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Ação de Alimentos cc Tutela de Urgência

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UNIVERSIDADE IGUAÇU
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS SOCIAIS E APLICADAS
CURSO DE DIREITO
AÇÃO DE ALIMENTOS – AVALIAÇÃO 1º CICLO 
PRÁTICA JURÍDICA II:FAMÍLIA
PROF.º: MARCELO LANNES SANTUCCI
Por:
DOUGLAS ROSA DE SOUZA SILVA
MAT.: 17003756-9
8º PERÍODO – DRM 801 – MANHÃ
ITAPERUNA/RJ
AO DOUTO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ITAPERUNA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, nascido em 20 de junho de 2012, inscrito no CPF n.º 009.007.005-04, representado por sua genitora, MARIA DA SILVA, brasileira, casada, enfermeira, inscrita no CPF n.º 005.005.005-01, portadora do RG n.º 25252525-5, endereço eletrônico marasilza@lll.com, residente e domiciliada na Avenida Porto do Céu, bairro Centro, Itaperuna/RJ, CEP 28300-000, neste ato por seu advogado constituído pelo instrumento de mandato anexo, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 229 da Constituição Federal e art. 2º da Lei 5.478/1968, bem como artigos 1.695 e 1.696 do Código Civil, propor
AÇÃO DE ALIMENTOS 
em face de FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, casado, médico, inscrito no CPF n.º 003.003.003-02 e portador do RG n.º 00022233-3, não possui endereço eletrônico, residente na Rua Maranha Neves, n.º 72, bairro Centro, Campos do Goytacazes/RJ, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I – SÍNTESE FÁTICA
O autor é filho do requerido, menor impúbere nascido em 20/06/2012, atualmente com idade de 08 anos, conforme se denota a certidão de nascimento acostada a esta peça exordial.
Haja vista que os genitores não mantiveram o vínculo matrimonial, e é a representante legal quem exerce as funções de guardiã, não restou alternativa senão o ajuizamento da ação presente, com o fito de formalizar a situação do infante, para que este tenha seus direito garantidos, com a fixação de percentual adequado a título de prestação alimentar. 
III – DO DIREITO
A Constituição Federal em seu art. 229 já preceitua o dever de sustento dos pais para com seus filhos menores, que nos diz:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência e enfermidade.
Ainda, o art. 2º da Lei 5.478/1968, prevê a possibilidade de se requerer alimentos, vejamos:
Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.
No mais, o Código Civil, em seu art. 1696 também estabelece o direito recíproco entre pais e filhos acerca da prestação de alimentos:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
	
	Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do mesmo diploma legal:
	
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.
De forma que é dever de ambos os genitores arcar com o sustento de sua prole, vê-se presente no caso concreto todos os requisitos para regularização da pensão alimentícia devida ao menor.
Por fim, se pleiteia que os alimentos sejam fixados em favor do autor, quando em situação de trabalho com vínculo empregatício, ao importe de 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do alimentante, incidindo sob tal valor o percentual de FGTS, férias, horas extras, verbas rescisórias e décimo terceiro salário.
Os valores da prestação alimentar deverão ser depositados na conta bancária de titularidade da genitora, qual seja: Banco, Agência, Conta Corrente.
IV – DA NECESSIDADE E POSSIBILIDADE
	A genitora do requerente no momento não possui condição de arcar com as despesas que proporcionem uma qualidade de vida justa a seu filho.
	Por outro lado, a situação financeira do réu é boa, conforme relato de testemunhas que no momento oportuno serão arroladas, além disso, é de conhecimento notório de que o réu exerce a função de médico recebendo aproximadamente a quantia de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), o que demonstra total possibilidade de arcar com as despesas mínimas necessárias a proporcionar uma qualidade de vida digna a seu filho.
V – DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Ante as carências alarmantes e notórias do menor, justo requerer a fixação de alimentos provisórios, para que a manutenção de uma melhor qualidade de vida, minimamente digna, seja tão logo concedida ao autor.
Diz assim o artigo 300, caput do CPC:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
A Lei 5.478/1968 prevê a hipótese, vejamos:
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo expressamente se o credor declarar que deles não necessita.
Importantíssimo que esse juízo conceda a fixação de alimentos provisórios no caso em tela, em sede de tutela de urgência, haja vista o caráter vital do pedido, e por estarem presentes na lide todos os requisitos para aplicação de tal medida, com base no art. 294, art. 300 e 301 do Código de Processo Civil, na monta de 30% (trinta por centro) sob a percebida remuneração de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) do alimentante.
VI – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
	A representante legal do autor não se opõe que seja designada a audiência de conciliação, prevista no art. 334, do Código de Processo Civil, caso seja o entendimento deste Juízo.
VII – DOS PEDIDOS
	Perante o exposto, requer de Vossa Excelência:
a. A intimação do ilustre representante do Ministério Público para que acompanhe o feito;
b. A fixação, in limine litis, dos alimentos provisórios no valor de 30% (trinta por cento) sob a percebida remuneração de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil) reais do alimentante, a ser depositada na conta bancária da representante legal, informada nos autos;
c. Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC;
d. A citação do requerido para comparecer em audiência de conciliação, com fundamento no art. 695 do Código de Processo Civil, a ser designada pelo Juízo, onde, se desejar, poderá oferecer reposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
e. Sejam julgados totalmente procedentes os pedidos arguidos na exordial, qual seja a fixação de alimentos definitivos no importe de 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do genitor, incidindo sobre as horas extras, verbas rescisórias e FGTS.
Provará o alegado por todos os meios de prova permitidos em direito, em especial a testemunhal, documental, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da justiça.
Dá-se a causa o valor de R$ 162.000,00 (cento e sessenta e dois mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Itaperuna/RJ, 21 de setembro de 2020.
Advogado
OAB

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