98 e ss. do Código de Processo Civil, por se tratar de pessoa juridicamente pobre e desprovida de recursos para custear o processo;
b) Assim como estabelecido no art. 425, VI do Código de Processo Civil, seja concedida ao NPJ a autenticidade dos documentos digitalizados;
c) A vinculação ao sistema, como previsto no art. 270 do Código de Processo Civil, o recebimento de todos os atos correspondentes ao processo;
d) O acolhimento da tutela de urgência suscitada;
e) A designação de audiência de conciliação, nos termos do artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil;
f) A condenação da Requerida nas custas e despesas processuais;
g) Prazo em dobro para todas as manifestações processuais, haja vista que o NPJ trata de escritório de prática jurídica de faculdade de direito, como previstos no art. 186, § 3º do CPC;
h) O julgamento procedente da presente ação, confirmando e deferindo os pedidos em todos os seus termos;
i) A citação do Réu para contestar a ação, nos termos do artigo 335 do Código de Processo Civil;
j) A fixação dos alimentos em caráter provisório;
Por fim, o NPJ declara, sob as penas da Lei, que as cópias que instruem a presente petição são reproduções fidedignas dos documentos originais.
Protesta provar o alegado por todos os meios
de provas em Direito admitidas.
Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para efeitos fiscais.
Nestes termos. Pede DEFERIMENTO.
Luziânia-GO, 17 de Junho de 2020.
ANA CLARA EREIRA DE MORAIS AGUIAR
Estagiária
GIANNI NERY MOTA
OAB/GO 55.264

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